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História Predestinados - Shawmila - Um mês.


Escrita por: jujubs021

Notas do Autor


Hello :)
Desculpem pela demora. Ia postar ontem, mas estava com uma ressaca horrorosa.
Como demorei pra postar, esse tá sendo um capítulo recheado.
Espero que gostem.
Boa leitura!
VAMOS PARTICIPAR GENTE.

Capítulo 31 - Um mês.


Fanfic / Fanfiction Predestinados - Shawmila - Um mês.

- Fecha a porta quando sair – Eu disse vendo Aaliyah fazer uma careta enquanto segurava consigo uma bandeja. Eu estava meio que fazendo ela de escrava, tadinha.

    Ela fechou a porta meio bolada enquanto eu ria sozinho. Passei os olhos pela cama procurando meu celular, ele sempre estava perdido no meio das cobertas. Já era meu quarto dia de “repouso” e eu estava me sentindo um encostado. Em partes. Fazer minha irmã de escrava até que estava sendo meio legal.

     Ninguém havia desconfiado do que tinha acontecido comigo e eu achei bastante estranho, depois de alguns dias fui saber que Andrew tinha morrido em uma nota para que aquilo fosse mais do que sigiloso. Eu falava com Camila praticamente todo dia. Ela estava mais do que animada pelo fato de estar no Brasil. Havia me contado quantas coisas deliciosas tinha comido, o quanto os fãs eram maravilhosos e incrivelmente loucos, no melhor dos sentidos, dizia ela. Elas fariam o último show em São Paulo e voltariam para os EUA, mas precisamente para Califórnia e depois iriam para o Havaí. As meninas teriam uma semana de folga.

    Nós iriamos completar um mês de namoro oficial, em meio à tantas viagens e a distância, que de certa forma só fazia o que eu sentia por ela aumentar. Estava há dias pensando em algo que ela gostasse. Que fosse uma coisa que ela não se esquecesse nunca. Eu havia namorado uma única vez na vida e foi quando eu estava na fase dos meus quatorze anos. Meu namoro havia durado um mês e meio, e no nosso “aniversário” de um mês eu havia levado a minha namorada em um restaurante onde eu havia gasto toda minha mesada que havia juntado há tipo, dois meses... Foi tenso, mas não deixou de valer a pena.

    Levantei da cama andando apressadamente até o correndo enquanto descia correndo as escadas.

- MÃE! – cheguei eufórico na cozinha.

- Que susto menino! – Ela disse com a cara espantada espalmando o peito com as mãos. Minha irmã ria da cena sentada na mesa mexendo no seu notebook.

- Preciso da sua ajuda. – Eu disse me sentando perto dela.

- Para? – Ela perguntou e eu fiquei vermelho. Não havia dito pra minha mãe que estava namorando, por mais que ela soubesse. Mãe sabe de tudo.

     Falar sobre aquele assunto com a minha mãe era um pouco, esquisito. Com meu pai já era mais do que tranquilo, e ele acabava me dando muitos conselhos. Bons? Nem tanto, mas pelo menos ele tentava dar. Lembrei-me quando minha mãe havia tentando conversar comigo sobre “ter relações sexuais” com segurança e eu não sabia quem queria sair dali correndo primeiro. Se era eu, ou ela, enfim: o fato é que eu não havia contado sobre Camila, apesar de ela “saber” nunca tinha escutado nada sair da minha boca.

- Vou fazer um mês de namoro com a Camila – Eu disse enquanto esfregava as mãos uma na outra um pouco nervoso pela confissão. Ela e minha irmã agiram indiferentes, me deixando um pouco mais tranquilo.

- E? – Ela esperou eu continuar.

- Eu queria fazer algo legal, mas que não fosse clichê.

- Defina “algo clichê” – Ela pareceu pensar.

- Flores e chocolate, essas coisas. – Eu disse prontamente dando de ombros.

- Dê flores, chocolates e banana. Ela ama banana. –  Aaliyah disse brincalhona fazendo minha mãe rir.

- Flores e chocolate, hm, são fofos. Leve-a para jantar num lugar especial. Não precisa ser algo cinco estrelas, o que vale é a intenção. Só precisa ser de coração.

- E como farei isso com ela no Havaí? – Perguntei querendo chegar finalmente no “X” da questão. Minha mãe me lançou um olhar meio mortal entendendo meu pensamento enquanto eu abria um sorriso amarelo, sem graça. Ainda bem que coração de mãe é mole, e ainda bem que minha mãe adorava a Camila.

-----

 

- GOSTOSA – Eu não conseguia parar de dizer essa palavra pra qualquer pessoa que passasse na minha frente.

