1. Spirit Fanfics >
  2. Predestinado >
  3. Capitulo I

História Predestinado - Capitulo I


Escrita por: Fumiiko

Notas do Autor


Olá a todos!
Decidi criar coragem e comecei a escrever uma fanfic omegaverse com o meu otp (riren).
A primeira parte do capitulo é uma breve introdução a alguns conceitos do universo do omegaverse para evitar que quem não conhece sobre o assunto fique a perdido.
Por enquanto é tudo, tenho mais algumas coisinhas para depois dizer nas notas finais.
Desfrutem do capitulo!

Capítulo 1 - Capitulo I


Esta fanfic acontecerá no universo Omega!Verse

Para aqueles que não sabem, omega!verse é um universo alternativo onde a sociedade é dividida por alfas, betas e ômegas.

Alfas: São raros, mas não tão raros como os Ômegas. Têm grande capacidade de liderança e por isso ocupam altos cargos na sociedade. São normalmente mais másculos (mesmo as mulheres), são bem dotados em aspetos físicos e são às vezes bastante agressivos. Normalmente procuram encontrar um ômega que satisfaça todos os seus desejos e com quem pretendem construir família, mesmo que muitas vezes os ômegas não queiram estar com eles. Possuem o cio de 6 em 6 meses.

Betas: Existem em abundância e são como os humanos normais aos de hoje, não possuem nenhum atributo extraordinário, não têm cio e vivem uma vida normal.

Ômegas: São a “raça” mais rara de encontrar e são considerados inferiores, muitas vezes vistos apenas como um objeto que pode ser tomado. Tanto, homens ômegas e mulheres ômegas podem engravidar e são normalmente mais pequenos e delicados (não sendo esta uma regra). Possuem o cio de 3 em 3 meses e podem ser marcados pelos Alfas. Normalmente Alfas e ômegas relacionam-se entre si, já que segundo a regras da sociedade os alfas devem proteger os ômegas e os ômegas serem totalmente submissos ao seu superior, o que muitas vezes acaba em relações abusivas.

Marca: É feita quando um alfa morde um ômega durante a relação sexual. Quando um ômega é marcado por um alfa as suas almas ficam ligadas para sempre e caso se separem causam uma dor enorme um ao outro.

Calor: Para os alfas acontece de 6 em 6 meses e para os ômegas é de 3 em 3 meses. Basicamente o que acontece é que os ômegas liberam grandes quantidades de ferômonios, sentem-se quentes e ficam com um desejo sexual muito grande. Costuma ser um ciclo doloroso para eles até que o Alfa os satisfaça, através do sexo. É também nessa altura que ficam mais férteis, engravidando com mais facilidade.

Ferômonios: São liberados tanto pelos alfas como pelos ômegas. Os Betas são os únicos que não sentem o cheiro dos ferômonios, não os liberam e não são afetados por eles.

: Dá-se durante o ato sexual entre um alfa e um ômega. O alfa quando atinge o orgasmo automaticamente prende-se ao ômega de forma a conseguir engravida-lo com mais eficiência.

Supressores: São umas pequenas pilulas que evitam que o ômega passe tão mal durante o cio e esconde grande parte dos ferômonios liberados por eles.

Alma gêmea: É quando um alfa e um ômega são destinados um ao outro, completam-se e se caso o alfa encontre o seu ômega já marcado, ele pode-lhe fazer uma nova marca capaz de destruir a anterior. É a ligação mais forte de todas e para alguns considerada uma lenda, já que é muito raro um ômega encontrar a sua alma gêmea e vice-versa.

--- ✽ ---

Respirou fundo três vezes, contou até dez e num golpe de coragem girou a maçaneta, invadindo o pequeno gabinete.

— Senhor Erwin! Por favor, disponha um pouco do seu tempo para dar uma vista de olhos neste artigo sobre as espécies que entraram agora em vias de extinção. — Pediu Eren quase a gritar enquanto disponibilizava uma série de folhas sobre a secretária do seu chefe.

Erwin começou por ler a primeira folha enquanto o rapaz mais jovem apertava as suas mãos uma na outra, de forma a tentar conter todo o seu estresse. Ele precisava que aquele artigo fosse publicado, precisava de sentir que o seu trabalho servia para alguma coisa.

— Eren… - Suspirou. — O artigo está bem escrito, mas não é suficientemente interessante. Talvez para a próxima.

