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História Predestinados - Incolor


Escrita por: Yume-ni

Notas do Autor


Oi pessoal, dor e sofrimento nesse cap
sorry, mas foi um mal necessário
mas prometo que nosso Kyungsoo vai parar de sofrer tanto assim ok?
Depois desse cap a história vai ganhar um tom mais leve, e o casal vai ter permissão para começar a se desenvolver melhor.
Espero que gostem do cap
boa leitura

Capítulo 7 - Incolor


— Vocês podem parar com esse pseudoconcurso de quem mija mais longe? O pobre Jongin está quase chorando aqui. — Baekhyun disse, achando melhor se intrometer de vez.

Os alphas perceberem que o ômega estava mesmo à beira de uma síncope a medida em que o cheiro deles se intensificava. Eram presenças masculinas fortes demais para um ômega jovem como Jongin.

— Me perdoe. — Chanyeol controlou sua presença, oferecendo seu braço como apoio a Jongin, mas ele acabou entre os braços de Lu Han. Chanyeol não pôde  esconder sua feição decepcionada, mas havia algo maior para se preocupar no momento.

— Hyung, quem é o alpha no seu apartamento?— Baekhyun respirou fundo sem saber exatamente o que fazer. Por um lado, queria correr de volta ao hospital e ficar com Kyungsoo, mas por outro sabia que deveria entrar no apartamento e terminar o que havia começado com Kris.

— Você não precisa fazer isso,  Baek, se entrar ali, pode ser que Kris não seja tão carinhoso. Afinal, você o deixou sozinho e instintos nessa hora são uma droga. — Só de pensar no desastre que seria se ele tivesse entrado no apartamento, Lu Han abraçou Jongin com ainda mais força. — Ele é quase como uma fera faminta e enjaulada nesse momento.

— Lu-shi está certo, Byun. É melhor deixar que o cio dele passe ou chamar alguém para sedá-lo.

Baekhyun sorriu para os alphas e retirou o casaco, entregando-o nas mãos de Chanyeol.

— Obrigado por se preocuparem, mas é algo que eu devo resolver sozinho.

Jongin encarou seu Hyung com tristeza e admiração no olhar.

— Hyung, não faça isso, ele vai te machucar — disse, se afastando de Lu Han e segurando as mãos de Baekhyun nas suas. — Chanyeol falou que pode chamar alguém para sedá-lo, você não precisa fazer isso.

Baekhyun sorriu para seu dongsang, afagou seus cabelos e fez um sinal para o Park sair da frente da porta. Era sua responsabilidade e de mais ninguém. Ele sabia que Kris poderia ser um pouco bruto, mas não o machucaria. Mesmo diante dos protestos alheios, entrou no apartamento e fechou a porta atrás de si.

Os móveis estavam revirados e a casa tinha um cheiro esquisito. Baekhyun, por ser um beta, não conseguia sentir os hormônios que alphas e ômegas dispersavam pelo ar, mas um cheiro forte demais poderia incomodar seu olfato quase humano.

— Kris-Hyung? — perguntou andando pelo apartamento, se desviando de cacos de vidro e porcelana que se espalhavam pelo piso. Sentia o coração se debater entre suas costelas, mas engoliu o próprio medo e continuou procurando o alpha.

Foi tão de repente que Baekhyun perdeu o fôlego por um segundo. Os olhos avermelhados do alpha pareciam laser perfurando sua carne. No momento em que entrou em sua suíte, Kris o agarrou e jogou contra a cama, subindo em cima dele, rosnando e cheirando seu corpo como se buscasse confirmar a presença dele ali.

— Beta - resmungou, parecendo decepcionado, mas nem um pouco disposto a parar o que pretendia fazer. Baekhyun teve sua calça moletom arrancada e foi ai que ele passou a ter medo do que Kris poderia fazer.

— Hyung — Baekhyun olhou para o alpha com medo nos olhos e percebeu Kris parar o que fazia de maneira abrupta.

— Quer ir embora? — Kris grunhiu — Vá embora, Baekhyun, antes que eu te machuque.

O beta respirou fundo, é claro que estava assustado. Deuses! Havia acabado de ver o que um alpha é capaz de fazer com outro que ele considere submisso, mas lembrou a si mesmo que era Kris ali e não qualquer um. Kris, o alpha que era fã de Star Wars e tinha medo de qualquer ser vivo voador.

