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História Pressure - Start Over


Escrita por: ig2000

Notas do Autor


Olá, queridos.
Aqui está o primeiro capítulo da história para vocês, espero que gostem!

Capítulo 2 - Start Over


Los Angeles.

Mackenzie Foster— Ponto de vista.

Uma semana se passou desde nossa falência. Nossos cofres estavam vazios assim como nós. Todo o dinheiro que conseguimos com os assaltos e com a boate durante anos de luta, nos foi levado. E o que mais me doía era saber que isso tudo foi culpa da pessoa que eu mais confiava no grupo. Da pessoa que eu mais amava e que achava que me amava também.

–Engole o choro, Mackenzie. –Justin repreendeu-me ao passar por mim.

Estávamos andando nas ruas em busca de todos aqueles que nos deviam dinheiro de drogas e armamento. Justin estava exasperado e os rapazes tensos. Eu estava chorando, como fiz durante uma semana inteira desde que a Ruby se foi.

–O endereço é aqui, Justin. –Ryan interrompeu os passos de todos nós. Paramos de frente para uma casa pequena de tijolos, paupérrima.

Justin sacou uma AK-47 da cintura e chutou a porta da casa duas vezes até a mesma cair.

–Cadê o Brook? –Ele perguntou em alto e bom som para que todos ouvissem. Atrás dele, eu e os rapazes entramos com arma em punho. Preparados para qualquer ataque inesperado.  

Na sala, duas crianças estavam assistindo TV, mas as pobres coitadas pararam assim que nos viram. Estavam completamente apavoradas com a situação. Senti um aperto forte no coração ao vê-las com os olhinhos cheios de medo.

–Mackenzie! –Tyga me chamou– Faça as crianças de refém!

–Eu não posso... –Mordi o lábio inferior contendo o choro. –Eu não consigo!

Justin sumiu pela casa a procura do cara que nos devia grana.

–Deixa comigo. –Chris foi até as crianças e puxou as duas de forma insensata, em seguida, colocou a arma na cabeça da pequena garota em seus braços.

–Não me mata senhor, não me mata! –A garotinha suplicava aos prantos.

–Cala a boca se quiser sobreviver. –Chris foi grosseiro. Mas a menina compreendeu que estava em perigo e logo se calou.

Enxuguei meu rosto em um rápido movimento das mãos e voltei a minha posição inicial. Minhas mãos estavam trêmulas. Tentava ao máximo controlar-me.  

–ACABOU O TEMPO, DESGRAÇADO! –Dei um pulo com o berro abafado do Justin.

–Me dê só mais uns dias, eu prometo que consigo! –Brook clamava por mais uma chance.

As vozes eram vindas do cômodo ao lado da minúscula sala. Ryan e Tyga dispararam atrás do Bieber. Finalidade: Ajudá-lo. Como se ele precisasse de alguma ajuda para matar um pobre coitado como o Brook.

–O papai! Senhor, vão machucar o papai! –A garotinha nos braços do Chris tentava socorrer seu pai e ao perceber que o Chris não se importava, tentou mexer comigo. –Moça, me ajuda!

Seu olhar amedrontado me deixou ressentida.

–Eu não posso fazer nada, minha querida... –Uma lágrima me escapou.

Pressionei os olhos com força, sentindo uma dor enorme dentro de mim. Por um minuto, tudo ficou em silêncio, o quarto ao lado, onde Justin estava tendo um acerto de contas com o Brook, ficou em silêncio.

 Abri os olhos lentamente desejando que tudo aquilo acabasse.

–Seu tempo acabou. –A voz do Justin soou maligna. O gatilho foi puxado e ao ouvir o barulho do tiro, caí em prantos.

–O que está acontecendo aqui? –Uma mulher jovem entrou na casa. Estava completamente confusa conosco ali.

–Mamãe, mamãe! –A garotinha gritou.

–Filha! O que houve? Quem são vocês? –A jovem questionou apavorada.

Justin entrou na sala ainda com arma em punho. Atrás dele, vieram o Ryan e o Tyga, ambos satisfeitos com a cena que presenciaram. Desumanos

–Onde está meu marido? –A moça perguntou começando a derramar lágrimas de dor.