— Mas… não terminou de ler tudo…

— Não vou aceitar. — Cortou de maneira ríspida, fazendo uso da sua voz de alfa.

O rapaz pegou nas folhas a que tinha dedicado todo o seu trabalho árduo, mas desvalorizado e retirou-se sem dizer mais nenhuma palavra.

O artigo era sim interessante, mas pelo simples facto de ele ser um ómega era o suficiente para que nunca nada que fizesse fosse suficientemente bom.

Odiava sentir todos os dias essa gigantesca desigualdade social, os ômegas eram tratados abaixo de lixo, enquanto os alfas lideravam e abusavam de tudo e de todos.

— Então? Mais uma vez recusado? — Perguntou Jean cruzando no seu caminho enquanto soltava um riso zombeteiro.

O jovem de cabelos castanhos ignorou e voltou para o pequeno cubículo onde trabalhava.

Ele sabia que fazia um trabalho melhor do que muitos naquela empresa, mas por ter nascido ômega era constantemente barrado, sem poder ter chances de mostrar o seu real valor.

Mas não ia desistir.

Passou o resto da manhã a pensar em algum assunto que fosse suficientemente bom e até mesmo irrecusável de ser publicado. Algo que chamasse a atenção de todos e fizesse com que o jornal aumentasse as vendas…

Pensou e pensou, mas sem chegar a lado nenhum, até que decidi pesquisar pela internet e viu que o assunto mais comentado no momento era sobre a recente onda de assassinatos que assolava o país.

Pouco ou nada se sabia sobre o assunto, do pouco que se tinha conhecimento era que a maior parte das mortes aconteciam de madrugada e todos os corpos encontrados possuíam um “A” marcado no peito.

Ele já tinha ouvido umas quantas coisas sobre os assassinatos, mas nunca pensou que fosse algo dessa dimensão.

E foi nesse momento que se fez luz na sua mente. Era exatamente disto que ele estava a precisar, agora só tinha que conseguir novas informações sobre estes casos que se interligavam entre si através da marca sangrenta.

Eren levantou-se de sobressalto da cadeira, vestiu o casaco, pegou em todas as suas coisas e retirou-se do local de trabalho.

Assim que pisou na calçada da rua, pegou no telemóvel e marcou um número que considerava ser de grande utilidade para conseguir novas informações.

— Olá, Eren. — Atendeu a voz do outro lado.

— Hey, Armin! Posso falar contigo agora?

— Claro, precisas de algo?

— Sim, mas poderíamos falar pessoalmente?

— Hmm… Ok, queres encontrar-te para almoçar no sítio habitual? — Perguntou.

Eren concordou e desligou a chamada. Foi então a andar até ao pequeno restaurante, meio escondido, numa rua estreita.

Entrou, fez o pedido e sentou-se numa mesa desocupada enquanto esperava.

Armin era um amigo de infância. Sempre foi surpreendentemente inteligente, tanto que mesmo sendo um ômega conseguiu concorrer à universidade com as melhores notas e agora trabalhava para o centro de investigação criminal como perito criminal. Era um grande feito, já que a maioria dos ômegas, quando terminavam a escolaridade obrigatória, casavam com algum alfa, muitas vezes contra a sua vontade e dedicavam o resto das suas vidas a criar filhos não tão desejados.

Não demorou muito para que Armin aparecesse, sentou-se na mesma mesa que Eren e fez o seu pedido.

— Então, é algo muito importante? — Perguntou curioso.

— Err… Eu sei que não gostas de fazer isto, mas podias dar-me algumas informações acerca do novo caso, que parece ser conhecido por “A”?

— Eren… Já te disse milhares de vezes que não posso passar-te informações confidenciais.

— Por favor! — Implorou.

— Não. Além disso porque é que queres saber sobre isso?

— Para escrever um artigo e possivelmente assim conseguir que algo meu seja publicado! — Tentou explicar.

— Ainda nada daquilo que escreveste foi aceite?

— Não… O Erwin nunca aceita… E muito sinceramente ele nem se quer lê aquilo que lhe entrego.

— Hmm… está bem… — Acabou por concordar largando um longo suspiro. — Mas só faço isto porque és tu e porque nem nós no departamento conseguimos grandes informações sobre os assassinatos… Acredites ou não, é muito mais sério e complicado do que aquilo que aparenta ser.

A conversa foi interrompida pela empregada que trazia consigo os seus pedidos de almoço.