Quem teria medo de Wu Yifan, o supermodelo Kris? Ele era quase um ômega em corpo de alpha, e talvez por isso até hoje nunca tivesse achado um companheiro. Ele queria mais que alguém para foder nos cios e , por isso, quando Kris abriu os olhos e viu Baekhyun amuado e assustado, quase não acreditou que aquele receio era por sua causa.

Baekhyun viu a confusão de Kris e se surpreendeu ao vê-lo jogar o corpo ao seu lado da cama e grunhir, lutando contra a própria parte animal dentro si. Nunca, jamais ele foderia Baekhyun sem se importar se estava ou não o machucando . Por isso, rosnou para mandar que o beta fosse embora novamente.

— Kris-Hyung, obrigada. — Baekhyun disse ao se levantar, tentando não chorar — Me desculpe por não conseguir, eu... hoje.

Kris grunhiu novamente.

— Vá embora logo, Byun, ninguém tem culpa de merda nenhuma aqui. — O beta hesitou por um momento e saiu correndo, deixando o alpha preso no próprio tormento. Saiu do apartamento direto para os braços de Jongin. Os dois choraram copiosamente, enquanto Chanyeol tratava de ligar para seu médico particular para que ele viesse sedar Kris.

 

 

 

 

 

 

Jaejoong olhava para as paredes da cela com os olhos vermelhos. Seu lobo se sentia encurralado, irritado e faminto pelo sangue daqueles malditos que invadiram sua casa e levaram seu ômega. Toda vez que pensava no rosto daqueles dois, sua mente trabalhava ativamente em planos de vingança para acabar com a existência deles.

— Inferiores, desgraçados. — Cuspiu no chão — Me esperem, eu vou acabar com vocês. — Jaejoong apertou os punhos e seus olhos cor de sangue cintilaram em meio à escuridão da cela da delegacia.

Dois policiais Alphas o levaram até uma sala, onde seu advogado já o esperava, com a feição preocupada.

— Me diga quando vou sair daqui. — disparou, já irritado por ter que passar a noite trancafiado naquele lugar.

— Receio que não vai ser tão simples, senhor. Lu Han-shi pretende levantar um processo contra o senhor e ele deixou claro que, caso seja efetuada a sua soltura, vai tornar o caso público. — Jaejoong ficou pálido ao escutar ao advogado.

— Quem esse filho da puta pensa que é? — grunhiu irritado.

— Lu Han-shi é um estilista famoso, tem sua própria agencia de modelos e é muito influente nos tabloides e no meio empresarial. — Jaejoong engoliu em seco. Ele era uma jovem promessa no ramo imobiliário, vinha de boa família, mas nem todos os seus contatos seriam capazes impedir um escândalo caso os grandes tabloides fossem noticiados. — Esse tipo de gente se alimenta da desgraça alheia, além de que... essa história chegaria aos ouvidos do seu esposo, mesmo em Busan.

O alpha se levantou irritado, andando de um lado para o outro, nervoso demais para se manter parado.

— O que você acha que pode ser feito? — Jaejoong perguntou, sentindo seu lobo se agitar.

— Um acordo de cavalheiros deve ser o melhor — o advogado começou — Os senhores fazem um acordo de não aproximação, um ressarcimento em dinheiro deve ser o suficiente também. Depois, molhar a mão dos policiais para esquecerem o acontecido não será um problema e o senhor poderá voltar para Busan e fingir que nada disso aconteceu.

— Eu perderia o meu ômega — disse com irritação.

— É necessário para se evitar maiores danos à sua imagem e ao patrimônio da sua família — pontuou.  - O senhor pode conseguir outro ômega facilmente.

— Não um como aquele. - Jaejoong se sentou novamente, com cara de poucos amigos para o advogado — Acerte tudo, e que Yunho nunca fique sabendo de nada do que aconteceu.

O homem assentiu e pegou sua pasta.

— Não se preocupe, senhor, irá sair daqui o mais rapidamente possível com esse plano. — Jaejoong apenas fez um sinal de desinteresse com as mãos enquanto via os policiais escoltarem o advogado para fora.

