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História Treinados para Amar ou Matar? - Cap. 000 - Ponto ao anoitecer (Prólogo)


Escrita por: SophMendes

Notas do Autor


Oi, espero que gostem.
Me desculpe erros de qualquer tipo.

Tenham uma boa leitura ^.^

Capítulo 2 - Cap. 000 - Ponto ao anoitecer (Prólogo)


Fanfic / Fanfiction Treinados para Amar ou Matar? - Cap. 000 - Ponto ao anoitecer (Prólogo)

Arco 1 - Olhos bem abertos são sempre melhor para enxergar coisas que normalmente não conseguimos ver. 

"É perigoso o quão destruído eu estou 

Me salve porque eu não consigo me controlar 

Não consigo 

 

Escute as batidas do meu coração 

Ele está te chamando por vontade própria 

Nessa escuridão 

Você está brilhando tanto 

 

Me dê a sua mão me salve, me salve 

Eu preciso do seu amor antes que eu caia, caia 

Me dê sua mão me salve, me salve 

Eu preciso do seu amor antes que eu caia, caia" (Save me - BTS) 
 

 

~Eu segurei sua mão, não importa por quanto tempo... eu segurei sua mão... 

 
 

Ponte ao anoitecer.

Jungkook

O céu coberto por nuvens acinzentadas me chamou a atenção, anunciando com uma trovejada que a chuva, já prevista para aquela noite, estava preste a acontecer. Gotas começaram a cair aos poucos e com o passar dos segundos a chuva foi tomando mais força. Olhei em volta tentando encontrar um abrigo, mas não havia nenhum já que eu estava na ponte que fazia a ligação da escola com a cidade.

Tomando uma decisão rápida e decidi continuar caminho pela ponte deserta, mas depois de um pouco caminhar comecei a enxergar com cada vez mais clareza uma silhueta. Meus passos foram desacelerando a medida que fui me aproximando e reconhecendo quem era.  

Kim Taehyung.

O que ele está fazendo ali? - Me perguntei enquanto analisava seu corpo em pé na ponta do muro da ponte.

Com a proximidade e a pequena desaceleração de meus passos eu pude perceber os sapatos jogados no chão, de modo desarrumado, antes de notar todos os rasgões na roupa de dele. 

-Tae... - Sussurrei seu nome - o que você esta fazendo?! - Perguntei alto o suficiente para que ele ouvisse, mas não se assustasse. Tinha a consciência de que ele poderia cair lá em baixo sem querer, ou melhor, por querer, pois toda a cena indicava que ele queria se suicidar. 

-Vai embora! - Era primeira coisa que ouvia vindo dele depois de quatro anos e mesmo assim não precisei que me olhasse para saber que ele estava chorando. Mesmo com o passar do tempo eu ainda reconhecia sua voz de choro. Quantas vezes eu já vi e ouvi ele chorando? Varias. 

-Ei, saía dai! - Mantive a voz controlada para não causar estragos. 

-Não! Eu já disse, vá embora! 

-Não posso deixar que faça isso! - O encarei com a visão sendo atrapalhada pela chuva que somente aumentava mais e mais. 

-Isso não é da sua conta! Vá embora! - Ordenou. 

-Se você vai fazer o que eu tenho quase certeza de que vai fazer, pelo menos que diga o motivo a alguém, as pessoas vão se perguntar o "Porquê" mais tarde - Não queria soar sarcástico, mas de alguma forma soei. Eu só queria ganhar mais tempo para pensar em alguma coisa. Eu não quero que ele faça o que eu acho que ele quer fazer.

-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!! - O grito dele ecoou pelo local como um pedido de socorro - Por que comigo?! Essa coisa ruim que cresce dentro de mim! Por que comigo?! - Olhou para o céu como se falasse com alguém. 

-Ei! Você não é ruim, as pessoas a sua volta é que são! - Me aproximei com cuidado.

-Você não sabe do que está falando. - Tae ironizou e fez uma pequena pausa - Você nem mesmo sabe do que está falando. - Usou um tom de voz sério - Essa é a única forma de acabar com tudo isso... - Usou um tom baixo para dizer aquilo.

Olhei em volta. A rua deserta, os sapatos dele jogados quase que no meio da rua junto com o casaco do uniforme, a camisa de manga comprida e branca rasgada em algumas partes, os cabelos balançando ao vento gelado que nos cercava. 

Droga! 

-Quer saber...?! - Tirei a mochila das costas e a joguei no chão, ficando de um segundo para o outro, em um salto, de pé na beirada do muro ao lado dele - Eu... eu... eu... - As palavras me faltaram por causa da altura. 

Droga! 

-O está fazendo? - Pela primeira vez Tae olhou para mim. Fazendo eu analisar o seu rosto levemente arrendonda, os olhos castanho escuro, os lábios um tanto carnudos e avermelhados, acompanhados por um corte acima do lábio superior e um hematoma na bochecha esquerda. 

Quem fez isso? - A pergunta surgiu em minha mente, mas não ousei fazê-la. 

-Já estou envolvido. - Olhei para frente. Mesmo com o medo me dominando me mantive firme sem sair do lugar.  

-Você não deveria estar aqui. - Havia surpresa e tristeza em seu tom de voz, o que me fez voltar a olha-lo. Uma lágrima, sem que Tae quisesse, escapou por seu olho direito e foi quando percebi que Tae não estava apenas com o rosto molhado pela chuva, mas também molhado por lágrimas que se misturavam a ela, tornando assim praticamente impossível de percebe-las. 

-Nem você. - Meus olhos percorreram por seu corpo tentando encontrar um motivo para tudo aquilo. Alguém havia batido nele, suas roupas e rosto marcado só me deixavam ter certeza daquilo e a vontade de bater, não, de espancar o desgraçado que fez aquilo começou a me dominar, ao ponto de eu querer perguntar quem era. 

-Vai embora! Você não precisa ver isso! - Ele quase sussurrou a ultima frase, enquanto fechava seus olhos e voltava a virar sua cabeça para frente. 

Quando percebi o passo que ele daria para ficar ainda mais próximo da beirada, senti meu corpo enrijecer.  

Tem razão, eu não posso ver isso - Suspirei fechando os olhos por um breve momento.  

-Ah, - Saltou o ar - acho que isso é um adeus - Sussurrou enquanto se inclinava para frente, mas fui mais rápido. Sem que me desse conta,eu o estava puxando para trás, enquanto meu corpo, pela força do puxão, inclinava-se para frente e por uma fração de segundos nossos olhares se encontraram, antes que eu me desequilibrasse, caindo para frente.  

Enquanto eu sentia meu corpo cair, o que era uma sensação desconfortante, e o medo me dominando, eu fechei meus olhos como se realmente não fosse mais necessário olhar para aquilo. Eu logo senti o meu corpo bater contra as águas rasas e as pedras do rio que fluía abaixo da ponte. 

A dor foi algo que só por um segundo senti, antes da escuridão me dominar e a consciência já não ser mais um privilegio dado a mim.   

 


Notas Finais


Obrigado por ler até o final.
Comente o que achou.
Indique aos amigos.
Até qualquer hora.
Beijinhos.


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