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História Predestinados - Shawmila - Silence.


Escrita por: jujubs021

Notas do Autor


Hello, como vocês vão? Espero que bem!
Capítulo novo.
Eu queria escrever todo dia, mas escrever "por obrigação" correndo: ninguém merece!
Tem que esperar fluir, né?!
Espero que gostem.
Boa leitura!
PS.: leiam as notas finais!

Capítulo 30 - Silence.


Fanfic / Fanfiction Predestinados - Shawmila - Silence.

 

    Passei os olhos pela janela daquele quarto frio. Eu não gostava muito de frio, não conseguia ser eu mesma num lugar frio. Eu devia estar com olheiras horríveis, pois não havia conseguido dormir direito, no máximo tirar um cochilo naquela cadeira dura. Já cedo fui autorizada a entrar no quarto e ficar ali com Shawn até que o médico passasse para lhe dar alta.

     Girei sobre meus calcanhares vendo-o enrolar com o café da manhã. Ele usava aquelas roupas de hospitais, porém estava com a cama inclinada. Um braço ainda com medicamento na veia enquanto o outro livre brigava com a “comida” ali. Aproximei-me tomando a colher de suas mãos e tirando o copinho da bandeja enquanto colocava um pouco ali.

-----

 

- Abre a boca! – Camila disse colocando a colher próximo à minha boca e então eu fiz uma cara de desgosto.

- Isso tá horrível. Não tem gosto de nada. – Reclamei.

- Mas você precisa comer.

- Queria tanto que essa gororoba fosse alguns muffins com gotas de chocolate – Eu disse parecendo uma criança triste e aquele pensamento fez minha boca encher d’água.

- Quando você sair daqui eu faço quantos vocês quiser – Ela disse e eu pude olhar para ela enquanto fazia aquela carinha com meu sorriso sem mostrar os dentes – Mas agora abre a boca – Eu respirei fundo e a vi fazer um cara de raiva. Eu devia estar tirando ela do sério – Anda amor, vai ficar frio e aí sim vai ficar horrível.

   Então abri a boca enquanto ela colocava aquela coisa sem gosto ali. Parecia um tipo de gelatina, mas não chegava a ser exatamente uma. Tinha até uma cara bonitinha, mas não tinha gosto nenhum, então acaba se tornando meio nojento. Camila enfiou a colher ali mais uma vez levando até sua própria boca. Observei fixamente sua feição.

- Não é ruim – Ela comentou enquanto passava levemente a língua pelos lábios. Queria beija-la.

- Camila, você come até pedra. – Eu tentei rir mas senti uma dorzinha na costela. Fiz uma careta levando uma das mãos ali.

- Tá sentindo dor? Quer que eu chame o médico? – Ela perguntou rápido demais, suas palavras saindo um pouco emboladas.

- Não, só um incômodo, mas já tô bem melhor – Respondi levantando os olhos e vendo os saquinhos ali quase vazios – Acho que acabou – Então ela olhou e se aproximou dali vendo e confirmando com a cabeça. Realmente havia acabado. Ela esticou os braços para perto da cama apertando o botão ao lado da cama e esperando a enfermeira entrar ali pra trocar aquilo.

     A enfermeira logo chegou tirando o medicamento dali, mas ainda havia deixado o local para receber outro possível medicamento. Então ela saiu e dez segundos depois o médico chegou.

- Bom dia – Ele disse enquanto lia uma ficha. Nós respondemos juntos – Shawn Peter Raul Mendes? – Ele perguntou e eu assenti levemente com a cabeça - Sente-se melhor? – O doutor perguntou olhando fixamente para mim e pude ver Camila seguir seu olhar e cravar os olhos em mim. Ela tinha a boca levemente aberta, como fazia quando estava um pouco inquieta.

- Sim, quase cem por cento.

- Ele reclamou de um incômodo – Ela me dedurou vendo que eu provavelmente não diria nada sobre aquilo. E eu não diria mesmo.

