1. Spirit Fanfics >
  2. Predestinados - Shawmila >
  3. Longe do fim.

História Predestinados - Shawmila - Longe do fim.


Escrita por: jujubs021

Notas do Autor


AAAAAA
surpresa :D
Estamos à um passo do fim :')
Espero que gostem.
Boa leitura!
NOTAS FINAIS

Capítulo 50 - Longe do fim.


Fanfic / Fanfiction Predestinados - Shawmila - Longe do fim.

 

       Nova Iorque, 02 de março de 2022.

               

           O clima bem instável. Sabe aquela histórinha de que o verão é a estação do calorzão, o inverno de frio rigoroso, outono é a estação que as folhas caem das árvores e primavera é a estação das flores? Pois então, as estações do ano em NY são exatamente assim.

           E estávamos na primavera e era a minha estação favorita, pelo menos ali. Era a estação com temperaturas mais agradáveis, na medida do possível já que estava um pouco frio.

          O vento gélido tocou meu rosto sacodindo meus cabelos enquanto eu me aproximava da entrada do apartamento. Passei a mão pelo rosto aliviando o pequeno cansaço acumulado, sentindo a ponta do meu nariz gelado e sorri diante do porteiro: Alfred, um senhor muito simpático beirando seus sessenta anos.

- Boa noite, senhorita Camila – Ele disse daquela maneira carinhosa como sempre fazia, desde que eu havia ido morar ali, quase dois anos atrás.

- Boa noite, Alfred. Alguma correspondência pra mim?

- Não, senhorita. O menino chegou mais cedo e levou-as para seu apartamento.

- Ah, obrigada! Tenha uma boa noite.

- Até amanhã senhorita! – Eu sorri e me despedi cordialmente do senhor tanto sorridente quanto eu.

         Alguns pequenos minutos até o elevador chegar e eu poder entrar no mesmo para então apenas aguardar a chegada do vigésimo andar, meu apartamento. Mais alguns minutos e eu estava diante da grande porta branquinha passando minha chave pela mesma e abrindo-a lentamente e entrando em minha sala.

         O piso de madeira escura e as paredes com cores neutras e claras. Os móveis bem definidos e decorados. Um sofá em L na cor cinza sobre um tapete felpudo, diante de uma grande televisão. Na minha parede ao lado esquerdo havia um mural de fotos, sendo preenchido de pouquinho em pouquinho com as fotos das pessoas que eu mais amava na vida.

         Uma prateleira próxima segurava alguns prêmios e mais alguns porta-retratos. Uma fotos minha com meus pais, minha com Sofia, que agora beirava seus treze anos e faria quatorze no próximo mês. Uma foto com as meninas, em um dos nossos encontros e uma foto nossa.

          Mais fotos dele, dessa vez com seus pais e sua irmã. Uma foto nossa abraçados e mais ao lado um certificado. Do nosso disco de platina. Sorri diante das lembranças e uma música baixinha tocava pelo apartamento todo. Era Friends, do Ed Sheeran. Mesmo com o passar dos anos aquela paixão pela música não havia diminuído, apenas aumentava.

- Amor? – Perguntei sem obter resposta alguma deixando minha bolsa sobre uma das poltronas. Comecei a andar chamando-o mais uma vez, agora um pouco mais alto – Amor?

- Na cozinha, anjo! – Ele quase gritou e eu segui até a cozinha me encostando no batente da porta após ver a cena que fez meu coração saltitar. Os anos podiam passar, mas aquilo também não mudava. Aquela sensação gostosa.

        Um sorriso gigante se apossou do meu rosto com a cena que merecia uma fotografia, mais uma para colar ao nosso mural. De forma um pouco desengonçada, porém linda. Ele usava um avental preto com os dizeres “chefe da casa” e tinha os cabelos bagunçados. Usava uma bermuda preta e uma camisa cinza enquanto tinha os pés descalços. Ele me lançou aquele sorriso certinho que eu amava. Shawn Mendes.