–No inferno. –Justin fez o gesto do demônio com a mão direita e riu pelo nariz. Ao passar por mim, me puxou pelo braço para darmos o fora dali.

E novamente comecei a chorar pela dor de saber que o nosso dia estava só começando e que faríamos isso o dia inteiro.

Para mim, era doloroso. Para eles, era prazeroso.

Por sorte, a casa onde morávamos estava intacta. Sem contar com os móveis que nos livramos a troco de dinheiro, estava intacta. Meu quarto estava inteiro, do jeito que sempre foi desde que me juntei aos rapazes.

Entrei no cômodo e tranquei a porta. Corri até a cama e escondi o meu rosto por entre os travesseiros. Estava com vergonha de mim mesma por ter deixado aquelas famílias sofrerem. Meus olhos, nariz e bochechas estavam vermelhos devido ao choro. E era triste ver que eu já estava acostumada com aquela aparência destruidora. Fitei o teto por um longo tempo e virei meu corpo para o lado, tendo a visão do criado-mudo e de tudo o que estava sobre ele. Corri os olhos por todas aquelas coisas: perfume, bolsa, porta-jóias e retratos. Meu estômago revirou ao ver uma foto com a Ruby. Levantei com toda a ira e peguei o retrato do criado-mudo. Mordi o lábio inferior e não tentei segurar as lágrimas, pois sabia que eu falharia. Encarei seu rosto na foto com desgosto. Não pensei duas vezes e lancei o objeto em minhas mãos contra a parede. Em seguida, fiz isso com todas as coisas que pertenciam a ela e que estavam comigo.

Busquei pôr para fora todo o sentimento ruim  que morava em mim. Descontei meu rancor e ódio em seus pertences. Esperava que tudo o que me prendia a ela fosse destruído junto com os objetos.

–Para com isso! –Chris entrou no quarto e fechou a porta atrás de si. Ele correu até mim e segurou meus braços nas costas, impedindo-me de lançar qualquer coisa contra a parede.

–Não! Essas coisas são dela, porque ela não levou consigo? –Perguntei aos prantos.  

–Não era importante para ela, Mackenzie! Não vê que ela só quis o dinheiro? –Chris falou em alto tom de voz.

–Ela disse que me amava... –Derramei mais lágrimas ao lembrar sua promessa falsa.

Minhas pernas fraquejaram. Caí de joelhos no chão. Chris afrouxou meus braços e ao me ver esgotada, soltou-me por completo. Ele analisava-me como uma enfermeira analisava um paciente louco, sem saber se eu teria uma crise ou se realmente estava em paz.

Chris não tentou consolar-me. Ele sabia que suas palavras de nada valiam em meio ao caos que eu estava vivendo.

Ouvi passos atrás de mim.

–Toma isso aqui. –Ele pôs um copo com água e uma cartela de remédios sobre minha escrivaninha. –Vai te ajudar a dormir.

Eu nada fiz além de abaixar a cabeça. Chris agachou-se ao meu lado e deu um longo suspiro.

–Eu quero ficar sozinha. –minha voz soou fraca.

–Vou te deixar sozinha. –Ele se levantou e me deixou sozinha, como foi solicitado.

Solucei durante horas naquela noite. Virei e revirei meu corpo na cama e não consegui achar uma posição boa para dormir. Estava me sentindo sufocada. Não conseguia respirar bem. O ar estava preso dentro de mim. Sentei na cama e suspirei fundo, era extremamente agonizante. Levantei da cama com pressa e corri para fora do quarto. Avancei pelo corredor e desci as escadas com pressa. Cheguei ao jardim completamente esgotada e me joguei no gramado.

Inspirei o ar fresco. Começava a sentir alívio.

Encarei o céu estrelado sobre mim. Tão brilhante. Mordi o lábio inferior sentindo meus olhos marejarem. 

–O que faz aqui?

Sentei no gramado e virei-me  para trás, curiosa para saber quem estava ali.

Era o Justin.

–Estava com falta de ar lá no quarto... –Expliquei meu problema. 

