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História Predestinados - Shawmila - A queda.


Escrita por: jujubs021

Notas do Autor


WOW
CINCO MIL VISUALIZAÇÕES? OMG
Amo vocês. Sério! <3
Capitulo novo.
Boa leitura!

Capítulo 29 - A queda.


Fanfic / Fanfiction Predestinados - Shawmila - A queda.

 

   Um namoro baseado na distância? Um pouco. Estava absorta em pensamentos e com um pouco de saudades quando vi Sofi abrir a porta e entrar correndo desesperada.

- Kaki – Ela correu se jogando em cima de mim enquanto me abraçava fortemente.

- Sofiiiiiii – Eu a apertei enquanto rolava com ela em cima da cama.

     Eu estava em Miami novamente. Um dia de folga, talvez dois e depois mais viagens. Eu havia chego tarde da noite e apesar te der conseguido dar um beijo nela, ela estava dormindo... Não era a mesma coisa. As palavras presas no meu pensamento resolveram sair dali quando me lembrei de que Shawn Mendes teria um show bem ali perto. Meu pai havia comentado que queria levar mama para jantar e então meio que já estava tudo no esquema.

- Você quer sair comigo hoje? – Perguntei enquanto ela se esticava sobre mim.

- Quero. Pra onde? – Ela riu. Sofi era uma criança maravilhosa, de todas as maneiras possíveis, eu tinha tanto orgulho dela que faria qualquer coisa por aquela baixinha.

- O Shawn vai fazer um show aqui perto hoje – Eu disse e a vi abrir um sorriso. Ela adorava o Shawn – Pensei da gente ir no show dele e depois sair pra tomar um sorvete. O que você acha?

- Um bem grande? – Ela perguntou esticando um pouco as mãos.

- Sim. O que couber nessa sua barriguinha – Cutuquei sua barriga fazendo a rir, ela era como eu. Era só encostas na barriga, costelas ou nos pés que a bichinha danava a cair na risada. Morria de cócegas.

- Para Kaki, preciso respirar – Ela disse se debatendo um pouco e eu parei de fazer aquilo com ela. Levantei puxando seus pés.

- Vem, vamos descer pra comer alguma coisa – Ela levantou-se me acompanhando agarrada em minhas pernas. Meu grude.

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    Já deveria ser ou terceiro ou quarto comprimido que eu tomava aquela manhã, para tentar aliviar um pouco das dores que permaneciam em minhas costas. Eu deveria ter dado um pequeno mau jeito no dia em que dormi no hotel com a Camila, mas na hora o sangue estava quente e eu não senti nada, só no dia seguinte que fui acordar moído e achei que dali a dois ou três dias estaria novo em folha novamente. Pura ilusão.

- Ainda não melhorou? – Stephen perguntou ao meu lado percebendo minha cara de desgosto.

- Já. Tomei só por precaução – Menti.

- Se você se sentir mal é só falar que a gente cancela o show de hoje e remarca pra outro dia – Ele disse sério e eu assenti com a cabeça antes de pegar o violão em mãos e seguir para a passagem de som.

      É óbvio que eu não cancelaria aquele show. Meus fãs não mereciam aquilo e como eu havia dito era só uma dorzinha chata e incômoda nas costas.

     Cheguei para a passagem de som e além da equipe arrumando o resto da aparelhagem e a galera da banda também estar por lá arrumando seus instrumentos havia alguns fãs, poucos. Antes de começarmos a passagem eu desci pra conversar um pouco e tirar algumas fotos. As dores haviam cessado e eu já podia me mexer melhor e não ficar parecendo um robozinho. Fiquei por ali uns dez minutos e então subi pra passagem de som para verificar se tudo estava certo, então após concluir que estava ok voltei para o camarim para esperar um pouco (fazer uma horinha) e aguardar o horário para começar o show. Stephen havia me dito que havia gente na fila desde cedo e eu sorri animado com a expectativa de um grande show.

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     Olhei no espelho uma última vez vendo se estava tudo certinho. Corri os olhos pelo quarto procurando meu celular e minha bolsa saindo dali e passando no quarto de Sofi, que não estava ali pra variar. Desci as escadas e pude vê-la ao lado do nosso papa já arrumada.

- Até que enfim Kaki – Ela reclamou fazendo um sinal de amém e meu pai riu por sua reação.

- Vamos? – Perguntei olhando pra ela enquanto olhava pro meu pai sem entender nada, ele disse que sairia com a mama, achei que nem estivessem mais em casa.

