1. Spirit Fanfics >
  2. Powerful >
  3. A verdade

História Powerful - A verdade


Escrita por: RocMo

Notas do Autor


Olar, migonces.

Eu ia postar esse capítulo amanhã, mas terei um dia cheio de coisas pra fazer, então não sei se daria tempo, por isso estou adiantando.

Queria agradecer a todos e dizer que estou muito feliz por essa fic ter alcançado mais de 50 favoritos e quase 100 comentários. Muito obrigada mesmo <3

No mais, boa leitura.

Capítulo 11 - A verdade


... “Você é sem dúvida uma das melhores pessoas que conheço, fico feliz por ter você na minha vida.” Mina abraçou Chaeyoung após dizer aquelas belas palavras, e logo após as duas se afastaram alguns centímetros, e se encararam por uns três segundos, antes de Mina segurar no rosto da jovem coreana e lhe beijar profunda e intensamente.

O beijo durou longos segundos, e dessa vez Mina não se afastou quando Chaeyoung colocou as mãos em sua cintura.

“Você é tão linda, Mina...” Chaeyoung murmurou entre os beijos rápidos que elas trocaram logo após aquele beijo mais longo.

Mina não sabia direito o que sentia, mas havia algo diferente em Mariko, pois ela havia beijado Yoshiro tantas vezes, mas nunca se sentira daquela mesma maneira com ele.

Os lábios da coreana eram macios, seu cabelo era sedoso e seu toque delicado, mas ao mesmo instigante. Mina sentiu um arrepio gostoso percorrer por toda a sua espinha enquanto beijava a outra garota.

Mina então começou a dar beijinhos no rosto de Chaeyoung, enquanto colocou as mãos no pescoço dela, e a jovem sorriu, sentindo os lábios da bailarina contra a face que Kimi já havia estapeado tantas vezes.

“Acho que é melhor pararmos por aqui.” Mina disse, se afastando um pouco de Chaeyoung, mas com as bochechas púrpuras, um pouco de nervoso, mas também de excitação. “Minha mãe pode chegar a qualquer momento.”

“Sim, eu sei.” Chaeyoung respondeu. “Eu preciso terminar minhas tarefas também, mas obrigada por tudo.” E logo em seguida, deixou a sala.

Mina sentou-se no chão, e encostada na parede, onde apoiou a sua cabeça, ainda tentando assimilar tudo o que estava acontecendo. Sabia que estava perdendo o controle de seus sentimentos, mas dessa vez não se importava, na verdade, era uma sensação boa. Nunca havia se sentido tão viva.

/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/

Demorou um pouco ainda para Kimi chegar em casa, e quando ela o fez, Mina já havia até jantado sozinha, mas voltou para a sala de jantar para saber notícias da saúde de sua avó Reiko.

“Boa noite, mãe.” Mina cumprimentou Kimi, assim que a encontrou.

“Boa noite.” Kimi respondeu, visivelmente cansada.

“Como está a vó? O que houve com ela?”

“Ela está bem agora, foi uma queda de pressão, mas eu demorei para voltar porquê ela insistiu que eu ficasse mais tempo, disse que estava com saudades.” Kimi explicou para a filha. “E o ensaio? Como foi?”

“Nossa, foi muito bom, eu dancei muito bem, não errei nenhuma vez, por incrível que pareça.” Kimi abriu um sorriso satisfeito ao ouvir aquilo. “Madame Tayoko ficou tão animada com o meu desempenho, que eu nem mesma estava acreditando.”

“Eu falei que daria tudo certo, não falei? Eu conheço uma bailarina talentosa quando vejo uma.” Mina sorriu, orgulhosa de si mesma ao ouvir sua mãe dizer aquilo.

/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/

Somi, Chaeyoung e Inbok jantavam. Chaeyoung estava sentada de frente para o jovem coreano, e Somi estava ao lado do filho. O rapaz estava muito incomodado com a grande e recente aproximação de Mina e Chaeyoung. Ele não achava aquilo certo e não iria aceitar.

“O que Mina queria com você?” Ele perguntou para a garota, que se surpreendeu e ficou um tanto sem graça com a indagação.

“Ela só queria...” Chaeyoung começou, mas não conseguiu pensar em nenhuma mentira convincente e em hipótese alguma poderia falar a verdade. “Ah... Por que você quer saber? Isso não é assunto seu.” Ela acabou por falar, com certa impaciência.

“Você sabe que essa aproximação sua com Mina não é boa, isso só te trouxe problemas.” Ele argumentou.

“Eu sei o que faço da minha vida.” Ela retrucou, e Inbok abriu um sorriso irônico e debochado.

