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História Powerful - Doce bailarina


Escrita por: RocMo

Notas do Autor


Olar, migonces, tudo bem com vocês?

Cá estamos nós outra vez.

Primeiramente muito obrigada a todos que comentaram e favoritaram a estória, sempre me motivando a tentar escrever mais e melhor para vocês <3

Só queria dizer que a partir de agora, estamos oficialmente na metade final de "Powerful." Eu estou escrevendo os últimos capítulos dela e já tô sentindo uma dorzinha no coração.

E também que a partir de agora é só tiro, porrada e bomba (quase que literalmente) e uns beijinhos de Michaeng pra dar aquele equilíbrio rs.

Espero que gostem do novo capítulo e boa leitura <3

Capítulo 10 - Doce bailarina


 

... “Você está bem, Mina?” Ela perguntou bastante preocupada, ajoelhando-se ao lado da japonesa, que estava sentada, com as mãos sobre o seu pé direito, que fora o que ela torcera durante o salto frustrado.

“Acho que vou precisar de ajuda para me levantar.” Mina respondeu, seu pé estava latejando, provavelmente ficaria inchado e ela nem queria pensar em algo pior que poderia prejudicá-la em sua apresentação.

“Vem, eu te ajudo.” Chaeyoung colocou uma das mãos nas costas de Mina, e a outra em uma das pernas torneadas da bailarina, fazendo a garota corar e olhar para ela meio assustada com aquele toque. Assim que notou o olhar de Mina, Chaeyoung prontamente tirou a sua mão da perna da jovem.

“Perdão.” Ela falou com os olhos baixos, provavelmente Mina deveria pensar nela como uma garota depravada.

Mina não respondeu nada, apenas colocou sua mão esquerda no ombro da outra jovem, e com a direita se apoiou no chão para se levantar, e com um pequeno esforço, Chaeyoung conseguiu fazê-la ficar em pé.

Mina tentou relar o pé direito no chão, mas a dor que sentiu era insuportável.

“Por favor, me ajude a chegar até o meu quarto e chame minha mãe.” Mina pediu, quase chorando. Parecia que de repente tudo começou a dar errado. Até mesmo algo que ela já havia feito incontáveis vezes nas aulas de dança, como os saltos, virou um desafio para ela.

“Está bem.” Chaeyoung concordou, e as duas deixaram a sala.

Durante o caminho, elas não trocaram uma palavra sequer, nem mesmo conseguiam olhar no rosto uma da outra, ambas ora olhavam para baixo, ora olhavam para o lado oposto que a outra estava. O encontro depois do beijo foi de uma forma totalmente inusitada e em uma situação inesperada.

Chaeyoung não precisou chamar Kimi, pois a mesma saía de seu quarto e ficou um tanto chocada assim que viu a filha.

“Mina, o que houve?!” Ela perguntou, preocupada e se aproximando das duas jovens.

“Eu estava ensaiando e acabei sofrendo uma queda durante um salto, torci meu pé, mãe.” Mina explicou, visivelmente chateada com toda aquela situação. Kimi fechou os olhos, respirou fundo e colocou as mãos na cintura, ainda mais chateada que a filha.

“E você? O que estava fazendo?” Kimi perguntou em um tom nada amigável para Chaeyoung.

“Ela estava passando pelo corredor, e ouviu na hora que eu chamei por ajuda.” Mina mentiu, antes que a coreana pudesse dizer qualquer coisa. “Felizmente, porque eu não conseguiria nem me levantar se não fosse por Mariko.”

“Olha só, quem diria que Mariko poderia ser útil vez ou outra.” Kimi ironizou, e ela também não acreditou cem por cento na história de Mina, infelizmente nos últimos dias a sua filha estava se mostrando bem diferente da garota que sempre foi e isso abalou a confiança de Kimi nela.

“Eu preciso me deitar um pouco, está doendo demais.” Mina falou impaciente.

“Pode deixar que eu cuido de Mina daqui em diante, traga gelo para os primeiros cuidados.” Kimi ordenou para Chaeyoung, e se aproximou da filha, lhe dando apoio. A outra jovem então seguiu para a cozinha, enquanto mãe e filha foram para o quarto da última.

Kimi ajudou a filha a se sentar em sua cama, e com cuidado começou a desamarrar a sapatilha. Mina soltou alguns pequenos gemidos de dor durante o processo.

