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História Pressure - Tragic Bachelor Party


Escrita por: ig2000

Notas do Autor


Heey! Boa leitura, unicórnios!
xoxo

Capítulo 14 - Tragic Bachelor Party


Fanfic / Fanfiction Pressure - Tragic Bachelor Party

Poucos dias para o casamento.

–E todos esses preparativos para o casamento estão me enlouquecendo! –Desabafei. –Nesse exato momento, Julie está me enchendo de mensagens para que eu não me atrase para provar os vestidos.

Estávamos caminhando pelo parquinho próximo de casa. Minha mão estava entrelaçada na sua e a minha cabeça, encostada em seu braço.

–Não esquenta com isso, amor, ela só está animada, dá um desconto. –Justin defendeu a Julie.

–Eu a entendo, mas isso não faz a minha cabeça para de doer! –Eu disse. Justin riu pelo nariz. –E além do mais, quase não temos tempo um para o outro.

Fiquei em seu caminho, o impedindo de andar.

–Estamos juntos agora, aproveita. –Ele disse ao envolver-me em seus braços. Pus as mãos em sua nuca e fiz carícia no local, distribui selinhos carinhosos por todo o seu rosto e ele pressionou os olhos com força.

–Eu te amo. –Disse ao apertá-lo em um abraço.

–Eu te amo. –Ele repetiu. –Você é uma mulher de sorte.

Parei de beijá-lo e voltamos a caminhar juntos.

–Por que acha isso? –Questionei.

–Você tem a mim, é uma sortuda do caralho. –Justin foi modesto ao dizer.

–E você é ainda mais por ter a mim. –Dei uma piscadela.

Após darmos uma volta completa ao redor do parque, voltamos para buscar os irmãos do Justin, que deixamos em um pula-pula.

–Não quero ir embora agora! –Jaxon bateu o pé no chão ao dizer, em seguida, cruzou os braços, fazendo biquinho.

–Para de ser mal criado! –Sua irmãzinha o repreendeu.

–Está tudo bem, tudo bem. –Aproximei-me do Jaxon e me abaixei, ficando da sua altura. –O que mais quer fazer antes de ir?

–Não dá corda a ele, Mackenzie, nós vamos para casa agora. –Justin foi grosso e ameaçou puxar o Jaxon a força.

–Não, nós ainda temos algum tempo. –Eu disse, em seguida, voltei a atenção para o pequeno. –Então, o que quer fazer?

–Quero brincar de pega! –Ele deu pulinhos ao dizer.

–Sai fora, você quer ir para casa! –Justin puxou-o pelo braço e saiu andando com o garoto fazendo carinha de choro.

–Os garotos pegam as garotas! –Exclamei alto ao levantar-me do chão. Jazzy pareceu animar-se com a idéia, segurei sua mão e, juntas, nós corremos para longe.

–Fala sério! –Ouvi o Justin bufar ao dizer.

Jaxon não perdeu tempo e correu atrás de nós. Ao perceber que não pararia o jogo, Justin resolveu envolver-se.

–Corre Mack! –Jazzy gritou ofegante. Ela gargalhava sem parar, e aquilo era extremamente contagiante.

Olhei para trás e percebi que o Justin pôs o Jaxon sentado em seus ombros e agora se aproximava de nós velozmente.

–Eles estão se aproximando! –Eu disse enquanto gargalhava.

–Vamos driblar eles! –A garotinha deu idéia.

–E como faremos isso? –Eu disse, já com a voz ofegante.

–É que eu não consigo mais correr... –Jazzy fez uma pausa nas palavras para retomar o fôlego.

–Já sei! Vamos diminuir a velocidade, e quando eles estiverem bem próximos, faremos a volta e correremos no sentido oposto, certo? –Eu propus, ela assentiu, e fizemos tudo como combinado, mas ao fazermos a volta, Justin agarrou cada uma por um braço e nos prendeu.