“Não é o que me parece, pois se soubesse, não ficaria para cima e para baixo com a filha do maldito que matou sua família!” Chaeyoung levantou a cabeça e encarou o garoto.

“Quantas vezes vou ter que dizer que Mina não é igual a ele?” Ela já estava chegando ao seu limite. Inbok era seu amigo, e ela o amava quase como um irmão, mas aquela implicância dele com Mina e a mania dele querer mandar em sua vida a irritava. Ela tinha consciência de que ele era bem intencionado, mas ainda a irritava demais essa superproteção que ela não pediu.

“Um fruto nunca cai longe da árvore, Chaeyoung.” Ele falou num tom calmo, mas provocativo. Somi apenas observava os dois jovens cada vez mais alterados. “Você sabe que quando aquele merda do noivo dela voltar da China provavelmente trará alguma criança chinesa para ser a escravinha deles depois do casamento e ela nem se lembrará que você existe, e você vai ficar aqui, esquecida e obrigada a servir aquela nojenta da Kimi pelo resto de sua vida.”

As palavras de Inbok feriram Chaeyoung de uma maneira brutal. Aquele era um de seus maiores medos, e isso a deixava bastante magoada. Ela nem sequer conseguiu pensar em uma resposta à altura, pois um nó se formara em sua garganta, só queria mesmo socar o rapaz. Mesmo sendo baixinha e franzina, Chaeyoung sabia que o seu soco iria doer bastante tamanha era a raiva que sentia.

“Chega!” Somi interferiu, com impaciência. “Eu não quero ouvir mais nenhuma palavra sobre isso! Só quero poder comer em paz, e que vocês dois fiquem calados!”

Inbok abaixou a cabeça após a bronca da mãe, e Chaeyoung já nem sentia mais fome. Seus olhos ficaram marejados, e tentou enxugar rapidamente as lágrimas que começaram a rolar por seu rosto, na tentativa inútil dos outros dois não perceberem o quanto estava machucada com aquela discussão, pois tanto Somi quanto Inbok notaram a sua situação.

Inbok se sentiu mal por ver que fizera Chaeyoung chorar, mas ele estava apenas tentando alertá-la e lhe mostrar a verdade, e isso era a coisa certa a se fazer.

O resto do jantar ocorreu em absoluto silêncio, e assim que Chaeyoung terminou de comer, ela lavou seu prato, e decidiu ir para cama.

“Boa noite, Somi unnie.” Ela falou para a mulher, que respondeu baixo e depois seguiu para o seu quarto, ignorando Inbok, que lhe acompanhou com o olhar.

“É assim que você pretende conquistar o amor de Chaeyoung?” Somi perguntou de forma irônica para o filho.

“Não fiz nada de errado, mãe.” O rapaz se defendeu, chateado. “Ela está se iludindo achando que Mina é diferente dos pais dela, eu só quero lhe mostrar a verdade.”

“Você sabe que ela é teimosa, nós a conhecemos há dez anos, ela sempre foi assim, sempre gostou de Mina, sabe-se lá porquê.” Somi comentou. “Não há nada que você possa fazer sobre isso, meu filho, aceite.”

Inbok engoliu seco, e terminou o seu jantar em silêncio. Após lavar seu prato, ele saiu da casa e seguiu para o seu quartinho, ainda bastante irritado e chateado.

“Vamos ver se não tem nada que eu posso fazer sobre isso.” Ele falou baixinho, disposto a acabar com aquela amizade a qualquer custo, e já estava pensando em como.

/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/

Chaeyoung estava deitada em sua cama, com o tigre de origami que Mina havia lhe dado há algumas semanas atrás em suas mãos.

Ela chorava silenciosamente, remoendo as coisas que Inbok lhe dissera. Seu coração ficava apertado só de pensar naquilo, que quando Yoshiro voltasse, Mina se casaria e viveria longe dela. Seria mais uma perda em sua vida. Ela tinha Somi e até mesmo Inbok, mas Mina tinha um significado especial para ela, algo que nem ela sabia explicar o que era.

Nunca na sua vida, passou pela sua cabeça se envolver com uma mulher. Seus pais não aprovariam, claro, aquilo era uma coisa de outro mundo para qualquer um que olhasse de fora, e que não estivesse em sua pele, sentindo o que ela sentia.

Ela havia perdido sua família, sua casa, e até mesmo sua infância e adolescência nas mãos de Haru. Havia perdido sua vida e sua alma, estava presa em uma situação terrível, em um poço fundo, onde não havia nenhum sinal de luz, mas agora, tudo começava a mudar, e talvez uma pequena fresta de luz pudesse iluminar a sua vida, e tornar seus dias cinzentos, ensolarados, e essa luz somente Mina era quem podia lhe trazer, perdê-la significava voltar para aquela escuridão horrorosa que fora sua vida durante a última década.

