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História Pregnant - Apenas me abrace.


Escrita por: naofodedrew

Capítulo 5 - Apenas me abrace.


Um ano e sete meses depois

— Você vai levar minha neta para o aeroporto? — indagou minha mãe terminando de vestir Ha Ni enquanto eu preparava a bolsa com as coisas que talvez ela fosse precisar, eu apenas assenti. — Eu não posso mesmo te acompanhar? Quero registrar o reencontro. 

Eu não havia contado a verdade para minha mãe, pretendia contar quando ele já estivesse de volta, mas mudei de ideia. 

Na verdade eu estava indo no aeroporto mais para ver Young Bae já que foi ele o único a me visitar nas suas folgas do exército, sempre me apoiando e dando notícias. Ele é um ótimo amigo e ainda por cima foi me visitar no hospital quando eu tive a Ha Ni. 

— Tome cuidado no trânsito querida. — disse minha mãe e beijou minha bochecha.

Ajeitei Ha Ni na cadeirinha dela no banco de trás e fechei a porta, tive sorte por ela estar meio sonolenta e não reclamar, já que não gosta muito de ficar na cadeirinha. Peguei a bolsa da mão da minha mãe e deixei no banco do carona assim que entrei no carro, coloquei o cinto e liguei o carro dando partida em seguida. 

Minhas mãos suavam frio, eu estava bem nervosa. Quanto mais perto eu chegava do aeroporto mais nervosa eu ficava, meu coração estava acelerando. 

No estacionamento achei uma vaga não tão perto do elevador, mas era a única mais perto do aeroporto. Com Ha Ni no colo e a bolsa no ombro eu peguei o elevador para o térreo e depois atravessei a rua, adentrei o aeroporto e olhei ao redor. 

Por sorte não estava tão cheio, as pessoas andavam tranquilamente carregando malas e havia pessoas de todo local do mundo. Senti saudades de quando cheguei aqui pela primeira vez e observei tudo como se fosse de outro mundo, mas agora é totalmente normal estar aqui.

Fui até o portão de desembarque e ainda não havia sinal deles ou de ninguém querendo saber sobre eles, fui até a parte onde tinha a total visão dos aviões e não vi nada relacionado, observei a hora no relógio de pulso e faltava apenas alguns minutos. 

— Você vai ver seu padrinho querida. — disse para Ha Ni que com suas pequenas mãozinhas batiam no vidro. — Quando você ficar grandinha vamos voltar para Londres. 

Olhei novamente para a pista de pouso e dessa vez vi o avião camuflado do exército se aproximando, sorri e senti vontade de gritar mesmo que fosse impossível deles me ouvirem. O avião pousou e eu me apressei para ir até o portão de desembarque passando pelas pessoas e pedindo licença, muitos estavam indo para  o mesmo local que eu, observava mulheres com crianças pequenas no colo assim como eu e até mesmo com crianças maiores indo buscar os homens que estavam vindo no mesmo avião. Ao passar perto da porta observei que seguranças estavam proibindo a entrada da imprensa no aeroporto e fiquei mais aliviada, não gostava de tumulto. 

Uns dez minutos se passaram e finalmente os portões foram abertos, havia tantos homens com o mesmo uniforme que fiquei até confusa para reconhecê-los. De repente algo me atingiu, será que aconteceu alguma coisa com eles? Não os via em lugar nenhum. 

Os portões estavam se fechando novamente quando vi uma mão se estender no sensor e os portões se abrirem novamente, era Choi Seung-Hyun com o uniforme do exército e carregava uma pequena mala em sua mão. Ele sorriu ao me ver, mas apenas balançou a cabeça em forma de cumprimento. Vi Young Bae vindo logo atrás e não me contive, deixei a bolsa de Ha Ni no chão e me aproximei dele o recebendo com um abraço. 

— Como vocês estão meninas? — ele indagou e pegou minha filha no colo, Ha Ni sorriu para ele e bateu palmas. — Tudo bem, Esther? — eu assenti e ele sorriu de volta. 

— Onde está Ji Yong? — perguntei notando que ele não havia saído. 

— Deve estar vindo, ele ficou para trás. Vamos? 

