História Pregnant - Primo?!

Esther — Point Of View

Hoje é o dia da entrevista com os rapazes que voltaram do exército e com o Daesung que vai junto de Lee Seung-Hyun agora. Todos estarão reunidos hoje pela primeira vez depois que os três retornaram e também planejam anunciar uma música nova antes de os dois outros membros irem servir. 

Cheguei no prédio da YG mais atrasada do que o costume, mas dessa vez é a primeira vez que eu tenho que trazer alguém comigo e quando se é bebê tem que ter mais cuidados para arrumar, dar alimento e coisas relacionadas a isso. 

Antes eu lembro que Ji Yong era o último a se arrumar comigo, para poder ficarmos sozinhos na sala. Mas agora é diferente e perceptível. 

Ele foi o primeiro a chegar, murmurou um bom dia e logo sentou-se na cadeira. 

— Eu só vou deixar a minha filha com o Young Bae e voltarei. — disse e peguei Ha Ni que estava no sofá para o meu colo, mas Ji Yong segurou meu pulso fazendo-me olhá-lo.

— Eu fico com ela aqui. 

Ainda meio hesitante eu assenti para não fazer desfeita e minha filha foi para o colo dele sem resmungar, muito pelo contrário, ela começou a brincar com ele o deixando um pouco envergonhado. 

— Se ela te perturbar me diga. — o avisei e comecei a fazer o cabelo dele. 

Estávamos num silêncio, Ha Ni insistia em abrir os botões da camisa dele que ria dela e mexia no cabelo da menor. Eu estava tentando me concentrar em ficar calma e fazer o melhor, mas a cena de pai e filha na minha frente não me permitia fazer isso relaxadamente.

— Esther, depois passa na outra sala que irei te entregar uma coisa. — ele disse quebrando nosso silêncio. 

— Tudo bem. Quando eu arrumar todos eu irei. 

Ele assentiu me olhando através do espelho e logo voltou sua atenção para sua filha. 

Terminei o cabelo dele e foi a vez de Young Bae, depois de Choi e Kim fez os dos outros dois. 

Saí da sala com Ha Ni no colo e fui até a outra onde encontrei Ji Yong terminando de abotoar sua camisa que havia lugares turísticos do Brasil e confesso que achei que combinou com ele. 

— Estou aqui. — bati na porta e ele me olhou. — Precisa de ajuda? 

Ele assentiu. Aproximei-me e deixei Ha Ni no sofá, sentei-me ao lado dela e Ji Yong sentou-se ao meu lado. Terminei de abotoar sua camisa e ele assentiu.

— Obrigado. — agradeceu e eu sorri timidamente. — Eu te chamei porque quero conversar algo com você sobre a Ha Ni.

Engoli à seco e assenti, meu coração de repente começou a bater rapidamente.

— O Young Bae, ele me disse que ela... — ele parou de falar e olhou para trás de mim, virei-me e vi YB se aproximando. — ...Ela não estava muito bem, é verdade?

— Ah ela nunca passou mal. — respondi. — Mas você me disse que ia me entregar algo.

— Eu já vou saindo, não irei atrapalhar a conversa de vocês dois. — YB disse e se aproximou. — Vem com o padrinho pequena. — disse para Ha Ni e a pegou no colo.

Ji Yong se levantou assim que os dois saíram e me entregou uma sacola com um embrulho.

— É outro presente para sua filha, eu estava na rua quando vi e achei a cara dela.

Assenti e sorri.

— Obrigada, irei entregar à ela. Só isso?

Ele assentiu.

Saí da sala o deixando sozinho e encostei-me na parede no corredor da YG. Ji Yong está estranho agindo dessa forma, entregando presentes para Ha Ni e se preocupando com a saúda dela. Ele não poderia estar desconfiado de algo, ou poderia? Não, claro que não.

Logo a entrevista começou e eu optei por ir embora, pois não tinha mais trabalho para fazer ali. Em casa coloquei Ha Ni para dormir novamente já que ela havia acordado cedo e logo comecei os serviços domésticos. 

A campainha tocou fazendo-me deixar a vassoura encostada na parede. Observei no visor de segurança minha mãe e revirei os olhos antes de abrir a porta para ela entrar.

— Filha, eu trouxe comida! — exclamou animadamente e ergueu as sacolas para o alto. — Está ocupada?

— Não, pode entrar. — dei-lhe espaço e ela passou por mim.

Fechei a porta e a acompanhei pela casa. Ela observou que eu estava arrumando a sala e deixou as sacolas sobre a mesa de centro.

— Precisa de ajuda? Onde está a minha neta?

— Está dormindo. Depois eu termino de arrumar, vou tomar um banho rapidamente para almoçarmos. 

Fui para o meu quarto e peguei roupas limpas, depois fui até o banheiro e tomei um banho não tão rápido.

Quando cheguei na sala novamente, encontrei minha mãe com Ha Ni no colo e o cômodo totalmente arrumado.

— Você a acordou? E arrumou a sala?

— Sim, arrumei. Ha Ni estava chorando, acho que está com fome.