      Lauren gargalhou ao meu lado enquanto as outras assistam a cena. Ally estava sentada no sofá com uma cara apavorada enquanto eu estava em cima dela fingindo um ataque. Dinah e Normani assistiam a cena rindo discretamente enquanto Lauren ria desesperadamente como uma hiena.

- Sai de cima de mim! – Ela esticou as mãos tentando me empurrar.

- Me dá um beijo Allycat – Eu disse fazendo biquinho de sacanagem.

- Camila, você está assustando ela – Lauren disse ainda rindo.

- Ok, cansei – Respirei profundamente saindo de cima dela. Aquelas meninas me deixavam maluquinha e depois ficavam rindo das minhas babaquices – Não queria ir embora. As pessoas aqui são tão maravilhosas.

- Tudo aqui é maravilhoso – Normani disse.

- Eles gritam muito. Quase fiquei surda ontem – Lauren disse parando de rir aos poucos.

- Isso é amor Lolo.

- E bota amor nisso. Me disseram que tem gente há dias na fila pro show – Dinah comentou enquanto pegava o celular em mãos.

- É insano! – Ally disse já livre da minha pessoa.

- Insano vai ser quando nós formos pro Havaí ficar com a bunda pro alto pegando sol. Falando nisso... Lauren, você, por favor, vê se pega uma corzinha – Dinah comentou olhando as próprias unhas.

- Sou das trevas – Lauren disse brincando.

- Percebe-se! Pirigótica – Dinah concluiu arrancando algumas risadas nossas.

 

*

 

     A areia quente e fina sobre meus pés. O vento fresco que soprava no meu rosto balançando consigo alguns fios do meu cabelo um pouco bagunçado. A canga enrolada na cintura enquanto um óculos escuro permanecia no meu rosto. Aquele calor era fascinante, algo como “não quero ficar muito aqui, mas não quero sair daqui”. Mama andava lentamente ao meu lado carregando um livro.
        Levantei a cabeça enquanto via as meninas debaixo de uma grande espreguiçadeira, parecendo umas divas. Eu havia dormido demais e elas tinha ido mais cedo.

- Bom dia suas lindas! – Me aproximei contornando a cadeira de Lauren e sentando ali na ponta. A mesma folheava um livro enquanto Dinah mantinha os olhos fechados e Normani não estava nem aí pra hora do mundo, com um chapéu na cara e seus fieis fones de ouvido ali também.

- Bom dia Camz! – Lauren foi a única que respondeu, ainda olhando para seu livro.

- Ué – Ia começar a protestar quando Ally também resolveu se manifestar. Ela estava comendo alguma fruta, não soube identificar o que era.

- Você demorou.

- Vocês que vieram cedo demais. Pra ficar dormindo aqui – apontei pra Dinah – melhor dormir naquela cama gigante melhor do que a cama do meu quarto – Olhei de canto de olho para Mama que ria sentando-se por ali também.

- Pode cutucar o quanto quiser. Essa daí parece que morreu! – Lauren abaixou o livro enquanto me encarava com seu ray-ban no rosto.

- Vou fazer melhor – Eu disse me levantando enquanto me aproximava do cooler.

- Camila, o que você vai fazer? – Ally sussurrou.

      Dinah era a rainha das pegadinhas. Em qualquer ocasião. A gente sempre sofria na mão dela quando ela resolvia ter uma crise de loucura e sair fazendo aquelas brincadeiras loucas. Eu era quase sempre a mais fodida da história, porque ela me zoava mais. E é como dizem né: A gente recebe aquilo que a gente dá.

     Meti a mão ali tirando uma garrafinha de água do meio dos cubos de gelo. Fiz uma cara demoníaca enquanto fitava Ally com a mão segurando a boca, querendo rir. Lauren negou com a cabeça enquanto abria um sorriso e sentava-se melhor pra observar a cena.

- Ela vai te matar – Pude ouvir mama falar baixinho enquanto eu sacodia os braços pedindo pra ela ficar quieta.

    Dei alguns passos até parar em sua frente. Como elas estavam em um lugar coberto não iria sentir minha sombra. Passei a mão na frente de sua cara me verificando se ela realmente estava dormindo ou tava de sacanagem. Não. Tava dormindo mesmo. Curvei-me tentando segurar um riso que insistia em sair da minha boca. Abri a garrafa com cuidado enquanto ia virando a mesma lentamente em seu rosto e seu colo. Quando o líquido já estava prestes a pingar nela virei a garrafa espremendo-a de uma vez só em cima dela.

- AHHHHHH – Ela gritou abrindo os olhos desesperada enquanto tentava se levantar correndo. Parecia um bonecão do posto.