Assenti e eu voltei para pegar a bolsa que tinha deixado no chão, Young Bae brincava com Ha Ni enquanto eu observava sorrindo. Ele era um ótimo padrinho, eu havia feito uma boa escolha, não poderia ser outra pessoa. 

— Esther? 

Olhei para trás e vi Ji Yong, ele não havia mudado tanto, mas ainda assim havia algo de diferente nele. Sua mão estava segurando uma mala, mas foi solta no chão e rapidamente ele veio ao meu encontro me abraçando e pegando-me de surpresa. 

— Ji Yong, eu... — estava paralisada, não correspondia ao abraço dele.

— Não fala nada. — me interrompeu. — Sei que não veio me ver, mas não fala nada. 

Passei meus braços ao redor dele e o apertei contra mim dessa vez correspondendo ao abraço. Ficamos algum tempo assim e quando nos soltamos ele passou o olhar pelo Young Bae e para Ha Ni no colo dele.

— É sua filha? — indagou e eu assenti. — Posso pegá-la? 

Hesitei um pouco antes de concordar, mas o fiz. Ele se aproximou e pegou Ha Ni no colo, a pequena o olhou e inesperadamente passou seus pequenos braços ao redor do pescoço dele. YB me olhou e eu o olhei, engoli à seco e ele segurou o riso.

— Ela é linda. — ele disse e sorriu, mexeu no cabelo dela e ela sorriu de volta para ele. 

— Appa. — Ha Ni disse, era a primeira palavra dela. 

Ri de desespero e peguei minha filha de volta, Ji Yong aparentemente envergonhado pegou sua mala e foi para o lado de Young Bae.

— Podemos comemorar nossa volta mais tarde. — sugeriu Young Bae tentando "amenizar" a situação. — O que acham? 

— Por mim pode ser. — Kwon respondeu e virou-se para mim. — Você pode ir? 

— Não sei, tenho que ver com minha mãe se ela cuida da Ha Ni para mim. 

Ele sorriu.

— Ha Ni? É um nome lindo. — disse e eu sorri. 

— Young Bae me ajudou a escolher, ele é o padrinho dela. 

Ele assentiu. 

— Vamos logo, a van está nos esperando. — Choi reclamou assim que o alcançamos. 

— Tenho que ir, um de vocês me manda uma mensagem dizendo o local hoje. — avisei e Choi assentiu. — Até mais.

Acenei e fui para outra direção com Ha Ni. No carro coloquei ela na cadeirinha e entrei no lugar do motorista dando partida logo em seguida.

Em casa dei comida para a minha filha, depois a deixei no cercadinho enquanto arrumava a cozinha. Cantarolava baixo e fazia alguns passos de dança, estava feliz e nem sabia o motivo direito. 

Meu celular apitou e peguei o mesmo rapidamente vendo uma mensagem do Young Bae que dizia que eles iam se encontrar num restaurante não muito longe da minha casa às oito da noite. Disquei o número da minha mãe e quando ela atendeu perguntei se ela podia cuidar da neta e claro que ela deixou, então respondi YB dizendo que eu iria também. 

— Querida, hoje você vai ficar com a vovó. — disse para Ha Ni e peguei sua boneca que estava sobre o sofá e entreguei para ela. 

[...]

O restaurante não estava cheio, nem vazio. Observei ao redor e notei tudo muito chique, nunca havia ido nele, somente passado na rua e olhado brevemente pelo vidro para dentro. As pessoas tinham classe e só portavam jóias. Me senti meio deslocada, não era rica e nem nada do tipo para frequentar aqui. 

O segundo andar era um pouco mais calmo, havia poucas pessoas falando e sim apreciando a música ao vivo. Notei os rapazes sentados à mesa no canto e aproximei-me deles, havia uma única cadeira vazia esperando por mim.

— Boa noite rapazes. — eu disse assim que me sentei, deixei meu celular sobre a mesa e observei cada um deles. 

Agora eu podia ver o que estava diferente em Ji Yong, ele estava mais bonito e mais forte, seus músculos estavam marcados na camisa preta que vestia. Até que o exército fez bem para ele. Eu o admirava enquanto ele mexia em seu celular, eu ainda não havia superado o que sentia por ele. 