Espero mesmo que essa merda de certo

 

 

 

 

 

Jongin estava em casa e sozinho. Lu Han Hyung decidira ficar com Baekhyun no apartamento dele, já que o beta parecia abalado demais e Chanyeol se incumbira de deixá-lo em casa, mesmo com a expressão de desgosto do amigo alpha. Baekhyun havia deixado claro que essa desconfiança era desnecessária, afinal ele já conhecia Park Chanyeol a um tempo e ele era de sua total confiança.

Não saía da sua cabeça o quase beijo que protagonizara na frente do apartamento do Byun, nem a reação de Lu Han à sua aproximação com o alpha. Mas mesmo o próprio Jongin não sabia o que havia acontecido consigo mesmo ao se entregar tão facilmente nos braços daquele alpha estranho, afinal, não fazia o tipo que se deixava levar por qualquer um.

E ainda tinha o fato de sua paixão convicta por Lu Han. Afinal, ele tinha certeza que nada em seu coração havia mudado sobre seu primeiro amor, mas também sabia que havia se deixado balançar pelas palavras bonitas e pela doçura de Park Chanyeol.

— Aigoo, Jongin, ele apenas foi gentil! Park Chanyeol é um alpha gentil! — disse, chutando os cobertores e se preparando para um novo dia. Hoje ele teria que ir até a empresa da família para uma daquelas reuniões chatas em que não entenderia metade das coisas discutidas ali. Mas, segundo Chen-Hyung, era importante a presença dele como um dos donos da empresa e garoto propaganda.

Se era pela herança da sua família, Jongin se sentia capaz de sacrificar algumas horas do seu dia no meio daqueles velhos enfadonhos.

Roupas sociais e sapatos polidos, Jongin se sentia livre ao dirigir seu conversível até a empresa. Era uma beleza estonteante demais para ser ignorada. Por onde passava, o sorriso de Jongin era capaz de conquistar corações, tornar dias mais felizes e, é claro, encher o coração dos maus de inveja.

Jongdae, no entanto, escondia sua inveja em um falso sorriso caloroso, um abraço recheado de desprezo e um tom de voz beirando ao jocoso. Mesmo assim, eram poucos os que notavam seu desgosto para com o irmão caçula, já que, por mais que todos os seus atos fossem mentirosos, ele era um exímio ator perante a alta sociedade.

A reunião começou como sempre: Jongin dava o seu sorriso de comercial, que não deixava de ser caloroso, apertando as mãos dos acionistas, puxando conversa e fazendo os velhos babarem em tanta juventude brilhante. Ao seu lado vinha Jongdae, quase como uma sombra, ofuscado e amargurado por se ver de lado como sempre acontecia quando estava no mesmo recinto que o irmão.

Conversa vai, conversa vem e todos os senhores começaram a se sentir desconfortáveis, pois sabiam que deveriam entrar na pauta tão aguardada por Jongdae e desconhecida por Jongin.

— Jongin-shi, você sabe que já está maduro e todos nós sentimos orgulho do homem que se tornou. — O mais velho dos acionistas tomou as rédeas da situação enquanto o ômega sorria agradecido a todos — Tenho certeza que seus pais se sentiriam dessa maneira.

— Muito obrigada, Ajsusshi .

— Todos nós apenas pensamos no seu bem e é por isso que, usando dos direitos que seus pais deram para essa diretoria em seu testamento, decidimos que está na hora de escolher um alpha para você e um ômega para o seu irmão.

— O quê?! — Jongin e Jongdae ergueram o rosto assustados com a notícia. Jongdae também se assustou pois nunca foi mencionado que ele também iria se casar. Jongin ficou pálido e se sentiu meio surdo enquanto a diretoria continuava a relatar sobre o processo de escolha de pretendentes.

— Esse é o seu futuro noivo, Jongin-ah. — Jongin pegou o envelope pardo que um dos senhores o oferecia e, com as mãos trêmulas, retirou a foto. Jongdae também recebeu um envelope, mas decidiu não abrir ali, tamanho o seu choque com toda a reviravolta na situação. — O nome dele é Park Chanyeol.

