História Prazer, a filha do batman - Batalha final

Pov Margot




 

Quando Joker me empurrou do helicóptero, eu caí na cobertura de um prédio qualquer.
 

Rolei no chão ao colidir para impedir o impacto e então corri para a beirada do edifício, vendo o helicóptero com Joker dentro bater um prédio e explodir por completo.
 

Ele estava morto.
 

Eu mal podia acreditar.
 

Aquela foi a pior dor que eu já havia sentido desde a morte de minha mãe, eu mal conseguia conter as lágrimas.
 

Desci daquele prédio e caminhei pelas ruas desertas daquela cidade enquanto sentia algumas gotas de água caírem do céu, formando uma breve chuva.
 

Subi em cima de um carro qualquer e sentei-me ao mesmo, cabisbaixa. Eu não fazia ideia do que faria agora. Ele era a minha metade. Completava-me. Sem ele, eu não podia ser a vilã. 

Puxei a coleira de meu pescoço que estava escrito "Puddin", em homenagem à Joker. Suspirei e então a joguei em um canto qualquer.
 

Pude ouvir alguns barulhos de passos se aproximando. Ao olhar para frente, percebi que era o esquadrão, junto de Flag. Amanda não se encontrava mais aqui. Eles pareceram surpresos ao me verem. Forcei um sorriso, não queria que eles me vissem chorando.
 

- Está viva?! Como? - Questionou el diablo.
 

- Coringa me empurrou do prédio. - Respondi. - Vocês acharam mesmo que iriam se livrar tão fácil assim de mim?
 

Os ouvi rirem minimamente. Se puseram a andar em direção ao centro de luz azul que estava a alguns quarteirões daqui.
 

Pistoleiro me fitava com uma sobrancelha erguida.
 

- Sabemos que está triste. - Disse e então o olhei. - Não precisa fingir que está bem o tempo todo. Ninguém é assim.
 

Suspirei, abaixando minha cabeça e finalmente deixando transparecer toda a minha tristeza. Ele tinha razão.
 

- Vem. - Falou enquanto me pegava no colo, ajudando-me a descer do carro.
 

- Obrigada. Você não é um bundão. - Falei, o ouvindo rir alto de minhas palavras.
 

- Vamos, temos de salvar o dia. - e então se pôs a andar junto do resto do esquadrão. Fui consigo. Havia decidido que concluiria aquela missão com meus amigos.





 

Quando nós finalmente alcançamos o nosso destino, percebemos que era a bruxa Magia quem comandava tudo. Ela era a fonte de todo aquele mal. Nos escondemos atrás de algumas pilastras.
 

- Todos estão vendo esta magia psicodélica, né? - Questionei.
 

- Sim, - Respondeu capitão Bumberang. - Por que?
 

- É que não tomei meu remédio hoje. - Respondi enquanto ainda analisava estreitamente aquela bruxa poderosa.
 

Continuamos escondidos lá enquanto pensávamos em algum plano para vencer aquelas forças do mal quando ouvimos a voz da bruxa ecoar por todo o recinto;
 

- Estive esperando por vocês em todo este tempo. Saiam das sombras. Apareçam. - Dizia ela, surpreendendo-nos. Ela tinha o conhecimento de nossa presença no recinto sem nem mesmo nos ver. - Por que estão servindo a Waller? Eu posso dar tudo o que vocês quiserem. Absolutamente tudo.
 

E então, por um momento, pude ter uma estranha visão; eu me encontrava em uma cozinha enquanto ligava o forno para assar um frango. Meu cabelos estavam presos em rolinhos e eu carregava um bebe no colo, que parecia ser meu filho. De repente, pela porta, vejo Joker surgir. Mas ele estava diferente; Seus cabelos eram castanhos e sua tonalidade de pele era normal. Trajava um terno preto e havia acabado de retornar do trabalho. Ele me deu um breve selinho e foi brincar com nosso outro filho, que estava sentado em uma cadeirinha.
 

Ele havia se casado comigo. Eu não poderia estar mais feliz, era como um sonho realizado.
 

Mas então, todo esta visão desapareceu diante dos meus olhos, e eu pude perceber que nada daquilo era real. Vi el diablo ficar diante de nós enquanto dizia;
 

- Isso não é real! - Exclamou, chamando a atenção dos demais. - Isto que nós estamos tendo é apenas um sonho! Não é verdade! A bruxa quer nos enganar!
 

