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História Predestinados - Shawmila - Let me love you.


Escrita por: jujubs021

Notas do Autor


Ei people, como vocês estão?
Peço desculpas por não ter conseguido postar ontem, mas está aqui. Um pouquinho maior do que o normal.
Espero que gostem.
Boa leitura!

Capítulo 11 - Let me love you.


Fanfic / Fanfiction Predestinados - Shawmila - Let me love you.

 

     Entrei no enorme quarto do hotel, apenas um abajur estava aceso com uma luz fraca e Lauren e Ally dormiam enroladas numa coberta. Fechei a porta me escorando na parede para tirar o salto e agradecendo mentalmente por aquilo. Fui em direção ao banheiro, mas no meio do caminho voltei aumentando a temperatura do ar.

- Cacete, por que tão frio? – Eu sussurrei indo novamente em direção ao banheiro. Prendi o cabelo num coque alto e após tirar a roupa passei uma água no corpo. Por mais que fossem 4, 5 ou 6 horas da manhã, eu odiava dormir com a sensação de estar suja (suada) ou algo do tipo. Coloquei um pijama, escovei os dentes e pulei na minha cama sentindo um cansaço mas ao mesmo tempo indo dormir feliz com a noite passada.

 

 HOTEL Viceroy – 08:40

     Senti uma leve claridade na cara porém me recusei a abrir os olhos. Ouvi alguém sussurrar um “deixa ela dormir, sua peste” e já esperei vir alguma merda, mas estava tão cansada que apenas deixei a vida me levar. Senti um peso a mais na cama e abri levemente os olhos só pra elas ficarem ligadas que eu estava acordada.

 - Bom dia, coisa linda – Ally disse praticamente em cima de mim com um sorriso de criança quando ganha o presente que deseja no natal. Eu queria bate-la por ter me acordado, juro que queria, mas não conseguia.

- Bom dia – Eu disse me arrumando debaixo das cobertas enquanto ela pulava em cima de mim me dando um abraço. – São que horas?

- Hora de acordar pra ir pra piscina com a gente! – Eu virei o rosto pro lado esperando ela responder a hora – São quase nove horas, preguiçosa. Vamos tomar um café maravilhoso na beira da piscina?! – Ela disse saindo de cima de mim e pude então perceber que ela e Lauren estavam usando biquínis.

    Falando de comida... A danada sabia me convencer. Me espreguicei enquanto Normani batia na porta juntamente com Dinah. Elas já iam descer só que eu pedi para que me esperassem e fui colocar um biquíni rapidamente. Coloquei um óculos escuro na cara pra esconder as olheiras e também peguei meu celular.

   Chegamos na piscina e tinha pouquíssima gente.

- Já pediu o café? – Dinah perguntou à Ally, que assentiu com a cabeça enquanto sentava-se numa daquelas cadeiras confortáveis – E pediu o que?

- Frutas, torradas, sucos e um café sem açúcar pra Lauren. – Ela disse mexendo no celular. E eu fitei Lauren que estava com os cabelos presos e também de óculos. Tentando esconder a ressaca, pensei e ri sozinha.

   O café chegou e nós comemos calmamente. Com uma brincadeira daqui e dali Lauren foi melhorando a ressaca. Umas meninas pediram pra tirar foto com a gente e como não teríamos show naquele dia resolvemos ficar apenas relaxando. Cada uma com seu óculos e Ally com um chapeuzinho em silêncio.

 - Chegou que horas ontem? – Dinah perguntou e senti que Ally me deu uma olhada de rabo de olho.

 - Um pouquinho depois de vocês – Eu disse arrumando os óculos no rosto e rezando para que ela não fizesse mais nenhuma pergunta.

- E como foi? – Tola. Camila você é uma tola. – Ela estendeu o assunto e eu já estava vendo a merda ficar rala. Não rolava segredos entre a gente. Eu só achei aquilo um pouco desnecessário de se ficar falando.

- Foi legal. Só fomos lá comer mesmo e voltamos logo depois. – Eu dei uma desconversada.