        Agora, quase cinco anos depois algumas coisas haviam mudado. E o rostinho de bebê não pertencia mais ao homem posto na minha frente, agora mais forte, mais maduro e com barba, sim, uma barba. Essa que, só aparecia quando o mesmo estava com preguiça, pois ele poderia agora ter pelos na cara, mas eu sempre pedia para que fizesse e ficasse com a cara de novinho, como tinha há anos atrás. Não que ele estivesse com cara de velho, eu apenas queria que ele ficasse com aquela carinha de bunda de nenê.

- Que cheiro maravilhoso é esse? – Soltei-me do batente e me aproximei abraçando-o por trás enquanto depositava um beijo em suas costas. No ponto exato entre seus ombros.

- Estou fazendo, ou tentando, uma lasanha.

- Está com um cheiro bom, e não é você.

            Ele riu daquela maneira desajeitada como sempre e fechando um pouco os olhos. Eu não precisava ver, eu sabia. Eu sentia.

- Como foi seu dia?

- Bem – Soltei seu corpo me aproximando da mesa – Um pouquinho cansativo, mas... – Dei de ombros estendendo a mão enquanto pegava uma banana. Eu já disse que algumas (muitas) coisas não mudam?! – As meninas vão vir amanhã pra cá.

- E seus pais?

- Também, de noite. Seus pais não vão vir? – Ele negou fazendo um estalo com a boca – Por quê?

- Ahm, eles não conseguiram as passagens. Mas minha mãe disse que vai te ligar e bem... – Ele colocou a lasanha no forno e se virou na minha direção tirando o avental de chefe de si jogando-o em algum lugar enquanto trilhava em minha direção.

- O quê? – Perguntei rindo. Eu sempre ria quando estava com ele.

- Tenho planos para amanhã!

        Ele parou na minha frente pousando uma de suas mãos na minha cintura enquanto a outra acariciava meu rosto de forma carinhosa. Beijou a minha testa, a ponta do meu nariz e selou seus lábios aos meus, prendendo meu lábio inferior entre seus dentes.

- Que planos? – praticamente sussurrei ainda com as bocas juntas.

- Surpresa – Ele se afastou sorrindo daquele jeito cafajeste e se aproximou juntando nossas bocas novamente, porém dessa vez em um beijo firme, decidido e seguro. Com carinho, ternura, paixão e amor.

 

*

 

         Crianças corriam destrambelhadas por entre as árvores e alguns (muitos) casais faziam-se presentes ali no Central Park, ambiente muito propício para um clima romântico e bastante familiar. Casais sentados sobre a grama e um pequeno casal de velhinhos sentados sobre um dos muitos bancos que haviam ali. Outros andavam e riam distraidamente com seus parceiros, abraçando-os ou de mãos dadas, como eu fazia com o garoto mais novo ao meu lado.

         Não precisávamos mais esconder nosso namoro e isso era uma sensação maravilhosa. Um alívio. Sua mão esquerda entrelaçada à minha e sua mão direita segurando uma sexta para fazermos um piquenique. Levantei os olhos na direção do rapaz sorrindo contente com as lembranças do acontecimento.

 

FLASHBACK ON

 

         O som das respirações tranquilas e controladas, junto com o barulho fraco do ar era o que se fazia presente sobre os lençóis finos e brancos. Sentimentos amontoados, embaraçados, entrelaçados e emoldurados. Assim como os nossos corpos estendidos sobre o colchão quente e macio.

Pele na pele.

Olho no olho.

         Meu rosto escondido na curva do pescoço do garoto mais novo, sentindo seu cheiro como se fosse a única coisa que eu precisava na vida. Pensamentos rasantes que foram interrompidos com o toque dos dedos de Shawn fazendo um carinho que vagava entre subir e descer em seus braços.

- Eu não quero mais esconder isso – Ele disse soltando um suspiro pesado.

        Meu coração errou uma batida e eu esperei que ele, pelo menos, se acalmasse. Não gostava de esconder. Haviam terminado, reatado, terminado... Tiveram recaídas, mas não voltaram... Então se beijaram e se amaram até que estivessem esgotados ao extremo. Eles não haviam terminado.

- Nem eu – saiu como um sussurro.

        Senti meu corpo sendo apertado diante dos músculos fortes, pressionando-me ainda mais contra seu corpo como se fosse algo que poderia quebrar facilmente.

- Só vamos... deixar rolar.

