História Prazer, a filha do batman - Prólogo

Pov Margot

Eu não me recordo bem de quando foi a última vez que vi meu "pai".

Eu deveria ter por volta de uns treze anos de idade. Nessa época eu ainda morava em Ghotam, e foi quando a minha mãe descobriu que Bruce era o morcego que combatia os criminosos durante a noite.

Sim, meu pai era o batman. 

Mas não pense que eu sabia disso desde o início. Muitas coisas ocorreram antes que eu descobrisse. Na verdade, Não era nem pra mim saber.

Mas isso não é algo do qual eu me orgulhasse, afinal, isso revivia em mim recordações que eu gostaria de esquecer.

Flash back

Eu estava indo com minha mãe até o banco central de Ghotam. Eu não entendia bem o motivo dela estar tão chateada, mas pelo que me parece, minha mãe havia descoberto algo sobre papai. Será que ele havia traído ela? Eu espero que não. Não queria que eles se separassem.

Quando percebi, já estávamos no banco. Pessoas corriam de um lado para o outro apressadas, alguns com telefones na mão e outros segurando papéis que pareciam ser importantes.

Grande coisa. Era apenas papel.

Minha mãe sacou um dinheiro de um alto valor no caixa eletrônico, e quando nos viramos, ouvimos barulhos de tiros e pessoas gritando desesperadas.

Fui jogada ao chão pela minha mãe em uma tentativa de não ser atingida por alguma bala perdida.

Vários homens mascarados invadiram o banco e começaram a recolher o dinheiro dos cofres, enquanto que outros recolhiam pertences das vítimas.

Logo, um desses homens mascarados vieram até nós. Ele apontava uma arma que era muito mais assustadora do que nos filmes.

- O que vocês tem? - O homem perguntou com a voz abafada por conta da máscara, que por sinal era ridícula. Quando ele viu que nem eu nem minha mãe iríamos dizer algo, ele engatilhou a pistola, e eu senti um pavor tomar conta de mim. - FALEM LOGO, PORRA!

Minha mãe estava paralisada de pavor, assim como eu. Acreditei que naquele momento morreriamos, mas quando o homem mascarado estava pronto para apertar o gatilho, um outro desparo foi ouvido, que não havia sido causado por ele.

O homem caiu no chão já sem vida, e a sacola de dinheiro em suas mãos foram pegas por um outro homem, que também se escondia por trás de uma máscara de palhaço.

Ele se virou para nós e senti seu olhar queimar-me por alguns instantes antes de pronunciar-se.

- Quando um bandido armado pedir seus pertences - Ele se abaixou perigosamente perto de mim e seus dedos cobertos por uma luva roxa puxaram a máscara, revelando o seu rosto palido, chocando-me - entreguem a ele tudo o que tem.

Então ele vestiu sua máscara novamente e levantou-se. Ele matou mais alguns de seus "comparsas" sem se quer dar ao trabalho de olhar para eles.

Estranhamente, um ônibus escolar invadiu o local derrubando tudo pela frente e ele matou o homem que até então digiria o automóvel.

Ele jogou todas as sacolas de dinheiro dentro do ônibus e antes de entrar, fitou-me por uma última vez. Seus lábios vermelhos ergueram-se em um sorriso que causou um arrepio em minha espinha.

Então ele entrou no ônibus e partiu para fora dali momentos antes da polícia chegar.

O homem vestido de morcego também havia chegado ao local, o que me surpreedeu. Nunca pensei que ele existiria de verdade. Sempre acreditei ser apenas uma lenda.

Minha mãe me ergueu do chão e puxou-me apressadamente para fora do banco com o auxílio de alguns policiais.

Eu ouvia alguns cochichos que diziam ser o coringa. O príncipe palhaço do crime. Oh, céus, e se realmente tivesse sido o coringa? Ele havia sorrido para mim. Ele havia  nos salvado daquele homem que iria atirar em mim e em minha mãe.

Talvez ele não fosse tão ruim assim.