1. Spirit Fanfics >
  2. Prazer, a filha do batman >
  3. De volta à vida do crime

História Prazer, a filha do batman - De volta à vida do crime


Escrita por: Hallsdeplyz

Notas do Autor


Boa leitura amores!

Capítulo 36 - De volta à vida do crime


Fanfic / Fanfiction Prazer, a filha do batman - De volta à vida do crime







 

- Oi, gata. - Respondeu-me. - Pode falar.

 

- Está muito ocupada?
 

- Não. - A ouvi rir do outro lado da linha. - Pode falar, amiga.
 

- Preciso da sua ajuda. - Falei enquanto olhava para os lados me certificando de que não havia ninguém por perto. - Para cometer um latrocínio.
 

- Hum... Ajudo sim. - Seu tom de voz não me soava animado com a ideia. - Quando?
 

- Hoje a noite? - Sugestionei, roendo minhas unhas ansiosamente.
 

- Tudo bem. Me encontre no endereço que vou lhe passar agora.

 

- Certo! - Falei sorridente. Logo nos despedimos e encerrei a ligação. Ela me enviou uma mensagem com as coordenadas de onde nos encontrariamos e então corri para me arrumar.
 

Tomei um rápido banho e coloquei um vestido, sandálias, fiz uma maquiagem leve (1) e deixei meus cabelos soltos. Me despedi de Alfred. Falei que iria à biblioteca da cidade.
 

Pegando uma moto na garagem da mansão, parti sem ser vista.
 

Assim que alcancei meu destino, estacionei com a moto e desci rapidamente. Atravessando a rua, percebi estar em frente à um dos maiores Shoppings de Gotham. Logo, avistei certas cabeleiras ruivas se aproximando de onde eu me encontrava. Assim que reconheci ser Hera, acenei para ela, sorridente. Ela trajava um macacão colado da cor verde musgo, que resaltava suas belas curvas. Nos pés, calçava um salto alto também verde.

 

- Hey, Mah! - Exclamou assim que chegou perto de mim. A abracei, que retribuiu.
 

- Como está? - Questionei quando finalmente nos desvenciliamos do gesto.
 

- Estou ótima. - Ela sorriu. - Mas então, está mesmo pronta? - Questionou desta vez em um tom um pouco mais sério.
 

- Claro! Então, por onde iremos começar? - Perguntei enquanto batia palminhas, animada. - Quem mataremos primeiro?
 

- Margot, espera. - Ela me puxou pelo braço antes que eu comessasse a andar. A fitei confusa, a espera que prosseguisse com suas palavras; - Tem certeza que é isso que quer?
 

- Sim... - Franzi meu cenho, meio confusa. - Pra falar a verdade eu não sei. Só sei que não quero voltar a ser a antiga Margot.
 

- Precisa ter certeza. - Ela me fitava com um semblante sério. - Depois disso, todos de Gotham lhe conhecerão como a vilã. Não haverá volta.
 

- Eles já me vêem como a vilã. - Ri sarcástica.
 

- Olha, eu tive uma ideia. - Ela sorriu. A fitei ansiosa. - Primeiro: vamos mudar esse seu visual. Você precisa usar roupas de vilã.
 

- Uau. - Sorri. - Gostei.
 

- E segundo: use uma máscara.
 

- Uma máscara?
 

- Isso! - Ela me olhava animada com sua ideia maluca. - Assim, ninguém vai saber quem é você. E então, se você tiver a certeza de que quer realmente ser a vilã, você retira a máscara e revela sua identidade.
 

- Tudo bem! - Falei determinada. - É uma ótima ideia.
 

- Então vamos! - Ela me puxou para dentro do shopping.
 

Passamos por dezenas de lojas, escolhendo roupas. E depois de quase uma hora, finalmente achamos um traje perfeito para mim.
 

- Exprimente isto! - Hera me entregou as roupas da vitrine. - Estarei lhe esperando aqui.
 

Assenti e então caminhei até o provador. Quando estava próxima do meu destino, uma vendedora parou na minha frente.
 

- Desculpe, senhorita, - Disse ela. - Mas você não poderá experimentar estas roupas.
 

- O que?! - Questionei indignada. - Só por que sou eu? Isso é ridículo! Eu vou pagar pela roupa! Não vou roubar!
 

- Não, senhorita, é que nossa loja não permite experimentar roup...
 

- É isso que eu ganho tentando ser uma pessoa boa! - Gritei, interrompendo as palavras daquela vadia. A empurrei para o lado para que saísse da minha frente.
 

Fui até o provador e troquei rapidamente de roupa. Coloquei um cropped branco super decotado e uma saia que ia até a metade de minhas coxas e que continha um suspensório. Passei um batom vermelho e uma sombra azul em um olho e uma sombra rosa no outro, logo em seguida complementando com um rímel e um delineador. Calcei os saltos e estava pronta! (1). Deixando minha antiga roupa para trás, chutei a porta do provador, a abrindo, e saí de lá enfurecida.
 

