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História Prazeres em alto mar - Marcas na Alma


Escrita por: Larybarg

Notas do Autor


Meus amores, sentiram a minha falta? Claro que sentiram
Querem me matar por causa do capitulo passado? Sei que querem.
Mas guardem suas forças para me matar no próximo capitulo. Não nesse não tem nada que faça com que vocês me matem. Mas o próximo. Esse eu garoto vai fazer vocês perderem a cabeça e vierem como loucos atrás de minha pessoa.
Espero que gostem desse capitulo. É após o dia anterior (capitulo passado). Como cada personagem está. Terá dois POV.
Sem stydia nesse capitulo.
Como disse em capítulos passados. Não lhe garanto que ambos irão ficar juntos. Mas terá momentos sim de ambos, no ultimo capitulo, que por sinal está próximo.
Aproveitem a leitura, desculpe qualquer erro.

Capítulo 13 - Marcas na Alma


Britt POV.

O cheiro pungente de anestesio invadiu meu olfato. Umedeci os lábios secos e não senti nada além de algodão áspero. Depois que meus olhos se abriram, um canudo bateu em minha boca e eu bebi a agua com avidez. O corte no lábio inchado – Onde Isaac tinha mordido – ardia. Abri os olhos para encontrar Malia perto de mim. Minha mão estava quente e havia um peso pressionando a lateral do meu corpo. Olhei para os cobertores e encontrei o cabelo acobreado e uma mão grande segurando a minha. As articulações estavam cortadas e manchadas de sangue. Mergulhei os dedos na maciez que era o cabelo de Theo.

Ele levantou a cabeça devagar. Seus olhos verdes estavam escuros e tristes, nunca o vi daquela maneira. Sim, eu o conhecia muito bem. Erámos vizinhos. Lembro quando era menor, brincava com o seu irmão mais velho e com ele. Isso foi antes de Mike se matar e deixar aquele garotinho desolado e abandonado pelo melhor amigo/irmão que tinha. Eu o ajudei a superar a morte do irmão. Depois de um tempo, nos separamos e nunca mais falamos sobre aquilo. Abri o maior sorriso que meus lábios inchados permitiam. Ele segurou minha mão e beijou.

“Como você está?”

Pisquei algumas vezes e fiz uma avaliação mental do meu corpo. Os joelhos estavam machucados, as costas doíam como se estivessem queimando, mas o bumbo martelando na cabeça era o pior.

“Ele...?” Parei incapaz de dizer as palavras.

Malia acariciou meus cabelos várias vezes, as lagrimas escorrendo pelo rosto. Theo apertou a mandíbula e balançou a cabeça.

“Não, ele não chegou até o fim. Graças a Deus. Se ele tivesse ...” seu rosto endureceu num olhar maligno que eu já tinha visto uma vez, a muito tempo. Era um misto de rancor e ódio puro. “Eu mesmo o teria matado. Mas sabia que ele está num estado ruim. Os professores o trancaram numa sala, e estão tentando reverter o processo do álcool que ainda está em seu organismo. Após tentar te estuprar, ele atacou uma garota no meio do corredor. E não foi tão longe, quanto foi com você. Porque Stiles chegou bem na hora e bateu feito um louco nele. Agora os dois estão conversando com os professores.”

Fechei os olhos e deixei as lagrimas caírem.

Stiles soube do que aconteceu. Provavelmente ele já sabe do nosso passado. Possivelmente ele vai querer terminar comigo.

“Meu deus, eu deveria ter parado com isso antes ...”

“O QUÊ?” O grito de Theo foi tão alto que o bumbo em minha cabeça decidiu que era hora de aumentar o som e bateu com tanta força que tive de pressionar as mãos nas têmporas. As duas palmas estavam machucadas e doloridas.

“Theo...” Malia o tocou para silencia-lo. “ A cabeça dela” Ela o lembrou “ A pancada foi forte, e ela está com dor. Dá para ver no rosto dela”

Theo se inclinou e beijou minha testa. Eu tinha que admitir: aquilo era muito bom, depois da noite de merda que tive.

Eu não conseguia parar de chorar. As lagrimas corriam como um riacho pelo meu rosto e a pele ardia. Ele tentou me confortar, sussurrando que ia cuidar de mim. Que aquela família cuidava um do outro.

Por causa da concussão, fui acordada mais quatro vezes durante a noite. Finalmente acordei sozinha, sendo tocada por mãos grandes. Uma estava ao redor do meu pescoço, pressionando o polegar para tentar sentir meu pulso, e a outra segurando a minha. Senti seu cheiro antes de vê-lo. Eu nem precisava abrir os olhos para saber o que veria.

