História Prazer, meu nome é Theo.. - Vip's: Parte 2

...T...

Fomos para casa de Juliano, fui recebido como um segundo filho como sempre, Ju me emprestou algumas roupas... ‘Chic’s’.

Nove horas, estávamos a caminho da casa do Luquinha. Ele também estava no ‘urtemo’.

Nove e quinze, Nina ainda não dá as caras.

Nove e meia, nada.

Nove e quarenta. Finalmente. Vejo a Captiva dobrar a direita, com um som...(Work From Home) provavelmente os vizinhos vão reclamar..

— Minha maninha chegou!

Ela para o monstro em frente a casa, abre a porta, um pé de cada vez e em câmera lenta vejo aquela obra de Deus saindo do carro!

Nada muito exagerado mas que define bem a beleza e os volumes da moça definem! Vou dar de estilista! Um tênis branco, shorts jeans preto decente (mas curto), uma regata cinza que deixa exposta uma tatuagem de pássaro  no ombro.

— ‘Maninha’? — É impressão ou o Lucas tá babando na MINHA irmã?

Ela vem em nossa direção. Me dá um abraço apertado.

— Deixa eu apresentar você a galera! — Passo meu braço por seu ombro — Gente! Essa é a Nina, minha irmã mais velha.

— Oi meninos!  — ela dá um sorriso meigo. SEGURA THEO! Ela anda em direção a eles dando um abraço em cada. (As vezes, garotos só abraçam as gurias pra sentir os famosos melões) — Como vai ser? Todos já tem dezoito certo?  — assentimos — Em quantos carros vamos?

— Acho que dois dá, eu levo os meninos comigo e Theo vai com você — Rodrigo surge do além — Luquinha, fala pra tua irmã que não precisamos mais dela.

— Por mim os meninos podem ir todos no meu carro, acho que cabe! Se não der usamos seu carro..

...R...

 Levei um tempo para superar a “pequena” queda que eu tinha por ela. (N/A: PEQUENA? O que era queda de Bastilha perto da que.. Roger: Ah vá toma no cú!)

Em um tempo não muito distante (mais ou menos sete anos) tivemos de trabalhar na mesma missão, nos passamos por um casal rico em busca de novos “negócios”. Pegamos duas quadrilhas uma de tráfico de órgãos e a outra era de tráfico de armas. Guarde minhas palavras; Eu vou “mostrar” a ela do que os Harrison são feitos! Dividimos a galera em dois carros e PARTIU!

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— Mano! Isso tudo é a galera da escola? — ele se referia a “pequena” fila de pessoas que se encontrava no lado de fora do estabelecimento.

— Não exatamente.. houve um imprevisto, o pessoal da boate TEVE que abrir para pessoas de fora, mas relaxa a NOSSA galera vai estar com pulseiras diferentes — Juliano é um amorzinho! Pena que tenha um irmão tão mala!

 Paramos o carro em um espaço Vip. A cambada desceu do meu carro e seguiram em direção a entrada. Rodriroger me dava umas olhadas de vez em quando, vamos admitir pessoal! Ele ta querendo alguma coisa e sabemos o que é!

— Gente eu preciso fazer uma coisa! — eu acho que que esse Otávio tá meio chapado.. apenas impressão!

— Fala..

— Quero passar na frente de todo mundo e esfregar na cara deles que somos Vip’s!  — é a primeira vez Vip dele em algum lugar?

[..]

Entramos. Depois de uma quase treta na fila ENTRAMOS! De cara vejo um pessoal com pulseiras florescentes (“nosso pessoal”). Tá tocando uma eletrônica frenética aqui. Amei.

— 3,2,1 GOOO.....  — os idiotas saltam pra multidão.. Theo não foi, deve tá com vergonha da sister hehe.

— VAI NESSA! — soltei aquele berro no ouvido dele — VOU ESTAR NO BAR! — já perdi ele de vista.

Vou andando em direção ao bar (como se eu soubesse onde fica). De verdade? Eu to andando / me enfiando no meio do povo procurando o bar. GLÓRIA. ACHEI!

— Ué.. tá vazio? — não tem uma alma aqui sentada enchendo a cara.

— Geralmente eles levam os copos pra pista — garçom surge do além.

— Beber assim não tem graça! — me sento em um banquinho(eu estou aos berros aqui também)

— Vai querer o que mocinha?

— Vamos começar de leve..

— Vinho? — ele ri, que abusado!

— Vodka bebê...

— Tem certeza que o bebê sou eu? — me apoio no balcão.

— Sim, e pode trazer a garrafa!