Concordei e a peguei no colo, sentei-me no sofá e dei meu peito para ela mamar.

— Estou tão feliz de ver a mãe que você se tornou, querida. Olha só, parece que cuida de crianças há anos. 

A campainha tocou mais uma vez e quando eu ameacei a me levantar, minha mãe levantou-se primeiro.

— Eu atendo.

Assenti e olhei para Ha Ni que já parecia satisfeita. Ajeitei minha blusa novamente e coloquei a minha filha sentada na minha perna enquanto ela brincava com meu cabelo. Ouvi vozes no corredor e logo vi uma pessoa que eu não via há muito tempo.

Ji Yong — Point Of View

Terminamos a entrevista e Young Bae foi o primeiro a me barrar impedindo-me de entrar na sala para trocar de roupa.

— O que você disse à Esther? 

— Nada importante, apenas dei um presente que comprei para minha filha. — respondi dando de ombros e passei por ele, mas o mesmo me acompanhou.

— Está pensando em falar com ela sobre você saber? 

— Sinceramente não faço ideia, estou confuso quanto a isso. — resolvi abrir o jogo com meu amigo. — Você sabe o quanto eu amo a Esther e como eu quero que sejamos uma família, mas ainda estou chateado pelo motivo dela não ter me contado a verdade desde a primeira vez que a vi passando mal. Parece que quem não quer que Ha Ni me tenha como pai é Esther, se fosse outra claro que já teria contado. 

Young Bae sentou-se no sofá.

— É claro que se fosse outra isso teria acontecido, mas Esther não é como as outras. Ela também te ama e muito, não quer o seu dinheiro e esse é o motivo dela não ter te contado. Esther estava apreensiva achando que se te contasse você não aceitasse por achar que ela só estava dizendo por você ser rico. Sem contar que você estava com a Nana na época e ainda por cima todas aquelas suas fotos privadas com ela vazaram, seria muito você ter tido que assumir por causa daquilo e no dia seguinte assumir ter uma amante e que ainda por cima estava grávida.

— Então eu devo dizer para ela? Ela não vai ficar chateada com você por ter me contado?

Ele balançou a cabeça.

— Isso depois resolvemos, o assunto entre vocês dois é mais importante. 

Assenti e rapidamente troquei de roupa. Depois saí do prédio da YG sem ao menos me despedir dos outros e segui com o carro em direção ao apartamento da Esther. 

Cheguei no apartamento dela e toquei a campainha, demorou um pouco para atender, mas a mãe dela me recebeu e sorriu amarelo.

— Ji Yong-Ssi. — curvou-se. — Entre, por favor.

Assenti e dei um passo à frente, notei um calçado de homem e pensei comigo mesmo em quem deveria estar com elas. 

Encontrei Esther sentada à mesa ao lado de um rapaz, os dois estavam de costas para mim e eu podia ver os dedos deles entrelaçados. Ela realmente tem um namorado? 

— Filha, temos mais uma visita. — anunciou a mãe dela.

Esther virou-se para trás e o sorriso que tinha em seus lábios desapareceu rapidamente, logo o homem virou-se e me encarou por um bom tempo.

— Ji Yong. — ela disse e levantou-se puxando sua mão como se não quisesse que eu visse, mas era tarde demais. — O que te traz aqui?

— Ahn, nada. — respondi meio sem jeito e desviei meu olhar. — Só vim te passar o endereço do MV para você estar lá. — peguei meu celular.

— Mas por que não mandou por mensagem? — indagou.

— Eu estava passando por aqui e achei melhor falar pessoalmente. 

Ela assentiu e pegou um papel e uma caneta na estante da sala, então se aproximou de mim e olhou em meu celular o endereço e o horário. 

— Pronto. — disse e eu guardei meu celular no bolso novamente. — Só isso?

— Sim, eu já vou indo.

— Não! De jeito nenhum você vai embora sem comer, aposto que está com fome. Minha filha disse que estava numa entrevista. — a mãe dela disse e puxou meu braço para eu me aproximar da mesa. — Coma com a gente.

Assenti por educação e sentei-me na cadeira, logo ela me serviu e eu agradeci.

— Você é o famoso G-Dragon, não é? — perguntou o homem e eu assenti, ele tinha um sotaque estranho. — E o que você faz na casa de alguém como a Esther? Por acaso fica visitando casa de pobre?

Maldito caipira asiático, não acredito que ela me trocou por esse cara.

— Trabalhamos juntos. — respondi.

Apertei a colher na minha mão e o copo na outra com raiva daquele cara e nem sabendo direito o motivo, talvez porque ele estivesse do lado da minha mulher, segurando a mão da minha mulher e bancando o investigador. 

— Primo, pare de fazer perguntas desse tipo. — Esther disse e...Espera, ela disse primo?

— Primo? — perguntei largando a colher. — Ele é seu primo?

Ela deu risada e assentiu.

— Achou que fosse o que? — ela perguntou.

— Não achei nada. — respondi e voltei a comer, dessa vez mais relaxado e feliz por ela não ter aquele homem como namorado.