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História Pressure - Waking Up From A Coma


Escrita por: ig2000

Capítulo 12 - Waking Up From A Coma


–Emma? –Ryan disse surpreso, assim como o resto de nós estava.

–Sim. Só um pouco chateada por não ter sido convidada. –Ela pôs a ponta do dedo indicador no cano da arma do Tyga e a abaixou. –Qual é, pessoal? Que clima mais estranho para uma festa.

–Você tornou o clima estranho. –Julie disse assustada.

–Perdão, e você quem é? –Emma a encarou com deboche.

–Que porra você está fazendo aqui? –Após o transe, perguntei.

–Ah, vocês sabem, vim causar. –Ela abriu um sorriso provocante dando de ombros.

–Permitam que eu mate essa desgraçada, por favor. –Tyga disse enquanto a encarava exalando ódio.

–Você não vai conseguir. –Ela riu. –Mas eu deixo você tentar. –Deu uma piscadela para ele e isso o deixou ainda mais puto.

–Desde quando se tornou a cópia da Ruby? –Chris questionou-a, ela parou de rir e o encarou. Aquilo realmente pareceu deixá-la irritada.

–É, Emma. Desde quando se tornou essa cópia mal feita dela? –Reforcei a pergunta do Chris. Ela enfureceu-se. Passou por nós nos empurrando bruscamente do seu caminho e seguiu caminhando pelo corredor.

–Acho que vocês não deveriam perder tanto tempo comigo. –Ela disse ao chegar ao fim do corredor. –Assim os quadros ficam sem proteção. –Ela virou-se para nós com um sorriso maligno no rosto, em seguida, se foi.

PUTA MERDA.

Mackenzie Foster on

Los Angeles.

Hospital.

Sentia-me desconfortável e pouco dolorida. Abri os olhos e analisei o lugar onde estava. Notei que se tratava de uma sala de recuperação. Sabia disso, pois, já havia passado por algumas devido à minha tia, contra as drogas.

Eu estava em um hospital, deitada sobre uma maca, e haviam aparelhos ligados ao meu corpo. Mas, por quê?

Tentei capturar uma lembrança que me fizesse entender o porquê de estar ali, internada. Mas o esforço não valeu à pena. Minha cabeça estava confusa, eu não conseguia lembrar nada.

E o pior, não fazia idéia de que dia era. Perdi a total noção do tempo e senti-me perturbada por isso.

Remexi meu corpo sobre o colchão fino e nada confortável da maca. Meu corpo inteiro doía ao entrar em movimento, portanto, decidi aquietar-me. No alto da parede branca, um relógio marcava 10hrs24min AM, passei a observar seu ponteiro mover-se, aquilo despertou em mim raiva e inquietude.

A maçaneta foi girada e eu acompanhei minuciosamente os movimentos da enfermeira adentrando o cômodo. Ainda sem perceber que eu estava a observando, ela fechou a porta atrás de si e veio até mim, só aí, então, percebendo que eu estava acordada.

E ela me pareceu muito surpresa.

–Oh meu deus! –Ela disse em meio a um sorriso. –Espere um pouco, vou chamar o doutor Harold! –E então saiu da sala, mas supus que ela fosse voltar logo, já que deixara a sala aos passos longos e rápidos.

Como pensado, ela não demorou tanto, logo estava de volta com a companhia do tal Harold. Ele aproximou-se de mim e checou pulsação, batimentos cardíacos e uma manada de outros exames.

–Você pode me informar que dia é hoje? –perguntei após ele retirar de mim uma seringa onde continha meu sangue.

–Não é uma boa coisa contarmos isso para você agora, minha jovem, você pode reagir mal e o seu quadro, que por sinal já está melhorando, pode abaixar. –Ele negou-me o direito de ter a resposta.

–Por quanto tempo eu estive aqui? O que aconteceu comigo? –Franzi o cenho ao perguntar. Sentia-me ainda mais confusa.

–Acalme-se, senhorita, não queremos agravar a situação. Saberá em breve o que te aconteceu. –Mais uma vez, aquele médico estúpido negou-me o direito de saber o que estava acontecendo.

–Onde está o Justin? –Perguntei, senti meu corpo gelar ao pensar na possibilidade de algo ter acontecido com ele.