Era estranho conversar com ele, não tínhamos nenhuma ligação mesmo trabalhando juntos. Era sempre eu obedecendo à suas ordens e nada mais.

–Ah. –Ele pôs a mão no bolso da bermuda e tirou de lá um cigarro e um isqueiro. Colocou a droga entre os lábios, a acendeu, deu um trago forte e soltou a fumaça pela boca. Ele se aproximou de mim e sentou ao meu lado. –Aceita?

Não pensei duas vezes e assenti. Um pouco de nicotina no organismo me deixaria melhor. Segurei o cigarro e dei um trago profundo no mesmo.  Afastei a droga dos meus lábios e exalei fumaça pelas narinas. Não foi necessário devolver o cigarro, ele retirou de seu bolso um maço cheio deles e acendeu mais um para si. Fumamos em silêncio.

–Observe. –Justin levou o cigarro a sua boca, deu um trago e em seguida liberou a fumaça no meu rosto. Experiente naquilo, inalei toda a fumaça e soltei novamente pela boca. Ele abriu um sorriso malicioso.

–Acho que acabei de superar as expectativas do professor. –Eu disse com o rosto bem próximo ao seu. Tão perto que sentia sua respiração serena.

–Isso é o que vamos ver. –Depois de dizer isso, nossos lábios se encontraram.

Ele chupou minha boca com ferocidade e sugou minha língua na mesma intensidade, eu acompanhei cada movimento dele. Justin puxou minha cintura e deitou no gramado, fiquei por cima dele e continuei a beijá-lo. Suas mãos bobas percorriam meu corpo e me faziam ter leves arrepios. Decidi provocá-lo e rebolei devagar em seu pau por baixo da bermuda. Ele arfou com meu ato e em resposta, abriu o feixe do meu sutiã, o tirando de mim o mais rápido que pôde. Suas mãos grandes apalparam meus seios e os apertaram com força, afastei nossos lábios e dei um gemido abafado.

–Vamos sair daqui! –Sussurrei em seu ouvido e ele concordou com a cabeça.

Segurei sua mão e fomos juntos para o seu quarto que ficava no andar de cima no final do corredor. Entramos no cômodo e ele fechou a porta atrás de nós com o pé, em seguida, seus olhos devoraram meu corpo.

Ponto De Vista—Justin Bieber. 

Mackenzie estava implorando por sexo. Todo o seu drama depois do desaparecimento da Ruby não passou de falta de sexo. Daria àquela ninfeta o que ela precisava.

Carreguei Mackenzie e a mesma cruzou suas pernas em volta da minha cintura, apertei sua coxa e larguei um tapa no local fazendo com que ela soltasse um gemido abafado. A levei até a cama e fiquei por cima de seu corpo. Entrelacei meus dedos em seus cabelos e trouxe seu rosto para perto do meu. Seus lábios carnudos e rosados eram extremamente convidativos, os chupei com ferocidade e envolvi minha língua aprofundando o beijo. Mackenzie cravou suas unhas em minhas costas e apertou com força. Gemi entre o beijo e passei minha mão livre por sua calcinha. Estava toda molhadinha.

–Já? –Mordi o lábio inferior e a encarei com tesão.

Mackenzie não suportou esperar. Enfiou sua mão dentro da calcinha e soltou gemidos abafados enquanto satisfazia seu prazer.

Posicionei-me entre suas pernas e apertei suas coxas a observando.

–Vai Justin! –Mackenzie implorou.

–Continua. –Ela pareceu aborrecida com a idéia.

Tirei sua calcinha preta rendada e afastei suas pernas uma da outra. Sua intimidade vermelha e pulsante estava completamente molhada. Puta merda. Seus lábios vaginais se contraíam em excitação. Tirei minha cueca box e comecei a me masturbar na entradinha na da sua vagina. Mackenzie aumentou os movimentos e arqueou as costas tendo espasmos. Rocei meu pau em sua buceta e ouvi seu gemido de prazer ao ter seu primeiro orgasmo da noite. Mackenzie segurou a base do meu pau e começou e me masturbar com movimentos rápidos, espirrei porra em sua vagina e gozei na mesma logo em seguida.