“Vida de bailarina é assim mesmo, tem seu lado gracioso e o seu lado doloroso, esse último só nós é quem vemos.” Kimi comentou, enquanto retirava a sapatilha do pé direito de sua filha, e em seguida examinando o inchaço e a vermelhidão do local. “Bom, não parece tão grave, mas de qualquer forma irei ligar para o Dr. Kawamoto para ele fazer uma avaliação completa, e deixar todo mundo mais tranquilo.”

Mina já podia até imaginar o desespero de madame Tayoko caso ela sofresse algum acidente que a impedisse de dançar “O lago dos cisnes”. Seria o caos para a mulher ter que encontrar uma substituta quando a apresentação já estava tão próxima, e Mina não queria isso, o seu momento de brilhar estava chegando e perdê-lo por conta de um acidente seria seu pior pesadelo.

Logo Chaeyoung voltou com um pedaço de pano enrolando alguns cubos de gelo, como Kimi lhe ordenara.

“Coloque o gelo no pé de Mina e fique segurando, eu vou ligar para o Dr. Kawamoto e volto daqui a pouco.” Kimi disse, encarando Chaeyoung.

“Sim, senhora.” Chaeyoung respondeu, e sentou-se aos pés da cama. Assim que Kimi deixou o quarto, a jovem coreana colocou o pano em cima do tornozelo inchado de Mina, que estremeceu com a dor e soltou um gemido baixinho. “Desculpa, está doendo muito?”

“Sim, mas terei que suportar.” Mina respondeu, e fechou os olhos, tamanho era o incômodo que sentia. Por que torcer o tornozelo era uma tortura tão grande?

Chaeyoung tomava cuidado para não pressionar demais o pé ferido da outra jovem, e até segurou levemente em sua perna, para tentar lhe deixar mais confortável.

“Suas mãos melhoraram?” Mina quebrou o silêncio após um curto espaço de tempo.

“Sim, estão, mas creio que ainda vai levar alguns dias para elas voltarem ao normal.” Chaeyoung respondeu. “Obrigada pelo creme, ele ajudou bastante, mas você esqueceu ele no meu quarto depois d... Aquela noite.” Chaeyoungcorou ao se lembrar dos beijos.

“Tudo bem, pode ficar com ele, eu tenho outro.” Mina respondeu, também bastante nervosa e desconcertada com a lembrança. Praguejava contra si mesma em pensamento por ter tido aquele comportamento estúpido.

“Muito obrigada.” Ela agradeceu, mas estava muito envergonhada pelos acontecimentos passados, e para ajudar agora ainda tinha contra si o fato de estar espionando Mina. Ela estava torcendo para que a garota não perguntasse nada sobre aquilo e que realmente estivesse acreditando que fora uma simples obra do acaso ela estar ali na hora de sua queda.

“Você estava me olhando dançar?” Chaeyoung olhou assustada para Mina ao ouvir aquela pergunta. Parece que a outra pôde ler seus pensamentos.

Mina sabia que Mariko a estava olhando, e achou aquilo até meio estranho e estava se segurando para não falar nada, mas falhou e sua curiosidade foi maior, acabando assim por fazer aquele questionamento, só para ver o que a coreana lhe diria.

“Desculpa, prometo que não vai acontecer de novo.” Não adiantava negar algo tão óbvio, então Chaeyoung nem perdeu seu tempo tentando inventar uma mentira, apenas se desculpou, bastante envergonhada.

“Não precisa se desculpar.” Mina disse de forma carinhosa e calma. Não sabia porquê, mas sentiu seu coração bater mais forte se imaginando dançando para a outra jovem. Como toda bailarina, ela queria ser vista e notada, mas ser vista e notada pela coreana  tinha um sabor especial.

Não demorou para Kimi aparecer ali novamente.

“Eu já falei com o Dr. Kawamoto, e mais tarde ele passará para ver como está o seu tornozelo.” Ela falou para Mina, se aproximando da cama. “Pode sair, eu cuido da minha filha agora.” Ela falou de forma seca para Chaeyoung, que prontamente se levantou da cama, mas ainda tomando todo o cuidado do mundo para não bater o pé machucado da outra em si mesma ou mesmo no colchão.

“Com licença.” Ela falou baixinho e deixou o quarto, enquanto Kimi tomou o seu lugar.

“Você vai ficar bem, não se preocupe, eu sei disso.” Kimi falou em um tom de voz amável. “Sei que está se sentindo pressionada, mas fique tranquila, você vai se sair muito bem na apresentação.”

“E se eu não me sair? E se eu cair na frente de todo mundo? Serei uma vergonha para você, todos vão falar que só consegui o papel por ser filha de Okimoto Kimi.” Mina falou, pois sabia que viraria uma piada na boca dos bailarinos japoneses. Muitos sempre a olharam com desdém, e até afirmavam que ela era beneficiada por sua mãe ter história na dança.