–Me soltaaaaaa! –Jazzy debateu-se em seus braços enquanto ria desesperadamente.

Todos nós gargalhávamos da brincadeira. E eu estava amando cada segundo de sorrisos sinceros e gargalhadas altas. Tudo aquilo me fazia um bem danado. Justin tinha um sorriso maravilhoso em seu rosto, ele estava feliz, e eu também estava.

                                                            ...

Uma porção de vestidos aguardava a serem provados por mim, e eu estava apenas no primeiro deles, a tarde seria longa!

Entrei em um provador livre e retirei minhas vestimentas, as trocando por um belíssimo vestido de noiva. Era simples, rendado no busto e sua cauda era bastante volumosa.

Saí do provador e fiz uma bela pose para as moças que me aguardavam. Pattie, Julie e Jazmyn.

De primeira, vi que a Julie pouco tinha gostado, pois fez uma careta assim que o viu em meu corpo.

–PRÓXIMO! –Ela gritou, sem nem ouvir a opinião das outras.

Pus a mão na cintura e as encarei sem entender.

–É, querida, próximo! –Pattie fez um gesto com a mão para que eu retornasse ao provador.

E então começou uma grande busca pelo vestido perfeito. Vesti no mínimo trinta vestidos naquela tarde, sentia-me exausta, mas tudo valia à pena, pois vê-las tão animadas me valia como recompensa. E além do mais, era o meu casamento.

–Estão preparadas? –Perguntei antes de sair do vestiário, elas deram um grande ‘sim’ em uníssono. Aquele vestido certamente agradaria a todas.

Saí do vestiário num giro e ao parar, pus as mãos na cintura.

–Meu deus! –Julie pôs a mão na boca e arregalou os olhos.

–Você parece uma princesa! –Jazzy disse, encarando-me como se eu realmente fosse uma.

Pattie levantou-se da poltrona e veio até mim, com um belo sorriso no rosto.

–Querida, você encontrou o vestido perfeito! Ele foi feito para você! –Ela disse, maravilhada.

–Eu sinto que foi. –Eu disse. E realmente, parecia ter sido feito para mim. Era de mangas rendadas cumpridas que iam até o pulso, o busto era tomara que caia e sua cauda era grande e volumosa como um vestido de princesa, da Cinderela, talvez. Acima da cintura, havia uma espécie de cinto prateado que parecia ser feito com pedras de diamantes, eu o amei.

–Agora eu avaliarei vocês! –Caminhei até a poltrona e sentei-me na mesma.

–É A NOSSA VEZ! –Julie levantou-se num pulo e correu para dentro do provador, onde alguns vestidos a aguardavam.

Passamos todo o fim de tarde escolhendo seus vestidos. Foi bom passar um tempo com elas, elas deixavam o meu dia feliz, apesar de cansativo.

                                                             ...

O dia foi extremamente exaustivo para mim, toda aquela troca de vestidos me desgastou. Sentia uma enorme vontade de me jogar na cama e dormir por um dia inteiro. Mas eu ainda conseguia encontrar energia de sobra para conversar com o Ryan, porque isso é tudo o que eu tenho tentado fazer desde uns dias atrás, quando relembrei o meu acidente, mas ele tem me evitado todas as formas, e isso só me faz acreditar que a minha lembrança foi real, pois, se não fosse, ele não me evitaria tanto.

Dei duas batidas fracas na porta e não obtive respostas, decidi entrar mesmo assim. Dessa vez ele não me evitaria. Eu preciso de respostas. Eu preciso saber se era mesmo ela que estava ali, e se realmente era, por que o Ryan a tratou como se quisesse escondê-la.

–Ryan? –O chamei ao entrar em seu quarto. Ele não respondeu. Isso me fez bufar.