- Hera! - Gritei para a mulher à minha frente assim que a alcancei, que virou-se assustada com meu berro. - Vamos matar esses idiotas!
 

Peguei uma máscara em uma loja de fantasias ao lado da loja em que estávamos e assim que a vesti, Hera me entregou um revólver e então partimos para o ataque.
 

Hera atirava contra algumas vitrines, estrassalhando os vidros enquanto eu atirava nas pessoas que agora corriam desesperadas. Meu sorriso se estendia de orelha à orelha. Não podia estar mais feliz com aquilo.
 

E depois de alguns minutos tocando o terror ao lado de minha amiga, ouvimos várias sirenes do lado de fora do shopping. E assim, já sabíamos o que estava por vir.
 

- Então, - Começou Hera, se virando para mim. - Agora é a hora em que você tem de decidir se vai ser a vilã ou a mocinha permanentemente.
 

Respirei fundo. Não seria algo fácil, afinal. Caso eu decidisse me tornar a mocinha, eu teria de fugir dali sem ser vista e me passar por vítima. Mas, caso eu quisesse ser a vilã, eu retiraria essa minha máscara e mostraria quem realmente sou para toda a Gotham city.
 

Mas já havia tomado minha decisão. Tinha a plena certeza de que seria feliz com minha escolha.
 

Caminhamos calmamente até a porta principal do imenso shopping. Haviam dezenas de viaturas e policiais apontando suas armas para nós. Renee Montoya, a detetive chefe do departamento de Polícia, gritava através do megafone para que Hera e eu nos identificassemos e colocassemos as mãos na cabeça. Mas este não era o principal; Batman também estava lá.
 

Seu semblante sério acompanhado da máscara e fantasia de morcego sempre se faziam presentes. Nada anormal para um louco.
 

Hera lançou-me um olhar significativo e eu já sabia que tinha de tomar minha decisão final.
 

Sorri para ela e então, sem dizer uma palavra, soltei meus cabelos do coque que havia feito, os deixando cair sob os ombros e logo em seguida puxei a máscara de meu rosto, revelando quem era. Pude perceber que todos que assistiam à cena, de menos Batman, pareciam chocados.
 

Sim, Margot Wayne era a vilã.
 

- Coloquem as armas no chão e deixem suas mãos onde possamos ver! - Gritou o comissário Gordon. Sorri irônica.
 

- Ele nos deu esta instrução, mas não disse nada sobre matá-los antes disso. - Sussurrei para a ruiva ao meu lado, que riu. E então já sabia o que tinha de fazer.
 

Destravamos nossas armas e, num milésimo de segundo, atiramos contra os policiais. Hera se escondeu atrás de um vaso de planta feito de uma cerâmica resistente enquanto que eu me joguei atrás de um banco. Como os pegamos de surpresa, conseguimos matar a maioria, mas Batman, meu alvo, havia desaparecido com o início do tiroteio. Covarde.
 

E após mais alguns momentos de pura adrenalina e troca de tiros, havíamos então conseguido acabar com todos.
 

Cara, nós somos demais!
 

Hera se levantou sorridente e a acompanhei, partindo dali o mais rápido possível. Sabíamos que logo viriam mais policiais atrás de nós, e até mesmo aquele morcego idiota. Com certeza ele não desistiria tão fácil.
 

Avistei um carro do outro lado da rua e então corremos até o mesmo. Arrombei a porta, logo fazendo uma ligação nos fios, acionando o motor. Decidi roubar aquele carro pois, na altura do campeonato, se quer me recordava de onde havia estacionado minha moto. Hera se sentou ao meu lado, no banco de carona, e então dei partida, saindo dali o mais rápido possível.
 

Eu acelerava entre as ruas vazias de Gotham quando Hera colocou a música 'purple lamborghini do skrillex e Rick Ross'. (N/A: Link da música nas notas finais!)
 

- Eu amo essa música! - Exclamei enquanto aumentava o volume do aparelho de som. Pisei fundo no acelerador enquanto curtia aquela vibe. Eu nunca havia me sentindo tão livre quanto naquele momento.
 

Pelo fato do carro não possuir um teto, o vendo soprava diretamente contra nós, bagunçando nossos cabelos. Hera cantava junto da música quando soltei do volante joguei meus braços para o alto, gritando empolgada.
 

E então, ao atravessarmos um cruzamento, vimos Batman em sua bat-moto surgir de uma esquina atrás de nós e começar a nos perseguir. Revirei os olhos. Como sempre, o estraga prazeres.
 

- Acho que alguém está afim de apostar uma corrida. - Comentou Hera divertida enquanto analisava a bat-moto atrás de nós pelo retrovisor do carro.
 

