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História Predestinados - Prata


Escrita por: Yume-ni

Notas do Autor


Oooi
Desculpem a demora desse cap, mas agora que estou de férias vou tentar postar mais e adiantar a história 😘
Espero que gostem desse cap, tem de novo muita coisa acontecendo. Q
Também tem um projeto que estou participando, não apenas escrevendo, mas como uma das Adm's também. Vocês podem saber mais lá nas notas finais. 😉

Desculpem prolongar as notas.
Boa leitura.😚

Capítulo 6 - Prata


Baekhyun sentia todos os seus nervos à flor da pele enquanto buscava pela cidade, qualquer sinal de Kyungsoo. Um ômega como ele estava sujeito à toda sorte de perigo na cidade grande durante a noite. E mesmo com Lu Han dizendo o tempo todo que tudo ficaria bem, a única coisa que sentia a cada hora que passava, era mais medo e mais culpa.

Trancar Yifan em casa foi uma medida desesperada, já que sabia que logo o alpha ficaria louco de tesão e destruiria seu apartamento, mas ele não podia simplesmente ficar fodendo enquanto o frágil Kyungsoo andava por ai à mercê da sorte. Que todos os deuses os protegessem se ele por acaso topasse com o seu Alpha. Céus, Baekhyun tentava não pensar nessa hipótese. Vai saber o que um Alpha louco como aquele seria capaz de fazer se tivesse as mãos sobre Kyungsoo novamente.

Mas a cada novo tiro no escuro e beco sem saída. Baekhyun se sentia mais compelido a ir até a antiga residência de Kyungsoo e tirar a prova. Ter a certeza de que ele não estava lá.

Lu Han estava nervoso por ver Baekhyun tão desesperado. Ele sabe o quão apegado o beta pode ficar de alguém e se algo acontecesse com o garoto ômega, o estilista provavelmente entraria em depressão. Quando chegaram a rua da casa onde era o antigo endereço de Kyungsoo, Lu Han mandou Baekhyun ficar no carro. Era quase madrugada e mesmo que o beta quisesse, correr até a casa e invadir procurando o amigo por todos os lados, ficou onde Lu Han havia lhe dito para ficar. Ele provavelmente tinha sentido algo que sendo um Beta como Baekhyun nunca conseguira sentir.

O alpha farejou o ar, sentindo a marcação que o Jaejoong havia colocado no quarteirão. Era óbvio que Kyungsoo estava naquela casa, o centro de onde toda aquela presença de dominância vinha. Ele sinalizou a Baekhyun que era para permanecer ali enquanto ele ia até lá, mas seu amigo idiota apenas saiu do carro, sem se importar com o frio que o fazia tremer todo.

Lu Han respirou fundo, sabendo que além de ter que lutar com esse tal alpha abusador teria que se preocupar com a segurança de Baekhyun também.

Ele se fazia de forte o tempo todo, mas com um vento frio se encolhia todo e parecia um ômega de tão adorável que suas bochechas ficavam em um tom avermelhado.

Ele sempre teve isso.

Esse ímpeto de proteção, esse desejo de cuidar do beta como se ele fosse seu ômega. E por muito tempo Lu Han desejou que Baekhyun o quisesse como companheiro, mas com o passar dos anos ele percebeu, que a relação sexual entre os dois era puro tesão e conveniência. Claro que ficou decepcionado, Baekhyun era a personificação física de tudo que um alpha desejava em um ômega, mesmo que sua personalidade fosse autoritária e teimosa.

Ele diria que esse era o provável charme do Byun.

Às vezes agradecia por Baekhyun ser um beta, por que se ele tivesse o cheiro de um ômega, a vida dele seria um inferno e os pais o teriam casado cedo demais com algum alpha para aplacar o possível delicioso cheiro que ele teria. Pelo menos essas eram as apostas de Lu Han.

Na porta da casa Baekhyun estava impaciente demais para tocar a campainha apenas uma vez e esmagar o botãozinho dezenas de vezes até ouvir rosnados de dentro da casa. A presença ficou mais forte fazendo Lu Han ficar mais irritado. Nada disso afetava Baekhyun, mas ele via pelas expressões do amigo que algo estava muito errado.