- Isso é normal. Começamos com os medicamentos ontem, como já estão sendo aplicados na veia a resposta é mais rápida, mas não imediata. Quando você sair daqui vai continuar tomando os remédios e os incômodos permanecerão por, pelo menos, dois dias. A partir daí você vai se sentir cem por cento.

- Eu tenho um show em Atlanta daqui a dois dias – Eu disse percebendo que não poderia fazer aquilo, mas não custava nada perguntar. Senti Camila me fuzilar com os olhos.

- Já falei com a sua equipe. Senhor Mendes, repouso ABSOLUTO. Quero o senhor de molho por uma semana, no mínimo. Se você tentar fazer algum esforço vai sentir dor novamente – Ele disse e sem querer eu levei os olhos até Camila. Ela fez uma cara pensativa até o médico terminar de falar – E quando digo repouso absoluto quero incluir: nada de relações sexuais.

     Se eu tivesse alguma cor em meu corpo provavelmente estaria vermelho. Observei Camila fechar a boca e mirar qualquer canto daquele quarto que não fosse a cara do médico. Suas bochechas ficaram vermelhas na hora e eu senti uma vontade imensa de rir da reação dela. Ela deu três passos para trás e tomou o celular em mãos, fingindo que não estava prestando atenção.

- E quando vou poder sair daqui? – Perguntei voltando minha atenção ao velho senhor.

- Hoje mesmo. Só estou esperando o documento da sua alta ficar pronto para trazer aqui para você assinar – Ele olhou mais uma vez a ficha e então olhou para o próprio pulso, verificando as horas – Eu preciso ir ver outros pacientes. Daqui a pouco eu volto.

     Ele disse enquanto apertava minha mão livre e se afastava da cama. Camila levantou os olhos acompanhando-o com os olhos até ele sair dali.

- Que vergonha – ela disse arrumando o cabelo enquanto se aproximava da cama.

     Eu queria poder passar o braço em volta de sua cintura, mas a seringa inda permanecia ali me impossibilitando de tentar fazer qualquer coisa. Ela sorriu sem mostrar os dentes e passou a mão ali perto fazendo um carinho. Eu sorri vendo sua carinha de cansada. Ela precisava ir pra casa.

- Você precisar ir pra casa descansar.

- Eu vou. Quando você sair daqui – Ela subiu uma das mãos pincelando no meu nariz.

- Será que você podia se aproximar mais? – Perguntei afastando a cabeça do travesseiro.

- Pra quê? – Eu não sabia se ela era bobinha mesmo ou se ela se fazia.

- Tá doendo aqui – Eu fiz uma cara de dor horrível.

- Aonde? – Ela perguntou franzindo a testa numa cara preocupada.

- Bem aqui – Toquei meus próprios lábios e pude ver ela soltar um suspiro de alivio.

- Você não presta – Ela sorriu se aproximando e encostou seus lábios nos meus num beijo singelo e sem língua. Apenas tocando um no outro. Cadê a pegada Camila? Cadê?

    Quando pensei em segurar seu rosto com a minha mão livre e aprofundar o beijo pude ouvir batidas na porta e a mesma se abrindo no momento em que Camila se afastava de mim. Olhei para o lado pensando em mandar a pessoa voltar outra hora só que antes de qualquer coisa minha mãe havia atravessado o quarto numa velocidade extremamente rápida e estava agarrada ao meu pescoço. O que ela estava fazendo ali? Tipo... se eu iria ter que ficar em repouso teria que ir pra casa. Ela se afastou e pude ver Camila levemente escorada à minha irmã.

- Graças a Deus que você está bem! – Ela disse segurando com as duas mãos no meu rosto e eu só pude sorrir. Ela me apertou pelo pescoço mais uma vez – Fiquei tão apavorada quando Andrew disse o que tinha acontecido.

- Eu estou bem, mãe – Ela por fim soltou-me procurando Aaliyah e achando-a ao lado de Camila.

- Ah, oi querida – Ela disse se aproximando e abraçando Camila fortemente enquanto minha irmã se aproximava bagunçando meus cabelos. 