Pisei ainda mais fundo no acelerador enquanto desviava de alguns carros que encontrara pelo caminho. Virando algumas esquinas, perdi Batman de vista, e então já sabia que havia o despistado.
 

Sem Parei com o veículo em uma rua mal iluminada e então descemos do carro. Hera jogou um pouco de gasolina que roubara de um posto próximo daqui e então ateei fogo.
 

Livre das pistas encriminatorias, vi aquele carro ser consumido pelas chamas. Era uma pena. Aquele era um belo veículo.
 

Andamos por mais algum tempo quando me vi ser tomada pelo cansaço. Me sentei no meio-fio e logo Hera parou para fitar-me.

 

- Está tudo bem? - Questionou.
 

- Sim... - Falei inquieta. - Só sinto que está faltando algo.
 

Hera permaneceu em silêncio enquanto me analisava. Parecia querer me dizer algo, mas não sabia como.
 

E então um barulho de motor de carro pôde ser ouvido na rua. Nos viramos assustadas em direção ao som esperando que fosse Batman em seu bat-movel, mas demos de cara com um Audi-r8 branco. Fitando aquela situação tensa, rezei para que não fosse algum policial. Estávamos sem munição, sem veículo e esgotadas. Fodidas!
 

E então a porta do carro fora finalmente aberta, revelando a imagem de ninguém menos que Jonny Frost, o capanga de Joker. Admito ter me surpreendido.
 

- Senhorita Margot. - Disse assim que pôs os pés no chão. - Preciso que venha comigo. Ordens do chefe.
 

Hera se pôs a entrar em minha frente, defensora.
 

- Ela não é obrigada a encontrar esse seu chefe criminoso!
 

- Hera, - A interrompi. A ruiva parou de falar e então se virou para mim. - Tudo bem.
 

- É isso mesmo que você quer? - Questionou ao perceber meu olhar significativo à si.
 

Sorri minimamente, assentindo em concordância.
 

- Hoje foi um dos melhores dias da minha vida ao seu lado, - Falei enquanto suspirava. - Mas eu entrei nessa vida por ele.
 

- Eu sei. - Se deu por vencida, afagando meus fios brancos. - Se cuida.
 

- Sei me virar. - Sorri, a abraçando logo em seguida em um gesto ternuoso de despedida. Afinal, não sabia quando a veria novamente.
 

Logo me desvenciliei de seus braços e caminhei até Jonny, que se mantinha calado até então.
 

Ele abriu a porta do carro para mim e então sentei-me no banco de carona. Deu a volta no carro até alcançar o banco do motorista, se sentando ao mesmo logo em seguida.
 

Hera permanecia parada do lado de fora quando a fitei pela janela. Acenei brevemente e então a vi sorrir, solidária.
 

Sem mais delongas, Jonny deu partida no carro, saindo dali. Esta seria uma longa noite.
 

- Como sabia onde eu estava? - Decidi questionar, quebrando aquele silêncio que se mantinha apenas com o som do motor.
 

- Joker instalou um rastreador no seu celular. - Respondeu simplesmente. Fitei a figura que permanecia concentrada no trânsito ao meu lado, ainda chocacada. Não acredito que Joker havia feito isso. - Ele nunca deixou de pensar em você.

 

- Pensei que me visse como uma traidora.
 

- E vê. - Completou. - Mas ainda se importa.
 

Admito que, naquele instante, senti meu coração se aquecer e mal contive o sorriso. Joker se importava comigo. Sempre se importou. Como fui tola ao abandona-lo.
 

Tempos após, finalmente alcançamos a mansão de Joker, que já era muito conhecida por mim.
 

Desci do carro em um pulo quando avistei Joker bem na porta de entrada.
 

Corri em sua direção e pulei em seu colo, envolvendo minhas pernas em sua cintura e sentido suas mãos me agarrarem. Seus lábios finalmente selaram com os meus em um beijo lento e necessitado.
 

- Nem acredito que está aqui. - Falei mal conseguindo conter a felicidade assim que separamos nossas bocas.
 

- Eu faria qualquer coisa por você, meu amor. - Ele sussurrou em meu ouvido, arrepiando-me. Sorri ainda mais com aquilo.
 

- Pensei que as coisas não seriam mais as mesmas. - Comentei meio receosa assim que finalmente desci de seu colo. O ouvi rir.
 

- Não, Margot. - Ele tocou meu rosto. Vidrei-me naqueles olhos azuis hipnotizantes. - Você cumpriu a prova. Agora, você é minha.
 

Sorri em concordância. Sim, eu era sua.













Notas Finais


Música: https://youtu.be/ZkqyIoYAXV8

(1) http://imgur.com/mkws4GY
(2) http://imgur.com/3trQJCV

Gente se preparem porque a partir de agora vai rolar meio que a última "aventura" da fanfic até o capítulo final! Mas claro que ainda tenho uns dez capítulos pra postar! Bjss ❤


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...