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História Prazer, Aburame! - O coração do ninja copiador.


Escrita por: Tsuyo

Notas do Autor


Olá, pessoal! Eu queria postar um pouco mais cedo,
mas fiquei encarregado do almoço hoje e acabou me atrasando legal.
Segue aí. Aproveitem, comentem, shippem...
Obrigado por acompanharem <3

Capítulo 6 - O coração do ninja copiador.


Fanfic / Fanfiction Prazer, Aburame! - O coração do ninja copiador.

É de lei, sempre tenho o famoso “frio na barriga”. Eu sinto toda vez que me aproximo da sala do Kakashi Hokage, e olha que existem poucas coisas que me colocam medo nesse mundo. Sou um ninja que trabalha com insetos, então já posso descartar uma tonelada de medos com uma cajadada única. Aquela presença dele é aterrorizante, mesmo sendo um bom homem. Eu me pergunto como Naruto, Sasuke e Sakura conseguiram sobreviver às sessões de treinamento dele? Se bem que os resultados dos treinos saíram do papel. Não é à toa que os três receberam o título de sucessores sannin. Espero que ele pegue leve na bronca, e que seja rápido, pois, por algum motivo, deixar Kiba sozinho me preocupa. Eu deveria ter um pouco mais de fé nele, mas ele é um alcoólatra. É melhor não correr o risco. Tsume-san ainda está a base de medicamentos, então provavelmente está dormindo novamente. Espero que tudo isso valha a pena no final. Não faça nada estupido, cachorrinho.

Shino bateu na porta enquanto segurava a maçaneta delicadamente, mesmo ele ainda receoso em entrar.

—Entre, Shino!

—Como o senhor sabia que era eu quem estava batendo, Kakashi-sama?

—Só você e Sakura costumam bater antes de entrar. E ela está no plantão dela no hospital. —Kakashi desviou com um olhar amedrontador para Shino. —Acredito que você tenha algo para me entregar, estou errado?

—Sim, aqui está. —Shino entregou a prancheta e uma pasta azul escura. —Eu sinto muito por ter atrasado com os relatórios, Kakashi-sama.

—Eu acredito que esteja mesmo. E pare de me chamar assim, é irritante. —O garoto engoliu seco. —Não vai me explicar o porquê do atraso? É preciso de uma razão muito boa pra me convencer.

Shino ficou apreensivo, mas decidiu ser sincero, afinal, quando sua vida pessoal interfere no cumprimento de seus deveres como líder de clã, ele realmente deve explicações para a autoridade maior da vila.

—Eu estava cuidado do Kiba.

—Do Kiba-kun, huh? O que houve com ele.

—Ele está mal, digo... Ele é alcoólatra e eu não consigo vê-lo naquele estado.

—É uma causa nobre, Shino-kun. Mas como líder de clã Aburame, não acha que as pessoas próximas dele não deveriam ajudá-lo com esse problema?

—Sim, senhor... M-mas a irmã dele está morta e...

—E...? —Kakashi, com a mesma cara entediada de sempre estava ficando sem paciência.

—E-Eu amo o Kiba, senhor. —Shino falou gaguejando com os olhos fechados e a cabeça baixa. Mal conseguia acreditar que tinha dito aquilo no calor, ou seria pavor do momento?

—Me desculpe? —Kakashi após tanto tempo mostrou uma expressão de surpresa. Que logo após se tornou um sorriso forçado acompanhado de um olhar triste. —Faz sentido... Nesse caso, eu acho que o que você fez foi algo muito digno, Shino-kun. Eu também quis proteger alguém que eu amei muito tempo atrás, mas... O coração dele não era meu, nunca foi. E eu não fui capaz de proteger ele ou a pessoa que ele amava.

—O senhor quer dizer o Obit-

—Tudo bem, Shino. Já ouvi o suficiente. Eu tenho certeza que você tem obrigações até demais com seu clã e com Kiba. Não perca mais tempo aqui, xô! —Kakashi desviou do assunto, expulsando Shino de sua sala. —E é bom que não atrase novamente...

