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História Pregnant - Jantar e tentativa.


Escrita por: naofodedrew

Capítulo 4 - Jantar e tentativa.


Tirei o domingo para dar uma volta no parque de manhã e na parte da tarde resolvi ir na casa da minha mãe que morava do outro lado da cidade, num pequeno apartamento no qual tinha que dividir com uma mulher que conheceu aqui para o aluguel não ficar tão caro. 

— Você já almoçou? — foi a primeira coisa que minha mãe perguntou quando me viu, balancei a cabeça negando e ela segurou meus ombros. — Esther, você não pode ficar muito tempo sem comer. Como está o bebê? 

— Estamos bem mãe, não tem com o que se preocupar. Fui no médico e ele me receitou alguns remédios para eu não passar tão mal. — puxei a cadeira e sentei-me na mesma, passei o olhar da minha mãe à mulher que morava com ela que aparentava ter uns trinta anos ainda. 

— Olá Esther, como tem passado? — ela perguntou e sorriu, logo pegou um prato e foi arrumar seu almoço.

— Estou bem, obrigada. — sorri de volta.

Minha mãe arrumou o meu almoço e entregou-me o prato que coloquei sobre a mesa para começar a comer, logo as duas mulheres sentaram ao redor da mesa juntamente de mim.

— E o meu genro? Sabe, estou com saudades dele. Ele é um amor de pessoa. — minha mãe disse, ela simplesmente gostou do Ji Yong desde a única vez que ele veio aqui, e não é por causa da fama dele. — Por que não fazemos um jantar hoje e você chama ele? Hye Sun quer trazer o namorado dela para eu conhecer, será uma ótima ideia. 

Hye Sun sempre considerou minha mãe como a mãe dela também e por isso gosta de compartilhar o que faz com ela, as vezes acho que ela é mais filha do que eu e isso me deixa com um pouco de ciúmes. Mas o meu trabalho é corrido e quase não tenho tempo para vim visitá-la. 

— Ah, eu não sei. Ele deve estar ocupado hoje, afinal é dia de família. — tentei contornar a situação, mas elas pareciam que não iam ceder tão cedo.

— Querida ele é seu namorado, não vai recusar um pedido desses. Ligue para ele. — minha mãe empurrou o telefone para o meu lado, então eu lentamente disquei o número do celular dele.

Chamou uma, duas e na terceira vez ele atendeu provavelmente sem reconhecer o número já que não falou nada e esperou eu falar.

— Ji Yong, sou eu, Esther. Você tem compromisso hoje a noite? 

— Eu tinha dito à Nana que ia sair com ela. — respondeu e eu senti uma dor em meu coração. — Por quê? 

Olhei para minha mãe e Hye Sun, as duas estavam ansiosas.

— Nada muito importante, até mais. — tirei o telefone da orelha.

— Não Esther, fala! — ouvi sua voz e voltei com o telefone. — Esther? 

— Minha mãe está te convidando para jantar, mas eu já disse para ela que você provavelmente estaria ocupado então não tem problema. 

Ouvi sua risada através do telefone e sorri, adorava tudo nele e sua risada era algo tão bom de se ouvir. 

— Eu vou, te busco às oito no seu apartamento. — ele respondeu rapidamente. — Até mais. — então encerrou a ligação. 

— Ele vem. — disse e elas sorriram alegremente.

Passei o resto da tarde junto da companhia delas e foi até divertido, conversávamos sobre diversos assuntos e elas sempre arrancavam risadas minhas. 

Quando deu seis horas eu resolvi ir para casa me arrumar, a noite seria bem longa fingindo ser um casal com Ji Yong quando na verdade estávamos "brigados" e não passávamos de diversão. 

Após sair do banho fui até o guarda-roupa e escolhi um vestido vermelho, nos pés calçar sapatilhas e no cabelo por uma tiara que combinasse. Olhei-me no espelho e percebi que minha barriga ainda pequena estava um pouco marcada pelo pano apertado. Realmente daqui a algum tempo não vou conseguir mais esconder. 

Terminei de arrumar e olhei o relógio da parede que marcava oito e quinze. Optei por esperar Kwon na rua e assim saí do meu apartamento, peguei o elevador e fui até o hall onde o porteiro estava encostado na porta observando o movimento da rua.

— Senhorita Hummert, está toda elegante. — ele disse me olhando e eu sorri gentilmente como forma de agradecimento. 

Logo observei o Bentley branco de Ji Yong estacionando em frente ao prédio e com um aceno de mão me afastei do porteiro, esse homem é tão fofoqueiro que vive querendo saber da vida dos outros e mais uma vez ele quase me acompanhou até o carro para ver quem era que veio me buscar. 