— Vai com calma mocinha! Assim dá 'Pt' no começo da festa!

— Você que pensa! — sorrio, aquele sorriso.. seis sabem né?

— Que tal uma aposta? — interessante!

— Prossiga! — pego meu  copo

— Quem bebe mais! — ele puxa mais duas garrafas de Vodka, uma Tequila e outra de  Beats (Azul)

— Só se for agora! Mas você pode ser demitido? — falei rindo.

— Eu to cagando pra isso! E digamos que não posso ser demitido! — vira um copinho, filho ou sobrinho do dono.

— Bora então! Vai arrumando as coisas ai, que vou chamar um pessoal. — ele deu uma piscadela pra mim. Gostei desse guri!

Encontrei um pessoal e os chamei. Logo uma pequena rodinha se formou.

...T...

 Tinha pelo menos uns oito copinhos de Vodka pura, oito de tequila, outros dez de Skol B e mais sete de Catuaba. Totalizando 33 copinhos de cachaça! (Tudo isso ao som de Purple  Lamborghini).

— Preparados? — Ju fazia a contagem, ela tinha um olhar mortal, mas mesmo assim sexy! —  TRÊS — A galera contava junto — DOIS, UM....

 Ela tá virando isso como se fosse ÁGUA! Já tá no final da Skol! O povo não para de gritar! Tá insano isso aqui! Os guri tão pirando na Nina! Não ia querer uma irmã melhor! Ela virou o ultimo copinho. VENCEU.

Ela pôs os braços pra cima e gritou. O garçom encheu outro copo, desta vez com Whisky.  Brindou com ele e olhou pra mim. Riu. Acho que tinha alguém atrás de mim, pois ela deu uma piscadinha e sorriu, mas não um sorriso fofo, um sorriso de segundas intenções.

— Isso não foi nem o começo, se você quer saber! — Rodrigo parou ao meu lado — Pode descer umas duas garrafas daquela de Tequila que ala ainda não chapa! — ele riu.

— Como ‘cê’ sabe?

— Digamos e eu encontrei com ela nas baladas da vida!

(Tombei – Karol Conca)

— Bora aproveitar mano! — colocou meus braços sob seu pescoço, e me legou para a multidão..

[...]

...N...

— Parabéns garotinha! — talvez seja a bebida mas esse garçom não é de se jogar fora — O que vem agora?

— Agora?! Viro a estrela da fasta amor! — faço sinal para subir no balcão — Me ajuda aqui.....

— Bruno.. — Não tem o sorriso feio. Bom!

Bruno me ajuda a subir no balcão. E então.. que a zoeira começe.. (risada descontrolada).

— ....Peguei sua opinião 1..2.. pisei! — eu to fazendo uma dancinha bem ridícula! Mas! É a vida amor. Bruno? Ele ta morrendo com tudo isso!

— JÁ QUE É PRA TOMBA.. TOMBEI!  — ele me acompanha —  Sobe aqui por favor?

— Não! ‘Cê’ tá ‘loka’?

— SIM, TO MUITO ‘LOKA’! — ele ri — A MÚSICA VAI ACABAR! VEM LOGO! — a música acaba — Ahh TA VENDO SEU ABESTADO! — Falo rindo.

...T...

— PESSOAL! AQUI! — Juliano está com o microfone, toda a atenção e voltada para ele — Como muitos sabem! É aniversário de alguém muito especial hoje! Nosso querido Theo! — umas dezenas de palmas e uma pequena roda para que eu fique em evidência — Bom! Agora é a parte mais importante da festa, é a hora do parabéns! QUE ENTRE O BOLO!

Um bolo gigante ‘mano’! E até sei o que pode sair de lá!

— Vamos lá pessoal! — Juliano puxa a famosa musiquinha — PARABÉNS! PRA VOCÊ! NESSA DATA QUERIDA, MUITAS FELICIDADES  MUITOS ANOOSS DE VIDAAAA — ele desafinou legal nesse final — E PARA O THEO! O BOLO MAIS GOSTOSO DESSA FESTA!!

A parte de cima do ‘GigaBolo’ voa  pra algum lugar e de lá sai uma loira.... ‘vestida’ de preto... a musica troca para Work, o restante do bolo se abre.. revelando uma.. bela moça! E coloque bela nisso. Uma cadeira surge do nada, me obrigam a sentar nela.. a moça começa seu “Show”.

Olha.. ela dança muito bem! Tem gente gritando de tudo quanto é lado. Ela senta no meu colo..

— Só não pode tocar! — maldade.