- Eu levo vocês – Ele disse se levantando.

- Você não vai sair pra jantar com a mama? – Perguntei.

- Ela foi se arrumar agora, dá tempo de levar vocês lá e voltar – ele disse abrindo a porta e esperando a gente sair.

    Fizemos o trajeto em quinze ou vinte minutos, e quando chegamos ainda havia bastante gente pra entrar. Sofi abriu os olhos com a boca aberta prestando atenção naquela quantidade de gente. Meu pai lançou-me um olhar do tipo “o que eu faço?” porque provavelmente se ele parasse ali todo mundo ia me ver e eu nem iria conseguir entrar pra assistir o show, e o que eu menos queria era tumulto.

    Procurei pelo meu celular discando número de Andrew, na verdade eu queria fazer uma surpresa depois do show ao Shawn. Ele atendeu e pediu para que fossemos para o portão vip e que ele arrumaria uma maneira de nos colocar ali meio que escondido, por mais que não tivesse como se esconder lá dentro. Conseguimos entrar e sentar num lugar bom, nem muito lá na frente e nem muito lá no fundo. Sofi estava admirada com a atmosfera do local e eu me senti feliz por faze-la feliz.  

- Camila? – Ouvi uma voz conhecida enquanto alguém pousava as mãos levemente em meus ombros.

- Oi? – Me virei esperando que fosse alguma fã. Nós estávamos em uma área reservada, mas vai saber... Quando foquei os olhos pude ver Hailee na minha frente – Oi Hailee – Fui simpática abrindo um sorriso frouxo.

- Como você está? – Ela perguntou me abraçando levemente – Quem é a princesinha? – Ela perguntou se referindo à Sofi.

- É a Sofia, minha irmã – Sofi deu um sorriso – Trouxe ela pra ver o Show. – Sofi parou à minha frente enquanto eu apoiava os braços em seus ombros. Hailee deu um sorriso olhando pra carinha dela e então olhou pra mim novamente.

- Ouvi a música que vocês fizeram. Ficou ótima. Parabéns!

- Obrigada! – Eu agradeci ainda com um sorriso frouxo no rosto me perguntando que diabos ela estava fazendo ali.

       Eu sabia que ela e Shawn haviam cantado juntos e tinham amigos em comum, mas que eram amigos? E todo mundo sabia que ela dava mole demais pra ele. Descaradamente. Senti minhas bochechas esquentarem e apertei levemente os dedos. Senti Sofi se remexer e abaixei os olhos. Oh tadinha, eu estava apertando ela que não tinha nada a ver.

         O show iniciou e eu achei que provavelmente meus ouvidos explodiriam por conta da gritaria. Foi insano. Claro que quando a gente ia fazer show também gritavam, mas como a gente ficava com a aparelhagem no ouvido era possível escutar baixo, mas quando a gente tirava também dava pra ficar um pouco surda.

       O show foi ocorrendo de maneira animada e Sofi sabia cantar quase todas as músicas. Hailee estava animada ao meu lado cantando algumas também. Shawn saiu do palco umas duas vezes, mas voltou. Ele normalmente não saia, só trocava de instrumento, mas mesmo assim fazia isso ainda no palco. Provavelmente estava tendo algum problema com alguma aparelhagem.

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          Estava lotado. Insano. Me senti leve por não ter cancelado o show e terminado com a noite de quase dez mil pessoas. Soube que ainda havia gente do lado de fora que não tinha conseguido entrar. O concerto foi rolando de maneira tranquila até a quarta música. Os inúmeros remédios que eu tinha tomado mais cedo não estavam mais fazendo efeito nenhum e a dor que eu sentia antes não se comparava a dor que eu estava sentindo naquele momento. Eu não me mexia muito pelo fato de não precisar dançar, mas era eu quem tocava meu violão, então querendo ou não rolava uns movimentos.

       Eu desci pela segunda vez ouvindo Andrew reclamar com mil pessoas e discutir com Stephen.

- Então a gente cancela o show – Pude ouvir ele dizer enquanto alguém me entregava um copo com água e um comprimido. Eu também não podia encher o rabo de remédio e fazer o show alucinado né. Ninguém merecia.

- Não vamos cancelar nada! – Eu disse respirando fundo enquanto pegava o violão novamente em mãos e subia pro palco. Pude ouvir Stephen pedir para eu voltar lá pra trás pelo ponto, mas eu não voltaria.