–Seu namorado, certo? –ele perguntou, apenas assenti faminta por notícias dele– pedi para uma de nossas recepcionistas ligarem para ele, acredito que ele virá logo que souber.

Sorri, assim, do nada. Meu coração estaria bem enquanto ele também estivesse, e isso é tudo.

                                                                         ...

Sentia-me enjoada de tudo e todos que ali passaram para checar minha saúde e o meu psicólogo.

Havia terminado uma sessão de questionamentos com uma psicóloga. Ela perguntou-me uma papelada de coisas, por exemplo: Consegue lembrar-se do passado? Qual sua última memória? Você sente-se segura no lugar onde vive? Eu poupei minha voz, apenas assentia e negava movimentando a cabeça, e quando não tinha essas opções, falava somente o necessário. Eu só queria dar o fora dali.

Por fim, fiz um raio-X na cabeça.

Não insisti em perguntar mais nada sobre os exames, eu só precisava ir para minha casa, onde ficaria com o Justin, e nada mais.

–O Sr. Bieber acaba de chegar, Mackenzie. E você acaba de receber alta, sendo assim, creio que ele a levará hoje mesmo para casa. –Uma das enfermeiras que cuidava de mim informou-me ao adentrar a sala de recuperação.

–Ótimo! –Suspirei aliviada.

Estava sentada na maca fazendo mais uma retirada de sangue quando vi através da vidraça, que permitia-nos ver o corredor, o Justin. Ele vestia uma jaqueta preta sobre uma camisa cinza e seus olhos castanhos intensos estavam cobertos por óculos escuros. Meu coração palpitou aceleradamente ao vê-lo. Meu porto seguro.

Um sorriso apareceu em seu rosto ao atravessar a porta e ver-me ali. Por algum motivo senti que ele havia retirado um peso das costas assim que me viu, pois pareceu sentir-se aliviado.

A agulha foi retirada de mim, e mesmo que correr fosse contra as recomendações do médico, eu o fiz sem pensar duas vezes, e ainda que pensasse, faria mesmo assim. E então corri para os seus braços, descarregando todo o sentimento ruim que carreguei durante horas desde que acordei.

–Ahhh –Justin arfou assim que nossos corpos chocaram-se resultando em um abraço apertado e cheio de saudade.

Afundei a cabeça na curvatura do seu pescoço e inalei o cheiro do seu perfume, só então percebendo o quanto senti falta daquele lugarzinho próximo ao seu peito.

Era como se seus braços formassem o abrigo perfeito para mim naquele momento.

–Justin, me tira daqui. –Pedi. Ele soltou um riso abafado.

–É o que eu mais quero fazer. –Ele disse. Afastamos nossos corpos e não contivemos um sorriso.

Em um movimento delicado, suas mãos seguraram o meu rosto e seus lábios tocaram os meus, sua língua preencheu a minha boca, intensificando o beijo, e então me senti completa. Meu corpo retomou sua energia, eu definitivamente não precisava de medicamentos melhor do que aquele homem, nada me curaria tão facilmente quanto ele.

–Eu acho que só preciso mudar a roupa. –disse e abri os braços, analisando o vestido branco que estava usando– Posso sair já que acabei de receber alta.

–Você não precisa nem disso. –ele estendeu sua mão para mim. Segurei-a sem hesitar. O sorriso ainda mantinha-se intacto em meu rosto.

Ele abriu a porta e me conduziu para fora dali.

–Senhorita Foster! Preciso te passar uma lista de remédios! –A voz de uma enfermeira soou quase num grito atrás de nós.

Justin e eu trocamos olhares e com apenas isso, ele notou que eu já estava farta de tudo isso, estava farta de tudo naquele lugar.

–Senhorita Foster! Os resultados dos exames acabaram de sair! –Outra enfermeira disse atrás de nós.

–Acha que consegue correr? –Justin perguntou-me.

–Eu tenho certeza que sim. –Assegurei.

Começamos a correr juntos pelo corredor. Ele puxava-me para fora dali como se estivéssemos fugindo de alguém, mas gargalhávamos ao invés de chorar, o que tornava tudo legal.