O garoto saiu da sala com um sorriso, afinal reconheceu que o Kakashi não era uma pessoa tão apavorante assim. Era uma pessoa qualquer coberta com um pouco de orgulho e arrogância, mas que escondiam uma pessoa com sentimentos e até mesmo com grande empatia. Apenas algumas qualidades que compõem um bom Hokage. Shino ainda estava surpreso e não imaginou que Kakashi tivesse passado por algo tão triste. Ninguém suspeitaria que Kakashi tivesse tais sentimentos profundos por Obito. Por ele nunca ter expressado seus verdadeiros sentimentos, e pelo fato do amor do amante ser todo voltado para Rin, torna a situação ainda mais delicada. No fundo, tinha medo de acabar igual a ele. Se Kiba morresse, Shino perderia a coisa mais importante para ele no momento. Perderia o que o mantém em movimento e seguindo em frente mesmo com as dificuldades da vida.  

Ainda era começo da tarde. Shino chegou ao lar dos Inuzuka. Girou a maçaneta e entrou olhando para os lados. Estava com dificuldade de achar Kiba. Correu, pela casa até que encontrá-lo na cozinha.

—Você foi bem rápido, Shino-kun. —Kiba respondeu com um sorriso mostrando um de seus caninos sobre seu lábio inferior

—Você quase me matou do coração... phew —Respondeu Shino enquanto colocava uma mão sobre o próprio peito.

—Achou mesmo que eu tinha fugido? Uau! Estou espantado com tamanha confiança em mim.

 —Você sabe que não é por mal, apenas que-

—Esquece...  —Kiba fechou o rosto e continuou cozinhando.

—O que você está fazendo aí? —Shino perguntou um pouco constrangido e procurando mudar de assunto. —Está com um cheiro muito bom.

—Minha especialidade... Você lembra? —Kiba perguntou com entonação que transparecia  um claro desafio de memória.

—Nunca soube de algo que você cozinhasse e desse certo.

—Shino-kun! Você é tão estraga prazeres. Se quer saber, é carne de panela, e você vai se surpreender, pois ficará melhor que sua sopa de ontem. Humpf! —Respondeu debochando.

—Hei, hei! Para quem está acostumado com saquê, uísque, tenho certeza que minha sopa foi bem tranquila.

—Você realmente não sabe brincar, né? —Kiba desligou o fogo e posicionou-se na frente de Shino. —O que você quer fazer agora? Jogar baralho? Minha mãe tem um escondido em algum lugar eu só acho que-

—Vamos conversar. —Shino disse bastante firme e certo do que estava pedindo.

—Formalidades... Formalidades... Até quando isso? —Kiba consentiu e sentou-se de frente para Shino. Colocou as mãos sobre a mesa e apoiou o queixo sobre elas.  —Certo! O que você quer conversar?

Shino sabia que aquela conversa poderia não terminar bem, mas mesmo sabendo sobre o luto de seu amigo, ainda tinham questões que estavam o atormentando.

—Por que você se afastou de mim e da Hinata?

—Huh? Shino-kun... Você já deve saber, então não me faça-

—Eu não estou falando sobre a Hana, ou Akamaru.

Kiba entristeceu ao ouvir aqueles nomes, que o mesmo evitava dizer.

—Eu não entendi o que você quis dizer com isso. —O garoto, com a cabeça baixa, tentava desviar do assunto.

—Eu não me incomodaria de ajudar, Kiba! Por que você fugiu e se isolou quando você mais precisava? Eu tenho certeza que Hinata também não se incomodaria em ajudar.

—Pare, por favor... —Kiba começou a chorar como uma criança. Tirou suas mãos da mesa, recostou-se na cadeira e levou suas mãos até seu rosto. As lágrimas desciam como uma cascata. Respondeu com voz chorosa e gaguejando. —E-Eu apenas, não gosto de lembrar disso.

 

Ainda chorando, levantou da cadeira e virou de costas para Shino enquanto secava suas próprias lágrimas com a blusa. De fato, aquela conversa não teria mais condição de prosseguir. Shino sentiu-se culpado. Seu coração doía ao ver seu amado daquele modo. O garoto levantou-se e seguiu até ele. Shino apoiou sua mão sobre um dos ombros do garoto, virando-o de frente, segurou o queixo de Kiba delicadamente com uma de suas mãos e selou seus lábios nos de seu amante. O garoto ficou surpreso, mas aos poucos foi cedendo e as lágrimas foram parando de surgir.

Peço desculpas por te fazer chorar. Não vamos repetir isso. 


Notas Finais


♥ Capaz de ter outro capítulo amanhã, apenas falando... Talvez, hahah.


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