      Sabe quando você dá o seu máximo naquilo que está fazendo? Foi exatamente como me senti. Quer dizer, eu sempre dava o meu máximo nos shows, mas de uma maneira positiva, que eu poderia sair dali exausto de cansaço, mas sairia completamente feliz. Nas últimas duas músicas eu simplesmente não sentia o que estava acontecendo com meu corpo. Eu não conseguia reagir, tanto que cantei metade da música e deixei o público cantar a outra metade.

      Agradeci a presença de todos e saí dali o mais rápido que pude para não correr o risco de cair ali em cima na frente de todo mundo. Tirei o violão entregando para a primeira pessoa que vi ali e desci os pequenos degraus trocando as pernas e tentando me segurar em algum lugar. Nem sequer parei para falar com alguém, me senti mal por isso e entrei na primeira porta que vi deixando um gemido de dor escapar enquanto sentia o impacto do meu corpo chocando-se com chão. Então escutei uma gritaria e tudo ficou preto.

 -----

 

       O show acabou e as pessoas tinham um sorriso estampado em seus rostos. Algumas pessoas me viram e tentaram de alguma maneira falar comigo, mas não tinha como eu dar muito atenção porque estava cuidando de Sofi, agarrada aos meus braços. Olhei para o lado vendo Hailee conversar animadamente com outra garota, voltei os olhos para Sofi que me encarava.

- Gostou? – Perguntei sorrindo sincera.

- Eu adorei, Kaki – Ela disse abraçando minhas pernas.

- O que você acha de passar no camarim pra dar um beijo no Shawn e depois nós vamos tomar aquele sorvete que eu te prometi? – Perguntei enquanto segurava sua mãozinha saindo dali.

- O Shawn vai com a gente? – Ela perguntou andando ao meu lado.

- Não sei. Nós podemos chama-lo. Você quer que ele vá? – Perguntei e a vi assentir levemente a cabeça. Como a gente estava numa área reservada não foi difícil chegar à área da produção, vulgo backstage. Tinha uma movimentação estranha ali. Me aproximei mais um pouco passando por uns “seguranças” enquanto o tumulto ia se intensificando e pude ouvir alguns berros.

- O que tá acontecendo Kaki? – Sofi perguntou com os olhos arregalados um pouco assustada.

- Eu não sei – respondi vendo muita gente em frente a uma porta. Então olhei novamente para Sofi – Me espera aqui, eu já volto – Ela assentiu ainda assustada enquanto encostava-se à parede.

      Soltei sua mão apressando os passos. Tinha três ou quatro pessoas no corredor com os olhos arregalados e um deles estava desesperado tentando ligar o celular. Eu só entendia que estava tendo algo muito errado ali, porque todo mundo tentava falar alto ao mesmo tempo e não era possível entender nada. Tentei me esticar o máximo possível e pude ver Andrew do outro lado da bagunça passando as mãos de forma desesperadora pelos cabelos.

- O que está acontecendo? – Perguntei para uma menina à minha frente esperando alguma resposta da mesma, mas antes de qualquer coisa pude ouvir um som que mexeu muito com a minha pessoa. Eu não sabia dizer se era um gemido ou um grito, a única coisa que eu sabia era que aquilo não era bom. NÃO ERA BOM MESMO. E vinha da boca do Shawn.

- EU JÁ PEDI PRA CHAMAREM A PORRA DE UMA AMBULÂNCIA – Stephen gritou e senti meu coração acelerar.

      Na minha frente deviam ter umas dez ou quinze pessoas, o que estava dificultando minha entrada naquele ambiente, mas depois que ouvi Stephen gritar aquilo daquela maneira eu não sei como, só sei que eu havia passado no meio delas sem nem mesmo me importar se iriam me ver ali ou não.

      Então eu vi uma cena que quebrou meu coração em mil pedaços. Shawn estava deitado no chão se contorcendo de dor e apenas gemia com os olhos fechados. Stephen estava ajoelhado ao seu lado e como eu havia dito Andrew estava desesperado do outro lado do cômodo. Era como se eu visse aquela cena em câmera lenta, ou como se meu cérebro não processasse tal informação. Eu sentia meu coração bombeando sangue rápido demais enquanto eu tentava puxar algum ar pra respirar, mas nada vinha. As vozes altas foram ficando fracas e baixas enquanto um zunido ia tomando conta do meu ouvido. Um silêncio enlouquecedor.