“Isso não vai acontecer, eu tenho certeza.” Kimi respondeu com firmeza. “Para ser uma bailarina de sucesso, você precisa muito mais do que só dedicação, precisa de talento. Kira era dedicada, treinava muito, até mais do que eu, e isso não foi o suficiente, mas você tem talento, e é dedicada, por isso vai ser um sucesso.” Sua mãe lhe assegurou e sorriu, mas Mina não tinha tanta confiança assim em si mesma. “Lembra de quando você começou a dançar e tinha tanto medo de errar os passos e cair? Às vezes parece que você não mudou nada, minha filha.”

Mina suspirou fundo. Realmente, ela sentia muitas vezes que aquela menininha insegura ainda vivia dentro dela, e nos momentos em que ela mais precisava agir como uma mulher adulta, ela aparecia e tomava conta da situação.

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Mais tarde naquele mesmo dia, o Dr. Kawamoto foi consultar Mina. O médico confirmou o que Kimi já havia falado: a torção no tornozelo não havia sido uma lesão mais grave, com repouso por alguns dias, um anti-inflamatório e analgésicos a jovem estaria pronta para dançar novamente em uma semana.

Os remédios deixaram Mina sonolenta, então pouco depois de jantar, ela acabou adormecendo.

Kimi entrou em seu quarto, e viu sua filha dormindo, e a expressão serena e quase angelical em seu rosto tornava impossível, ela não recordar de quando aquela mulher crescida ainda era uma menina que tinha medo de trovão.

A mulher caminhou lentamente até a cama, sentou-se ao lado dela, e começou a acariciar seus cabelos negros e depois lhe deu um beijo na testa.

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Japão, 1925

Chovia forte naquela noite. Os trovões ecoavam pelos cômodos e os relâmpagos através das janelas clareavam a casa toda.

Kimi estava deitada em sua cama sozinha, sem conseguir dormir. Haru estava servindo na Coreia. Ela sentia muito a falta do marido, principalmente à noite, quando se deitava para dormir e via o outro lado da cama vazio. Não tinha como não pensar nas palavras cruéis de Kazuya, seu pai, dizendo que seu destino ao se casar com um soldado era ser viúva nova, e ela estremecia só de pensar que Haru não poderia mais voltar.

“Mamãe.” Ela ouviu a voz de Mina vindo da porta, e então sentou-se na cama, para ver a pequena Mina, com cinco anos, parada na porta, abraçada a seu inseparável pinguim de pelúcia, um que seu pai comprou antes mesmo dela nascer. “Estou com medo, mamãe.”

“Vem aqui, filha.” Kimi falou, e a menina correu até a cama, e sentou-se ao lado de sua mãe, então um relâmpago iluminou o quarto, seguido por um trovão estrondoso, que fez tremer até a janela. Muito assustada, Mina colocou as mãozinhas nas suas orelhas, tentando amenizar o barulho. “Filha, não precisa ter medo, não vai acontecer nada, você pode dormir com a mamãe hoje.”

As duas então se deitaram lado a lado, e Kimi abraçou Mina em uma conchinha.

“Estou com saudades do papai.” Mina sussurrou. “Quando ele está aqui, eu não fico com medo do trovão.”

“Logo ele vai voltar.” Kimi respondeu, e toda vez que Mina mencionava Haru, ela sentia um aperto no peito. Pensar em perder o marido era terrível, mas era ainda pior, imaginar o que seria de Mina, o que ela falaria já que ela era muito pequena e não tinha nenhuma condição de entender o que era uma guerra, e o que poderia acontecer com seu pai quando ele estava longe de casa.

“Espero que ele não demore muito.” Mina disse enquanto abraçava o seu pinguim de pelúcia, e Kimi apertou ainda mais a menina contra seu corpo, rezando em pensamento para que seu marido estivesse protegido e voltasse ileso para casa.

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Alguns dias se passaram, e tomando todas as precauções necessárias, e seguindo fielmente as ordens médicas, Mina logo se recuperou e já estava pronta para voltar aos ensaios. Felizmente a queda e a torção do tornozelo foram apenas um susto.

Uma semana após o ocorrido, Mina iria voltar para as aulas.

Era um típico dia de verão: quente e ensolarado, com quase nenhuma nuvem no céu, mas apesar do clima amigável e de estar feliz por ter se recuperado rápido, Mina ainda se sentia insegura e com medo de sofrer outra queda durante os saltos finais.