- Eu quero saber quem você pegou ontem na festa – Ally foi direta. Até demais. Dinah meio que se assustou com a “revelação” e deu uns tapinhas surtados em Normani que estava com seus fones de ouvido. Lauren permaneceu esticada do mesmo jeito que estava antes e eu, eu deveria estar mais vermelha do que um tomate, provavelmente.

     Eu engoli seco sabendo que agora não teria pra onde fugir.

- O que? Como assim? – Normani parecia chocada e eu apenas intercalava o olhar entre elas. Ela olhou pra Ally de boca aberta que assentiu com a cabeça e depois pra mim – Conta pra gente, Mila! – Ela até se arrumou melhor na cadeira.

- Ai Deus – Eu disse me sentando melhor e fazendo um coque frouxo no cabelo.

- Estamos esperando – Dinah estava prestando a maior atenção do mundo e eu simplesmente não sabia por onde começar a contar a história – O que você viu, Ally?

- Quando vocês estavam dançando, ela sumiu. E apareceu um tempo depois, assim, do nada, com a cara mais lavada possível, mas a boca completamente inchada.

- E o que isso tem a ver? – Eu perguntei tentando compreender aquela lógica – Eu não posso ter batido com a boca em algum lugar? – Eu disse com uma desculpinha horrorosa. Pior que essa desculpa não tinha, pensei.

- Você? Bem capaz – Lauren por fim abriu a boca sussurrando para si mesma. Eu olhei pra elas que ainda me fitavam. Você perdeu, Camilinha.

- Ok. Eu fiquei com um garoto – disse fazendo suspense.

- Disso a gente já sabe. Quero saber quem é o garoto, pra saber se você tem bom gosto – Ally boca grande.

- Camila, você é muito cara de pau – Dinah disse e eu fiquei um pouco “hã?” – E depois ainda saiu da festa com o Shawn?!

  Eu devo ter feito uma cara muito, muito bizarra. De pavor? Talvez. Descobriram meu crush secreto não tão secreto. Percebi que havia dado bandeira quando Normani e Ally arregalaram os olhos e disseram juntas um “NÃÃÃÃÃÃO” mas não no sentido de reprovar a minha ficada com ele, e sim no sentido de que elas não estavam acreditando. Dinah fez cara de paisagem sem pegar a lógica das meninas. Olhou pra elas e então se tocou.

- OMG. Você pegou o Shawn Mendes? – Eu podia ver ela sair dali correndo e pulando. Tampei a cara com as mãos morrendo de vergonha. – Ai meu Deus, eu não acredito. Mila, que milagre! Até que enfim vocês se pegaram – Ela danou a falar.

- Que bonitinho – Normani disse toda meiga e eu por fim tirei a mão da cara. Muito dificilmente sentia vergonha, e não tinha motivos suficiente para isso, muito menos com as meninas que dividiam praticamente tudo comigo.

- Sim, nós saímos e foi... ótimo – Eu por fim abri a minha boca.

- E conta pra gente como foi. Estou esperando desde ontem – Ally disse e eu deixei uma risada escapar.

- O que vocês querem saber? – Eu perguntei fazendo perninha de chinês.

- Tudo – As três disseram juntas e Lauren virou-se para também prestar atenção.

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     Frio e dor de cabeça: eram as únicas coisas que eu conseguia sentir naquele momento. O ar deveria estar no mais gelado possível e eu estava sem camisa e sem coberta. Abri os olhos percebendo a zona que meu quarto estava e eu preferia não ter aberto se soubesse que estaria daquele jeito. Procurei pelo meu celular mas estava com a bateria zerada. Merda, pensei.

    Levantei pesadamente e fui caminhando em direção ao banheiro. Precisava de um banho urgentemente! Tirei a calça (as meias eu havia tirado no meio do caminho e sim, eu simplesmente apaguei na noite anterior, só deu tempo de tirar a jaqueta, a camisa e o sapato) abrindo o chuveiro na temperatura mais quente que ali tinha. Eu só precisava relaxar e acordar, não necessariamente nessa ordem.

   Fiquei uns 10 minutos e quando sai a primeira coisa que fiz foi pedir um café. Eu não estava com ressaca, apenas com um mal estar. E se não eu não fosse canadense muito provavelmente nesse momento estaria muito resfriado por conta do ar congelante.

