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História Predestinados - Shawmila - Gentleman.


Escrita por: jujubs021

Notas do Autor


Hello :)
Peço mil perdões pela demora, mas estou em semanaS de provaS e está tudo uma correria.
Estou sem tempo até para dormir.
Mais um capítulo para vocês.
Espero que gostem.
Boa leitura!

Capítulo 44 - Gentleman.


Fanfic / Fanfiction Predestinados - Shawmila - Gentleman.

 

         A pior sensação é quando você quer muito fazer uma coisa, mas você simplesmente... não pode.

Era exatamente dessa maneira que eu me sentia ao lado da Camila, com relação a ela.

      Eu queria toca-la a todo instante, abraçá-la, beijá-la e compartilhar todo aquele sentimento imenso que transbordava em mim ao mundo, mas eu não podia. Nós não podíamos. Pelo menos por aquele momento.

     Eu fitava sua pessoa dando entrevista timidamente à sua maneira. Ela era linda e cada dia que se passava, cada minuto e/ou segundo, milésimos deles que fossem... eu me apaixonava mais e mais.

- Obrigada! – Escutei a entrevistadora dizer à ela quando a entrevista terminou e as câmeras haviam sido desligadas.

- Obrigada você! – Ela disse simpática dando um abraço na mulher e se afastando, seguindo em minha direção.

       Eu baixei os olhos para a tela do celular tentando parecer concentrado em alguma coisa que ali lia, então Camila aproximou-se tocando levemente meu ombros com a ponta de seus dedos. Levantei a cabeça de forma lenta e um sorriso estava estendido bem na minha frente. Ah, linda.

- Então, podemos ir? – Perguntei bloqueando o aparelho e enfiando-o no bolso lateral da minha calça.

- Uhum, mas tenho que achar a mama.

     Oh sim, Sinu estava conosco e os avós de Camila também apareceriam por ali. E eu? Como eu estava? Um pouquinho nervoso, afinal de contas, iria conhecer outras pessoas da família dela. Minha companheira.

     Ela desmanchou o sorriso, mas não totalmente. Estendeu dois passos e esperou que eu a acompanhasse, então apenas segui seus andares. Seus suspiros pesados denunciavam que ela estava com sono, e eu não podia fazer nada, pois estava com mais sono do que ela, provavelmente.

    A vida corria de um lado para outro, cidades e mais cidades, países diferentes. Carro, vã, ônibus, avião, jatinho... Era um trajeto aleatório e insano. Completamente insano.

- Acho que preciso comprar um apartamento – Comentei.

- O quê? Por quê?

- O ritmo está insano, Camila. Eu só consigo dormir dentro de um hotel por três ou quatro horas e o resto é dentro de um avião, um carro ou sabe se lá onde.

      Ela deu de ombros enquanto assentia levemente com a cabeça.

- Você me ajuda a dar uma olhada em alguns qualquer dia desses?

- Claro... – Então do nada abriu os braços falando alto – GRANDMA – Um sorriso exalando felicidade tomou conta de seus lábios e ela se aproximou andando mais rápido enquanto enrola uma senhora e um senhor com os braços.

- Hola mi hija – Pude ver um abraço apertado e entendi o pouco que ela disse. Minhas aulas de espanhol com Camila haviam funcionado para alguma coisa.

      Me aproximei andando mais devagar e deixando que ela aproveitasse aquele momento. Colo de mãe já é muito bom, imagine colo de vó. É um lugar mágico e quando eu abraçava minha vó tinha a sensação de estar voltando para casa. Ela devia estar se sentindo assim.

      Camila se afastou e os olhos da senhorinha caíram sobre mim.

- Hola chico – Ela disse para mim me dando um abraço do mesmo jeito que havia feito com Camila.

- Hola abuela – Sorri sem graça com medo de ter pronunciado aquilo de forma errada. Ela riu de uma maneira reconfortante e eu me senti aliviado, me afastando da senhorinha e cumprimentando o senhor ao seu lado.

       Não tinha muita coisa que eu pudesse fazer... eu sabia o básico do básico e fiquei apenas prestando atenção na maneira como Camila falava rapidamente de forma tranquila. Quando falava daquela maneira ela ficava tão sexy e sua parte latina parecia gritar em cada detalhe de seu corpo. Suas feições, suas reações. Tudo.

       Camila conversou por pouco tempo, alguns cinco ou dez minutos e despediu-se dos avós deixando-os com Sinu, já que teríamos uma entrevista e depois ela iria posar para algumas fotos, como mandava o cronograma.