   Eu corri pra trás de mama enquanto via Lauren e Ally gargalhando. Normani possivelmente ouviu alguma coisa e então tirou o chapéu da cara e os fones de ouvido. Depois de ver Dinah toda molhada ela deu aquela risada maravilhosa dela.

     Dinah passou os olhos correndo o lugar procurando a vítima. Sim, eu.

- Te amo! – Disse mostrando um sorriso que era maior do que a minha cara de pau.

- Vai ter volta, sua praga. Me aguarde! – Ela disse fazendo uns sinais com as mãos enquanto eu me via fodida. Eternamente fodida na mão dela. Oh, merda.

- Mama me defende.

- Eu não sei de nada! – Mama disse levantando as mãos.

- MAMA! – Disse em um tom querendo repreende-la, de brincadeira, obviamente – Traidora – Cerrei os olhos e segundos depois passei ao seu lado sentando-me na beira de sua cadeira também.

           Ficamos ali por alguns minutos. Até Ally e Dinah resolverem entrar pra comer alguma coisa. A gente estava meio que numa “pousada”, linda por sinal... mas era só a gente ali. A princípio iriamos pra casa, mas quando surgiu a oportunidade todas nós resolvemos aceitar e nos dar um descanso merecido.

      Mama havia cochilado com o livro sobre o colo e eu daquela cena fofa. Levantei da cadeira passando um protetor com o fator baixo para pegar uma corzinha e resolvi ir deitar sobre minha canga na areia ali. Primeiro deitei de bruços com medo de dormir e só acordar toda queimada, parecendo um camarão. Virei ficando de barriga pra cima sentindo aquela brisa fresca pelo meu corpo ao mesmo tempo em que o sol aquecia minha pele.

    Pensamentos diversos passavam pela minha cabeça, de todos os momentos bons e os nem tanto. Das vezes que tivemos que abrir mão de tantas e tantas coisas e pelo fato de estarmos ali realizando nossos sonhos. Um lapso de memória passou pela minha cabeça me fazendo lembrar que no dia seguinte eu completaria um mês de namoro e que só quem sabia disso era eu e ele. Senti meu coração se apertar levemente com uma pequena saudade. Ficar dias sem vê-lo era horrível, querendo ou não ele já fazia parte de mim. Deixei um sorriso escapar pelo canto da minha boca e uma sombra se fez sobre meu rosto e eu já estava me preparando pra receber mais uma trolada da Dinah Jane.

- Tenha piedade de mim – Eu disse ainda de olhos fechados, porém não obtive uma resposta, ou até então uma trolada. Percebi que não seria respondida e levantei a mão na frente do meu rosto por fim abrindo os olhos e vendo uma silhueta masculina na minha frente.

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     O avião mal havia pousado e eu já estava louco querendo sair dali. Eu estava ali no Havaí e faria uma surpresa para minha pequena. Minha mãe havia me liberado para viajar, com a condição de que falaria comigo todos os dias... como se eu fosse ficar ali por muito tempo. Mama Sinu, minha sogra, sabia do plano e estava me ajudando em tudo. Eu só rezava para que ninguém desconfiasse de algo.

   Eu sabia em qual lugar elas estavam. Mama Sinu (ela que disse que era para eu chama-la de mama também) disse que ela e Camila iriam para a praia por volta de umas dez e meia. Olhei no relógio vendo que o mesmo indicava onze e vinte e então me dirigi até o lugar onde elas provavelmente estariam.

( Imaginem um lugar assim.: http://s2.glbimg.com/tgBwFlHd1Ion5Oc35kxXUFheYfyLfVmPtDUk78FwfY1Ioz-HdGixxa_8qOZvMp3w/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2013/01/16/villas-de-trancoso-tratada.jpg )

     Observei ao longe elas em um grupo. Camila estava um pouco mais afastada deitada sobre a areia. Aproximei-me a passos esticados e pude observar Sinu cochilando sobre a cadeira. Lauren esticou os olhos me dando um sorriso frouxo enquanto acenava com a mão e Normani tinha sua atenção presa em seu celular. Ally e Dinah se aproximavam conversando alegremente.

- Shawny – Ally sorriu se aproximando enquanto abria os braços. Ela era tão baixinha que chegava a ser engraçado.

- Oi Ally – Eu disse enquanto abraçava ela bagunçando um pouco seus cabelos com a minha mão.

- Tá fazendo o que por aqui? – Ela perguntou se afastando enquanto Dinah se aproximava fazendo a mesma coisa – Mila não comentou nada que você viria.