Ela foi ágil e passou dois dedos em sua intimidade, em seguida os chupou e sorriu com malícia. Puta que pariu.

Segurei meu pau e o posicionei na sua entrada. Coloquei a cabeça dentro e ela se contorceu na cama.

–Vai Justin, eu quero mais! –pediu.

Enfiei mais. Entrei e saí devagar, ela rebolava com meu pau dentro de si e apertava os lençóis da cama. Acelerei os movimentos de vai e vem dentro dela e massageei seu clitóris.

–Grita, vadia! –Investi nas estocadas e dei um tapa firme em sua bunda.

–Oh, Justin, vai! –Mackenzie gemeu alto.

Apertei sua coxa com força e curvei meu corpo. Dei um chupão forte em seu pescoço e desci para os seus mamilos, chupei seu seio direito enquanto acariciava o bico do seu esquerdo. Mackenzie arranhava minhas costas em excitação. Deixei seus seios, subi meus lábios até seu ouvido e mordisquei seu lóbulo.

Investi nas estocadas dentro dela, senti sua buceta se contrair e mastigar o meu pênis, ficando ainda mais apertadinha.

–Oohh –Mackenzie gemia descontroladamente.

Senti as veias do meu pau saltarem e meu sangue ferver. Gozei dentro dela apertando sua coxa e bunda com força. Desacelerei os movimentos e ela gozou também deixando sua buceta encharcada.

Passei dois dedos por sua vagina e os penetrei na mesma, fiz movimentos de vai e vem dentro dela e ouvi a mesma implorar por mais.

–De costas, Mackenzie. –Ordenei e Mackenzie ficou de quarto para mim. Toda empinada.

Enfiei meu pau em sua bunda e ela soltou um gemido agudo, provavelmente era sua primeira vez. Entrelacei minha mão nos seus cabelos e puxei devagar, ela mantinha sua boca entreaberta e o olhar malicioso. Intensifiquei os movimentos dentro dela e seus gemidos foram aumentando, assim como os meus. Antes de gozar, dei três tapas em sua bunda vendo a marca de minha mão ficar gravada em sua pele. Liberei meu líquido quente dentro dela e caí na cama ao seu lado.

Recuperei o fôlego e levantei da cama logo depois.

Ponto de vista —Mackenzie Foster.

Justin já estava no banheiro há um tempinho, resolvi ir atrás. A porta estava encostada e eu me senti livre para entrar. Ele estava no banho, andei até o balcão e sentei no mesmo.

–Entra aqui. –Era a voz do Justin que vinha de dentro do box.

Sorri maliciosa e desci do balcão, prendi o cabelo em um coque e entrei lá. Justin logo me puxou para debaixo do chuveiro e demos início a um beijo calmo. A água que percorria nosso corpo levava embora todo o suor de nosso corpo. Afastei nossos lábios e dei um selinho nos dele. Terminamos o banho rápido. Enrolei uma toalha branca em meu corpo e o Justin fez o mesmo em sua cintura.

–Gostosa! –Justin deu um tapa forte em minha bunda assim que saímos do banheiro, olhei para ele e mordi o lábio sorrindo.

Recolhi minha calcinha e minha camiseta do chão e as vesti. Justin saiu do closet com uma box branca secando seus cabelos louros com a toalha. Depois de deixar sua toalha no banheiro, jogou-se na cama e deu duas batidas em seu lado esquerdo, me convidando para deitar ali. Juntei-me a ele e cobri metade do meu corpo com um lençol, adormecemos logo.

                                                              ★

Acordei às 7:30 da manhã. Justin não estava mais em seu quarto, provavelmente estava tomando café ou trancado em seu escritório como de costume. Vesti meu short que ainda estava jogado no chão e saí do quarto dele na ponta do pé. Não queria chamar atenção de ninguém, só queria entrar no meu quarto e tomar um bom banho.

–Isso é seu? –Tyga apareceu no corredor com meu sutiã na mão.

–Onde achou isso? –Franzi o cenho e fui até ele buscar.