“Eu sinto você, Britt” seu polegar acariciou o ponto de pulsação em meu pescoço. “Abra seus belos olhos para mim” A voz de Stiles acalmou todos os meus nervos sobrecarregados. Lágrimas acompanhavam o primeiro olhar, seus olhos negros estavam ferozes e ardiam de raiva. “Ninguém mais vai encostar um dedo em você sem ser convidado. Eu iriei cuidar melhor de você, agora em diante. Eu prometo” Ele se aproximou e beijou minha testa, da mesma maneira que Theo tinha feito na noite anterior.

Tentei me levantar para me sentar, mas todas as minhas articulações doíam e a cabeça era a pior de todas.

“Hey” Ele se aproximou e me ajudou a me sentar, arrumou meu travesseiro e continuou a dar beijos de leve em meu rosto. Stiles se sentou na beirada da cama, segurou uma das minhas mãos. Levou até a boca e assoprou com beijos que davam cosquinha.

“Desculpa” Foi a única coisa que eu consegui dizer. As lagrimas já emundavam meu rosto. Ele limpou algumas e olhou dentro de meus olhos.

“Eu que lhe peço desculpa”

Estreitei o olhar para ele. Stiles passou a mão em seus cabelos e continuou a falar.

“Se eu tivesse sido um namorado mais presente, isso entre vocês dois não teria acontecido. E o incidente de dois dias atrás nunca aconteceria. E você estaria feliz”

Das poucas vezes que vi Stiles chorar, partia meu coração ao meio. Ele achava que era o culpado por o “quase” estupro ter acontecido. Mas a culpa é inteiramente minha, eu que me envolvi com Isaac. Eu que fiz aquilo ser maior que pudesse ser. Fechei os olhos com força e minha mente vagou para o primeiro dia que aquilo começou.

Era aniversário do meu namorado. Todos estavam lá comemorando. Era para eu estar feliz, eu era amada por ele. Mas naquela noite, só por aquela noite. Não me senti desejada pelo meu namorado. Me sentia como alguém da família, que ele gostava de ter por perto. Mas percebi que estava sendo desejada por outro par de olhos, um par de olhos mais claros. Bebi tanto naquela noite, que o seduzi até o quarto do meu namorado. E lá cometi o pior erro da minha vida, entreguei meu corpo ao melhor amigo do meu namorado.

Desse dia em diante, ficamos mais vezes. Escondidos é claro. E toda vez nós nos encontrávamos íamos para cama juntos. Isaac era selvagem na cama. Ele desejava meu corpo, me fazendo assim mais confiante e sexy. Isso tudo para ele fazer isso comigo.

Mas a minha mente vagou novamente, me levando ao pesadelo que eu tento esquecer.

Antes que eu percebesse estávamos atravessando diversas salas. Ele me levou a uma sala fechada e escura. Meu cérebro meio lento após a cochilada que tinha tirado antes, despertou. Ele estava me levando a um lugar reservado e escuro, para pôr em pratica um de seus planos malignos. Virei e consegui me soltar de seu aperto.

“ O que é isso, Isaac?” Abri as mãos e lancei em volta. Não havia absolutamente ninguém à vista.

“Você acha que é especial, não é?” As palavras saíram com veneno mal contido.

Balancei a cabeça e tentei parecer calma.

“Nem um pouco” Menti. Eu me sinto especial, sim. Mas ele não precisava saber disso.

Ele fez uma careta e avançou até eu estender as mãos na frente do corpo. Ele continuou avançando e eu acabei pressionada na parede daquela sala. Mais alguns passos e seu peito estaria encostado no meu. Pensei na melhor maneira de lidar com aquilo. Mas a lentidão no sono, não estava me ajudando com nada.

“Isaac você não quer fazer isso”

Seu nariz deslizou pela a minha testa, provocando arrepios de medo em minha coluna e nos cabelos da nuca.

“Claro que quero” Empurrei seu peito, sem sucesso. Ele não era um cara pequeno, e aquilo impedia uma fuga. “Tentando escapar, putinha?” Ele disse, enrolando as palavras.

“Eu não sou uma puta, Isaac. E você sabe disso”

Ele mordeu o ponto em que o meu ombro e o pescoço se encontram.

“Sei que você trai o seu namorado com vários caras, e eu sou um deles”. O jeito que ele falou, parecendo um louco.

Quando comecei a lutar, mas não tive muito sucesso. Dei um soco em sua boca, cortando seu lábio, antes que ele segurasse meus braços com uma mão e apalpasse o meu corpo com a outra. Ele me esmagou contra a parede com tanta força que pude sentir a pele das costas arranhando e sendo machucada conforme ele esfregava em mim.

Comecei a gritar, mas ele colou a boca na minha. Tudo o que se podia ouvir era uma pessoa gritando como se estivesse embaixo d’agua. Então o som da bermuda sendo aberta e o barulho do zíper descendo, como minha sentença de morte. Gritei mais alto, mas ele mordeu meu lábio e bateu a minha cabeça na parede. As coisas ficaram confusas e eu senti o meu vestido deslizar para cima até a cintura. O ar frio que estava fazendo dentro daquela sala atingiu minha pele nua. Eu podia senti dedos descendo minha barriga, segurando o meu sexo com brutalidade. A bile subiu pela a minha garganta, e eu quase vomitei.