     Seguimos para uma área mais escura, mas sem malícia alguma. Já que ali havia bastante gente e seria onde faríamos a entrevista. Entrevista essa que ocorreu de forma tranquila e descontraída, onde falamos brincando até sobre o Justin.

- Camila querida, hora das fotos – Roger se aproximou puxando-a levemente pelos braços – Shawn, Andrew está lhe procurando.

     Sua voz já soava longe enquanto ele arrastava minha namorada pelas mãos de forma engraçada. Ela lançou um olhar por cima dos ombros, mas desviou rapidamente e eu fui ver o que meu a gente, e amigo, queria comigo. E o motivo era apenas para explicar mais uma vez sobre outra entrevista e avisar que o presente que eu havia comprado para Camila já estava ali.

     Eu queria dar algo que tivesse mais um valor sentimental do que valor material, mas a maior verdade é que eu não tinha ideia do que ela iria gostar e na verdade havia comprado duas bananas de pelúcia que estavam grudadas uma na outra.

     Ok, eu gostava dela, ela gostava de banana... Nada mais justo do que nos representar em duas bananas. Pelo menos eu esperava que ela gostasse do presente temporário.

      Fui atrás de Camila e a mesma ainda estava tirando fotos completamente concentrada nos flashes que brilhavam em sua cara, e eu podia ter certeza que naquele momento ela não estava vendo nada. Me aproximei rapidamente dando um pequeno susto na garota que gritou e pulou para o lado.

- AAAAH, AI MEU DEUS. Você me assustou!

   Eu sorri e acenei de forma rápida pedindo desculpas de forma curta para Camila. Não queria atrapalhar mais suas fotos.

      Alguns fotógrafos riram e no primeiro segundo eu sorri pra eles, mas logo caminhei rapidamente para o outro lado.

“Uma foto Shawn” ouvi não só uma voz, mas várias gritando e voltei rapidamente parando ao lado da garota e sorrindo da maneira que eu podia. Me aproximei novamente passando o braço por trás da garota mais velha e então um som engraçado foi lançado, como aquelas crianças que zoam com quem será na hora do parabéns. Eu sem graça, ela sem graça... Nós dois posando como amigos, mas eles insinuando que éramos namorados – e eu podia ter certeza que depois aquela foto estaria em vários sites exatamente com aqueles dizeres sobre os antigos rumores que ainda nos rondavam – e então me afastei segurando muito rapidamente sua mão e soltando-a voltando para o lugar onde estava.

       O que tinha dado em mim? Eu também não sabia.

 

       Na minha volta bati de frente com os meninos do The Vamps. Brad andava em cima de um hoverboard alucinadamente rodando de um lado pro outro.

- Quer tentar? – Ele perguntou parando o aparelho.

- Ok.

      Ele se levantou e eu fiquei em pé em cima daquela coisa estranha. Olhando parecia ser molezinha, mas num primeiro momento não era... E minha altura atrapalhava um pouco, talvez bastante.

- Se cair eu vou rir – A voz conhecida chegou de forma desleixada aos meus ouvidos.

      Desci do “brinquedo” e Camila se aproximou dando um abraço rápido em cada um dos garotos e parou do meu lado depositando um beijo na minha bochecha. Estalado.

- O que estão fazendo? – Ela perguntou se apoiando em mim.

- O Shawn estava tentando andar no hoverboard, mas ele é horrível...

 

------

 

        Sorri observando os meninos sacaneando o meu garoto. Ele estava parecendo sem graça com as bochechas um pouco rosadas. Um fofo.

- Deixe-me ver como funciona essa coisa – Me desencostei dele tentando subir no aparelho.

- Camila, você vai cair... – Shawn disse segurando nos meus cotovelos enquanto eu segurava no seu braço subindo no troço.

       Ok, não era fácil, mas não era difícil. Os meninos observavam a cena rindo e eu ri também. Shawn escorreu as mãos dos meus cotovelos para as minhas mãos segurando-as e me equilibrando da maneira que podia. E ele não me soltou, um segundo sequer. Eu tentei, mas ele estava praticamente grudado em mim com medo de que eu caísse. E convenhamos... Eu caía normalmente por conta da minha maneira destrambelhada. Aquilo poderia acabar com a minha noite facilmente.

- E Lauren? – Brad perguntou, tentando parecer desinteressado.

- Deve estar em Miami com a família. Ou com Vero e Lucy – Dei de ombros descendo do aparelho e Shawn respirou aliviado. Uma gotícula de suor brilhava em sua têmpora esquerda. Tadinho.