Parei de andar ao vê-lo dormir em sua cama. Ele estava jogado na cama de forma despojada. Estava calçando tênis, o que queria dizer que estava tão cansado que sequer pensou em tirá-los. Parte de mim ficou furiosa por não poder ter a conversa que queria ter com ele, mas a outra parte de mim sabia que ultimamente os rapazes estavam trabalhando muito na boate, e por isso, estavam exaustos todo fim de dia.

Aproximei-me dele e retirei seu tênis do pé, em seguida, o cobri com um lençol. Ryan era como um irmão para mim, e eu nunca viraria as costas para ele. De todos, ele foi um dos únicos que me acolheu desde o início, e ele sempre tentou me ajudar, mesmo que a ajuda estivesse fora do seu alcance, ele tentava. E sabendo o quão intenso é o amor dele por mim, não consigo me convencer de que a lembrança que tive foi real. Pois ele sabe o quanto eu a amava, e acredito que se soubesse sobre ela, me contaria, porque é exatamente isso que os irmãos fazem, eles se ajudam.

Eu me encontro em guerra, parte de mim quer acreditar na desculpa fajuta do Ryan, não por acreditar que ela seja verdadeira, mas por saber que se ele está escondendo de mim, a coisa deve ser feia. E talvez ele só esteja escondendo a verdade de mim para me proteger. Mas, como eu disse a minha sogra, a verdade tem que ser dita por mais que doa. E também, eu já suportei tantas dores, o que o fazia acreditar que eu não suportaria essa também? Eu sou uma garota forte. E a outra parte de mim, quer pôr o Ryan contra a parede e tirar dele tudo o que ele sabe.

Ou talvez eu esteja me equivocando, há uma grande possibilidade de nada ter sido real, de tudo ter sido criado por minha cabeça. Isso é tão confuso.

Eu precisava descansar. Meu corpo clamava por cama, e eu daria a ele o que ele queria.

Depositei um beijo na testa do Ryan e deixei o seu quarto, indo em direção ao meu.

Vestindo sua cueca box preta, Justin estava deitado de bruços na cama. Seu cabelo bagunçado e seu rosto sereno me fizeram ter boas sensações.

–Mackenzie? –Sua voz sonolenta chamou meu nome.

–Sim? –Respondi. Joguei sandálias, bolsa e jaqueta em um canto do quarto e subi na cama, juntando-me a ele.

Justin puxou-me para debaixo do edredom e me aconchegou entre seus braços, aquecendo-me da forma mais gostosa.

–Como foi lá? –Ele quis saber. Virei meu corpo de frente para ele e encarei seu rosto.

–Divertido. Escolhi um lindo vestido, espero que goste. –Sorri timidamente.

–Sabe que acho lindo tudo em você, não sabe? –Ele acariciou minha bochecha com o polegar. Senti minha pele facial corar.

–Você está nervoso? –Perguntei, ele franziu o cenho.

–Não, você está?

–Acho que sim. –admiti– Queria que os meus pais estivessem aqui para me ver.

–Eu sinto muito por isso, Mackenzie.

Suspirei e abaixei o olhar.

–Percebe o quanto o destino é sinistro? –Perguntei, pensando em tal coisa.

–Explique.

–Quer dizer, há um tempo nós vivíamos na mesma casa, mas em mundos completamente opostos. E agora olhe bem para nós, vamos casar em menos de uma semana. –Suspirei profundamente– Isso é loucura!

–É louco para mim também, nunca achei que fosse viver metade disso. –Ele contou. – Sempre achei que minha vida seria só altos cheques de grana roubada e putas a minha disposição.

–Nunca amou antes de mim?

–Não. Eu não acreditava no amor antes de ter o seu. Tudo o que disse para as outras antes de você, foi dito da boca para fora. Era como seu eu dissesse para convencer a mim mesmo de que eu não era um monstro que não amava ninguém. –Ele mantinha seus olhos fixos nos meus enquanto falava. –Você me salvou.