–No gramado do jardim. –ele me entregou a peça de roupa e ficou me encarando.

–O que é? –cruzei os braços o encarando da mesma forma.

–Façam menos barulho da próxima vez, meu quarto é bem ao lado. –Tyga disse normalmente e saiu andando.

Fiquei sem palavras. Congestionada. Puta merda. Ele tinha ouvido tudo. Ri sozinha da minha situação e corri para dentro do meu quarto. Despi-me no caminho para o banheiro e tomei um longo banho.

Era inevitável não lembrar a noite anterior. E era estranho também. Nunca fui de falar com o Justin. Ele sempre foi o mais fechado do grupo e quando cheguei, ele foi o único que não me recebeu tão bem. Mas nós estamos passando por mudanças, certo? Talvez essa seja uma delas. Talvez

Terminei o banho e vesti um roupão rosa com meu sobrenome gravado atrás. Soltei meus cabelos louros e os sequei.

Saí do quarto e desci as escadas. Entrei na cozinha e vi a mesa posta para o café da manhã. Marcela, a cozinheira, abriu um sorriso lamentável assim que me viu. Ela estava muito sentida por me ver acabada ultimamente, e tinha cuidado de mim como ninguém.

–Olá, Mackenzie! –Marcela abriu os braços e eu a abracei.

–Olá! –disse sorridente e isso pareceu surpreendê-la.

–Olha só, você me parece alegre! –Ela riu empolgada.

–Eu estou! –Me afastei dela e sentei em uma das cadeiras.

Ela serviu para mim torradas e suco de maracujá.

–Isso é muito bom, Mackenzie! Tava morrendo por dentro de te ver toda triste nos cantos. –Ela sentou junto comigo na mesa e eu apenas assenti com a cabeça.

Ainda não estava disposta a falar sobre a Ruby como se tivesse superado tudo, eu não tinha. O que aconteceu ontem foi só uma noite. Só uma noite e nada mais. O Justin não tem nem cara de que passa duas noites com a mesma mulher quem dirás mais adiante.

Enquanto me alimentava, ouvia vozes vindas da sala, eram do Chris e do Ryan e se aproximavam cada vez mais.

–Ora, ora se não é a mocinha que não me deixou dormir direito! –Chris lançou-me um olhar astuto.  

Senti minhas bochechas corarem e abaixei a cabeça olhando para o copo de suco em minhas mãos.

–Me desculpem por isso... –Contive um riso. Marcela nos encarava com uma grande interrogação na testa. A coitada estava boiando no assunto.  

Chris e Ryan caíram na risada pela minha reação.

–Justin quer todos reunidos no escritório depois do café, não esquece! –Ryan avisou e eu concordei com a cabeça.

Terminei o café e fui direto ao escritório do Justin. Infelizmente o Tyga já estava lá. E minutos depois, o Ryan e o Chris entraram também.

Sentei em uma das poltronas que ficavam em frente à mesa do escritório e encarei o Justin que mexia em seu notebook.

–Não lucramos quase nada com o dinheiro que conseguimos das dividas. –Ele largou o notebook e nos encarou.

–Porque nem todos pagaram, e ainda falta gente aí. –Chris disse. Justin balançou a cabeça negativamente.

–Não, porra. Enfia na sua cabeça que essas dividas não vão servir de nada. Perdemos tudo o que tínhamos, perdemos tudo o que conquistamos por anos, acha que com dividas de drogas vamos recuperar? –Justin perguntou. Era evidente que não. Todos ficaram em silêncio.

–E o que você sugere? –Ryan tentou ser discreto ao demonstrar interesse na proposta do Justin.

–Vamos voltar os anos, os velhos tempos. –Justin relaxou o corpo em sua poltrona de couro. Os rapazes se entreolharam sem entender.

–E isso quer dizer? –Tyga perguntou.

–Assaltos pequenos, coisas pequenas. –Expliquei o que entendi e Justin assentiu. Afirmando minhas palavras.  

–E nosso primeiro alvo é uma joalheria. Vamos tentar um novo começo nisso tudo. –Justin encarava cada um de nós esperando uma reação. Todos estavam pensativos.