Abri a porta do lado do carona e entrei no carro de luxo que sempre me deixava extasiada, já que sempre admirei carros desse porte. 

O perfume de Ji Yong permanecia no ar, era um aroma doce e ao mesmo tempo não enjoativo conforme a maioria dos perfumes desse tipo eram. 

— Vestindo o vestido que te dei? — indagou e me analisou, então sorriu e deu partida com o carro. — Você fica linda de vermelho. 

— Obrigada. — respondi e olhei pela janela a cidade do lado de fora.

Eu queria dizer que ele também ficava lindo trajando qualquer roupa, mas o meu orgulho falou mais alto e eu decidi ficar em silêncio o resto do trajeto. 

Mesmo do corredor do apartamento da minha mãe eu conseguia sentir o cheiro da comida e já sabia que ela ia exagerar em tudo. 

Adentramos a sala e logo ela e Hye Sun vieram nos receber, minha mãe cumprimentou Ji Yong que a tratou como se realmente estivéssemos namorando e fez o mesmo com Hye Sun. Encontramos o namorado de Hye Sun na cozinha terminando de preparar um prato e ele nos cumprimentou brevemente. 

— Como você está? — perguntou minha mãe para Ji Yong. — Sumiu daqui que pensei que nunca mais voltaria. — ela riu.

— Estou com o tempo corrido por conta de tudo e quase não tenho tempo para fazer outras coisas, mas hoje tirei a noite para vir aqui.

Ela assentiu e ficou sorrindo para ele igual uma adolescente apaixonada. 

Estava com medo da minha mãe falar algo sobre minha gravidez e meu coração começou a acelerar, ela era mestre em falar o que não devia. 

O celular dele tocou e ao pegá-lo do bolso pude ver no visor o nome da Nana, ele hesitou, mas acabou apertando o botão vermelho para encerrar a ligação sem ao menos atender e depois colocou no modo avião. 

— Pode ser algo importante. — eu disse. 

— Não é. — falou convencido e sorriu pegando minha mão e entrelaçando nossos dedos. 

Olhei para minha mãe que sorria com a cena e resolvi não frustá-la, então não tirei minha mão da dele. 

— O jantar está pronto. — o namorado de Hye Sun avisou e nos levantamos indo à mesa de jantar.

Nos servimos e começamos a comer, realmente tudo estava maravilhoso e não tinha um prato que eu não gostasse. O mesmo aconteceu com Kwon, ele ainda demonstrava educação e classe, mas sabia que no fundo tudo que ele queria era atacar aquela mesa cheia de comida boa. 

— Está bom? — perguntou o namorado de Hye para mim e eu apenas assenti, ele sorriu satisfeito e percebi que ele tinha ficado feliz já que fez boa parte do jantar. 

— Realmente está uma delícia, amor. — Hye disse e se aconchegou mais perto do namorado que evidentemente levou sua mão até a perna dela. 

Eu e Ji Yong nos olhamos, mas voltamos a comer antes que um de nós começasse a rir igual uma criança.

O jantar foi tranquilo, minha mãe não falou nada que não devia e eu fiquei aliviada por isso. Só não foi melhor porque fomos obrigados a ouvir Hye batendo o joelho na mesa e coisas do tipo, mas eu sabia que ela era safada e seu namorado não poderia ser de outro jeito. 

No carro em frente ao meu prédio de volta ele não destravou a minha porta, o que me fez olhá-lo esperando que dissesse algo.

— Nós não podemos mesmo voltar a nos encontrar? Foi tão bom hoje. 

— Desculpa Kwon, eu... 

— Você só sabe falar isso, desculpa para lá e para cá. Você acha que pedir desculpa o tempo todo vai melhorar em algo? — elevou sua voz um pouco.

— Vai se ferrar seu idiota, eu não estou pedindo para você ficar bem ou mal, não estou nem aí! — elevei minha voz no mesmo tom. — Agora me deixa sair!

Ele segurou meu pulso.

— E-eu não consigo parar de pensar em você Esther, durante essa semana eu não sei o que fazer ou qual rumo seguir. 

— Você tem a Nana, não vai ser tão ruim assim. Algum dia você vai parar de pensar em mim e nossa relação será apenas de trabalho. 

— Por que você está agindo assim de uma hora para a outra? Você não era assim, até uma semana atrás vivia comigo e nem ligava para a Nana. Agora você mudou do nada, por que está fazendo isso comigo? 

Eu não tinha respostas para continuar discutindo, por um lado ele estava certo já que fui eu quem começou a ignorá-lo. Ele só queria saber o motivo, mas eu não queria contar, mesmo que fosse preciso. 