–E eu te salvarei muitas e muitas vezes mais. –Eu disse. Ergui minha mão na altura do meu rosto e logo, ele juntou a palma de sua mão a minha. Entrelaçamos nossos dedos e eu os encarei por um tempo.

–Preciso que saiba de uma coisa antes de nos casarmos... –Ele começou a dizer algo que despertou em mim curiosidade. –Não te conheci da forma que você acha que aconteceu.

–Como assim?

–Lembra-se da noite em que chegou aqui em Los Angeles? Você foi levada para uma boate e talvez não se lembre disso, pois bebeu o suficiente para entrar em um coma alcoólico. –Ele riu ao contar essa parte.

–Eu me lembro disso, bobo. –prendi o riso ao lembrar.

–Você lembra? Achei que tinha esquecido tudo sobre aquela noite. –Confessou.

Balancei a cabeça negativamente e disse:

–Eu me lembro de tudo. E te achei bipolar, porque foi super amigável no primeiro encontro e me renegou todos os dias seguintes.

–Mackenzie, eu gostei de você, o que é algo bem raro, e logo depois, descobri que você namorava a minha amiga. –Ele contou, eu ri da sua pequena história.

–Nós tivemos um começo louco. –disse ao parar de rir. –E eu farei de tudo para que nunca haja um fim.

–Daremos um jeito nisso. –Justin piscou para mim e puxou-me para um abraço.

Dias depois.

Justin Bieber on

Los Angeles.

Após depositar uma quantia alta de dinheiro em minha conta no banco, deixei o mesmo e trilhei passos em direção ao estacionamento, onde deixei o meu carro. O local estava deserto, apenas carros estacionados e vazios ocupavam o espaço. A minha vaga era uma das últimas, por isso, demorei a encontrá-la.

A cada passo trilhado por mim, sentia a sensação de estar seguido por alguém. Perdi a conta de quantas vezes olhei para trás, desconfiado. Levantei a hipótese de ser tudo coisa da minha cabeça, mas ouvi passos atrás de mim, aquilo não era do meu imaginário. Em um rápido movimento, virei para trás, retirando da cintura uma AK-47.

Apontei-a para o nada, exatamente, não havia nada ali.

–Porra! –Esbravejei. Estava ficando louco?

Deve ser o cansaço, pensei.

Mas, ao me virar para frente outra vez, fui surpreendido por uns caras de preto. Não soube dizer quem era, pois todos estavam mascarados. Não pude reagir a nada, eles partiram para cima e prenderam meus braços para trás, e mesmo que eu tentasse, eu estava em total desvantagem.

–SOLTA, PORRA! BANDO DE PAU MANDADO DO TRAVIS! –Disse ao dar uma cotovelada em um dos caras, ele gemeu de dor e empurrou-me para andar.

Vendaram-me e levaram-me para dentro de um carro. Eu nada conseguia enxergar, apenas ouvia sussurros deles, mas sem conseguir entender nada.

Tentei fugir, mas a tentativa foi falha e só piorou minha situação. Eles puseram um pano para tapar minha respiração, e ao inalar aquilo, desmaiei.

O famoso ‘boa noite cinderela’.

Mackenzie Foster on

Los Angeles

22hrs57min

Um dia para o meu casamento. O clima em nossa casa nunca esteve tão animado. Marcela, que faria todas as comidas do nosso casamento, já começara a fazer tudo esta noite.

Na cozinha, estávamos eu e a Julie, ajudando a Marcela com os doces e salgados. E além de nós, contratamos mais seis cozinheiras para ajudar.

–Provavelmente em Bora Bora. –Respondi a Julie sobre onde seria a nossa lua de mel.

–Meu deus, senhorita! Eu sonho em ir para lá um dia! –Uma das cozinheiras comentou sonhadora. –Estou juntando todas as minhas economias para isso.

–Eu gostaria de ir para o Brasil. – Disse a Julie, que agora, enrolava os brigadeiros.