Sentia ódio de Yoshiro, e desejou que ele não mais voltasse, mas sabia que isso era muito improvável de acontecer, pois além do Exército do Sol Nascente ser muito forte e poderoso, ele ainda estava sob a proteção de Haru, que não deixaria que nada de ruim acontecesse a seu futuro genro.

Quando era criança, Chaeyoung perdeu toda a alegria de viver nas mãos de Haru, e agora seria Yoshiro quem levaria embora qualquer esperança de uma vida com o mínimo de felicidade para ela.

Yoshiro seria o novo Haru na vida de Chaeyoung, essa era a verdade.

/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/

No dia seguinte, logo que Chaeyoung se levantou e foi para a cozinha, encontrou Inbok ali, esperando por ela.

“Bom dia, Chaeyoung.” Ele a cumprimentou, mas ela o ignorou e passou reto, ainda estava muito magoada com o rapaz. “Chaeyoung” ele insistiu, e a segurou pela mão, forçando-a a se virar e falar com ele.

“Me solta, Inbok, eu não quer falar com você!” Ela respondeu com raiva, e se desvencilhando do rapaz.

“Chaeyoung, me perdoe, por favor.” Ele disse, bastante aflito. “Eu sei que eu agi feito um idiota ontem, e eu sinto muito, eu peço desculpas.” Chaeyoung cruzou os braços e respirou fundo. “Minha intenção nunca foi te fazer chorar, eu não gosto que você sofra, quando você sofre, eu sofro também, você sabe.”

“Tudo bem, eu te perdoo.” Chaeyoung respondeu, sem muitos rodeios. Ela sabia que ele não era mal intencionado, mas também sabia que ele claramente estava apaixonado por ela, e não queria dar falsas esperanças para ele.

“Olha, eu trouxe um presente.” Ele pegou de cima da mesa uma maçã, um pêssego e duas camélias: uma rosa e outra vermelha. “Eu os colhi logo que acordei, é para o seu café-da-manhã.”

“Obrigada.” Ela agradeceu, pegando as frutas e as flores que Inbok lhe entregou. Ele achava aqueles gestos bonitos e até nobres, mas não conseguia sentir seu coração disparar ou mesmo se emocionar com aquilo, diferentemente de quando Mina lhe presenteava.

“Então, amigos de novo?” Ele perguntou, de forma tímida, de um jeito que lembrava seu comportamento quando ele ainda era um menino.

“Nunca deixamos de ser.” Ela respondeu com um pequeno sorriso amigável, e ele também sorriu, só que bem mais animado e piscou para Chaeyoung antes de voltar para o quintal.

Chaeyoung respirou fundo, só pensando em como aquelas duas camélias lhe fizeram lembrar de Mina, já que o cabelo dela exalava um perfume suave daquelas mesmas flores.

/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/

O resto do dia, Inbok ficou vagando pelo quintal, aparando flores, recolhendo folhas e também retirando aquelas ervas-daninhas chatas que insistiam em nascer no meio do canteiro de rosas, mas quando ele viu Mina saindo para ir levar uma carta para seu pai no correio, percebeu que não poderia perder aquela oportunidade.

Ninguém sabia, mas Inbok havia feito um buraco na cerca que dava acesso à rua, que graças as trepadeiras que ali ficavam, não podia ser visto. Ele usava aquela passagem para sair durante as noites mais quentes. Conhecia muito de Osaka, e até achava a cidade bonita, mas não chegava nem perto da beleza de sua Coreia.

Ele teve muitas oportunidades de fugir, mas não iria e nem poderia abandonar sua mãe e Chaeyoung, e nunca contou para elas dessa passagem, para não preocupá-las, especialmente Somi, que temeria muito por sua segurança durante as madrugadas que ele vagava pelas ruas.

Mas foi usando aquela passagem, que ele conseguiu seguir Mina pelas ruas. Manteve uma boa distância, para que ela não o avistasse ou percebesse sua presença. Ele precisava abordá-la no momento certo, em um lugar com pouco movimento.

E não demorou para surgir aquela oportunidade: logo que Mina virou-se e entrou em uma rua mais estreita e pouco movimentada, Inbok correu para alcançá-la.

Ao ouvir passos rápidos se aproximando, Mina se assustou e olhou para trás, se surpreendendo ao ver que era Toru quem havia se aproximado.

“Precisamos conversar, dona Mina.” Ele falou, bastante sério.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


A partir de agora estamos praticamente na reta final, então só vem tiro, porrada e bomba.

Obrigada por lerem e até a próxima!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...