        Assenti sentindo o corpo colado ao meu relaxar e beijei-lhe a mandíbula delicadamente. Minhas mãos prendendo-lhe a cintura possessivamente enquanto as mãos dele me emaranhavam os fios de cabelo num cafuné gostoso, deixando-me entorpecida. Adormecida.

       E nessa de deixar rolar nós simplesmente ficamos juntos. E nos apaixonamos ainda mais. Numa noite qualquer fomos flagrados aos beijos em um restaurante. E dias depois em outro. Nos perguntaram e... não negamos. Foram semanas de sufoco, mas bastava ter um olhar sobre o outro que tudo se acalmava. Nós não havíamos terminado. Estávamos apenas... começando.

 

FLASHBACK OFF

------

 

         A boca contornada, os olhos castanhos, os traços latinos. Deitados diante de uma toalha xadrez com uma cesta cheia de coisas gostosas, coisas que ela gostava. Era um dia especial. Aniversário de uma das pessoas que eu mais amava no mundo, isso se, não fosse A PESSOA que eu mais amava no mundo. Karla Camila Cabello Estrabão.

- No que está pensando? – Perguntei enquanto observava a garota calada e pensativa.

- Em tudo.

        Nossa, que ótimo. Bela resposta, Camila.

- Tudo nós, ou tudo... tudo? – Perguntei parecendo pisar em ovos e ela me fitou com o olhar perdido por alguns segundos.

- Tudo – praticamente soletrou – Minha família, nossos amigos, nós... desde a minha saída da banda até... aqui.

         Mente conturbada. Pensamentos confusos. Eu poderia imaginar como sua cabeça podia tentar separar suas memórias não tão recentes, e apesar dela ter superado, com seus familiares, amigos e comigo... ainda havia um pingo de tristeza no fundo daquele olhar penetrante. Instigante.

        Não foi fácil, ninguém disse que seria. Mas ela tinha apoio. Apoio de todos os lados e de todas as pessoas. De suas amigas, suas irmãs, como ela dizia. Se afastaram por um tempo, logo no começo, mas o laço que elas tinham era forte demais para ser desamarrado daquela maneira.

        Seguindo caminhos diferentes elas se amavam, se respeitavam e se apoiavam. Era o que importava, no final das contas.

- Você sabe que nada é por acaso. Tudo tem um propósito – minhas mãos estendidas secaram o projeto de uma lágrima que queria cair. Não era dia pra chorar, mas sim pra comemorar – Mas, vamos mudar de assunto... hoje é seu aniversário e nós vamos comemorar.

        Ela sorriu verdadeiramente, apoiada sobre os próprios joelhos dobrando e inclinou-se na minha direção, selando seus lábios aos meus sem intensificar nada. Apenas um carinho. Seu celular vibrou e suspirei frustrado, então Camila sorriu me dando um selinho e se afastou.

         Uma careta que dizia “ops”

- O que foi?

- Nada, só uma mensagem... de feliz aniversário.

- De quem? – Ela hesitou e eu me estranhei, não era possessivo daquele jeito. – Camila...

- É do mhhhhhine – murmurou.

- O quê? Não entendi.

- Do Machine – Ah, tá explicado... meu ciúme possessivo, nesse caso, tinha uma justificativa. Eu bufei e suspirei, realmente irritado, mas tentando não demonstrar, o que era impossível. Ela me conhecia. – Shawn, amor... eu não tenho culpa.

- Se você não tivesse ficado com esse maconheiro – rosnei.

- Não fala assim. Não foi assim...

- E eu nem quero saber como foi! – interrompi antes que ela dissesse qualquer coisa relacionada ao tatuado que tinha uma queda escrota pela minha namorada.

        Meu semblante agora era sério, irritado e fechado. Peguei qualquer coisa para comer e procurando fixar o olhar em qualquer coisa que não fossem os olhos castanhos, caso contrário eu cederia fácil demais.

 

- Ah, não fica assim – Ela pulou no meu colo sentando-se lado enquanto enrolava seus braços sobre o meu pescoço – Por favorzinho, é meu aniversário – disse como uma criança, mas eu não relaxei, só virei meu rosto para o outro lado e ela me beijou na bochecha, posteriormente colando o nariz ali - Don't matter what you say, Don't matter what you do, I only wanna do bad things to you, So good, that you can't explain it, What can I say, it's complicated. – Ela cantou baixando, apelando muito. Eu tive que virar meu rosto.