Quando a porta se abriu revelando um alpha alto e ameaçador, Lu Han se jogou sobre ele rosnando, dando espaço para o beta entrar na casa gritando por Kyungsoo. Baekhyun subiu até a parte superior da casa, se odiando por não ter o nariz de um ômega ou um alpha para encontrar seu pequeno pelo cheiro.

Apressado ele foi indo de porta em porta gritando por Kyungsoo enquanto os rosnados do andar de baixo aumentavam sinalizando que os alphas ainda brigavam. Foi quando uma das portas não se abriu e Baekhyun piscou pensando se Kyungsoo não estava ali. Jogou o corpo contra a madeira tentando arrombar a porta de algum jeito, qual foi sua surpresa ao ver o trinco entortar, já que nunca foi o exemplo de força física. Mas ignorou o fato e voltou a investir contra a porta até conseguir abertura suficiente para passar.

O quarto estava muito escuro, apesar da luz que vinha do corredor o iluminar parcialmente. Baekhyun tinha a respiração pesada, mas não desistiu de chamar por Kyungsoo, deslizando os olhos pelo como em busca de algum sinal dele ali. Em cima da cama havia uma figura disforme que se moveu minimamente, o suficiente para que chamasse a atenção do beta.

Baekhyun foi até a cama puxando os lençóis e revelando o corpo desacordado de Kyungsoo. A luz parcial foi suficiente para que enchesse os olhos de Baekhyun de lágrimas ao ver a pele avermelhada e sangrando pelas mordidas que povoavam o corpo pequeno do ômega.

Provavelmente Jaejoong tentou refazer a marca, e percebeu que não estava tendo sucesso e continuou tentando. Mas a quantidade de mordidas era tão grande que fazia Baekhyun pensar se não havia se tornado apenas sua forma de vingança fria, continuar a perfurar Kyungsoo com seus dentes e beber seu sangue como um maldito vampiro.

Baekhyun enrolou o ômega nos lençóis, para logo depois o pegar no colo. Não iria deixar que ele ficasse sob o mesmo teto que aquele alpha nojento nem mais um segundo. Os rosnados no andar de baixo pareciam haver diminuído e Baekhyun rezou internamente para que Lu Han tivesse vencido o duelo.

Enquanto descia as escadas pode ver o corpo do alpha moreno sob os pés do amigo alpha e sorriu aliviado ao ver poucas feridas de luta no amigo.

— Está tudo bem Hannie? – Lu Han apenas balançou a cabeça e se volveu os olhos para Baekhyun com a expressão sombria.

— Vamos embora daqui eu não quero ficar nem mais um minuto próximo desse Lixo. – Cuspiu no chão e se aproximou pegando Kyungsoo nos braços, mesmo tendo que ouvir os sons de protestos do beta. – Nós vamos nesse momento numa delegacia, e eu vou fazer a denúncia. Se deixarmos Kyungsoo falar algo é capaz de eles se voltarem contra o pobre menino.

Baekhyun não disse nada. Sabia que era o certo a fazer. Seguiram até o carro, onde Lu Han colocou Kyungsoo com a cabeça no colo de Baekhyun no banco de trás, para logo depois correr até o banco do motorista e dirigir desenfreadamente até o posto policial mais próximo.

Jaejoong não merecia ficar nem mais um minuto sequer em liberdade.






Baekhyun se sentiu ultrajado em nome de Kyungsoo quando teve que despir o corpo do menino dos lençóis para que os policiais vissem com os próprios olhos as dezenas marcas de mordida. O ômega estava e um estado de semiconsciência. Não falava nada, apenas tinha os grandes olhos abertos e esbugalhados mais do que o normal.

Uma das poucas oficias ômega, ficou compadecida e ligou rapidamente para a emergência enquanto Lu Han discutia com os policias os e assinava a papelada necessária. Baekhyun apenas ficava cada vez mais preocupado, não apenas com o estado de saúde física, mas com a quão quebrada a mente do seu pequeno deveria estar naquele momento. De alguma forma ele sabia, que aquelas mordidas haviam sido apenas a parte visível de tudo que o aquele alpha havia feito com ele enquanto o teve em suas mãos.

— Baek, quando a ambulância chegar, vá com ele. Eu vou com os policiais pegar o desgraçado. – Lu Han se aproximou das cadeiras de plástico onde o beta estava com Kyungsoo no colo, ainda enrolado nos lençóis.