–Eu também! –Admiti animada. –O Brasil com certeza está em nossa lista de lugares onde gostaríamos de passar a lua de mel.

–Vocês fizeram uma lista? –Outra cozinheira, chamada Melanie, perguntou.

–Nós não, Justin acha uma grande bobagem, eu e a Pattie fizemos uma. –Contei.

–O Brasil é uma ótima opção, pensou em mais algum lugar? –A mesma cozinheira perguntou.

–Bem, pensamos em Cancun também. E eu preciso decidir rápido, afinal, o casamento já é amanhã. –Eu disse. Pus uma bandeja pronta de salgados sobre o balcão e voltei a sentar-me em uma cadeira para preparar outra.

–Eu estou tão animada, meninas! –Marcela disse ao aproximar-se de nós com pacotes de granulado, e ela pôs todos sobre a imensa mesa em que trabalhávamos.

–Isso tudo é muito louco! Uns anos atrás eu e a Mackenzie estávamos pedindo esmola nas ruas, e hoje, olhe bem para nós, estamos em frente a um monte de comida e nem queremos devorá-las! –Julie dizia com a voz desacreditada.

–Correção: EU não quero devorá-las, porque você já comeu uma bandeja inteirinha de doces! –Eu disse a desmascarando. Julie apontou uma colher suja de chocolate para mim e arregalou os olhos.

–Você não disse isso! –Ela fingiu estar indignada.

–Eu disse sim! E digo de novo, você comeu uma porção de doces, uma bandeja inteirinha! –Eu disse, levantei da cadeira onde estava e me afastei da Julie que se aproximava de mim em passos lentos enquanto me encarava com olhos semi cerrados.

–Só por isso, agora vou comer essa aqui de salgados que você fez! –Ela disse ao pegar uma das minhas bandejas de salgados.

–FOI A ÚNICA QUE CONSEGUI FAZER! –Corri até ela e tentei puxar a bandeja de suas mãos, mas ela não largou. E começamos a brigar por aquela bandeja, algo bem engraçado, pois estávamos de pijamas, sujas de farinha de trigo e brigando por comida. 

–Então toma já que faz tanta questão. –Julie soltou a bandeja bem na hora que dei toda a força de mim para puxá-la, e com isso, acabei caindo no chão com todos os salgados por cima.

Todas as cozinheiras gargalharam inclusive a Marcela.

–Meus salgados! –Berrei. Julie ajudou-me a levantar do chão. Bati a palma da mão em minhas roupas, retirando delas todos os resíduos de sujeira do chão.

–Veja pelo lado bom, essa pode ser a bandeja que serviremos para as tias chatas. –Julie disse enquanto ria.

–Não, não faremos isso! –Eu a repreendi com um tapa no braço. Recolhi todos os salgados do chão e os joguei na lixeira. –Apesar de ser uma oferta tentadora, não faremos isso.

–O que trouxeram vocês duas a nos ajudarem? –Marcela perguntou, pois aquilo certamente a deixava curiosa, afinal, nunca fizemos isso antes.

–Estamos tentando distrair nossas cabeças, porque senão, pensaremos na despedida de solteiro. –Julie contou, eu concordei com a cabeça.

–Entendo vocês, é bastante curioso saber o que os rapazes estão fazendo lá. –Melanie disse.

Eu e Julie, que estávamos próximas ao balcão, sentadas em um banco, assentimos.

–Os garotos disseram que queriam surpreender o Justin, e que o levariam para uma festa foda. –Eu disse. –E eu tenho certeza que o Tyga e o Chris convidarão centenas de prostituas. –soltei as últimas palavras entre dentes.

–Queria ser uma mosca para ir até lá ver como estão as coisas. –Julie pensou alto, e eu também desejei aquilo.

A curiosidade era minha inimiga naquele momento. Afinal, como estava indo a despedida de solteiro?

Justin Bieber ON

Los Angeles.