- Você está jogando sujo... – Dessa vez ela me interrompeu.

- Pare de ser bobo. Eu só quis e só quero fazer coisas más com você, amor.

        Já era! Eu já tinha cedido. Antes que ela terminasse, na verdade ela nem precisava começar... quando os olhos castanhos da latina furaram a minha alma, eu já havia cedido e só faltava o pedido. Então levantamos-nos e eu fui guardar a cesta no carro, para podermos terminar o passeio... O pessoal só chegaria à parte da noite para poder comemorar o aniversário de Camila, então tínhamos um bom tempo.

        Caminhamos até a Bow Bridge, uma ponte – famosa nos filmes – que ficava ali. Então paramos e ficamos em silêncio apenas observando tudo ao nosso redor. No fundo eu não estava observando nada, estava apenas explodindo com meus pensamentos dentro de minha cabeça e meu coração sacudindo absurdamente dentro do meu peito, mesma sensação quando eu me apresentava diante de tanta gente.

- Há quanto tempos estamos juntos? – Perguntei olhando para o lago à nossa frente.

- Você não sabe? – Camila me fitava parecendo triste, mas eu me lembrava. Bem demais.

- Claro que eu sei, eu apenas... quero que você me diga.

        Ela pareceu pensar e fitou o lago, perguntando duvidosa.

- Juntos, desde o começo ou há quanto tempo estamos morando juntos?

- Desde o começo.

- Bem, levando em consideração os términos nós estamos juntos há... – pareceu pensar – Três anos e quatro meses.

- Três anos, quatro meses, 17 dias e... – olhei para meu relógio de pulso – doze horas.

       Larguei minhas mãos da ponte e virei em direção a garota que me fitava com um sorriso alargado. Os olhos mais brilhantes do que nunca, e nesse momento eu tive certeza de que estava fazendo a coisa certa.

       Então segurei suas mãos, com as minhas trêmulas de nervosismo. Meu coração querendo pular pela minha boca e minha respiração indo para a casa do caralho.

- Camila... eu sei que somos jovens, mas não como começamos isso entre a gente. Você sabe... – respirei fundo tentando me controlar de alguma maneira – Eu sempre te admirei, te respeitei e te amei. Desde a primeira vez, quando... você entrou com esse seu sorriso escancarado e lindo por aquele corredor apertado na nossa primeira turnê juntos.

- Shawn... – Ela sussurrou parecendo emocionada, mas eu tinha que falar logo.

- O amor faz a gente crescer, faz a gente chorar e faz a gente rir. Isso vai soar clichê, mas quando eu estou com você eu sinto que nada nesse mundo pode contra a gente, sinto que somos mais fortes juntos. Invencíveis. Esses três anos, quatro meses e dezessete dias ao seu lado foram os melhores dias da minha vida. Eu sou melhor com você, eu sou uma pessoa melhor por você, por nós.

         Sua respiração também pareceu acelerada e agora eu não sabia se era a minha mão tremendo segurando em suas mãos ou se era o contrário.

- Uma relação não é só baseada no amor. Existe respeito, carinho... tem que ser recíproco e o meu maior sonho sempre foi formar uma família com alguém que eu amasse tanto quanto amo à mim mesmo. Então... – minha boca tremeu e eu pensei que fosse ter uma síncope nervosa. Soltei suas mãos me afastando em um passo e enfiando uma das mãos no bolso direito do meu jeans tirando dali uma caixinha preta de veludo. Camila arregalou os olhos e levou as mãos à boca. Eu me ajoelhei diante dela e quem estava passando perto parou para prestar atenção – Karla Camila Cabello Estrabão, você aceita se casar comigo e me deixar te fazer a mulher mais feliz do mundo pelo resto das nossas vidas?

 


Notas Finais


E então? Aguardando ansiosamente os comentários de vocês!
ANSIOSA MESMO
Desejo pra você um 2017 maravilhoso. Que você consiga realizar os seus projetos ao lado de pessoas que te amam.
Obrigada por existirem.
<3 <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...