- Então... é meio que uma surpresa – Eu disse dando um sorriso sem graça.

- Isso é tão fofo – Ela fez uma cara engraçada de boba apaixonada. Apontou a mão para a direção oposta à minha pessoa – E você, tá melhor?

- Sim, novinho em folha.

- Que bom – Ela sorriu - A Mila está ali pegando um sol, vai lá.

- É, eu vi. Estou indo – Sorri sem mostrar os dentes enquanto passava por elas indo em direção a Camila.

       Sabe quando você sente algumas coisas estranhas só pelo fato de alguém tocar no nome da pessoa? Eu estava meio assim. Me aproximei caminhando lentamente enquanto Camila parecia viajar deitada ali. Ela era tão linda, de todas as maneiras possíveis. Eu poderia ficar ali plantado o dia todo só olhando pra ela.

      Seu corpo agora já tinha um tom um pouquinho mais bronzeado. Seus cabelos soltos enquanto ela permanecia deitada com a barriga pra cima. E que barriguinha. Sua pele parecia estar levemente arrepiada e pude notar em alguns sinais de seu corpo, aqueles mesmos sinais que eu adorava ver quando éramos só nós dois entre quatro paredes. Uma lembrança maliciosa passou pela minha cabeça fazendo eu sentir um pouco de calor também. Passei a língua pelos lábios secos antes de me aproximar mais. Pude ver um pequeno sorriso tímido escapar pelo canto da sua boca. O que estaria passando por aquela cabecinha mirabolante? Pus-me à sua frente tampando o sol que batia em seu rosto.

     Ela respirou fundo e disse algo que não fez sentido algum pra mim. Tenha piedade de mim? O que será que ela estava achando? Fiz uma cara de dúvida enquanto continuei quieto na mesma posição esperando-a finalmente abrir os olhos e me ver ali.

       Camila colocou a mão na frente do rosto antes de abrir levemente aqueles olhos escuros na minha direção. Ela provavelmente devia estar vendo somente a minha sombra, virou um pouco o rosto procurando uma direção melhor e quando pôde finalmente identificar minha pessoa abriu um sorriso que iluminaria qualquer lugar escuro. Ela levantou-se apoiando nos seus próprios braços antes de ficar em pé me abraçando apertadamente. Sua pele estava quente. E macia.

- Surpresa! – Eu disse com o rosto afundado em seu pescoço sentindo o cheiro de seu shampo. Eu estava viciado naquele cheiro.

- Senti sua falta! – Ela disse enquanto apertava minha camisa em suas mãos.

- Eu também – Ela me apertou mais um pouco antes de se afastar um pouco e encostar levemente seus lábios aos meus pressionando-os fortemente um contra o outro, mas sem intensificar nada.

       Camila me deu dois selinhos antes de se afastar puxando minha mão e sentando-se na canga, me puxando consigo. Sentei ao seu lado enquanto tinha uma das mãos sobre sua coxa.

- E como você está? Melhorou? – Ela perguntou passando uma das mãos pela extensão das minhas costas por cima do pano fino da camisa.

- Uhum.

- E está fazendo o que aqui? Digo, amei a surpresa. Mas não era pra você estar de repouso absoluto? – Ela perguntou arrumando os óculos em seu rosto.

- Era, mas eu estava com saudades da minha namorada e queria passar um tempo com ela, já que ela é uma cantora muito famosa e ultimamente tem viajado o mundo inteiro.

- É mesmo? Não sabia dessa. E ela é bonita?

- Não – Eu disse e pude vê-la fazer uma cara de espanto – Ela é linda.

       Camila riu abertamente enquanto colocava suas mãos em cima da minha e se aproximava me dando mais um selinho.

- Bobo. – Ela disse com a boca encostada na minha.

- Janta comigo hoje? – Perguntei sentindo o calor aumentar, porque a Camila estava de biquíni, porém eu estava de roupa de baixo daquele sol quente.

- Tenho que ver se minha agenda está cheia. – Ela disse fazendo cara de desdenho olhando para o mar e então virou o rosto pra mim rindo. Por Deus, ela era tão linda.

      Eu fiquei ali uns três minutos, porque estava realmente começando a ficar muito, muito quente. Camila levantou-se enquanto me abraçava de lado e ia caminhando comigo até onde as outras meninas e sua mãe estavam. Ela ficou por lá enquanto eu fui pra dentro da pousada tomar um banho e colocar uma roupa mais estilo praia.