Ela tá me comendo com os olhos? Senhor! Ta ficando quente não? (risos calientes). Ela vira de costa. Guria.. não ferra...

Depois de sofrendo de não poder tocar.

Parece que  trezentos machos vieram pra cima de mim, seguido por quatrocentas fêmeas.. a única coisa que consegui ouvir foi “Aproveitem ..... abusem o quanto quiserem” Ai. Fodeo!

Em dois minutos o assédio rolou solto sobre meu corpinho. Umas dez (ou mais) bocas passaram pela minha. Puta merda! Socorro! Chega desse assédio! Tem gente enfiando  a mão e onde não deve.. ou deve (aquela cara ne mores).

Me voltei em direção ao bar. As mãos não me soltam. Tento sair com mais força. Finalmente liberdade. Mesmo a uma certa distância eu pude ver Nina sob o balcão, dançando loucamente.(Lean On)

Eu diria que ela tá dando um pequeno mole para o garçom.. ele mantinha o olhar nela.. Quem esse mano pensa que é? Um sentimento não  sei do que me ferveu o sangue. O que caralhos é isso? Ele parece implorar para que ela saia de cima da bancada. Ela finalmente cede. Aos risos.  Ele pega em sua cintura, para auxiliar na descida. Ela escorrega em alguma coisa. ‘BUUM’ NO CHÃO. Puta merda! 'To poco' me fodendo pras pessoas ao meu redor, passo feito um furacão. Chego no bar encontro Rodri prestes a pular a bancada. Ele ta se preocupando ‘D+’ com a Ni não? E como ele chegou aqui tão rápido? Da ultima vez que o vi, ele estava rodeado de fêmeas do outro lado da festa

— ‘Karai”.. Ni você tá bem? — me aproxima do balcão e.. não sei se fico feliz ou surtado de ciúmes. A parte boa é que ela teve com o que se amortecer na queda, a parte ruim é que ela estava em cima do garçom e os dois riam muito.. ‘má’ muito ‘memo’ — Que susto cara! 

...N...

Foi legal não cair no chão.. eu não chego a estar ‘beba’ só to rindo atoa.. (vocês não me viram ‘beba’ de verdade ainda. AINDA). Bruno é bem cheiroso por sinal. Nossa posição ta meio estranha. Bruno tá deitado no chão e eu por cima dele sentada em sua barriga (uma perna pra cada lado). O clima não tá tão pesado porque estamos rindo feito retardados. Apenas. Melhor eu me levantar.

— Wow! — quatro olhos em mim, a cara do Theo não ta muito boa posso dizer a mesma coisa da face do Roger. Merda nem pra disfarçar! Nem parece que essa praga trabalha pro governo, ajudo Bruno a se levantar — quantos olhares! Sobre minha Pessoa! Desce mais uma ai Bru!

— Se machucou Ni?

— Não Theo, to bem! Não precisa se preocupar! Pode curtir a festa! — pulo a bancada e beijo sua testa.

Eu  só olho de relance pra Rodrigo. Parece que ele entendeu o recado.

Sinto meu celular vibrar no bolso. Número privado. (Nem sei como essa ‘budega’ não quebrou com o tombo que levei! (N/A; JÁ QUE É PRA TOMBA.. Nina: TOMBEI!!)

Saio do local barulhento, vou até o lado de fora onde “é mais silencioso”

— Oi.. — você me pergunta; Por que você atende número privados? Simples, meu chefe não tem número fixo então..

— Oi amor! — Não. Essa voz. Como ele me encontrou? Eu apaguei minha antiga vida — O gato comeu sua língua? — aquela risada desnecessária.

— O que.. quer? — Não falha agora. Não deixa ele perceber seu medo.. Seja forte. Repito isso constantemente.

— Eu só quero te avisar que, eu vou ter você de volta amorzinho! Não esquece, que eu ainda sou SEU dono. A cada Tic e Tac, eu me aproximo mais de você. Aliás eu amei seus passarinhos! — fiquei rodando no mesmo lugar, em busca de alguma pista.

— Cadê você seu cretino! — cerrei os dentes — APARECE! — Grito. E as poucas pessoas que estavam do lado de fora me fitam.

Agora eu estava ali.. sendo vigiada pelo único homem que eu temia. Senti o desespero vindo. As cicatrizes ardiam só de pensar que eu passaria por tudo aquilo de novo. A tontura veio, a pressão baixou. Senti a cor deixar meu corpo..

— Não.. não.. — Busquei o último numero de meu chefe na lista de contatos. Depois de segundos alguém atendeu — Harry, ele me encontrou.

Não vi mais nada. Apenas senti o baque.