Depois de deixar tudo sobre a mesa, retirou-se e os dois jovens começaram finalmente a comer.

— Das poucas coisas que sei é que a probabilidade de ser um alfa por trás disto tudo é muito grande. — Comentou Armin levando uma garfada de comida à boca.

— Então… acham que o “A” que ele faz questão de marcar em todos os corpos significa na verdade “Alfa”?

— Não sabemos bem ainda… Tudo indica que sim, mas também pode ser outra coisa qualquer. — Esclareceu.

— E sabem o local onde tem acontecido a maior parte dos assassinatos? Parece que não há grandes informações sobre isso ainda…

— Todos os crimes acontecem no mesmo local. Ou melhor dizendo, todos os cadáveres foram até agora encontrados na floresta de Yamamoto…

Um arrepio percorreu todo o seu corpo. Aquela floresta não era conhecida pelos melhores motivos, era um local com um histórico incontável de suicídios.

— Em Yamamoto? Será que esperava ocultar os assassinatos fingindo como se na verdade tivessem sido suicídios? — Perguntou Eren meio confuso.

— No início também pensámos nisso… Mas começámos a achar que seria impossível que fosse essa a razão de lá estarem os corpos. — Explicou Armin seriamente. — Acredita Eren, nenhum dos cadáveres estava com bom aspeto… Uns tinham órgãos arrancados, outros estavam sem braços ou pernas e com graves cortes pelo resto do corpo… Duvido que o objetivo do assassino fosse fingir suicídios.

— Isso é realmente… estranho. — Afirmou depois de ouvir com atenção a explicação dada. — Mas sabem a que horas exatas da madrugada costumam acontecer todas essas mortes?

— Pelo estado de decomposição com que os corpos têm chegado de manhã ao departamento… Diria que entre a meia noite e as 3 da manhã…

Continuaram a comer em silêncio durante um bocado, aquele assunto deixava Eren desconfortável, um arrepio insistia em percorrer a sua espinha. Saber que um número grande de pessoas têm vindo a morrer numa floresta tão perto desta cidade…  É no mínimo assustador, mas ele precisava de mais informações. Pensou em ir ao local do crime, se encontrasse algo interessante podia ajudar a melhorar ainda mais o artigo.

— Eren… — Disse Armin sério, resgatando-o dos seus pensamentos. – Não estás a pensar lá ir pois não?

— Err? Não, claro que não!

Ele era horrível a mentir, tinha perfeita noção disso, mas sentia que não podia dizer a verdade ao Armin.

— De certeza? É um sítio preguiçoso, além disso és um ômega, o que só pioraria a situação!

— O que queres dizer com isso? — Ele odiava que se referissem ao fato de ele ser um ômega, como se isso o deixasse inferior aos outros.

— Esqueceste-te que quem anda muito provavelmente a assassinar este monte de gente é um alfa? És um ômega não marcado Eren! Podem-te acontecer coisas horríveis. – Tentou alertar.

— Eu sei disso, mas já disse que sei defender-me, fora que se fosse lá, iria ter cuidado.

Voltaram a ficar em silêncio, o único ruido que se ouvia era o barulho dos talheres.

Terminaram de comer ao mesmo tempo, pagaram o almoço e retiraram-se do restaurante.

— Eren, vou ter que voltar agora para o trabalho, mas antes promete-me uma coisa. – Pediu, finalmente acabando com aquele silêncio constrangedor. — Não vás aquela floresta, muito menos à noite…

— Não te posso prometer isso… Eu preciso mesmo de mais informações e até algumas fotos para o artigo! É a minha grande hipótese. — Tentou explicar com um pequeno sorriso convincente.

             Armin simplesmente abanou a cabeça em sinal de reprovação e soltou um largo suspiro.

— Tu lá sabes…

Despediram-se e Eren voltou para o trabalho, sem grande ânimo. O dia não demorou muito a passar e quando deu por si já estava a entrar em casa.

Começou a planear todas as coisas que precisaria de levar para investigar melhor o local do crime. Esta noite ele iria fazer questão de passar por lá.

A ideia assustava-o um pouco, principalmente por ser um sítio considerado por muitos a casa de demônios… Aquela floresta realmente tinha uma fama terrível.

Preparou a máquina fotográfica, uma mochila com comida, uma lanterna, água e por fim um bloco caso precisasse de anotar alguma coisa.