–É a única forma. –Tyga deu de ombros.

–Tudo bem, é nossa única saída mesmo.—Chris concordou também.

–Ainda não contei a melhor parte. –Justin disse e todos nós o encaramos famintos por boas notícias.

–Encontrou a desgraçada que roubou o dinheiro? –Chris insistia no assunto que o mantinha puto.  

–Não! Aquieta aí. –Justin olhou para o Tyga e deu a palavra a ele.

–Vamos assaltar o banco central.

Pasmos. Cada um de nós com uma expressão mais espantada que a outra. Precisávamos de dinheiro, mas aquele seria um roubo grandioso, extremamente perigoso. 

–É disso que eu to falando, porra! –Ryan animou-se com a notícia.

–Eu e o Tyga estamos elaborando os esquemas do assalto, passaremos para vocês em breve. Enquanto isso, foquem nos assaltos menores! –Justin ordenou.

–Por que temos que ficar com as paradas menores? –Chris questionou a injustiça nítida.

–Só vamos organizar uns esquemas. Enquanto isso vocês não podem ficar parados, devem que agir. –Tyga disse. Mas não pareceu convencer o Chris, ele deixou o escritório aparentemente bolado.

–Podem ir, vou ficar por aqui com o Justin organizando tudo. Temos muito trabalho, e vocês também. –Tyga avisou, ignorando os sentimentos do seu amigo que acabara de deixar o cômodo

Levantei-me da poltrona um pouco desapontada por não ter recebido nada do Justin. Eu já deveria esperar isso dele. Caminhei até a saída junto com o Ryan. Antes que eu saísse do escritório por completo, ouvi um “psiu” atrás de mim, olhei rapidamente para trás. Era o Justin.

–Fecha a porta! –Ele sussurrou. Revirei os olhos e mostrei o dedo do meio para ele. Ele riu e eu também.

Fechei a porta os deixando sozinhos no escritório e fui encontrar o Ryan e o Chris. Os dois estavam na sala.

–O que temos para hoje? –Perguntei e me sentei no sofá, me juntando a eles.

–Precisamos de dinheiro com assaltos pequenos, nossa melhor opção é a joalheria. –Chris disse.

–Fiquem aí, vou buscar o armamento. –Ryan se levantou e saiu da sala em busca dos armamentos necessários para a operação.  

Ainda estava meio sem graça de ficar sozinha com qualquer um deles por saber que todos ouviram um pouco da noite passada.

–Como você está se sentindo com tudo isso? –Chris me encarou.

–Acho que estou ficando melhor, não totalmente, mas estou sentindo mudanças...

–Sabe que não precisa forçar a barra, né?

–O que quer dizer com isso? –Franzi o cenho ao perguntar.

–Você e o Justin. Tá fazendo isso para esquecer a Ruby? –Chris tocou no assunto que me fazia infeliz: Ruby.  

–Não. Eu senti vontade e fiz. Não há nada sério entre nós dois. –esclareci. Ele balançou a cabeça positivamente, compreendendo o que eu disse.

–Isso deve ser difícil...

–Isso é muito difícil, Chris.

Olhamos-nos com um olhar pesadamente triste. Apesar de toda a raiva, sentíamos falta dela. Eu paro para pensar nela e sinto saudades do seu cheiro, sua voz, seu carinho. Mas é triste lembrar o que ela nos fez, e saber que as coisas estão melhores assim, com ela bem longe.

Eu ainda me lembro da nossa última conversa. Eu ainda me lembro do nosso último beijo. E eu sei que eu não vou esquecê-la tão facilmente. Gostaria de encontrar com ela nas ruas, por um acaso qualquer e lhe perguntar por que me deixou depois de tudo o que vivemos. Perguntar também se o que tínhamos era real.  Porque agora, sozinha, começo a acreditar que nada existiu de verdade.

–Aqui estão. –Ryan despertou-me dos meus pensamentos e nos entregou as armas e vestimentas necessárias.

–Vou lá em cima me trocar e já volto! –Avisei e saí correndo para o meu quarto.