- Olá – Camila disse sem graça.

        Ela e minha mãe começaram a conversar, mas eu não pude escutar, porque Aaliyah  estava ao meu lado falando sobre mil novidades e querendo saber como tudo tinha acontecido. Claro que eu havia omitido algumas coisas. Fomos interrompidos quando o médico entrou novamente no quarto, dessa vez cumprimentando também minha mãe e por fim me dando alta.

- Eu... preciso ir. Meu pai está me esperando lá fora – Camila disse enquanto a enfermeira tirava por fim aquela agulha do meu braço, fazendo um curativo ali. Ela deu um abraço rápido na minha mãe e um na minha irmã. Esperou a enfermeira terminar de fazer o curativo e sair do cômodo.

- Você vai pra casa? – perguntei sentando com as pernas pra fora da cama.

- Só pra descansar um pouco. Hoje a noite nós vamos pra Argentina.

      Ela estava sempre viajando e talvez o único dia de folga que teria ela teve que passar num hospital, sem dormir e nem comer nada. Me senti mal por aquilo, ela percebeu meu olhar e se aproximou passando uma das mãos pelo meu rosto.

- Vou te ligar sempre que puder – Eu disse e a vi assentir com a cabeça antes de se aproximar mais uma vez.

     Pude ver pelo canto dos olhos minha mãe e Aaliyah prestando atenção na janela, provavelmente em alguma coisa inútil não tentando atrapalhar a gente, mas sem elas saírem dali.

      Camila se aproximou colando seu lábio no meu enquanto eu segurei seu rosto com minha mão do braço bom. Ela abriu um pouquinho soltando um suspiro leve enquanto eu passei levemente a língua entre seus lábios tentando aprofundar o beijo, mas se eu bem a conhecia ela não faria aquilo com minha mãe e minha irmã ali, por mais que elas estivessem de costas pra gente.

    Dito e feito. Quando ela percebeu minha real intenção ela se afastou me dando mais três seguidos selinhos e sussurrando tão baixo que tive a sensação de que só havia a gente no mundo.

- Te amo. Se cuida – Então ela se afastou dando mais um tchauzinho para as outras mulheres da minha vida antes de seguir o mesmo rumo que a enfermeira e sumir atrás da porta.

-----

 

        Segui a passos rápidos rumo a saída dos fundos do hospital. Andrew havia falado com a direção dali para que aquele caso não saísse daquele lugar. Nem sobre Shawn nem sobre ninguém. Sai despercebida e com a cara provavelmente abatida, mas meu coração estava tranquila.

        Respirei aliviada ao ver o carro do meu pai estacionado à três metros dali. Fiz menção em dar a volta e sentar no carona, mas ele indicou a porta traseira. Entrei ali rapidamente vendo minha Mama ao seu lado no banco dianteiro e Sofi dormindo atrás, ao meu lado.

- Como ele está? – Minha mama perguntou.

- Melhor – Respondi encostando a cabeça no encosto do banco enquanto meu pai dava a partida no carro. – Ele vai pro Canadá hoje.

- Ele vai fazer show? – Meu pai perguntou espantado.

- Não papa. Vai ficar alguns dias de repouso e o futuro só a Deus pertence – Eu disse e um bocejo escapou pelos meus lábios, minhas pálpebras se fecharam enquanto eu sentia o ar fresquinho batendo no meu rosto. Escutei meus pais ficarem quietos e entendi que eles haviam se calado para me deixarem descansar. Eu realmente estava morta.

       Eu dormi o trajeto todo e fui obrigada por Mama a tomar um banho quando cheguei em casa, porque eu só queria continuar dormindo, mas ela disse que hospital era lugar sujo e que tinha todo tipo de doença (o que realmente era verdade) e que eu só iria dormir depois de um bom banho e comer alguma coisa. Eu fiz exatamente o que ela disse e dormi até o começo da noite, quando meu celular despertou avisando que alguém iria passar ali para me pegar para poder seguir rumo à Argentina.