------

 

        A noite começava a cair e o vento ia ficando mais gelado. O sol sumia no horizonte deixando a vista ainda mais linda, se é que isso era possível de alguma maneira. As meninas já tinham entrado juntamente com minha mama. Shawn permanecia sentado ao meu lado observando o sol se por. Suas mãos entrelaçadas nas minhas enquanto eu tinha a cabeça deitada em seu peito. Podia ouvir seu coração bater num ritmo tranquilo enquanto com a mão livre ele depositava carinhos pelo meu corpo.

- Obrigada – Eu sussurrei enquanto observava nossas mãos entrelaçadas.

- Por? – Ele perguntou por fim levantando os óculos e colocando sobre sua cabeça. Nem tinha mais sol.

- Por ser quem você é. Por atravessar o mundo para me encontrar e me amar.

- Eu faria isso mais um milhão de vezes. Você me faz ser uma pessoa melhor – Ele disse e eu levantei a cabeça encontrando sua mirada – Você sabe o por que estou aqui, não sabe? – Ele perguntou com um brilho especial nos olhos. Seu tom de voz era mais baixo e mais suave.

- Um mês? – Era mais uma pergunta do que uma afirmação. Pude ver um sorriso sincero sair da sua boca enquanto ele fechava os olhos lentamente. Senti seu coração bater um pouquinho mais rápido.

- Eu te amo tanto, Camila – Ele disse virando de frente pra mim e então pude sentir o meu coração bater tão forte quanto o seu. Sua mão antes grudada na minha agora fazia uma leve carícia no meu rosto. Ele fechou os olhos enquanto chegava seu rosto mais perto do meu.

- Te quiero! – Pude dizer antes de sentir ele juntar sua boca a minha e iniciando ali um beijo intenso.

 

*

 

     Pensa num lugar lindo. Era esse. O restaurante, que mais parecia uma casinha também ficava na beira da praia. Tinha uma mesa com algumas pétalas brancas espalhadas por ali. Duas meninas também estavam ali presentes usando aqueles típicos cordões havaianos. Eu olhei para o lado enquanto tinha Shawn com os braços por cima dos meus ombros e um sorriso tímido no rosto. Aquele mesmo que eu mais amava.

    O jantar ocorreu da forma mais linda possível. Normalmente quando as pessoas saiam em casais, sentavam-se uns de frente para os outros, mas ele havia sentado ao meu lado e me tratado como uma princesa a noite toda. Parecia que definitivamente eu estava vivendo em um conto de fadas. Eu pensei que queria aquilo para o resto da minha vida e então me lembrei que voltaríamos e que momentos como aquele seriam mais do que raros.

 

*

 

- Hm – Empurrei levemente seus ombros enquanto ele tentava me prensar contra a porta do quarto da pousada – O que você pensa que está fazendo?

- Você sabe – Ele se aproximou afundando a cara no meu pescoço.

- Não... se anima. Por favor, amor. – Eu disse sentindo ele passar a língua quente e úmida por ali antes de afastar um pouco fitando meus olhos. Nossas respirações numa guerra constante.

- Por quê? – Ele tinha os olhos mais escuros do que o normal e sua boca estava fodidamente vermelha e tão chamativa.

- Não podemos. Você está de repouso. – Eu podia ouvir o diabinho falando “vai danada” e o anjinho falando “muito bem camilinha” na minha cabeça.

- Eu estou bem. Estou ótimo.

- Se você quiser dormir agarradinho comigo, ok. Mas não vamos fazer isso hoje.

- Isso o que? – Ele perguntou cínico com uma cara engraçada querendo ouvir minhas resposta.

- Fazer amor – Segurei um riso prendendo a língua entre os dentes.

- Que brega, amor. Estragou o clima. Que brega! – Ele disse se afastando e rindo da minha cara.

- Você queria que eu dissesse o que? Fazer sexo selvagem?

- Hm, acho essa opção bem melhor.

- Idiota – Eu disse me virando enquanto abria a porta do quarto – Vem – arrastei ele pela mão.

       Shawn tentou mais algumas dez vezes me levar para o mal caminho aquela noite, mas quando ele já estava quase alcançando o sinal verde uma voz na minha mente gritava “repouso absoluto” e “vai sentir dores” me fazendo voltar atrás. Demos uns amassos, e bons amassos, porém não chegamos a concretizar ato nenhum. E então fechei os olhos sentindo seus braços envolverem minha cintura enquanto sua respiração batia na minha nuca. Acredito que tenha sido a noite de sono mais gostosa de toda a minha vida.

 


Notas Finais


E então: o que acharam? Espero que estejam gostando.
Se não me engano o próximo capítulo será sobre o AFTER-PARTY DO VMA
uhuuuuulll
Obrigada por lerem. Amo vocês!
Vamos interagir fantasminhas! <3


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