Eu estava em um beco sem saída. 

— Porque eu estou grávida! — exclamei sem ao menos pensar direito nas palavras e só quando disse que percebi o que fiz. 

Ele me olhou, depois olhou para minha barriga e voltou a me encarar perplexo. 

Vamos lá Esther, você tem que continuar. Você tem que continuar.

— M-mas você não é o pai antes que diga alguma coisa. 

E de repente eu vi tristeza no seu olhar, a forma como fechou a boca e como desviou o seu olhar para a frente me fez pensar por alguns segundos se ele estava decepcionado ao acreditar nisso. 

— Então era isso? Por isso estava passando mal aquele dia, por isso ficou uma semana sem ir trabalhar. — ele tirou as conclusões. — Por que escondeu isso de mim? 

Eu não respondi e somente ouvi o barulho da trava da porta sendo aberta. 

— Você tinha outro homem o tempo todo, não é? Eu ouvi certo quando você disse para uma staff que seu namorado talvez seria pai. E a sua mãe? Ela sabe que você é uma vagabunda que tem dois homens ao mesmo tempo?

Vagabunda? Opa, espera aí! Tudo bem que eu não sou nenhuma santa por estar com ele quando ele na verdade namora, mas será mesmo que ele não vê que isso é mentira e mesmo se fosse verdade ele está numa mesma situação? 

— Chega! Chega disso tudo, chega de discutir. Eu não sou uma vagabunda! Certo que eu não contei para você que estou grávida, mas você também tem duas mulheres ou até quem sabe mais de duas por aí e você não se enxerga? Só porque é famoso acha que é normal ter mais de uma pessoa na sua vida amorosa?

Ele riu e voltou a me olhar.

— Você não percebe? Eu já disse que não consigo não pensar em você, tudo na minha vida agora se resume a você. Se eu faço um bom trabalho é porque você está sempre lá para me desejar boa sorte, quando estou com você tudo que consigo pensar é num futuro para nós dois. Eu não amo a Nana e nunca amei, namoro porque é algo de imprensa, mas o meu coração não está focado nela. 

— O que...

Ji Yong soltou o cinto rapidamente e me puxou para perto selando nossos lábios. Há uns minutos atrás estávamos discutindo e agora nos beijando, era confuso distinguir o que ele queria da vida, mas eu não resistia ao seu beijo. 

— Eu amo você. — ele sussurrou. 

Sua testa encostou na minha e ele não tirava o olhar dos meus lábios, eu estava nervosa, como uma adolescente.

— Por que teve medo de me contar isso? Estou furioso, mas se me contasse seria melhor. — ele riu, algo me dizia que ele estava meio inconformado. — Mas tudo que te desejo é felicidades com o seu namorado, tenho certeza que ele vai ser um ótimo pai. 

Naquela hora eu quis contar que ele era o pai, que ele iria ser um ótimo pai se quisesse. A decepção agora era evidente tanto em seu tom de voz quanto na maneira que se comportava. 

Eu apenas me afastei dele e abri a porta, saí do seu carro sem ao menos dar tchau.

E entrei no meu prédio já desabando em lágrimas. 

Cinco meses depois

Era a despedida. Ji Yong, Taeyang e Choi Seung-Hyun estavam indo para o exército. Eu estava disposta a contar a verdade para Kwon antes dele partir, mas me atrasei para chegar no aeroporto.

Passei pelas pessoas que tumultuavam o local, todos queriam vê-los embarcando para a outra cidade pela última vez. Minha barriga grande me atrapalhava correr e passar pelas pessoas que não me davam licença. Olhei o quadro de horários e vi que estava exatamente na hora deles embarcarem, então apressei meu passo.

— Ji Yong! — gritei assim que o vi se afastando no meio dos seguranças. — Ji Yong! — gritei mais uma vez e consegui sair do meio das pessoas, tinha a visão completa dele. — Ji Yong!

Apressei meu passo e ele ainda não me ouvia, estava começando a ficar com a respiração descompassada e com falta de ar. 

— Ji Yong! 

Fazia bastante tempo que a gente não se via, desde a vez que disse para ele que estava grávida de outro. Ele resolveu me ignorar completamente desde aquele dia e as pausas dos shows para eles organizarem melhor a ida ao exército veio a favor dele, porque assim nem no trabalho eu não o via.

E ele passou pelo portão de embarque sem ao menos olhar para trás, grudei minhas mãos no vidro onde tinha a completa visão dos aviões e comecei a chorar. Justo quando eu tinha criado coragem para contar toda a verdade ele não me ouve, talvez o destino não queira mesmo que ele saiba disso. 



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