      Conversamos sobre mais algumas coisas e os meninos tiveram que sair. Além disso nós tínhamos que fazer alguma coisa gás hélio, que eu não havia entendi muito bem antes. O fato é que teríamos que “engolir” o gás do balão e cantar com a voz mais fina do que o normal. E foi tão engraçado. Por mim eu ficaria ali um bom tempo engolindo aquele gás e falando coisas aleatórias, mas o tempo era curto.

     Depois de toda a maratona – ou quase toda - respirei fundo desejando mentalmente estar deitada em minha cama no meu décimo sono, tanto que nem reparei que estava encostada ao ombro de Shawn.

      Seu perfume de baunilha foi inalado por mim e eu fechei os olhos. Café. Eu só queria um café.

- Está passando mal? – Sua voz saiu suave.

- Não... só estou cansada.

         Ele apoiou a sua cabeça de lado sobre a minha e um barulho de foto sendo tirada me fez abrir os olhos fitando Andrew bem na nossa frente rindo com o celular estendido na nossa direção.

- O que você está fazendo? – Perguntei me afastando do Shawn que ria levemente.

- Uma linda foto.

        Ele disse enquanto eu me aproximava vendo a foto. Realmente tinha ficado fofa.

- Me manda depois que eu vou postar. Hm, vou trocar de roupa e nós vamos pra entrevista, ok? - Shawn assentiu e eu saí andando em direção ao camarim para trocar de roupa.

      Troquei de roupa bem rapidamente e retoquei minha maquiagem fraca. Apressei os passos para participar da entrevista com Megan e Shawn. O mesmo já estava ali esperando por mim e segurando sua sacola em mãos. Eu havia comprado uma camisa para ele com os dizeres “Canadian Fury”, com seu nome atrás e a data de seu aniversário e havia comprado igual para mim, só que com os dizeres “Latin Sassy”. Éramos uma dupla. Uma bela dupla.

https://www.youtube.com/watch?v=3Jcb09YEUxU - link video dos presentes.

 

*

 

          Saímos do palco e pude observar mama e meus avós me esperando. Me aproximei nem de forma rápida nem devagar. Shawn estava entretido conversando com os meninos da banda.

- Estoy muy orgullosa de ti.

       Eu lhe dei um abraço apertado.

- O jovenzinho é seu namorado? – Meu avô perguntou fitando Shawn de longe que ria de alguma coisa que os meninos falavam. Minha mãe pôs a mão sobre a boca prendendo uma risada.

    Vovô marcava mais em cima do que meu pai.

- Por que a pergunta, vovô?

- Deixe ela querido. Está mais do que na hora de arrumar um namorado. Ele é lindo, ela é linda e formam um belo casal.

- Não tenho como discordar – Minha mama soltou baixo, mas ainda possível de ouvir. Eu deixei uma respiração sair de forma tranquila pelas minhas narinas.

     Quando iria responder a pergunta do meu avô senti uma mão quente e grande tocar meu ombro de forma leve e carinhosa. Apenas um toque e eu senti uma onda de eletricidade passar por todo o meu corpo.

- Camila... – Eu me virei e ele estava ali. Sua respiração mais agitada do que o normal, por conta do Show. Eu havia cantado uma única música com ele, mas ele havia cantado algumas sozinho antes – Você vai agora?

     Olhei para meus avós que assistiam aquela cena de camarote. Vovó sorrindo de orelha à orelha e vovô fitando Shawn seriamente, como se estivesse vendo o que se passava por dentro do garoto. Mama colocou a mão nos ombros dos mais velhos puxando-os levemente para trás.

- Nós vamos ali rapidinho. Te esperamos, filha – Ela disse, mas antes de sair acrescentou. – Querido, nós vamos comemorar o natal em casa mesmo e adoraríamos que você comparecesse.

     Shawn sorriu sem graça e eu dei de ombros. Faria o convite do mesmo jeito.

- Obrigado Sra. Cabel... – Minha mãe franziu o cenho -  Sinu – Mais um sorrisinho sem graça e esfregou rapidamente uma mão na outra. Ele fazia isso quando estava com um pouquinho de nervoso – Eu combinei com minha família de ir para o Canadá, mas agradeço o convite. Obrigado. – Ele pressionou uma mão contra a outra e abaixou um pouquinho a cabeça agradecendo-a de forma fofa.

          Minha mãe sorriu e trocou um olhar cúmplice comigo saindo de fininho com meus avós, que acenaram para Mendes.

- Vamos alí rapidinho – Eu disse sem encostar nele olhando levemente para o lado, esperando que ninguém notasse nossa sumidinha.

