História Pregnant - Eu já sabia.

Eu estou tão feliz por hoje ser meu aniversário e na verdade nem sei explicar realmente o motivo, talvez seja porque minha mãe vai fazer um jantar e vou ver os meus familiares que estão vindo do Estados Unidos. 

— Então, quantos anos? — indagou Young Kim sentada no sofá preto do camarim. 

— Vinte e dois. — respondi sorridente enquanto me olhava no espelho da penteadeira.

Observei a porta se abrir e girei na cadeira para olhar o staff que estava adentrando o camarim, ele carregava um papel em sua mão esquerda e veio em minha direção.

— Senhorita, me pediram para entregar isso. — ele disse e entregou-me o papel retirando-se em seguida do local.

Desdobrei a folha que continha enfeites ao redor e li o recado em voz alta.

— Neste aniversário não tem presentes, mas tem um pessoal que te ama muito e que são muito gratos por você trabalhar com a gente. 

Li as assinaturas de todos quase preenchendo a folha toda e sorri comigo mesma, olhei para Young Kim e a mesma estava indo em direção à porta onde abriu a mesma e logo os rapazes do Big Bang junto com os staffs entraram. 

— Surpresa! — eles gritaram e Young Bae soltou confetes enquanto Choi Seung-Hyun segurava um bolo com meu nome em suas mãos e Ji Yong um buquê de rosas vermelhas. 

Todos cantaram parabéns em inglês e eu me segurei para não chorar, desde que entrei aqui eles nunca tinham feito uma surpresa para mim. Fiquei contente de ver Seungri e Daesung, pois eles iam para o exército em uma semana e mesmo assim se disponibilizaram a vir no último fanmeeting deles antes de entrarem em outra pausa. 

— Muito obrigada mesmo. — agradeci e apaguei as velas com a minha idade, Choi deixou o bolo sobre a mesa de centro e Young Kim começou a partir o mesmo para servi-los. 

— Feliz aniversário Esther. — Young Bae me abraçou e eu retribui. — E me desculpa. 

Não entendi muito bem o motivo dele se desculpar, mas dei de ombros e me afastei. Ji Yong me entregou o buquê e eu agradeci formalmente, não me sentia muito a vontade com ele guardando uma mentira. 

— De amantes a conhecidos. — ele sussurrou mais para si mesmo do que para mim e abaixou o olhar. — Realmente as coisas mudam.

— Posso falar com você a sós? — indaguei e ele assentiu.

Sem que ninguém percebesse por estarem conversando eu e Ji Yong saímos do camarim e fomos até o outro onde ficavam as roupas que eles iam usar, fechei a porta ao entrar e comecei a andar de um lado para o outro.

— Primeiramente quero me desculpar. — comecei, estava determinado a dizer a verdade de uma vez por todas. — Mais de um ano escondendo isso de você, sei que não é o certo, mas eu não queria que pensasse que eu sou interesseira. 

Ele ergueu a mão como se quisesse que eu parasse de falar.

— Deixe-me dizer, eu agi errado e...

— Esther. — ele me interrompeu. — Não precisa me contar o que eu já sei, na verdade fiquei sabendo quando fui para o exército. Young Bae me contou, pois não queria que você levasse toda a culpa. Mas eu fiquei irritado por você ter mentido dizendo que era de outro, por isso não te visitei durante as pausas. Mas agora entendo que agi como uma criança, devíamos ter esclarecido tudo desde o começo para ser melhor para ambos e para ela, para sermos pais presentes na vida dela desde o dia em que ela nasceu. Agora eu não te culpo, entendo que você nunca quis o meu dinheiro e esse foi o motivo de não ter me contado. Young Bae me disse também sobre isso.

— Então você já sabia esse tempo todo? 

Eu estava feliz, mas ao mesmo tempo surpresa. Ele se fez de idiota esse tempo todo, por isso deu presentes para Ha Ni.

— Você sabia que eu gostava de você e mesmo assim mentiu, sabia que eu gostava de crianças.

— Desculpa Ji Yong, eu só tive medo. Não queria passar pela vagabunda, não queria ser tachada dessa forma. Tudo bem se você ficar irritado comigo, eu entendo. 

— Não, eu não estou mais irritado com você.

Então ele me abraçou me deixando sem saber como agir, lentamente passei meus braços ao redor dele e o abracei de volta.

— Obrigado por tornar meu sonho realidade e por não fazer alguma burrice. — sussurrou e eu acabei deixando algumas lágrimas caírem. — Será que agora posso lidar com ela a tratando como uma filha? 

— Claro que pode. — sorri.

E assim foi o dia mais feliz da minha vida além de ser meu aniversário, finalmente tínhamos nos resolvido em relação a nossa filha.