Vesti um casaco preto. Puxei o capuz do casaco e cobri minha cabeça. Pus uma máscara preta por cima, deixei meu rosto descoberto e escondi a arma na cintura.

–Estou pronta! –Anunciei ao pisar os pés na sala novamente.

–Vamos. –Chris disse conduzindo a mim e o Ryan para o seu carro.  

Não fazíamos isso há muito tempo. Tínhamos parado com os assaltos. Focamos na boate, no dinheiro das drogas e armamentos. Tudo isso estava dando certo, até sofrermos um golpe de um membro da equipe.

Entramos juntos no carro e Chris deu a partida em direção a joalheria. A viagem não demorou tanto, a distância da nossa casa até lá era pequena, pois morávamos perto da cidade.

–Fiquem atentos aos funcionários e não deixem que eles alarmem para a polícia. Mackenzie, você fica com as jóias. Eu e o Ryan damos conta do caixa e dos clientes. –Chris explicou. Apenas assenti e saí logo do carro.

Cobri meu rosto com a máscara preta e entrei no estabelecimento junto com os rapazes.

–Todo mundo no chão! –Ryan gritou e sacou a arma da cintura. As pessoas gritaram com o susto e se jogaram de qualquer jeito no chão.

As funcionárias atrás do balcão tentaram pegar o celular e ligar para a polícia, mas Chris foi rápido e deu um tiro para o alto, fazendo todas se assustarem e largarem os pertences no chão.

–Se eu pegar alguma de vocês com celular, cabeças vão rolar, entenderam? –As mulheres concordaram com a cabeça.

–Vai, vai, vai! –Ryan fez sinal para que eu limpasse a vitrine das jóias mais caras.

Corri com arma em punho até a vitrine dos fundos, lá ficavam as mais preciosas. Peguei um extintor que estava preso em uma pilastra e com ele, quebrei a vidraça que protegia as jóias. Comecei a recolher todas rapidamente e guardá-las em uma sacola preta.

Flashback

Segurei meu cabelo e virei de costas para ela.

–Pronto. –Ruby depositou um beijo em minha nuca. Soltei meus cabelos e toquei no colar que ela pôs em meu pescoço.

–Eu adorei... –Sorri manhosa para ela e a mesma me encarava com um sorriso de canto.

–Sabia que ia gostar. –Ela deu uma piscadela e me puxou para um abraço.

Flashback off

–ANDA LOGO! –Chris me balançou e me puxou para fora da joalheria. Tinha me perdido em meus pensamentos. Não ouvi as sirenes da viatura da polícia.

Corri com o saco preto de jóias na mão e saí do estabelecimento. Ryan e Chris vieram logo atrás de mim com duas mochilas pretas nas costas, ambas carregadas de dinheiro.

As sirenes da polícia ficavam cada vez mais próximas. Entrei no carro depressa e os rapazes fizeram o mesmo. Chris afundou o pé no acelerador e saiu cantando pneu do local.

–VAI, PORRA! –Ryan vibrou nossa vitória.

Chris também mantinha um sorriso vitorioso no rosto. Eu estava feliz por termos conseguido, mas triste pela lembrança que tive.

Enquanto encarava o caminho através da janela do carro, toquei o meu colar. Fechei os olhos devagar e tentei capturar em minha mente uma imagem dela sorrindo, mas não consegui.

–Vamos comemorar! –Chris estacionou o carro em frente a um bar que costumávamos freqüentar sempre.

–Demorou! –Ryan saiu do carro e eu também.

Entramos juntos no bar e logo todos que estavam ali nos cumprimentaram, éramos bastante conhecidos naquele lugar.

–DESCE TRÊS DOSES DE UÍSQUE! –Chris gritou e o barman aprontou seu pedido. Fui até o balcão e sentei-me em um dos bancos.

O barman, Jan, me deu uma dose de uísque e as outras duas para os garotos.

–UM BRINDE! –Ryan levantou sua dose.

–UM BRINDE AO RECOMEÇO! –Chris completou e levantou sua dose também.

–Um brinde ao recomeço! –Repeti levantando o meu copo e bebi o líquido quente logo em seguida.

Então é isso, recomeço.



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