Atravessamos o corredor e a recepção aos risos enquanto corríamos. Chamamos a atenção de todas as enfermeiras e elas nos seguiram na medida em que íamos afastando. Por fim e finalmente, chegamos ao estacionamento. Justin e eu entramos no carro aceleradamente, ele ligou o automóvel e deu o fora dali.

–POR FIM, LIVRE! –abri os braços e gritei.

Justin conduziu sua mão ao som do carro e o ligou, a música a tocar era cheerleader. A música perfeita para o momento perfeito. Nada mais justo, certo?

                                                              ...

–Estou me sentindo um saco de lixo com esses trajes. –Eu disse antes de entrarmos em casa.

Justin, que ainda segurava minha mão, soltou-a assim que entramos. E tal ato fez-me tirar a atenção do vestido. Ergui a cabeça, me permitindo ver as coisas em minha frente. Dois seguranças do Justin entregaram ao mesmo uma caixa de presente azul com um grande laço vermelho para embelezar. Justin agradeceu brevemente aos seguranças e voltou-se para mim, erguendo o presente em suas mãos para que eu o pegasse, e eu o fiz.

–Oh, Deus! –Mordi o lábio inferior tentando conter um sorriso animado.

Puxei a fita que formava o laço e o mesmo desmontou-se e caiu sobre o chão. Em seguida, retirei a tampa da caixa e deparei-me com um lindo vestido azul marinho. Arregalei os olhos ao ver aquela peça e de súbito, sorri.

–Eu acho que não preciso perguntar se gostou. –Ele disse. Ergui o olhar e o encarei encantada.

–É lindo! –Eu disse.

–Ficará ainda mais em você. Suba e se troque, quero te mostrar mais uma coisa. –Ele pediu.

Dei um selinho rápido nele e subi correndo com a caixa de presente em mãos. Suspirei profundamente o ar, sentindo o cheiro de casa, porra, era tão bom estar de volta. Corri até o fim do corredor, onde ficava o nosso quarto e entrei apressadamente.

–Mackenzie? –A voz da Julie soou.

–Julie? –Fechei a porta atrás de mim e caminhei quarto adentro, logo pude vê-la ajeitando-se em frente ao espelho. Julie estava linda. Usava um vestido vermelho encantador e o seu cabelo escovado recaia perfeitamente em seus ombros.

Deixei a caixa de presente sobre o colchão da cama e corri para abraçá-la. Não sabia ao certo há quanto tempo estávamos longe uma da outra, mas foi tempo suficiente para morrer de saudade, sabia disso, pois, seus olhos marejaram ao me abraçar.

–Eu senti tanto a sua falta! –Julie disse enquanto me abraçava.

–Estou feliz por te ver! –Eu disse.

–Eu tenho tantas coisas para te contar...

–Espera, por quanto tempo estive fora? Durante quanto tempo estive apagada? –Perguntei.

–Essa é a sua mínima preocupação agora. –Ela enxugou uma de suas lágrimas e suspirou antes de prosseguir. –Você ficou de coma por exatos um mês e alguns dias. –Contou-me. –Mas não se assuste. Você não perdeu nada, porque tudo começa agora.

–Meu deus! Estive inativa todos esses dias? O que me aconteceu? –Perguntei curiosa.

–Mackenzie, nós não temos tempo para isso. Você precisa vestir esse vestido! –Ela apontou para o vestido em minha cama. –E precisa ser sincera comigo nas perguntas que te farei.

Estava confusa com tudo, mas assenti.

–Serei sincera, prometo.

–Então comece a se vestir! Farei as perguntas enquanto isso. –Ela apressou-me. Pus-me a arrumar-me depressa. –Primeiramente, quero te dizer que sempre estive errada em todas as vezes que te disse que o amor não existia, ele existe, e eu o encontrei. E eu não quero perdê-lo nunca mais. E como sua melhor amiga e irmã, quero que você encontre o seu também. E desejo que nunca, nunca, nunca o largue.

–Eu já encontrei! –Eu a interrompi enquanto terminava de pôr o vestido. Virei de costas para ela e a mesma fechou o zíper do meu vestido, e então comecei a maquiar-me.

–Você está certa disso? É mesmo aquele cara lá embaixo que você quer? –Julie perguntou-me. Parei de passar a base no rosto e encarei seu reflexo através do espelho. –Não para de se maquiar!