   Conectei o celular no carregador enquanto procurava um remédio na minha mala.

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- E então foi isso – Eu por fim terminei de contar a história.

- Que lindo. E ele beija bem? – Dinah indiscreta perguntou.

- Ai Dinah, isso é pergunta que se faça?! – Ally a repreendeu e Dinah deu uma ignorada prestando atenção em mim.

- Dinah, se eu soubesse que era bom daquele jeito eu teria feito muito tempo antes – Eu disse por fim voltando a minha Camila sem vergonha fazendo as meninas rirem – Foi melhor do que eu imaginei. Mil vezes.

- Nossa! – Ela exclamou - E ele não te ligou? Mandou mensagem? Sinal de fumaça? – Ela tocou no assunto e eu instantaneamente olhei no celular.

- Ele ainda deve estar dormindo – Mani disse – Mila, quando o mel é bom a abelha sempre volta.

- Tá explicado porque ela estava com a boca daquele jeito ontem – Ally fez uma piadinha forçadinha mas as meninas riram, eu ri de ironia.

- Eu quero saber como que as coisas vão ficar agora. Tipo, a amizade e enfim, vocês sabem – Eu disse me abrindo com elas. Além de amigas elas eram a minha família.

- Normal ué, e de vez em quando você dá uns beijos nele. Amizade colorida.

- Isso de amizade colorida nunca dá certo – Disse Lauren começando a entrar na conversa – Mas o Shawn é diferente. Pode ser que com ele dê certo.

- Normalmente isso dá certo com o tipo de garoto errado – Normani disse eu tive que concordar. Sempre tive atrações por garotos errados, complicados, com o ego grande e sempre saia machucada no final, mas é aquilo que dizem né, é dos complicados que elas gostam mais, porém dessa vez estava sendo diferente.

- Se eu fosse você ligava pra ele – Dinah disse.

- Não, que isso, espera que ele vai ligar! Vai ficar parecendo que você é uma desesperada – Ally disse – Não pelo fato de você não estar, porque visivelmente você está!

- Sua palhaça – Eu disse tacando uma almofadinha da espreguiçadeira nela.

     Ficamos ali jogando conversa fora por um bom tempo, enquanto Lauren tirava um cochilo, até que meu telefone tocou com uma nova mensagem.

                   “Não consigo parar de pensar em nós ontem. Obrigado pela noite maravilhosa.
                     O que você acha de repeti-la hoje?”   Beijos, Shawn.

Eu ri com cara de idiota e Dinah deu uma zoada básica, mas eu não sabia exatamente o que responder e nem estava muito afim de sair.

- E aí? – Dinah esperava ansiosamente minha resposta.

- Eu quero vê-lo mas não queria sair do Hotel – Eu disse preguiçosa. Amanhã temos o show e saímos ontem, chegamos tarde. Eu só queria descansar.

- Então chama ele pra vir pra cá – Normani foi direta, bem direta. Eu estudei a possibilidade daquilo realmente acontecer, mas o que faríamos? Digo, ficar andando como casais no hotel sendo que queríamos na verdade esconder aquilo que estava rolando (ou parecia estar rolando) entre a gente.

- Chama ele pra ver um filme – Lauren disse talvez mais preguiçosa do que eu.

- Boaaa – Ally comemorou. Minha vida amorosa estava uma graça com minhas amigas me ajudando. Eu olhei pra elas e não achei nada mais justo do que realmente chama-lo. Mandei uma mensagem.

                 “Claro, mas eu não queria sair hoje. Temos show amanhã!

                    Quer vir aqui pro hotel pra gente ver algum filme, alguma coisa?!”

Coisa de segundos depois ele respondeu que iria e perguntou a hora, marcamos às 17:00.

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     O que eu havia planejado era sair para jantar, uma coisa simples mas bem feita, só que a Camila havia respondido minha mensagem me chamando para ir para o hotel delas e eu topei, o tempo estava meio nublado e eu preferi colocar um casaco simples. O hotel que eu estava não ficava muito longe do dela, mas era um certo tempinho. Peguei um taxi e demorei uns 15 minutos para chegar. Chegando lá passei pela recepção, mas no andar delas havia um segurança bem grandão.