     Andando por um corredor cinza. No começo havia umas pessoas, mas estavam muito entretidas com pranchetas e rádios que sequer ligaram para nossa presenta. No fundo havia uma porta. Saída de emergência. Shawn passou na minha frente abrindo a porta e esperando que eu passasse, fechando-a em seguida.

      Era uma saída para um provável estacionamento. Havia dois ou três carros ali, apenas. E o lugar estava completamente deserto. O vento gélido da noite tocou meu rosto e fez meus cabelos se remexerem levemente, fazendo com que uma mecha caísse sobre um dos meus olhos.

      Seguimos em silêncio até chegarmos perto de uma mureta. Escorei meu corpo sobre a mesma, de costas para o concreto e Shawn esticou-se até parar na minha frente. Os olhos escuros e indecifráveis. Seus cabelos também se moviam conforme o vento soprava sobre seu rosto. Os lábios, antes secos e agora umidificados pela sua língua.

      Meus braços envolveram seu pescoço de forma carinho enquanto ele passava a parte superior de seus dedos levemente pelas maçãs do meu rosto, numa carícia carinhosa.

      Nada precisava ser dito.

     Fechei os olhos sentindo o carinho sobre mim. Seus dedos esquentavam o local onde ele tocava. Sua respiração ficou tão próxima que se misturou com a minha. Ainda de olhos fechados senti seus lábios tocarem os meus de forma pura. Apenas uns toques e movimentos leves.

     Shawn respirou fundo e balançou a cabeça para cima e para baixo, bem pouco, roçando o seus lábios nos meus de forma intensa, e então, prendeu-os entre seus dentes, sorrindo de leve. Eu não precisava estar de olhos abertos para ver aquilo. Eu podia sentir. Meu corpo podia sentir. Reagir. E era exatamente isso que ele estava fazendo. Reagindo a cada toque, à cada carícia.

    Eu suspirei relaxa sentindo meu coração mais tranquilo do que nunca.

Sua língua tocou a ponta do meu lábio inferior, e então do superior e eu abri um pouco mais a boca dando passagem para que ele a introduzisse ali. E ele fez com maestria, enroscando-a na minha de maneira lenta e calma. Não tínhamos pressa.

    A sensação que eu tinha era como se estivesse tocando o céu. Tocando as estrelas e vendo-as explodir dentro de mim, me fazendo vibrar e brilhar. Ele soltou um suspiro pesado sobre meus lábios aumentando a intensidade e a velocidade do beijo, descendo seus braços e enlaçando meu corpo aproximando-me mais de si. Apertando-me como se eu fosse a coisa mais preciosa que ele tinha e que jamais quisesse me soltar.

          Meu celular tocou e ele gemeu em desaprovação. Eu quis resmungar, mas ri diante de sua reação.

- Não atende... – Ele sussurrou ainda com os lábios colados aos meus e os olhos fechados.

- Eu preciso ver quem é – Dei-lhe um selinho demorado enquanto procurava pelo celular. Ele abriu os olhos e mirou o céu, como se estivesse contemplando alguma coisa, ou pedindo alguma coisa. Olhei para a tela do iPhone percebendo que era uma ligação da Sra. Cabello – É a mama.

      Ele sorriu sem mostrar os dentes e assentiu com a cabeça, mas não se atreveu a desenroscar seus braços do meu corpo. Seu calor era alucinante. Viciante.

- Oi Mama... Uhum, Ok. Já estou indo.... – Ele suspirou e fez cara de desespero me fazendo rir – Certo. – Desliguei o aparelho guardando-o novamente.

- Então?

- Era a mama. Preciso ir, já está tarde. Nos vemos no natal?

       Ele fez cara de duvida, não pelo fato de pensar na possibilidade de estar ou não comigo, mas sim, provavelmente, pensando numa maneira de tentar resolver aquilo, afinal, ele morava no Canadá e eu, em Miami.

- Vou tentar, mas não garanto nada. - Eu sorri como uma criança, pondo a língua entre os dentes e ele me soltou enquanto apoiava um dos braços sobre meus ombros. – Venha, vou te levar até o carro.

- Hm, que cavalheiro!

-  You deserves a gentleman – Ele cantarolou e piscou com um dos olhos. Eu não entendi, mas achei lindo.

     Levantei minha mão direita entrelaçando meus dedos aos seus para seguir rumo ao meu próximo destino.

 


Notas Finais



Então, o que acharam? Me façam feliz nos comentários que no próximo arrumo um jeito de vocês verem a capa da próxima fic :')
Love u guys
<3


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