- Ele está certo. - Disse Flag. - Ela está nos manipulando.
 

- Então vamos acabar logo com isso. - Falou o Pistoleiro.
 

Saímos então todos de trás das pilastras, ficando finalmente cara a cara com a bruxa má.
 

- Não pode ficar com eles! - Exclamou el diablo à bruxa. - São minha familia!
 

- Mas é a nossa era. - Disse a bruxa. - O sol está se pondo e a magia está crescendo! Os meta humanos são um símbolo de mudança.
 

- Senhorita, você é do mal! - Gritou o Pistoleiro. - E nós não vamos nos render!
 

E então a luta começou.
 

A bruxa se teletransportou até nos e empurrou Pistoleiro metros para trás apenas com uma mão.
 

A ventania era forte e eu mal conseguia me segurar. A adrenalina passeava pelo meu corpo. Meu coração batia rapido e eu tinha certeza de que não era só o meu.
 

Vi katana avançar na bruxa juntamente com capitão Bumberang. Ela tentava acerta-la com sua espada enquanto que bumberang também tentava a atingir com uma faca. Bruxa os empurrou para longe com sua magia.
 

Avancei para cima da vilã e acertei-lhe um golpe com o bastão de baseball, mas não pareceu surtir efeito. Ela virou-se para mim na mesma hora e então... fudeu!
 

- Foi mal! - Falei com um sorriso amarelo. A senti me empurrar no chão com sua magia poderosa e gritei de dor com a colisão.
 

Pistoleiro foi para cima dela mas ela o girou no ar, batendo-o no chão em seguida. El diablo, Crocodilo e Rick Flag também tentavam antigi-la com fogos e armas, mas ela era ágil e de nada adiantava.
 

Katana então partiu para cima da bruxa, atravessando a lâmina de sua espada no corpo da vilã, que desapareceu no ar enquanto sua risada ainda ecoava no ar.
 

Paramos todos e começamos a olhar ao redor a procura da bruxa. Sabíamos que ela não havia morrido.
 

- Enquanto a gente tá aqui lutando, essa coisa está detonando o mundo todo! - Gritou Katana. Merda, tinhamos de acabar com aquela bruxa logo!
 

- Cade ela?! - Questionou Flag.
 

- Não da pra saber! - Respondi aflita.
 

E então ela surgiu novamente com uma fumaça negra ao seu redor, enquanto gargalhava alto.
 

Duas espadas surgiram em sua mão e ela veio até nós. Primeiro, avançou no Pistoleiro, que conseguiu se defender.
 

Partimos para cima todos de uma vez. Katana a atacava com a espada enquanto eu socava seu rosto. Rick, capitão Bumberang e el diablo davam-nos cobertura enquanto Pistoleiro atirava.
 

A vi chutar Pistoleiro para longe e quase acertar katana com a espada. Logo em seguida, tentou me atingir fatalmente com sua lamina, mas me abaixei a tempo e não me feri.
 

Ela avançou para cima do capitão Bumberang e o Pistoleiro começou a atirar nela.
 

Crocodilo puxou ela pelo pé e a acertou na parede. Caramba!
 

E então ela se teletransportou para longe de nós, de frente para uma luz azul e muito poderosa. Ficamos todos cara a cara para si para observar suas próximas ações.
 

Com apenas um movimento com a mão, ela retirou todas as nossas armas de nossas mãos, as jogando para longe.
 

- De todos que já me enfrentaram, vocês mereceram misericórdia. - Disse a vilã. Seus olhos brilhavam em um tom meio azulado e ela parecia zangada. - Unam-se a mim ou morram.
 

E então bolei um plano em minha mente.
 

Dei alguns passos em direção a bruxa e me pronunciei;
 

- Olha, moça, - Comecei. Todos olharam do esquadrão olharam-me confusos. - Eu perdi tudo o que tinha. Pode trazer essas coisas de volta, não pode?
 

- Eu posso, minha cara. - Respondeu a bruxa. - Tudo o que você quiser.

- Tudo mesmo? - Questionei.

- Sim, minha criança.
 

Ela se aproximou de mim. Admito ter sentido um frio percorrer a espinha, mas não desisitiria.
 

- Tudo o que você tem que fazer é se curvar diante de mim. - Disse ela.
 