Jongin sentiu o sangue fugir de seu rosto ao encarar o rosto sorridente na foto. O doce Park Chanyeol que havia recheado sua mente de confusão e sentimentos estranhos em apenas uma noite. Respirou fundo e encarou os rostos tensos da diretoria, que parecia mil vezes mais preocupada com sua reação do que com a de Jongdae, aparentemente mais compenetrado do que o normal. 

— Ajsusshi, se  isso é realmente necessário, eu poderia escolher meu alpha sem problemas — disse tentando firmar a voz

— Nós apenas queremos evitar que Jongin-shi seja enganado por qualquer aproveitador. Demoramos bastante tempo procurando pretendentes à sua altura e ficamos aliviados ao encontrar o senhor Park disponível para casamento, já que seus pais realmente gostavam dele quando eram mais jovens. — Jongin não sabia como contestar, não sabia o que dizer.

Enquanto saiam da sala de reuniões, Jongin tentou chamar seu irmão para conversar, mas Jongdae o ignorou e saiu pisando duro pelo Hall, deixando para trás um Jongin afogado no próprio desespero que era a certeza que nunca ficaria com Lu Han.

 

 

 

 

 

Quando Kyungsoo abriu os olhos no hospital no dia seguinte, não sabia exatamente como deveria se sentir. A dor física era algo com o qual já estava acostumado, mas não sabia o que fazer com o vazio, com aquela sensação de estar sem objetivo. Ele escutava as perguntas do médico, das enfermeiras, mas era como se estivesse em um mundo paralelo, apenas observando seu corpo e as pessoas que tentavam interagir em busca de alguma resposta.

Baekhyun chegou perto do meio dia, parecendo não ter dormido nada e com preocupação saindo por todos os poros de seu corpo. Kyungsoo o assistiu se mover em volta de si e acariciar sua mão com os olhos perdidos.

O beta sentou ao lado de Kyungsoo e observou o ômega, que fitava o teto de maneira silenciosa. Ele parecia perdido em si mesmo, com o olhar quebrado e tremendo a qualquer aproximação estranha, chorando baixinho e segurando sua mão com força.

Quando Kyungsoo dormiu novamente, Baekhyun fechou os olhos e respirou fundo, tentando segurar as lágrimas. Era tão difícil, mas sabia que precisava se manter firme e ser o apoio para o amigo. Kyungsoo era jovem demais para ter passado por todas aquelas coisas.

 

 

 

 

Jongin se sentia sufocado em seu próprio apartamento: é como se as paredes fossem se fechar em volta de si. Ele se sentia tão perdido como quando estava nas ruas, sem lembrar nem o próprio nome. Encolhido em sua cama gigante e vazia, ele rolava a lista de contatos de seu celular até o nome de Lu Han. Com os dedos tremendo clicou no número esperando impacientemente ser atendido.

Precisava urgentemente ouvir a voz dele. Precisava ter certeza de que, apesar de tudo, seu Lu Hyung sempre estaria ali quando precisasse. Precisava dele...

— Kai? Está tudo bem? — Lu Han perguntou. Seu tom de voz parecia preocupado e Jongin chorou de alívio por saber que ele ainda se importava. Que ele pelo menos sentia algo.

— Hyung - disse com voz embargada — Eu estou tão sozinho, estou com medo, Lu-Hyung, fica muito frio sem você.

Lu Han escutou Jongin chorar pelo telefone e se desesperou sem saber como confortá-lo.

— O que você precisa bebê, diga... eu vou fazer o que eu puder.

— Venha aqui, Hyung, eu preciso te ver — sussurrou, fungando baixinho — Eu preciso de você aqui.

Lu Han disse um ok e pegou rapidamente as chaves de seu carro. Estava em sua própria casa tentando relaxar devido à todos os acontecimentos estressantes do fim de semana, mas, por Jongin, ele seria de atravessar o país  de ponta a ponta apenas para acalmá-lo.

Quando chegou no apartamento, usou a chave reserva que Jongin havia lhe dado e subiu as escadas até o segundo andar do duplex, apreensivo sobre como Jongin poderia estar. O ômega estava usando um pijama fofo de ursinhos e seus olhos estavam vermelhos e inchados. Parecia estar chorando há mais tempo do que Lu Han imaginava.