23hrs20min

Acordei sentindo um enorme desconforto. Meus pulsos estavam presos um ao outro com um pedaço de corda, soube disso ao sentir sua textura. Minha visão ainda estava vendada, e isso me impedia de ver as coisas.

Eu estava sentado, não mais em um carro, e a julgar pelo barulho inexistente, estava sozinho. Tentei livrar-me das cordas que me prendiam, mas o nó estava fora do meu alcance.

–Dentre minutos você viverá o fim da sua vida. –Uma voz, aparentemente robotizada, soou no local.

Aquela porra era coisa da Emma, ou a Ruby, não sei. Era coisa da pessoa que estava armando para nós por todo esse tempo. Mas quem quer que fosse eu escaparia.

–O FIM DA SUA VIDA DE SOLTEIRO, PORQUE A DE CASADO COMEÇA AMANHÃ! –Gritou uma voz familiar, não demorei a saber que era do Tyga, o filho da puta do Tyga.

Alguém atrás de mim tirou a venda dos meus olhos. Percebi que estava no centro da minha própria boate, sentado em uma cadeira de madeira e ao redor, várias putas me faziam de centro de atenções, todas nuas.

Quer dizer, não estavam completamente nuas, elas cobriam as partes íntimas com pacotes de cocaína. Puta que me pariu. Os caras selecionaram as minhas melhores vadias.

–Dá pra me soltarem agora? –Pedi impaciente e sem controle. Todas aquelas mulheres daquele jeito injetavam em mim uma excitação incontrolável.

–Ainda não, meu caro. –Chris disse ao passar por mim segurando uma garrafa de vodca.

–Qual foi, porra? –Perguntei sem entender nada da situação.

E naquele momento, as mulheres afastaram-se umas das outras, abrindo espaço para alguém passar.

Era a Kriss. A puta que eu usava enquanto Mackenzie esteve em coma. E como as outras mulheres, Kriss nada vestia, apenas cobria sua buceta gostosa com um pacote de cocaína.

Ao vê-la ali, um sorriso malicioso brotou em meus lábios e ele foi retribuído por outro.

Kriss era uma puta loura gostosa do caralho. Não tinha tantos atributos quanto a minha mulher tinha, mas era experiente em me fazer gozar. Ao encostar-se a mim, Kriss abriu as pernas e sentou em meu colo, rebolando o quadril descaradamente.

–Essa é a nossa deixa, divirtam-se aí, voltamos já – Disse o Chris, e cada um deles saiu dali com duas mulheres, as levando para os quartos no segundo andar.

Filhos da puta.

Kriss mordeu o lábio inferior e saiu do meu colo após algumas provocações. A puta deu uma agachada gostosa no chão e massageou meu pau por debaixo do jeans da calça, e em seguida, abaixou a mesma junto com a cueca box. Suas mãos seguraram a base do meu pau e iniciaram movimentos de vai e vem, movimentos rápidos.

Em uma despedida de solteiro, tudo pode acontecer.

Mackenzie Foster ON

Los Angeles.

00hrs46min

Após derrubarmos mais uma bandeja de salgados, nossos serviços foram dispensados na cozinha. Marcela presumiu que tudo o que precisávamos era de uma boa noite de sono, e nos mandou ir para cama dormir. E é claro que não fomos. Nós até tentamos, decidimos dormir juntas em meu quarto para que a falta do Ryan e Justin não nos afetasse e atrapalhasse o sono. Mas não adiantou, não quando nossas cabeças não paravam de pensar em como a despedida de solteiro estava sendo.

–Espero que eles fiquem bêbados antes de tentar qualquer coisa e não consigam fazer nada. –Julie sonhava alto.

Estávamos deitadas na cama, uma de frente para a outra.

–Eles provavelmente já estão bêbados. –Disse como se fosse óbvio. –Acha que têm muitas mulheres lá?