Antes de ir para a companhia, ela tomou um banho quente, mesmo no verão ela não gostava de banhos frios, e também porquê era uma das melhores maneiras que ela encontrara para relaxar.

Enquanto ela se banhava, Chaeyoung entrou em seu quarto para arrumá-lo. Mina já havia arrumado a própria cama e as coisas estavam sempre no lugar, Mina era muito organizada e raramente suas coisas ficavam bagunçadas, então não havia praticamente nada para fazer, a coreana só ia mesmo passaruma vassoura no chão, e assim ela começou a realizar sua tarefa cotidiana, quando os papéis e a tinta na escrivaninha do quarto chamaram sua atenção, mais uma vez.

Chaeyoung sabia que não deveria tocar naquilo novamente,agora que suas mãos estavam normais de novo, mas ela precisava fazer alguma coisa. Sabia que Mina estava insegura e nervosa após o incidente da semana anterior, e queria deixar uma mensagem carinhosa para que ela se sentisse mais a vontade, e como ela não sabia escrever, a única forma de fazer aquilo seria através de um desenho.

E assim o fez: ela pegou um pedaço pequeno do papel, e fez um desenho rápido, com medo de Kimi entrar ali a qualquer momento e lhe castigar de novo, mas dessa vez a sorte parecia estar do seu lado, e assim que ela terminou sua arte, dobrou o papel em dois, e o colocou em cima da cama, próximo ao travesseiro da outra moça.

Ela voltou a varrer o quarto, quando Mina saiu do banheiro, com um robe de cetim azul marinho e os cabelos molhados, quando Chaeyoung a olhou ficou até meio desconcertada de tão linda que Mina estava.

“É... Com licença, eu volto para terminar isso depois.” Ela falou ainda embasbacada com a beleza da jovem japonesa. Mina apenas sorriu timidamente, e logo que Chaeyoung deixou o quarto, ela notou o pequeno pedaço de papel em cima de sua cama. Curiosa, ela o pegou e assim que abriu ficou emocionada com o seu conteúdo: estava desenhada ali uma pequena bailarina e um coração logo abaixo dela.

Ela soube que era Mariko quem desenhara, eram seus traços e aquilo era uma forma carinhosa de lhe desejar sorte em seu retorno aos ensaios. Mina dobrou o papel, com um sorriso doce nos lábios, e o colocou na gaveta de seu criado-mudo.

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Naquela tarde, Mina fez um dos melhores ensaios de toda a sua pequena carreira como bailarina. Ela não errou nem sequer um movimento, nem sentiu aquela insegurança que a perseguia há tempos. Ocorrera tudo de forma tão tranquila e harmoniosa, que parecia até como se houvesse um toque de mágica.

Ela saiu da companhia com um sorriso grande e satisfeito no rosto, após ouvir uma chuva de elogios de madame Tayoko.

Assim que chegou em casa, ela não encontrou Kimi em lugar nenhum, e foi até a cozinha, onde Izumi estava preparando o jantar.

“Com licença, Izumi, você sabe onde está a minha mãe?” Ela perguntou.

“Ela pediu para avisar que foi até a casa de sua avó, aparentemente ela não passou muito bem essa tarde.” Izumi respondeu, enquanto preparava o macarrão.

“Nossa.” Mina murmurou, pensando em Reiko. Era difícil vê-la, apesar de morarem na mesma cidade, por todas as questões entre Kimi e Kazuya, mas a jovem gostava muito de sua avó materna. “Espero que não tenha sido nada grave.” Mas a ausência de Kimi, deu uma ideia para Mina. “Você sabe onde está Mariko?”

“Acho que ela está no quintal, terminando de recolher algumas roupas.” Somi respondeu, e Mina agradeceu antes de sair da cozinha e ir para o quintal.

Somi ficou pensativa. Ela sabia que Mina e Chaeyoung tinham uma espécie de ligação, talvez por serem meninas e terem idades próximas, mas ultimamente ela não pôde deixar de notar que as coisas estavam mudando, tanto que Chaeyoung fora castigada severamente por causa de Mina (pelo menos no ponto de vista dela e de Inbok) e mesmo assim não ficou com raiva da garota.

Era notório que Chaeyoung não gostava que falassem mal de Mina, e sempre que podia, defendia a jovem, alegando que ela era diferente de seus pais, e Somi não podia dizer que Mina a havia tratado mal, porquê isso nunca aconteceu, mas ela não sentia nenhuma afeição pela garota. Como ela poderia ter afeição pela filha do homem que matou seus dois meninos?