— Hey - Jongin escalou seu colo como um bebê e Lu Han embalou-o, ainda perturbado pela carinha triste dele — O que aconteceu? Vai contar pro Hyung?

Nada tinha preparado Lu Han para os lábios de Jongin sobre os seus.

O ômega ignorou todas as suas perguntas, segurou seu rosto com as mãos e invadiu sua boca sem pedir licença. O alpha ficou perdido com o sabor de Jongin em sua boca, mal percebeu quando seu lobo tomou as rédeas da situação, jogou o corpo de Jongin sobre a cama e subiu em cima dele logo em seguida. Ter Jongin entregue em seus braços nunca fora nem de longe um dos sonhos do Alpha, mas ele não podia negar que a situação era prazerosa.

Jongin arranhava seus ombros e gemia baixinho em sua boca, enquanto seus quadris se chocavam e se espremiam um no outro. O atrito das roupas era um incômodo, mas, quando Jongin colocou as mãos no cinto de Lu Han, esse percebeu o que estava fazendo.

— Não — disse ofegante, mais para si mesmo do que para Jongin. Se afastou, bagunçando os cabelos, tentando desviar da visão sexy do ômega esparramado na cama.

— Por que parou, Hyung? Eu não sou atraente? Meu cheiro não te atrai? — Jongin soluçou, escondendo o rosto no travesseiro, sem saber como encarar Lu Han depois daquela rejeição mais do que explícita.

— Eu amo o Baek, Kai - Lu Han suspirou, sabendo que estava partindo o coração de seu Dongsang naquele momento. — Por mais lindo que você seja, eu não poderia usar meu Dongsang dessa maneira...

— Eu não sou um filhote - Jongin grunhiu. — Eu sei o que é sexo casual.

— Mas você não o tipo para sexo casual, bebê. — Lu Han acariciou os cabelos castanhos de Kai, que voltou a soluçar contra o travesseiro — Jongin é especial.

— Então eu sou do tipo que se casa? — Jongin ergueu o rosto, olhando para seu Hyung com lhos magoados.

— Você é o tipo que merece ser amado a vida toda.

— Mas eu quero que você me ame, Hyung.

Lu Han suspirou e afastou seu toque de Jongin, que sentiu o coração se partir em milhões de pedacinhos.

— Sinto muito, Jongin-ah — Lu Han sussurrou.

— Fique comigo, por favor. — O ômega espremeu o travesseiro em seus braços. — Eles querem me casar com alguém que vi apenas uma vez e eu não quero isso pra mim, Hyung. Quem eu amo é você. — Jongin ergueu os olhos molhados para o alpha que desejava. — Por favor...

— Sinto muito, Jongin, eu não posso ficar com você dessa maneira. Se quiser eu impeço o casamento e...

— Não precisa - Jongin o interrompeu com voz rouca — Se não for você, não importa mais quem seja.

— Jongin, não seja assim — Lu Han contestou — Você pode acabar encontrando outra pessoa que goste. Não precisa se prender a esse alpha estranho apenas...

— Não, Hyung, essa é a minha decisão. — Jongin enxugou os olhos — Se não pode me retribuir, então eu vou me casar com quem os meus pais desejaram.

Os olhos dele estavam frios como Lu Han nunca havia visto.

 

 

 

 

Baekhyun realmente não esperava reencontrar Park Chanyeol na porta de seu apartamento depois de todos aqueles anos. E agora ele estava li, inesperadamente, no quarto Hospitalar de Kyungsoo. O alpha não parecia mais aquele garoto magricela de doze anos: Agora estava alto, forte e com uma presença alpha controlada, um feito e tanto para um alguém tão jovem.

 

 

— Faz muito tempo — Chanyeol comentou, colocando o buquê de flores que tinha trazido para Kyungsoo em um pequeno vaso com água.

— Sim, faz. — Baekhyun sorriu para ele. Um sorriso meio triste, mas ainda assim doce. Afinal, as lembranças do velho amigo não eram ruins. — Você sumiu, a família Kim ficou tão desesperada à sua procura. Sua mãe morreu de tristeza, Chanyeol.

— Não foi algo que eu quis, acredite em mim — Chanyeol murmurou. — Nada do que aconteceu.