— Vão prender ele mesmo? – Baekhyun perguntou

— Se não prenderem eu já deixei claro que vou trazer a mídia para isso. Kim Jaejoong nunca mais vai ser uma ameaça para Kyungsoo ou qualquer outro ômega, eu vou me certificar disso. – O Alpha sorriu para o amigo. Depois seguiu um dos oficiais até uma das viaturas e logo aquele e mais um veículo saíram até o antigo endereço de Kyungsoo.

No hospital, Baekhyun teve que engolir os xingamentos que queria direcionar ao médico e se limitar a esperar na recepção enquanto Kyungsoo era atendido acompanhado da oficial ômega. Estava quase comendo os próprios dedos de nervosismo quando a oficial voltou correndo dizendo que Kyungsoo estava chamando por ele.

Seguiu a oficial até onde ficavam os atendimentos de emergência e sentiu seu coração se tornar do tamanho de uma noz. Kyungsoo estava chorando, todo encolhidinho na maca e o médico, aparentemente alpha, parecia tentar se aproximar, mas qualquer menção de tocar o ômega apenas o fazia entrar em uma espécie de pânico e chorar inconsolavelmente, chamando “Baekhyun”.

O beta sentou na maca e segurou as mãos de Kyungsoo nas suas o acalmando. O médico o pode examinar, mesmo que o pequeno ainda tremesse muito. Logo depois ele pode ser vestido e foi sedado para que pudesse descansar. Baekhyun permaneceu ao lado dele, mesmo sabendo que uma hora ou outra deveria voltar para casa e enfrentar o animal que seu amigo Yifan havia se tornado, mas por hora. Iria se concentrar em Kyungsoo.







Lu Han observou Jaejoong se debater contra os policiais que o algemaram. Ele não parava de rosnar e de encarar o alpha inimigo mostrando as presas e com as garras de fora. Os policiais o jogaram no camburão e Lu Han pode respirar aliviado quando teve a confirmação do delegado de que seria avisado durante todo o andamento do inquérito.

Agora sua maior preocupação era descobrir o hospital onde Baekhyun e Kyungsoo estavam e deixar o beta em casa. Ele sabia que se deixasse, o amigo só sairia do hospital quando Kyungsoo estivesse bom o suficiente. Alguém tinha que o lembrar de comer e dormir.

O telefone começou a tocar e ele não pode deixar de sorrir ao ver o nome de Jongin no visor. Ouvir a voz dele com certeza iria melhorar demais essa noite de merda.

— Hyung! Você sabe se algo aconteceu com o celular do Baek? Sabe onde ele ou Kyungsoo estão? – O ômega parecia nervoso se atropelando nas palavras e parecia estar em movimento.

— Baek e o ômega estão no hospital agora. Aconteceram muitas coisas Kai. Eu recomendo que você descanse, amanhã pode perguntar mais detalhes do Baek. Eu estou indo buscar ele no hospital agora e depois vou deixa-lo no apartamento.

— Ótimo, eu estou no entrando no elevador, espero vocês na sala. – Jongin desligou o celular não dando tempo para Lu Han contestar e gritar. Merda, Kris ainda estava no apartamento. Lu Han avisou para Baekhyun por um áudio o desastre que estava para acontecer e pediu ao policial que o deixasse no endereço do Byun.

“Por favor, me deixe chegar a tempo. ”







Jongin sentiu a presença de Alpha assim que saiu do elevador.

Ele nunca havia passado seu cio com um, ou estado próximo durante o período, por isso foi uma surpresa para si o cheiro inebriante que o tomou quando se colocou na frente da porta do amigo beta.

— Ainda bem que eu vim com você. – Chanyeol puxou Jongin para trás de si, rosnando devido a presença do alpha que se espalhava pelo local, ao notar a presença ômega tão próxima.

— Hyung, eu preciso – A voz de Jongin saiu necessitada e ele tentou se soltar do aperto de Chanyeol em seu pulso, mas o alpha apenas continuou o segurando de maneira firme sem o machucar.

— Não Nini, são apenas instintos. Pense com clareza uh? – Chanyeol abraçou Jongin sussurrando em seu ouvido, tentando acalmar o lobo do ômega. – Você nem sabe quem está atrás dessa porta.