 - Boa tarde, eu vim ver as meninas – Eu disse e ele me fitou seriamente como se me conhecesse de algum lugar mas não me deu permissão para passar. Pegou o celular enviando uma mensagem para alguém e então Ally abriu a porta de um dos quartos e gritou.

- Pode deixar ele vir Big Bob – O tão grandão liberou e eu fui, mas a Ally não me deixou entrar e apontou a porta do quarto da frente – É aquele ali – ela disse toda feliz e eu a agradeci, mas antes de sair dei um breve abraço nela – Hm, tá cheiroso – ela brincou e eu ri, não havia passado nada demais para ficar cheiroso.

- É meu cheiro natural – eu disse brincando com ela que me respondeu com um “convencido” e logo após fechou a porta do quarto. Olhei pra trás e o tal Big Bob estava virado para o outro lado. Dei três breves toques na porta e ouvi um “Já vaaaaai” e esperei ansiosamente.

  Quando ela abriu a porta eu constatei: mais linda que aquela pessoa, não havia no mundo inteiro. Ela sorriu com os cabelos soltos e também usava um casaco larguinho. Calças brancas e meias de banana. Não sabia muito ao certo o que fazer, ou falar. Eu meio que dei uma travada e minha respiração deu uma pesada. Ela percebeu, pois segurou nas minhas mãos e me puxou para dentro daquele apartamento, porque aquilo poderia ser uma casa, menos um quarta. Fechou a porta atrás de mim e se esticou o máximo possível colando sua boca na minha num beijo singelo.

     Eu não sabia se ficava feliz pelo fato dela ter me beijado ou triste pelo fato dela ter me dado um beijo tão simples, mas preferi ficar com a primeira opção.

 - Você demorou – Ela disse e eu pude perceber que haviam almofadas e uma coberta. Ela sentou-se no grande sofá cinza e ficou esperando por mim.

- O tempo está estranho lá fora. Um trânsito chatinho – Eu disse me aproximando e tirando o tênis – O que nós vamos fazer? Que filme vamos assistir? – Eu perguntei vendo-a ligar a televisão.

- Podemos fazer pipoca ou um brigadeiro – Ela disse enquanto eu me aproximava mais e mais.

- Brigadeiro? – Eu perguntei já praticamente deitado no sofá dela.

- Sim, é um doce do Brasil. Os fãs nos deram quando nós fomos lá. É maravilhoso – Ela disse muito feliz.

- E você sabe fazer isso? – Eu perguntei olhando pra ela.

- Nós podemos tentar – Ela disse fofa como uma criança e eu pude ver um brilho em seu olhar – Mas antes vamos ver o filme.

- Que filme? – Eu então tirei o celular do bolso me verificando se havia alguma ligação ou mensagem não vista. Nada.

- O Diário de uma paixão. Eu amo esse filme – Eu assenti enquanto ela colocava no tal filme e dava o play. Ela chegou-se mais pra trás pegando o controle do ar e colocando no 17°C, isso porque já estava frio, colocou o controle do outro lado e chegou mais perto de mim trazendo consigo uma coberta. Cobriu-nos enquanto eu passava o braço por trás de seu pescoço, como se fosse um travesseiro.

        Eu tentava prestar atenção no final, porém simplesmente não conseguia. Ela percebeu, pois levantou a cabeça e deu de cara com o meu olhar firme sobre ela. Eu senti todos os pelos do meu corpo se arrepiarem. Como se um choque passasse pelo meu corpo. Ela, de alguma maneira, escorregou para cima e passou um dos braços pelo meu pescoço se aproximando de mim rápida como um raio.

         Sua boca veio de encontro com a minha e eu passei meus braços sobre sua cintura como se fosse um abraço. O beijo começou lento e suave, nada de língua. Ela se afastou um pouco, possivelmente para respirar e no instante seguinte eu já estava beijando-a novamente, sem querer extrapolar os limites, mas simplesmente não dava e eu então pensei: Será que esse ar realmente está ligado? Estou sentindo um calor absurdo.


Notas Finais


E então, o que acharam?
Espero que tenham gostado. Próximo capítulo vou tentar atualizar amanhã ou quarta.
Fiquem com Deus.


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