*

 

    Naquela viagem todos os pais foram, digo, não pai e mãe. Apenas um membro da família. Mama foi comigo, a mãe da Normani com ela. Papa Mike, o pai da Dinah e o pai da Allycat. O ano estava acabando e então muitos shows iam aparecendo. Além dos nossos da turnê, obviamente.

    Iriam rolar vários prêmios e já estavam cogitando mil coisas para o Jingle Ball, um evento que acontecia todo o ano comemorando o natal. No ano anterior nós havíamos ido para fazer show, então esse ano seria uma surpresa.

- Terra chamando Mila – Ally estalou os dedos na minha frente me fazendo levantar a cabeça.

- Allycat – Estendi os braços esperando um abraço dela, que entendeu.

     Dinah e Normani dançavam loucamente sei lá o que, apenas rebolavam suas bundas para lá e para cá. Lauren tinha a atenção voltada em seu celular e sorria como uma idiota. Ela e Luke não estavam num relacionamento sério, tipo sério mesmo, mas eles estavam mais firmes. Estávamos esperando a liberação do voo para darmos continuidade à nossa turnê.

- Você está quietinha, o que houve? – Ally perguntou baixinho. Mama cochilava ao meu lado.

- Não foram dias fáceis – Assumi – mas já passou.

- O que houve? – Ela perguntou e pude ver Dinah e Normani se aproximando. Eu pensaria em não contar, porque deveria ser um segredo, mas elas eram minha família e eu sabia que aquilo não sairia dali nem por tortura.

- Você e o Shawn terminaram? – Normani perguntou mais alto do que deveria chamando a atenção de Lauren.

- Não – Eu respondi prontamente arregalando um pouco os olhos.

- Então? – Dinah abaixou-se na minha frente.

- O Shawn passou mal num show, foi parar no hospital e eu acabei indo passar a noite com ele – Eu disse de maneira normal e vi Ally e Dinah arregalarem os olhos, Normani abriu a boca perplexa e Lauren bloqueou a tela do celular enquanto começava a prestar atenção no que eu falava.

- Mas gente... – Ally não sabia muito bem o que falar.

- E o que ele teve? Tipo, passou mal de que? – Normani perguntou.

- Eu não sei... – Disse confusa e vi as meninas fazendo uma cara de dúvida – Eu quis fazer uma surpresa indo no show dele com Sofi. Quando o show acabou nós resolvemos ir ao camarim e então ele estava caído no chão se contorcendo de dores – Eu disse sacudindo a cabeça com as imagens que invadiam a minha mente. Aquela cena havia sido horrível.

- E ele tá melhor? – Lauren perguntou – Você está bem?

- Sim, parece que ele deu um mau jeito nas costas, mas foi só isso. E as dores se intensificaram por conta do esforço, mas agora ele já está bem, medicado e em casa. Eu estava horrível, até mesmo porque passei a noite acordada, mas quando cheguei em casa consegui descansar até a hora de vir pra cá.

- E como a gente não ficou sabendo disso? – Dinah perguntou e recebeu um olhar engraçado de Normani – Não saiu na mídia. Em lugar nenhum.

- Porque só vocês sabem. Andrew morreu numa grana pra “esconder” isso.

- De qualquer jeito o hospital não poderia sair divulgando esse tipo de coisa. É falta de ética! – Lauren disse muito séria, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. E era o certo.

- Pena que não acontece desse jeito – Ally disse e eu concordei com a cabeça enquanto elas meio que me “amparavam”.

SENHORAS E SENHORES: PEÇO QUE SE DIRIJAM AOS SEUS LUGARES, POIS IREMOS DECOLAR EM CINCO MINUTOS.

 


Notas Finais


O próximo vai ser fofinho e vai ter mais eles dois juntinhos.
Eles devem ficar juntos mais uns dois ou três capítulos e tô pensando em dar uma separada neles pra colocar fogo na história. O que vocês acham? Aguardando opinião de vcs nos comentários!
Até mais!


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