     Coisa de três segundos e aquela sensação de transe havia passado, então eu estava ali novamente com gente gritando, correndo de um lado pro outro e gente desesperada. Mais um gemido alto de Shawn se fez presente ali e eu caí na realidade. Me ajoelhei ao seu lado, com Stephen a minha frente.

- O-o que h-ouve? – Eu perguntei tremendo absurdamente enquanto tentava encostar as mãos no seu corpo.

- Não toca nele – Stephen disse levantando um pouco a cabeça e pude ver preocupação em seus olhos – Pode piorar o estado dele – Ele disse isso baixo e rápido e então gritou de novo - CADÊ A AMBULÂNICA?

     Eu abaixei novamente a cabeça sentindo meus olhos arderem e também a presença de algumas lágrimas.

- Amor? – Perguntei baixinho me aproximando mais de seu rosto enquanto minha mão tocava levemente a sua esticada no chão. Ele não abriu os olhos ou sequer falou alguma coisa, apenas se contorceu mais uma vez trincando os dentes de dor – Amor, fala comigo. – Minha voz saiu falha enquanto pude sentir lágrimas rolarem pelo meu rosto – Por favor – eu supliquei em um sussurro e ainda assim ele não havia aberto os olhos.

- CHEGARAM. CHEGARAM. OS PARAMÉDICOS CHEGARAM – Alguém gritou e pude sentir me empurrarem levemente para o lado enquanto se abaixavam ao lado do Shawn fazendo os primeiros procedimentos.

          Eu estava sentada sobre meus joelhos. Abaixei a cabeça enquanto colocava as mãos no rosto começando um choro compulsivo sem me preocupar com quem veria aquela cena ou não. Se iriam falar alguma coisa depois ou não. Eu não estava me importando com nada daquilo. Apenas com o meu namorado.

    Senti duas mãos apertarem levemente meus ombros enquanto era abraçada por alguém que eu não sabia quem era.

- Fica calma. Ele vai ficar bem. – Andrew disse sobre minha cabeça enquanto tinha as mãos pousadas em mim tentando de alguma maneira me tranquilizar um pouco. Mas sua voz não estava firme – Pega uma água pra ela por favor? Eu preciso falar com a senhora Mendes.

     Ele disse tirando as mãos de mim enquanto eu me lembrava de algo.

- Sofi – Passei a mão pelo rosto limpando as lágrimas ali enquanto me levantava saindo completamente tonta dali procurando por Sofia. Ela estava exatamente da mesma maneira que eu havia deixado: paradinha em pé encostada à parede, mas tinha um semblante muito assustado. Quando suas mãozinhas encostaram nas minhas pude perceber que ela estava tremendo um pouquinho.

- Kaki, qué paso? – Sua voz saiu como se ela estivesse com medo.

- Não é nada – eu engoli seco sentindo um bolo na garganta. Não queria assusta-la ainda mais. Ela se aproximou me abraçando, já que eu estava abaixada. Mais lágrimas escorreram pelo meu rosto.

- Camila – Escutei a voz de Hailee atrás de mim e antes de me levantar passei a mão pelo rosto limpando as lágrimas que ali estavam. Me levantei parando atrás de Sofi e finalmente encarando ela – O que aconteceu? – Me perguntou e seguiu o olhar para dentro do cômodo, onde era possível ver Shawn sendo colocado em uma maca. Ela colocou as mãos sobre a boca também assustada.

- Eu... preciso falar com minha mãe – Eu disse atrás da minha irmã enquanto procurava o celular em algum lugar.

      Os paramédicos levantaram a maca saindo dali carregando ele. Stephen estava praticamente grudado na maca e passou os olhos rapidamente por mim, sinalizando algo atrás dele. Andrew passou atrás dele se dirigindo a mim.

- Camila, Stephen está indo com Shawn na ambulância e eu vou atrás com o meu carro, se você quiser ir junto comigo – Ele ofereceu e eu olhei para Sofi. Não iria deixa-la ali e nem poderia levar ela comigo para o hospital. Respirei fundo percebendo que não poderia ir junto com ele.

- Eu fico com ela até sua mãe chegar – Hailee propôs e olhei pra ela considerando a opção. Mas, será?

- Vai com ele Kaki, mama já vai chegar – Sofi disse olhando pra mim. Me abaixei novamente dando um abraço apertado nela e um beijo.