–Eu amo o Justin! –Respondi e voltei a me maquiar. –E ele cuida de mim. Eu me sinto bem ao lado dele, ele me quer e... Sim, eu também o quero.

–Você precisa pôr os sentimentos para fora agora. Porque, acredite você terá que tomar uma grande decisão ao retornar lá embaixo. –Julie disse.

–Me diz o que vai... –Tentei dizer, mas ela interrompeu-me.

–Porque se você me disser que o seu verdadeiro amor é a Ruby, eu vou aceitar. E do contrário das outras pessoas que te mandam esquecê-la e pôr um fim na história de vocês, eu te ajudarei. –Ela engoliu a saliva e prosseguiu. –Se você me disser que é ela quem você quer, nós vamos sair por aquela janela  –ela apontou para a janela do meu quarto.– E vamos atrás dela. Porra, eu rodo o mundo se for preciso. Mas se você realmente quer aquele cara lá embaixo, então desceremos juntas e você será feliz com ele, a garantia que eu não te dou se escolhermos a primeira opção, porque eu não sei como anda a cabeça da Ruby, mas adoraria descobrir, porque também, do contrário das outras pessoas, eu estive presente no início do amor de vocês, e sei o quanto foi intenso e sentimentos assim não acabam de uma hora para outra. Você só precisa me dizer o que quer.

Engoli em seco e senti as lágrimas rolarem o meu rosto.

–Ela ainda deixa a minha vida confusa. –comecei a dizer– E eu me pego pensando nela às vezes. E estaria mentindo se dissesse que nada de mim quer nada dela, porque no fundo, eu ainda a quero. –abaixei a cabeça e chorei– Eu não sei se quero passar o resto da vida atrás de uma incerteza.

–Então acredito que vocês mudaram muito com o tempo, pois você parecia ser bem sincera ao dizer que a amava uns anos atrás, quando a conheceu, e ela pareceu bem sincera ao dizer que te amava. Nada me parecia uma incerteza antes  –Julie contou. Franzi o cenho e sem piscar os olhos, as lágrimas o tomaram conta.

–Ela disse isso? –Perguntei e Julie assentiu. Parte de mim ficou feliz ao saber.

Flashback Julie on.

–É o que vocês fazem para arranjar comida? –Ruby perguntou-me assim que me sentei sobre a calçada, juntando-me a ela.

–O que você está fazendo aqui? –Ignorei sua pergunta e retirei do bolso as moedas que consegui limpando os carros enquanto o trânsito estava parado.

–Queria ver a Mackenzie antes de voltar para LA. –Ela respondeu.

–Por que perde o seu tempo vindo aqui quando pode estar enchendo a barriga de comida? Eu não entendo você! O sol está de matar e as pessoas apenas reclamam por todo lugar. –Eu disse, descrevendo um pouco da nossa realidade.

–Eu também não me entendo, tarefa difícil que resolvi não fazer. –Ruby disse. A encarei e percebi que ela mantinha o olhar cravado na Mackenzie, que, por sua vez, estava a limpar o para brisas traseiro de um carro.

–Você é impossível. –declarei.

–Por que? Porque quebro sua idéia de que não há amor em NY? –Ela perguntou.

–É. Porque não faz sentindo dizer que não há amor em NY com vocês duas por perto. –Admiti. Ela virou-se para mim e jogou um bolo de dinheiro em meu colo.

–Suficiente para uma semana? –Ela perguntou.

–Porra, mais que isso! –Arregalei os olhos ao ver as notas altas ali. –Obrigada, cara! Você faz muito por nós.

–Eu posso fazer mais. E eu vou. Só me dê tempo. –Ruby assegurou.

–Eu não sei como agradecer por tudo isso... –abaixei a cabeça.

–Cuida da Mackenzie enquanto eu estiver fora, faz o que eu não posso fazer. –Ela me pediu. Eu assenti.

Ela levantou-se da calçada e saiu andando.

–Me responde uma coisa. –Falei, ela parou de andar e virou-se para mim.

–Prossiga.

–Você a ama? –perguntei.

–Eu a amo da forma mais intensa. –Ela disse encarando-me com o olhar mais sincero que já vira na vida.

Flashback off.