“Vou foder você com força, te comer como a puta que você é. Seu lixo de merda” Ele rugiu saliva voando em meu rosto. Isaac não era o homem que imaginei quando o conheci. Não era a mesma pessoa que eu gostava de flertar em segredo.

Senti seu membro contra minhas pernas, se esfregando ao longo da minha coxa.

“Não” sussurrei e balancei a cabeça, apenas para receber um sorriso nojento em resposta. Ele colocou a mão sobre a minha boca para abafar o som enquanto eu gritava. Eu mordi, e ele me xingou e bateu minha cabeça na parede novamente. Dessa vez contra a superfície, meu corpo quase um peso morto. Eu estava perdendo a consciência e ele iria me tomar. Talvez fosse melhor. Não saber o que estava acontecendo, seria melhor do que permanecer acordada, consciente das coisas repugnantes que ele faria comigo. Naquele momento, rezei para a escuridão me levar.

Ele não só marcou meu corpo, como a minha alma e mente. Stiles me abraçou e eu apoiei a cabeça em seu ombro. Aquilo era demais para mim.

Lydia POV.

A notícia de Britt e Isaac se espalhou muito rápido. Já todos sabiam que os dois tinham um caso, e que naquela noite ele tentou forçar algo que ela não queria. Odiei saber que o meu “meio” irmão era traído daquela forma com o melhor amigo. Mas ele também não era um exemplo de namorado perfeito. Já que ele trepou comigo todas as noites nesse cruzeiro.

Malia e Theo que foram os salvadores dela. Ganharam uma popularidade incomum. Scott sente muito ciúmes dos dois. Se ele soubesse que Theo só estava com ela naquele momento, porque a morena tinha ido pedir conselhos ao velho amigo de como ter um relacionamento com uma pessoa e sentir desejo de dar para outra. Theo tinha sido o primeiro de Malia e ela contava tudo para ele. Por isso os dois estavam juntos naquela hora.

Depois do meu aniversário. Não me interessei por ninguém. Minha vida tinha acabado com as palavras dele. Durante a noite, meus sonhos eram resumidos naqueles últimos momentos que passamos juntos. Começava num sonho erótico maravilhoso e terminava no maior pesadelo de todos.

Sei que deveria sentir pena e visitar a minha cunhada no pequeno hospital do navio. Mas eu não consegui forças para ir até lá. Olhar nos olhos dela. O que eu faria se fosse lá? Bater nela não seria uma opção. Capaz de eu chegar lá e confessar todos os meus pecados a ela. Britt não merecia aquilo que passou. Ninguém merece passar por isso.

O que eu sei de Isaac foi o que Malia havia contado. Ele foi expulso e seria preso quando chegarmos a terra firme. Os pais dele já tinham sido avisados, e faziam de tudo para que o filho não seja preso publicamente. E é claro, ricos do jeito que eles são. Iriam mover céu e terra para que o filho não fosse preso.

Nesses últimos dias não andei com ninguém. Fiquei isolada do pessoal. Haviam algumas pessoas ainda doentes por causa do vírus, que tinha até sido esquecido. Porque o assunto do momento ou era o estupro de Britt ou o baile que se aproximava. O baile marcava o último dia da viagem.

“Não acredito que o pessoal ainda está preocupado com o que vão vestir. Depois de duas tragédias as pessoas conseguem ver um futuro bonito” Levanto meu olhar do livro nada interessante que encontrei na sala de estar do navio, olho para o lado e vejo Franky o garoto esquisito da escola me observando. Mordi o lábio.

“Deve ser porque essas coisas terríveis não aconteceram com elas” Comentei. Ele começou a rir.

“Duvido” Ele pegou uma revista em cima do balcão e começou a folear.

“Sabe eu me diverti fazendo vocês ficarem doentes, mas o negócio da Britt foi estranho. O mais estranho e macabro irá acontecer essa noite.”

Stiles tinha comentado que Franky era o responsável pelo vírus nas bebidas. Mas a última frase dele fez meus pelos da nuca se arrepiarem.

“O que você quer dizer com isso?” Sem tirar os olhos da revista ele respondeu a minha pergunta.

“Venha essa noite para o salão principal e saberá. Não é obra minha, mas eu vi tudo. E será horrível. Irá marcar nossas mentes para sempre. Pensei que iria odiar esse cruzeiro. Mas estou amando.” Ele se levantou e saiu da sala, deixando a revista aberta numa reportagem. Me aproximei e li a manchete.

“Terroristas matam jovens americanos”

Meu sangue gelou e meu corpo travou. Isso seria uma pista do que iria acontecer essa noite?

 



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