- Obrigada Hailee, de verdade – Eu disse parando em frente à ele lhe dando um abraço antes de sair praticamente correndo atrás de Andrew.

*

 

     O corredor pálido daquele hospital me dava calafrios. Eu estava sentada ao lado de Stephen e Andrew estava em pé próximo da gente escorado na parede enquanto falava ao celular. Desde que havíamos chegado lá ele não tinha soltado daquele celular.

    Senti meu corpo cansado e meus olhos arderem. Deviam estar vermelhos e inchados, bem inchados. Eu havia chorado o caminho todo. Stephen respirou fundo enquanto encostava a cabeça na parede e fechava os olhos.

- Ele é muito teimoso – Ele sussurrou.

- O que? – perguntei baixinho.

- O Shawn já havia reclamado de dores há dias, e ainda assim não desistiu de fazer o show. E nós não cancelamos, então temos uma parcela de culpa.

      Levantei a cabeça olhando para ele sem acreditar na informação que ele estava me passando. Sério que tudo aquilo que estava acontecendo agora havia sido por irresponsabilidade deles? Respirei fundo xingando todos eles mentalmente. Filhos da puta.

    Nós estávamos ali há horas e eu não havia tido nenhuma noticia. Logo depois que nós chegamos mama havia passado lá, mas como ela estava com Sofi e meu pai resolveu ir para casa e ficou combinado que qualquer noticia eu ligaria para ela. Apesar de ela ter tentado me levar para casa também eu não sairia dali até ter notícias.

     Eu levantava e sentava impacientemente na cadeira enquanto aguardava notícias.

- Shawn Peter Raul Mendes? – Um senhor de branco perguntou se aproximando com uma prancheta na mão. Me fazendo pular juntamente com Stephen.

- Sim – Andrew parou à nossa frente.

- O que ele tem? – Perguntei antes que o médico pudesse respirar.

- Bom, o paciente chegou aqui acordado, mas sentindo muita dor e não tão consciente do que estava acontecendo. Fizemos um raio-x mas nada foi detectado, fizemos um outro exame e aqui – ele balançou a prancheta no ar – pudemos ver que há uma pequena torção aponeurose toracolombar, proveniente de algum choque. Um tombo por exemplo. O paciente está sendo devidamente medicamento com codeína e o tramadol, para parar a dor e essa noite ele vai passar aqui no hospital em observação.

- Então não é nada grave? – Eu perguntei ficando respirando lentamente.

-  Hm, não. É incomodo, mas não grave. Shawn terá que ficar de repouso absoluto quando sair daqui, caso contrário as dores irão voltar piores.

- Eu... posso ve-lo? – Perguntei com o coração um pouco apertado. O médico olhou pra mim me estudando.

- Claro. Apenas cinco minutos, pois o paciente está sedado. Pode me seguir.

    Eu assenti com a cabeça enquanto seguia o médico até um quarto ali próximo. Ele abriu a porta me dando passagem mas não entrou, apenas fechou-a novamente me deixando sozinha naquele quarto com Shawn. Olhei o ambiente completamente pálido e gélido. Shawn estava deitado com os olhos fechados mas tinha um semblante tranquilo, como se estivesse apenas dormindo.

    Havia um fio em seu dedo monitorando seus batimentos cardíacos e três bolsas penduradas que levavam os medicamentos e uma bolsa de soro até seu corpo. Me aproximei enquanto sentia mais uma vez a visão ficar um pouco fosca e meus olhos lacrimejarem.

   Minha mão alcançou levemente sua mão fazendo um carinho ali. Ele mexeu levemente os dedos mas não abriu os olhos. Respirei aliviada vendo que ele estava melhor. Aproximei meu rosto do seu beijando levemente seu lábio. Conforme eu me abaixei para beija-lo uma lágrima caiu em seu rosto.

- Eu não gosto quando você chora – Ele disse tão baixo que quase não foi possível ouvir.

- Shiiii, não fale nada. Só... descanse.

- Eu te amo – Ele disse tudo isso ainda de olhos fechados e respirou profundamente.

- Eu também te amo – Passei os dedos por seu rosto fazendo um caminho de carinhos e pude perceber que ele havia dormido de novo.


Notas Finais


O que estão achando? Espero que estejam gostando.
Se eu estiver escrevendo um monte de lixo, por favor, me avisem </3
Preparando algo especial pra "comemorar" as cinco mil visualizações.
Obrigada por tudo.
Que venham mais!


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