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História Predestinados - Shawmila - Epílogo.


Escrita por: jujubs021

Notas do Autor


Ohana quer dizer família
Família quer dizer nunca abandonar ou esquecer.

Capítulo 53 - Epílogo.


Fanfic / Fanfiction Predestinados - Shawmila - Epílogo.

 

        Alguns anos depois.

 

        Estacionei o carro na garagem, respirando aliviada por ter conseguido fugir do transito e finalmente estar em casa. Na nossa casa.

        Depois do casamento permanecemos vivendo no apartamento, mas começamos a fazer planos que incluiriam novos membro à nossa família e percebemos que era hora de nos mudarmos para começarmos uma nova fase. Ficamos meses e meses procurando por uma casa que fosse de nosso agrado, e encontramos a casa perfeita.

        Não era uma mansão, mas era perfeita para gente e para nossa família.

Família. Uma palavra tão simples, pequenininha e poderosa.

       Desci do carro pegando minha bolsa e então escutei algumas gritarias e gargalhadas ecoarem pela casa. Sorri, mesmo imaginando a casa completamente de cabeça para baixo, como sempre acontecia quando ele pegava as crianças na escola e chegava em casa antes de mim.

       Abri a porta devagar, ainda ouvindo o barulho, mas a sala estava intacta.

- Senhores passageiros, iremos pousar em alguns minutos – A voz grossa se fez presente – OLHA O AVIÃO.

        Aquela gargalhada maravilhosa ecoou no mesmo instante em que Shawn entrava segurando a pequenininha em seus braços. Os dois com sorrisos escancarados. As madeixas bagunçadas num rabo de cavalo mal feito.

- Mamãe!

- Oi, meu amor - A pequena princesa parou de remexer e estendeu um dos braços apertando meu pescoço, enquanto o outro ainda segurava o pescoço do homem sorridente. Cheirei seu pescoço e dei um beijo demorado em sua bochecha rechonchuda – Hm, está tão cheirosa.

- O papai me deu banho e prendeu meu cabelo.

- Hm, que papai maravilhoso esse.

       Ela assentiu super animada. Olhei para o homem, ainda com aquele sorriso cheio de vida, sentindo-se todo orgulhoso. Me aproximei selando nossos lábios, um selinho demorado.

- Pai, me coloca no chão. Vou buscar minha boneca nova pra mamãe ver.

- Claro, princesa Anna.

          Com calma ele colocou nossa filha no chão, que demorou dois segundos para sair saltitante pela casa. Com seus cinco aninhos a pequena realmente parecia uma princesa, inclusive adorava andar vestida com suas fantasias pela casa inteira.

- Como foi o dia? – Ele perguntou se aproximando enquanto me abraçava e beijava minha bochecha.

- Bem, cadê a Liz?

       Antes que ele pudesse responder a porta foi aberta e entrando como um furacão a mais velha apareceu ali também.

        Anna parecia mais comigo, com Sofia. Tinha os cabelos lisos e quase pretos, os olhos também escuros e ela havia puxado meus traços latinos, grandes bochechas, lábios carnudinhos, mas o sorriso era inteiramente dele, idêntico ao do pai. E o jeito fofo de ser também havia puxado ao homem que me abraçava.

- Oi, mãe! – Liz tinha os pés pretos pretos, os cabelos bagunçados que tinha um tom de castanho bem claro, tipo um mel. Os olhos às vezes claros e às vezes mais escuros. A cor de pele ficava entre o claro do meu marido e o meu moreno. Os cabelos lisos em cima e um pouco ondulados na ponta. Ela se aproximou com aquele sorriso sacana nos lábios.

- Oi, meu anjo. Onde você estava?

- Brincando com meus amigos ali na pracinha.

- Muito bem, direto para o banho. Já estou subindo.

        Ela revirou os olhos já se aproximando da escada. Anna era mais princesinha, meiga e fofa. Gostava de rosa e seus brinquedos favoritos eram bonecas de princesas. Lizzie era mais espoleta e mais moleque. Gostava de qualquer cor, menos rosa e suas brincadeiras favoritas se resumiam em passar a tarde fazendo um pouco de tudo com os amigos do condomínio. Ela sempre aparecia com um joelho ralado ou alguma coisa machucada.

- Não precisa mãe, eu já estou grandinha.

         Escutei ela falar já da metade da escada e olhei incrédula para o homem que segurava um riso na minha frente. Ela era um pouquinho respondona também, esqueci de frisar. Personalidade forte.

- Como assim meu bebê está crescendo?!

- Eu já tenho oito anos, pai!

         Ela gritou sumindo de vez e eu ri, me afastando para poder tomar um banho. Subi tomando o meu banho e quando eu acabei Lizzie me esperava, já de pijama, como eu havia mandado. Anna estava brincando de boneca enquanto Shawn arrumava a mesa do jantar. Descemos juntas e todos jantamos em harmonia total.