–E eu cumpro com o que digo. E estou cuidando de você porque ela está fora, sim, ela está literalmente fora, lá fora, em qualquer lugar do mundo, provavelmente andando pelas ruas como gostava de fazer, e se o que me disse foi verdadeiro, está pensando em você. –Já ia abrir a boca para dizer que a Ruby poderia estar comigo se quisesse, mas não queria, quando a Julie prosseguiu– E não venha me repetir o que te disseram durante todo esse tempo, porque nem eu e nem você e nem ninguém sabemos o que realmente aconteceu com ela. E nós podemos descobrir. Ou você pode pôr um fim nessa história e ser feliz com aquele cara lá embaixo.

–Isso me dói tanto...

–Aquele cara que também te ama, e que ficou louco sem você. Aquele cara que é um idiota impulsivo na maioria das vezes, mas que se dispõe a tudo quando o assunto é você. –Ela riu em meio às lágrimas. –O cara que está esperando você para dar um grande passo de sua vida, um passo que ele escolheu dar com você.

Suas palavras causaram em mim um grande impacto. Senti todas as minhas estruturas serem abaladas. Mas eu não podia me entregar ali, não podia destruir as barreiras que me esforcei tanto para construir, as barreiras contra o amor que sentia por Ruby.

–A nossa história sempre será uma lembrança confusa para mim. Mas talvez ela nunca deva passar disso, de uma lembrança. Talvez ela seja uma daquelas memórias que todos têm do passado, o primeiro amor. E talvez eu conte sobre ela para minha filha quando ela me contar que está apaixonada por um garoto ou garota da escola. –ri ao pensar nisso– Isso é se eu tiver uma filha, porque o futuro é tão incerto, de repente nada que planejamos acontece, e digo isso por experiência própria, porque se me perguntassem, há uns anos atrás, como me veria no futuro, provavelmente seria um “feliz com a Ruby” e agora é completamente diferente. E talvez esse sempre tenha sido o destino reservado para mim.

–Ou talvez o seu destino seja fugir por aquela janela agora. –Julie riu ao propor.

–Bom, talvez seja. –Suspirei e ri. –Mas se for... –Levantei-me da cadeira onde estava sentada e caminhei até a janela. –Eu sinto em dizer que não vou segui-lo. –E por fim, fechei a janela.

Julie inclinou a cabeça para o lado e sorriu.

–Estou orgulhosa de você! –Ela abriu os braços. Eu sorri e corri até ela para abraçá-la.

–Obrigada por tudo isso. –Agradeci enquanto a abraçava. –Eu só preciso tocar minha vida adiante. E você sabe o quanto o destino é filho da puta, se for pra ser a Ruby, vai ser.

–Tudo bem então. –Ela afastou-se de mim e enxugou o rosto molhado por lágrimas– Deixa-me ajeitar sua maquiagem.

Julie segurou minha mão e conduziu-me à penteadeira. Ela fez uma maquiagem simples e por isso, não demorou tanto.

–Me sinto bonita. –Eu disse ao me admirar pelo espelho. Julie apoiou-se em meus ombros e abaixou a cabeça na altura da minha.

–Você é bonita. –Ela me disse e depositou um beijo em minha bochecha.

–Certo. –Suspirei fundo e levantei-me.

Milhões de coisas rodeavam a minha cabeça que já era confusa por si só. O que me esperava lá embaixo? Seria apenas uma comemoração por eu estar bem após o coma ou algo mais além?

O que o Justin preparou para mim? Ou melhor, o que a vida me aprontou dessa vez? Seja lá o que for, espero ter boas sensações, porque estou farta de tudo que faça doer.

–Vem comigo. –Julie estendeu sua mão direita e eu a agarrei.

–Estou nervosa. –Admiti.

–Não se preocupe. Tudo vai ficar bem. –Julie tentou reconfortar-me. E ela conseguiu. Porque ela certamente sabia o que me esperava lá embaixo, e me conhece tão bem, se disse que tudo ficaria bem, é porque provavelmente sabia que sim.

Trilhamos passos do meu quarto até o primeiro andar. Meus batimentos cardíacos elevaram-se. A cada passo dado, o nervosismo aumentava. Ao descermos metade dos degraus da escada, os rapazes notaram nossa presença ali.