— Isso tem dedo do Jongdae no meio, não é? — Baekhyun ergueu uma sobrancelha e não ficou surpreso ao ver o Park balançar a cabeça confirmando. — Desgraçado. O que ele te fez, Chany?

— Depois de me espancar até ficar inconsciente? — Riu com amargura — Me deportou para a China. Me jogou no meio de Xangai com a roupa do corpo.

Baekhyun apertou a mandíbula, tentando conter a irritação. Jongdae a cada dia mais se mostrava ainda o pior dos patifes.

— E parece que tentou repetir o mesmo feito com Jongin.

— Como se eu fosse permitir que esse filho da puta sumisse com ele. — Baekhyun se afastou da maca de Kyungsoo com medo de acordá-lo com a conversa - Encontrei o menino todo sujo em um beco, com as dores do primeiro cio e um alpha nojento o apalpando. Além, é claro, de não conseguir lembrar do próprio nome.

Chanyeol teve que se segurar, já que no mesmo cômodo estava Kyungsoo. O pobre garoto já havia sofrido o suficiente nas mãos de alphas para conseguir suportar o cheiro da irritação de um.

— Eu quase o fiz em pedaços, Baekhyun — rosnou baixinho. — Quase destruí aquele desgraçado, quase o parti em dois. Não faço ideia de como a santa da senhora Kim colocou alguém como Jongdae no mundo. Ele não tem o mínimo de empatia.

— O pior é que Jongin o adora, e eu nunca consegui — ou tive coragem — de destruir toda a imagem perfeita que tem dele — Baekhyun suspirou. — Ele ficaria arrasado.

— Eu imagino, Jongin fala com muito carinho sobre ele.

— E o patife continua a agir como um duas caras.

Beta e alpha desviaram a atenção para a movimentação de Kyungsoo na cama, mas o ômega parecia, ainda, adormecido.

— Como ele está? — Chanyeol perguntou sobre Kyungsoo.

— Machucado, de todas as formas possíveis. — Baekhyun voltou a se sentar ao lado do amigo e segurar seus dedos com delicadeza. — Eu não paro de pensar sobre como eu poderia ter impedido tudo isso. Ele tentou ir embora e foi minha culpa por...

— Ei, ei... pode parar, Byun. — Chanyeol se sentou ao lado do amigo de infância.  — Você ainda faz isso? Tentar ficar carregando o mundo nas costas? — Chanyeol segurou o ombro do Byun, sentindo-o tenso além da conta. — Se ficar todo amargurado assim, não vai poder ajudar o Kyungsoo do jeito que ele precisa. Esse ômega mais do que tudo necessita de muito amor e energia positiva e você não vai conseguir dar isso pra ele se continuar se remoendo todo desse jeito.

— Fala como se fosse fácil — o beta resmungou.

— Primeiro se lembre que o verdadeiro culpado de tudo é o alpha que fez isso com ele. Aí verá que o fardo vai ficar mais leve.

Baekhyun fechou os olhos e respirou fundo, acariciando os dedos de Kyungsoo com os seus. Era tão bom poder tocá-lo daquele jeito. Queria muito poder fazer isso em outras situações, fazer Kyungsoo feliz como ele merecia ser. E, é claro, torcer o pescoço daquele maldito alpha desgraçado.

— Tem razão, Park. — Chanyeol sorriu e bagunçou os cabelos do amigo que soltou uma exclamação irritadiça. — Já pensou em largar o ramo da informática e virar psicólogo? — Baekhyun brincou.

— Essa era uma das minhas opções de curso, mas eu tinha alguém para quem voltar. — Chanyeol suspirou. — E também tinha alguns amigos para rever.

Baekhyun sorriu e voltou a fitar Kyungsoo longamente.

Tenho tantas coisas para te dizer Soo, - Baekhyun beijou a palma da mão de Kyungsoo sem se importar se Chanyeol iria ver — Volte logo pra mim.


Notas Finais


E aí? Muito apreensivos?
O pobre do Lu Han que só da bola fora com o Jongin e fica seguindo o Baek. Será que ele vai deixar o Jaejoong sair impune?
O ChanKai vai se desenrolar como a partir de agora?
Baekhyun está sendo muito passivo na história?
Quem quiser pode me dizer o que está achando
by by
e obrigada por ler esse cap :3


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