- Eu gosto do que você oferece, moça... - Falei enquanto me ajoelhava. O que todo mundo não percebeu, é que havia um revólver próximo dali. E assim que me abaixei o suficiente, o peguei. - Mas eu prefiro ficar com os meus amigos! - E então joguei a arma para o Pistoleiro, que percebeu meu plano e a pegou no ar.
 

Estando próximo o suficiente, atirou no coração da bruxa, que gritou de dor. Aquele era seu ponto fraco.
 

Katana avançou sobre ela e a cortou no peito, finalmente matando-lhe. Toda a magia então desapareceu; alguns entulhos, que estavam sendo levitados próximos dali, desabaram ao chão e a tempestade finalmente chegou ao fim e o sol apareceu nos céus, iluminado tudo. Havíamos vencido! Estávamos muito contentes com a vitória.
 

A June, mulher que havia sido possuída pela bruxa, sobreviveu ilesa. Ela era a namorada de Flag, que se emocionou ao ver seu amor bem.
 

- Eu vou voltar pro meu esgoto. - Informou crocodilo.
 

- E eu vou resolver umas coisas em Gotham city. - Disse Pistoleiro enquanto me devolvia o revolver.
 

- Eu também! Tenho tanta coisa pra fazer lá! - Exclamei. - Vou roubar um carro, quer uma carona?
 

- Tá, mas você não vai dirigir! - Respondeu Pistoleiro.
 

- Ué, por quê não? - Confusa, indaguei.
 

E quando estávamos todos prestes a sair dali, avistamos ninguém menos que Amanda waller surgir. Ela segurava na mão o aparelho que poderia fazer nossos chips no pescoço explodir, ameaçadora. Que merda!
 

- Você ainda está viva?! - Indagou Pistoleiro indignado.
 

- Nem mais um passo. - Disse a Waller, ignorando as palavras do criminoso. - Ou eu mato vocês.
 

- Espera! - Exclamei. - A gente acabou de salvar o mundo! Dá um tempo, né?!
 

- Vocês poderão fazer alguns pedidos, mas voltarão para a cadeia em Louisiana. - Disse a mulher. Como não haveria outra maneira, acabamos por aceitar a proposta.
 

- Vou querer ver minha filha. - Informou o Pistoleiro.
 

- Certo. Mais algum pedido?
 

- Máquina de café expresso! - Informei. Amava café expresso.
 

- Tv a cabo. - Pediu crocodilo.
 

O capitão Bumberang ficou irritado ao saber que continuariamos na prisão, mas não havia muito o que se fazer, então acabou acatando.



 

Depois disto, meu pai, Bruce, acabou descobrindo sobre o esquadrão e me retirou da prisão, levando-me para Gotham novamente. Ele disse que tinha planos de me internar no asilo Arkham. Acabei por aceitar, qualquer coisa era melhor que aquela prisão.
 

E até onde fiquei sabendo, o Pistoleiro agora visitava a sua filha algumas vezes ao mês. Crocodilo tinha tv a cabo, e Bumberang e el diablo continuaram na mesma. Rick Flag foi promovido para chefe do exército e Katana também.
Amanda Waller ainda mandava na porra toda.
 

Todos os criminosos do esquadrão continuaram presos, apenas eu saí com a ajuda de Bruce. Ele havia ficado furioso com Amanda, por pouco não a dedurou para o governo.
 

No dia seguinte, fui levada para Gotham city em um jatinho e, no aeroporto, ao chegar, apenas Alfred me aguardava. Não havia encontrado-me pessoalmente com Bruce em momento algum, conversamos apenas por ligação.
 

Alfred me explicou que o criminoso e foragido Lex Luthor havia ido atrás do Batman e, num ataque surpresa, deu dois tiros na barriga do homem morcego. Bruce estava internado no hospital desde então. Luthor foi preso.
 

Decidi que faria uma visita ao Wayne no hospital no dia seguinte. Estava muito abalada com o seu estado atual. Temia por sua morte.
 

Sei que nunca fui uma filha exemplar, mas nunca imaginei perde-lo.



 

E, de fato, todos nós do esquadrão trilhamos caminhos diferentes, e, provavelmente, não nos veríamos mais, mas eu nunca me esqueceria deles. Aquela missão foi algo muito simbólico para nós, trabalhamos em equipe e vencemos. Eram preciosos amigos. Algo que eu levaria em meu coração para sempre.

E esta foi a conclusão do esquadrão suicida.