 Vestidos formalmente, Tyga, Chris, Ryan e Justin levantaram-se do sofá, ajeitando indiscretamente o terno amassado. Todos seguravam um lindo buquê de rosas nas mãos, rosas vermelhas encantadoras. Era engraçado, pois, nunca os tinha visto daquele jeito. E não parava por aí, a decoração da sala também mudara, velas perfumadas espalhavam-se em cada canto, iluminando o lugar.

–Meu deus! –Deixei escapar. Pus a mão na boca sentindo-me surpresa. 

Desviei o olhar para a Julie para ver se a mesma estava tão surpresa quanto eu, mas ela sorria orgulhosa, o que me levou a pensar que tudo tinha sido sua idéia.

Um sorriso instalou-se em meu rosto e decidiu não sair mais.

Descemos os degraus que faltavam para chegar ao térreo e na medida em que descíamos, Justin aproximava-se da escada.

–Sua garota. –Julie disse ao Justin antes de entregar minha mão ao mesmo. Ele a segurou e fez um gesto de agradecimento breve com a cabeça.

Julie correu para os braços do Ryan logo em seguida, abraçou-o e os dois passaram a nos encarar, esperando o próximo passo do Justin.

–Antes de tudo... –Justin fez uma pausa e analisou-me da cabeça aos pés. –Você está linda.

Eu apenas sorri agradecida. Estava nervosa o bastante para não conseguir pronunciar uma palavra sequer.

–E depois disso... –Ele continuou. Retirou do seu bolso uma caixinha preta e suspirou encarando o objeto em suas mãos, num rápido movimento, seus olhos encararam os meus, que, por sua vez, estavam domados por lágrimas. Justin sorriu sem mostrar os dentes ao ver minha reação, e tal ato fez com que suas covinhas aparecessem, sei que para ele aquilo parecia uma grande idiotice, mas o deixava ainda mais lindo. Por fim, ajoelhou-se em minha frente. Ao abrir a caixinha preta, revelou um belo anel de brilhantes que escondia ali. E o próximo passo eu ouso a dizer que já sabia qual era. –Mackenzie, aceita casar comigo? Porque eu te amo, e no futuro, não me vejo em outro lugar senão ao teu lado.

Escondi meu rosto entre as mãos e suspirei fundo antes de voltar a encará-lo. O sorriso ainda permanecia intacto em mim.

–Eu aceito. Porque eu te amo e quero estar ao teu lado, agora e no futuro também. –Consegui dizer, com a voz embargada devido ao choro, mas consegui.

 Justin pôs a aliança em meu dedo e levantou-se, me puxando para os seus braços. Selamos nossos lábios como nossa união e pude ouvir todos comemorarem atrás de nós.

–Eu preciso dizer que sabia que seria você desde o dia em que arrotei na sua cara e ao invés de reclamar, você revidou. –Tyga fez seu pequeno discurso. –Por isso eu sabia que você era a garota certa para ele.

Todos nós rimos de sua declaração. Ele veio até mim e me entregou o buquê de flores, o qual segurei maravilhada.

–Quero que cuide bem da minha irmã, cara, senão cabeças vão rolar. –Ryan disse para o Justin ao entregar-me mais um buquê.

–Eu cuidarei. –Justin assegurou, encarando-me com um sorriso de lado.

–Seja feliz, e tenha em mente que você é a minha garota, estarei aqui sempre que precisar. –Chris depositou um beijo em minha testa e deixou em minhas mãos mais um buquê de rosas. Eu fiquei extremamente feliz em tê-lo ali.

–AGORA VAMOS COMEMORAR! –Ryan abriu um champagne e todos vibraram.

No mesmo instante, Chris ligou o som. A música a tocar era Loyal.

Desocupei minhas mãos deixando as flores sobre a mesa de centro da sala. Deixei a música me tomar conta e joguei as mãos para o alto. Enquanto movia meu corpo de acordo com a batida incrível da música, caminhei até o meu noivo, fazendo movimentos sensuais com o quadril. Justin sibilou um “uau” e mordeu o lábio inferior, admirando meu corpo.

Diminuí a distância entre nós e o puxei para dançar junto a mim, assim como minha amiga, Julie, também fez com o Ryan.


Notas Finais


A pergunta é: Mackenzie fez certo em fechar a janela ou não?


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