— Boa noite senhorita, aceita algo para beber? — o garçom perguntou com seu bloco de notas e uma caneta em mãos. 

— Apenas uma taça, vou beber o vinho que está aqui mesmo. 

O homem balançou a cabeça assentindo e saiu para pegar uma taça vazia e limpa, aconcheguei-me na cadeira ajeitando minha saia e mais uma vez olhei para os rapazes que mexiam em seus celulares, completamente viciados. 

— Será que vocês poderiam parar? — indaguei, mas nenhum deles me deu ouvidos. — Estou falando com vocês. — sacudi a mão na frente do rosto de Choi, mas ele apenas bateu na mesma para eu me afastar.

Estiquei minha mão e peguei o celular de cada um fazendo eles finalmente me olharem. 

— Estamos em amigos em um restaurante, vocês acabaram de voltar do exército e me convidaram para jantar, mas vão apenas ficar mexendo no celular?

Choi riu.

— Bem que falam que quando alguém vira mãe fica chata, você é a prova disso. — disse e eu revirei meus olhos. — Vamos conversar então, sobre o que quer falar? 

— Como foi por lá? — indaguei.

O garçom me trouxe a taça e serviu vinho para mim, balancei a cabeça e ele se retirou. 

— Cansativo, chato e cansativo. — respondeu Kwon esticando sua mão para pegar seu celular de volta, mas eu afastei minha mão da dele junto de seu celular. — Esther, não vou mais mexer, só guardar. Juro. 

— Não vai não. — falei. — Eu te conheço, você é um viciado. 

— Realmente seu nível de chatice aumentou. — mostrou-me a língua e eu fiz o mesmo.

— Crianças, vamos parar, por favor? — Young Bae riu e eu o olhei de relance. — Vocês dois estão parecendo aqueles irmãos que não se suportam. 

Entreguei o celular de Ji Yong e ele apenas o guardou no bolso, o agradeci por isso e em troca recebi um vácuo. Choi observava tudo em silêncio, como fazia na maioria das vezes e Young Bae meio que me controlava para não falar o que não devia, já que estava perdendo a conta da quantidade de vinho que tomava sem parar. 

No fim da noite Ji Yong resolveu me dar uma carona, já que disse que queria falar em particular comigo. 

Ele estacionou em frente ao meu prédio e não me deixou sair do carro.

— Você e o Young Bae nunca tiveram nada, não é? — indagou, sabia que ele sentia ciúmes da minha amizade com o YB.

— Claro que não, apenas amizade. — respondi. — Agora eu posso sair? — reclamei e empurrei a porta, mas estava trancada. 

— Acho que você bebeu bastante. 

— N-não bebi! — bati em seu ombro. — Quero dizer... Eu bebi um pouco... Você... Tá bonito. 

Ele riu.

— Sua filha está com quem? 

— Com a vó dela! A vó materna! Porque a vó paterna não sabe dela! 

— Por que não sabe dela? 

— Aish! Chega de me arrancar informações, quem é você? Um repórter? 

— Tá bom Esther, vamos para minha casa. Você não pode ficar sozinha numa situação dessa. 

Então ele deu partida em direção de sua casa.

— Já disse que você é bonito? — perguntei enquanto ele me carregava para dentro da sua casa. — Mas eu já superei você. 

— Esther, cala a boca.

Me joguei no sofá e ele tirou meus saltos altos, depois acendeu a luz da sala e foi até a cozinha voltando em seguida com um copo de água.

— Bebe. — deu-me o copo e sentou-se ao meu lado. 

— Sabe eu quero que você seja muito feliz com a Nana, que vocês tenham filhos para brincar com a Ha Ni.

Ji Yong bufou e tirou o copo da minha mão colocando sobre a mesa de centro.

— Vamos, você tem que dormir. — disse e esticou sua mão para eu segurá-la, mas eu me joguei para trás no sofá. — Esther! Para de ser assim, você está mais criança que sua filha. 

— Não é só minha filha! 


Notas Finais


Conta ou não conta a verdade?


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