–Se eu acho? Eu tenho certeza! Não subestimo os poderes dos caras ao realizarem uma despedida de solteiro. Eles disseram que seria foda. E provavelmente fizeram isso.

Sentia-me incomodada. Vontade de explodir com o Justin.

–Podemos pensar pelo lado justo, eles estão no direito deles. –Tentei ser uma garota conformada.

–Se é assim, também temos o nosso. Por que é que não demos uma festa também? –Julie perguntou, e ao pensar nisso, ela sentou na cama.

–Nada mais justo, não é? –Sorri com certa malicia.

–Então que a justiça seja feita! Faremos a nossa também! –Julie decidiu. Ela levantou-se e pôs a mão na cintura como quem diz ‘o que está esperando?’

–Não podemos dar uma festa aqui, Julie, há crianças, os pais do Justin e cozinheiras. –Eu disse, ela revirou os olhos ao lembrar isso.

–Então vamos dar um jeito, essa festa tem que sair! –Ela voltou a sentar-se no colchão da cama, dessa vez, emburrada.

O que eu poderia fazer?

E então, me lembrei de uma das pessoas mais festeiras que conhecia. E ao pensar nisso, também fiquei entristecida, pois, ela sequer visitou-me após minha saída do coma. Afinal, onde ela está?

–Eu tenho uma ideia! –Levantei-me da cama e peguei o meu celular sobre o criado-mudo.

–O que vai fazer? –Julie perguntou curiosa.

–Ligar para a Emma, você vai adorar conhecê-la. –Eu disse, sabia disso pois Emma tinha um pouco da Ruby, e a Julie adorava a Ruby.

Ao comentar sobre a Emma, vi que a Julie desviou o olhar do meu, um ato estranho que resolvi deixar passar, o que quer que fosse, não era tão importante.

Disquei o número da Emma e coloquei para chamar. Ela não demorou a atendê-lo.

Emma: Olha quem resolveu ligar...

Mackenzie: Passando por cima do meu orgulho, mas sim, aqui estou eu.

Emma: Tenho tempo suficiente para você me explicar o porquê do orgulho, quer começar agora?

Mackenzie: Agora eu preciso de um favor seu.

Emma: E acima de tudo, vem me ligar só quando precisa de ajuda?

Mackenzie: Eu estive em coma por todo esse tempo e você sequer disponibilizou um tempo para me ver e agora quer dar uma de vítima? O mais educado a se fazer é dizer que tentará ao máximo me ajudar com o que te pedirei.

Emma ficou em silêncio do outro lado da linha. Julie, que ouvia toda a conversa, pôs a mão na boca e riu do desaforo.

Emma: Diga o que quer, e eu farei.

Mackenzie: Ótimo.

Emma: Já que você não pode me ver, saiba que revirei os olhos agora.

Mackenzie: E saiba que eu estou com um sorriso animado no rosto.

Emma: Por que?

Mackenzie: Quero fazer uma despedida de solteira, a melhor de todas!

Emma: Você vai casar?

Mackenzie: Amanhã

E mais uma vez, Emma ficou em silêncio, mas dessa vez, eu não soube decifrá-lo.

Ao perceber o silêncio, Julie franziu o cenho e sussurrou um ‘o que houve?’, eu apenas dei de ombros.

Emma: Passo aí para te buscar daqui a meia hora, esteja pronta.

E desligou.

–ELA TOPOU! –Gritei animada e entrei correndo no corredor, trazendo de roupas para nós.

–E estava com ciúmes... –Julie disse baixinho.

–Não fique com ciúmes, as duas são minhas amigas! –Eu disse. Joguei todas as roupas que trouxe comigo sobre a cama.

–Não foi isso que quis dizer, disse que ela estava com ciúmes.

–Emma? Ciúmes de mim? Por quê? –Perguntei com o cenho franzido, parei de mexer nas roupas e dei atenção a Julie, pois o assunto realmente me despertou interesse.