Jongin gemeu e tremeu nos braços de Chanyeol, mas conversou com o próprio ômega assanhado falando que o alpha tinha razão. No fim, o mais novo respirou fundo e sorriu em agradecimento ao novo amigo.

— Eu nunca tinha pensado sobre o quão forte seria a presença de um alpha no cio. – Jongin riu baixinho – Mas quem será que está no apartamento do Baekhyun-Hyung? Eu pensei que ele só ficasse com o Lu-Hyung nos cios dele.

— Esse seu amigo é beta? – Chanyeol perguntou acariciando os dedos de Jongin tentando distraí-lo do cheiro do alpha no apartamento.

— Sim, Baekhyun-Hyung é incrível! Ele que me deu a oportunidade de desfilar e conseguir meu próprio dinheiro. – Chanyeol observou os olhos do ômega brilharem enquanto falava dos amigos, do trabalho que amava e de todos os amigos que fez depois de sair de casa.

— Mas como você os conheceu Nini? – O sorriso de Jongin se tornou triste enquanto passou a narrar um dos momentos mais complicados da sua curta vida.

— Chen-Hyung, o meu irmão mais velho, me contou que quando nossos pais faleceram eu fiquei tão abalado que fugi de casa. Ninguém sabe como, mas eu perdi a memória por um tempo e fiquei bastante tempo nas ruas, até que o Lu-Hyung e o Baek-Hyung me salvaram. Eu passei por muita coisa enquanto estava nas ruas, mas eu sinto que aprendi muita coisa com tudo que aconteceu. Não me lembro da minha antiga personalidade, mas acho que hoje eu sou quem seu devido a tudo que passei.

— Eu não acho que você era uma pessoa ruim antes desse incidente – Chanyeol pigarreou – Quero dizer, não consigo te imaginar sendo mesquinho ou tratando alguém mal.

Jongin corou, e riu meio desconfortável com o olhar profundo que o alpha lhe direcionava.

— Nós nos conhecemos essa noite Hyung, é melhor não tirar conclusões precipitadas sobre mim. – Chanyeol riu e colocou acariciou os cabelos do ômega, colocando uma mecha atrás da orelha.

— Eu sinto, mesmo nesse pouco tempo, como se te conhecesse a muito tempo. – Jongin se viu hipnotizado pelos orbes prateados de Chanyeol, e quando percebeu o alpha inclinar o corpo em sua direção, não pode deixar de corresponder a aproximação.

O ômega também sentia isso. Sentia esse reconhecimento do seu ômega, perto desse alpha. Como se Chanyeol fosse, como se ele fosse alguém por quem esperou por muito... muito tempo.

Os dois estavam tão imersos um no outro que não perceberam. Os olhos de Lu Han em chamas sobre os dois.

Baekhyun estava no taxi extremamente preocupado.

Esperava com todas as forças que Lu Han tivesse chegado a tempo de impedir Jongin de entrar no apartamento. Só os Deuses sabem o que aconteceria se ele copulasse com Kris. Mesmo que ele não fosse um alpha ruim, sabia que os dois lados estariam infelizes se fossem presos um ao outro pela marca.

Foi realmente uma surpresa encontrar na porta de seu apartamento, Lu Han encarando mortalmente um alpha, não tão desconhecido assim.

— Chanyeol?

— Baekhyun?

Bem, o circo estava armado. A tensão no local estava maior do que o Byun esperava, já que o cheiro que os dois alphas espalhavam pelo local era tão forte quanto o cio de Kris. Baekhyun só achou meio engraçado, que ambos estavam lutando silenciosamente pelo direito de marcar Jongin com seu cheiro.


Notas Finais


E aí?
O que acharam?
Qualquer dúvida só chamar

Eu queria panfletar um projeto para vocês também.

Pra quem ainda não sabe eu estou em um projeto lindo chamado Kingdom Fanfics, que tem como objetivo escrever sobre outros membros do Exo que não seja o Chanyeol e o Baekhyun, que imperam entre os personagens mais populares nas fanfics do Exo. Nesse Kingdom estamos escrevendo sobre o Lay. Antes da segunda fase começar, sempre abre um formulário para doação de temas, então quem quiser doar seu tema sobre o Lay, só ir no perfil do @KgFanfics e contribuir!

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