         Quando acabamos fomos assistir a um desenho, todos juntos. Sempre fazíamos isso algumas vezes na semana. Era muito importante passarmos um tempo juntos, brincando, conversando ou apenas ficarmos quietos, o que não acontecia nunca. A mais nova havia dormido no sofá, e prontamente Shawn pegou-a no colo levando-a para sua caminha. A mais velha reclamou, tentando lutar contra o sono, mas seguiu o mesmo caminho indo também para seu quarto.

 

*

 

        Arrumei melhor o travesseiro sobre as costas enquanto esperava meu marido sair do banheiro. Ele saiu usando apenas um short e passando a toalha de qualquer jeito pelo cabelo úmido, deixando assim que algumas gotículas de água escorressem por seu corpo.

        Não adiantaria. Os anos poderiam passar, as estações, as pessoas... mas aquele sentimento jamais mudaria, eu tinha certeza disso. Eu e sabia que era respondida da mesma maneira.

- Dinah ligou para nos lembrar sobre o almoço amanhã.

        Ele colocou a toalha pendurada no banheiro e apagou a luz, guiando-se pela luz do meu abajur. Deitou do seu lado da cama, passando os braços pela minha cintura enquanto enfiava o rosto na curva do meu pescoço.

        Dinah também havia se casado, com um jogador de futebol americano. SIM, ISSO MESMO. Agora com quatro filhos ela tinha uma vida completamente movimentada, suas crianças eram um tanto quanto energizadas... puxaram a mãe.

        Lauren e Lucy não se casaram, mas moravam juntas e faziam viagens pelo mundo inteiro, guardando cada lembrança e sempre que possível enviavam alguma coisa para gente.

        Ally tinha um casalzinho. Zav ficava cada dia mais lindo, herdando os olhos azuis do pai e sua altura também, já que o mesmo estava quase maior do que a baixinha. Alice, a nova princesinha beirava seus três aninhos e era uma bonequinha maravilhosa. Os cabelos loirinhos e aquele sorrisinho que chegava a fechar os olhos, como Ally. Eles haviam formado uma família linda e fizeram questão de que participássemos de alguma forma, nos convidando para que fossemos padrinhos da pequena. E claro que aceitamos.

        Normani era a única que ainda estava sozinha... Quer dizer, solteira sim sozinha nunca. A mulata estava trabalhando em alguns projetos, voltados para a indústria musical, mas se recusava a destruir a surpresa que havia para nos contar.

- As crianças já foram dormir? – Perguntei acariciando seus cabelos enquanto aquele cheiro maravilhoso pós banho preenchia o quarto.

- Uhum.

- Eu tenho uma coisa pra você... – Me estiquei pegando a pequena caixinha escondida ao meu lado da cama.

- Presente? Mas não é meu aniversário.

        Ele franziu os cenhos intercalando seu olhar entre mim e o pequeno embrulho. Senti borboletas no meu estômago, meu coração acelerado, aquele frio na espinha e aquela sensação que eu tinha o amor percorrendo dentro das minhas veias.

- Não precisa ser seu aniversário para eu demonstrar o quanto eu te amo. - Minhas mãos percorreram seu rosto e meus dedos trilharam seus lábios, seu nariz, seus olhos, suas sobrancelhas, suas bochechas e voltaram a tocar sua boca. – Abra.

        Ele sorriu e começou a desfazer o laço do embrulho. Dentro, outro embrulho. Ele me olhou confuso e eu assenti com a cabeça apenas incentivando-o para que continuasse o que estava fazendo. Cada movimento dos seus dedos sobre o pacote a velocidade do meu coração aumentava.

        Ele por fim chegou ao laço final, desamarrando-o cuidadosamente. Meus olhos não saíram de cima dele um segundo sequer.

       Ele abriu o presente, e junto dele abriu um pouco a boca e me olhou parecendo confuso e emocionado. Emocionado? Seus olhos brilhavam e ele me olhou um pouco desacreditado.

- É sério isso?

        A voz quase não saiu, falhou. Eu assenti com a cabeça sentindo meus olhos marejarem. Algumas lágrimas já escorriam pelo rosto do homem da minha vida.

- Estou a caminho papai, não vejo a hora de chegar e você me ensinar a jogar futebol.

         Fiz uma voz de criancinha e ele riu contente, voando com as mãos para cima do meu ventre enquanto colava seus lábios aos meus. O sorriso preenchendo sua cara. O papel do exame de sangue em cima da cama, comprovando que eu estava grávida de três meses e agora de um menino.

- Você me faz o homem mais feliz do mundo e eu te amo muito, Camila. Te amo tanto que mal cabe no peito.

- Obrigada por me dar essa família maravilhosa. Nós também te amamos.

 


Notas Finais


Nunca vou esquecer de vocês!
Ohana!


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