–Ciúmes de você porque vai casar, oras. –Julie disse como se fosse óbvio e deu de ombros.

–Você não a conhece, ela não é assim... –Neguei com a cabeça me recusando a acreditar naquilo.

–Vocês duas já tiveram algo?

Pensei bem naquela pergunta, porque por mais que eu não tenha tido nada sério com ela, não posso negar que já tive vontade.

–Não, mas... –Desviei o meu olhar da Julie e encarei o chão.

–Mas...? –Ela pediu para que eu prosseguisse.

–Eu já tive vontade, já quis senti-la, mas não é nada muito sério, eu só tive vontade... –Contei. Julie levantou as sobrancelhas em surpresa.

–E ainda quer isso?

–Eu estou prestes a me casar, Julie!

–E está prestes a receber uma despedida de solteira, portanto, aproveite-a ao seu modo. –Ela me disse ao se levantar da cama. –E eu espero que você tenha entendido isso da forma que eu quero que entenda.

Abri um sorriso malicioso ao entender aquilo. E sim, eu aproveitaria ao meu modo.

Em uma despedida de solteira, tudo pode acontecer.

                                                                        ...

Pusemos uma música para tocar enquanto escolhíamos as melhores roupas. A música a tocar era Fancy.

Decidi usar um short jeans escuro cintura alta e uma cropped preta de alcinha com tiras, que realçava meus seios. Julie optou também por um short jeans, porém, mais claro, e uma cropped vermelha, que combinou com seu batom e vans. Já minhas vans eram pretas, para combinar também com a roupa.

Estávamos quase prontas quando a Emma me ligou.

Ligação ON

Emma: Acabei de chegar aqui, onde está você?

Mackenzie: Terminando a maquiagem, vai ser bem rápido, entra aí.

Emma bufou.

Emma: Tudo bem.

E desligou.

–Ela já está aí? –Julie perguntou enquanto ajeitava o cabelo em frente ao espelho.

–Sim, está subindo. –Disse e levantei da cadeira posta em frente à penteadeira.

E novamente, meu celular tocou.

Ligação ON

Mackenzie: De novo? Já não mandei subir e esperar aqui em cima?

Emma: Eu faria isso de o desgraçado do teu segurança liberasse a minha entrada!

Mackenzie: E ele não liberou? Como assim? Você entra aqui o tempo todo.

Emma: Eu entrava aqui o tempo todo, Mackenzie, as coisas mudaram desde que a Ruby se foi.

Mackenzie: O que te disseram quando tentou entrar?

Emma: Algo sobre teu noivo não permitir.

O Justin não permitia a entrada da Emma? Por quê?

Mackenzie: Certo, preciso desligar, já vou descer.

–O que houve? –Percebendo a minha fúria, Julie perguntou.

–Acredita que a Emma não pode entrar aqui a mandato do Justin? –Perguntei incrédula.

Julie nada respondeu, e mesmo se quisesse, eu não dei espaço para que ela o fizesse. Disquei o número do Justin em meu celular e pus para chamar. Ele demorou a atender, mas logo o fez.

Chris: Está infringindo as regras de uma despedida de solteiro, Mackenzie, você não pode ligar!

Mackenzie: Christopher, passe imediatamente essa ligação para o Justin!

Chris: Nesse exato momento ele não pode falar, está com as mãos ocupadas.

Mackenzie: Põe no alto falante, Chris! Eu preciso mesmo falar com ele, não complica!

Chris: A boca também está ocupada.

Mackenzie: Eu também estarei ocupada nas próximas horas, com a Emma. Em minha despedida de solteira.

Uma fúria enorme me tomou conta. Desliguei a ligação sem sequer ouvir mais nada e sem sequer me despedir.

–O que ele disse? –Julie perguntou-me ao ver que a ligação havia sido encerrada.

–Isso não importa, temos uma festa para ir. 



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