Quando Haru estava em casa e passava tempo com Mina, conversando, brincando, abraçando-a, ela só conseguia sentir raiva pois ele a privara de passar momentos assim com seus filhos, matando-os covardemente, enquanto eles imploravam por misericórdia. Os sons dos tiros que tiraram a vida de Yunho e Kinam ainda ecoavam em sua cabeça todas as noites.  Não foram poucas as vezes que ela acordou no meio da madrugada, com o coração disparado, chorando e se lembrando de seus dois amáveis filhos adolescentes que foram brutalmente assassinados por Haru bem na sua frente.

E toda vez que ela olhava para Mina, ela se lembrava de seu desprezível pai e não entendia como Chaeyoung não sentia o mesmo quando a via.

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Mina chegou no quintal, onde Chaeyoung terminava de recolher as roupas, e Inbok estava sentado no degrau de seu quartinho, comendo pêssego.

“Oi, Mariko.” Mina cumprimentouChaeyoung, que foi pega de surpresa com aquela visita.

“Oi, Mina.” Chaeyoungrespondeu meio nervosa. Inbok apenas observou a cena, mas não disse nada.

“Eu queria saber se você pode me acompanhar por alguns minutinhos, eu queria te mostrar uma coisa.” Chaeyoung abriu um pequeno sorriso e olhou para Inbok.

“Você pode terminar de recolher as roupas para mim?” A jovem coreana perguntou para o rapaz, que concordou meio contrariado, e então se levantou de onde estava e foi até Chaeyoung.

“Só toma cuidado para sua mãe não ver vocês duas juntas, se não depois não é você quem tem que limpar a casa com querosene.” Inbok falou em um tom ácido para a japonesa, surpreendendo as duas garotas. Mina sentiu-se bastante envergonhada, ela ainda se sentia muita culpada pelo castigo que Mariko recebera.

“Não vou deixar que isso aconteça de novo, Toru.” Mina falou com uma firmeza falsa, ela sabia muito bem que não poderia impedir Kimi de fazer qualquer coisa, mas tomaria mais cuidado para que elas não fossem pegas dessa vez.

As duas entraram na casa, enquanto Inbok começou a recolher as roupas, com raiva.

“Toru...” Ele murmurou com deboche. “Odeio esse nome horroroso!”

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Chaeyoung seguiu Mina pelo corredor em silêncio.

“Me desculpa pelo o que ele falou lá fora.” A coreana falou sobre as palavras de Inbok.

“Está tudo bem, e ele também está com a razão, mas eu não vou deixar que minha mãe te castigue novamente.” Mina fez outra vez uma promessa vazia e que não poderia cumprir.

E no final das contas, Mina a levou para a sala onde ela dançava, o que deixou Chaeyoung surpresa e curiosa,e quando Mina começou a tirar seu kimono, ela sentiu seu coração bater acelerado, mas o que estava por baixo daquela roupa era o seu collant preto.

Então ela ligou a música, e começou a dançar. Chaeyoung abriu um sorriso, e ficou ali parada, admirando a outra jovem mostrando o seu talento e beleza durante aquela dança.

Mina era linda, magnífica, e tinha todo um charme e sensualidade que a tornavam única. Chaeyoung não conseguia pensar em nenhuma pessoa que pudesse ser mais bonita que ela.

Quando a bailarina terminou sua dança, ela sorriu para Chaeyoung. Mais uma vez havia sido perfeita e sua confiança só fazia aumentar. Chaeyoung a aplaudiu, também sorrindo.

“Você estava maravilhosa.” A coreana falou, e então Mina se aproximou dela.

“Eu queria agradecer pelo desenho que você deixou para mim mais cedo, estou certa de que ele me deu muita sorte hoje.” Mina falou, muito agradecida por aquele gesto tão genuíno e carinhoso.

“De nada, eu fico feliz por você ter gostado.” A jovem respondeu timidamente.

“Você é sem dúvida uma das melhores pessoas que conheço, fico feliz por ter você na minha vida.” Mina abraçou Chaeyoung após dizer aquelas belas palavras, e logo após as duas se afastaram alguns centímetros, e se encararam por uns três segundos, antes de Mina segurar no rosto da jovem coreana e lhe beijar profunda e intensamente.

Bom, ambas as garotas ainda não eram capazes de compreenderem seus sentimentos, nem o desejo que sentiam uma pela outra, e no final, descobriram que nessa vida existem muitas coisas que não têm explicação, elas apenas estão destinadas a acontecerem.

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Obrigada a todos que leram e até segunda <3

Bom domingo!


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