Enquanto esperava que batessem as 23 horas, foi tomar um banho e depois parou para observar o calendário do ciclo. Contou os dias e percebeu que, felizmente, ainda faltava 1 mês para entrar no calor, oh… como ele odiava aquele horrível ciclo.

Remexeu numas gavetas de um móvel que ajudava a decorar a sua sala até que consegui encontrar aquilo que queria, os supressores. Tomou um enquanto comia uma sandes e bebia um refrigerante. Era melhor precaver do que remediar, se ia sair a noite sozinho a melhor coisa que tinha a fazer era tentar esconder o melhor possível o seu odor…

Depois de terminar de comer, pegou na mochila e saiu de casa. Começou a caminhar entre as ruas já desertas e pouco iluminadas, por isso tentou chegar o mais rápido possível até à paragem do autocarro. A floresta ficava a uns 20 km de distância da sua casa, então o transporte público era a melhor hipótese, já que infelizmente os ômegas não podiam ter carta de condução… Malditas leis… pensou para consigo mesmo.

O autocarro não demorou muito a chegar e a viagem até à floresta também foi rápida. Desceu do transporte e olhou para o telemóvel, que marcava exatamente as 00:30 horas.

Respirou fundo e começou novamente a caminhada até ao local exato. Só parou quando encontrou a desejada placa, “Floresta de Yamamoto”.

A entrada estava escura e não parecia haver grande iluminação pelo resto do trilho… Começou a andar e um pouco mais a frente havia outra pequena placa com um aviso e uma chamada de atenção “Repense bem as suas decisões, pense nos seus amigos e familiares, as pessoas sentirão a sua falta. Caso precise de ajude ligue XXXXX.XXXXX”.

Caminhou durante mais um bocado até que teve que recorrer à sua lanterna. A iluminação parecia ter sido colocada só na entrada e o resto da floresta estava envolta na penumbra da noite. Por um lado, pensou, era horrível, caso precisasse de fotografar algum momento, não poderia usar o flash da câmara pois iria chamar demasiado a atenção, mas por outro… Daria para se esconder mais facilmente caso acontecesse algo perigoso.

Depois de caminhar sem parar durante uns 10 minutos começou a arrepender-se da sua decisão. Já não se lembrava por onde tinha entrado, a floresta era cheia de trilhos confusos e todas as árvores pareciam-lhe iguais, já para não referir o quão escuro e silencioso estava.

Se ele continuasse assim provavelmente não conseguiria informações novas, muito menos fotos e para completar ainda acabaria perdido.

Continuou a andar durante mais uns 5 minutos, no meio daquele silêncio perturbador até que ouviu um barulho. Olhou para todos os lados. Voltou a ouvir o mesmo som, como se alguém tivesse pisado num ramo caído, mas desta vez parecia vir de trás dele.

Eren virou-se bruscamente e tudo o que encontrou foram as mesmas árvores e arbustos. Começou a ficar assustado e por instinto recuou devagar, mas voltou a arrepiar-se completamente quando sentiu algo duro atrás de si.

Começou a correr com todas as suas forças, sem se quer olhar para trás. Sentia a sua respiração alterada e o seu coração batia descompassadamente.

Correu e correu, até sentir que estava minimamente longe do quer que estivesse atrás dele. Felizmente não tinha deixado cair a sua mochila no meio do caminho. Tentou voltar a respirar calmamente e quando conseguiu alcançar esse objetivo, olhou à sua volta e mais uma vez um arrepio percorreu todo o seu corpo.

Eren estava fora do trilho e completamente perdido.

--- ✽ ---


Notas Finais


Antes de mais nada, espero que tenham gostado, se tiver algum erro avisem-me.
Sobre alguns dos conceitos que pus no inicio, as minhas fontes foram estes 2 links (foram ótimos posts que conseguiram explicar super bem a essência do universo aob):
https://spiritfanfics.com/perfil/sucuby/jornal/omegaverse-ou-aob-5668464
http://geeksfanfics.blogspot.pt/2015/06/dinamica-abo-luna.html

Para já não tenho data prevista para o próximo capitulo, pode sair para a semana ou só daqui a 2 semanas, vai depender muito da minha disponibilidade e trabalhos da faculdade, etc...
Mais uma vez, espero que tenham gostado, qualquer dúvida podem perguntar nos comentários e digam o que acharam.
Beijos e até ao próximo.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...