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História Pressure - New Parade


Escrita por: ig2000

Notas do Autor


Olá bebês. Esse é o último capítulo, tá?
Como disse, vai rolar segunda temporada. Não sei se continuo postando por aqui mesmo ou crio outra, mas o problema é fazer uma capa, mó pregs. Vocês sabem alguém que faz capas legais? Indiquem-me.
Boa leitura. Entreguem-se.
xoxo

Capítulo 26 - New Parade


Fanfic / Fanfiction Pressure - New Parade

–Está acordando! Está acordando! –Uma voz desconhecida alertou.

Minha visão turva impossibilitava-me de ver as coisas com clareza, apenas enxergava uma luz oscilante direcionada a mim.

–Ela teve quatro paradas cardíacas até chegar ao hospital. Uma equipe de médicos acabou de fazer compressão torácica para reanimá-la. –Uma enfermeira repassava para um médico que analisava-me minuciosamente.

–Mande mais médicos para a ala nove, há feridos lá que precisam de ajuda com urgência! –O doutor ordenou-a.

–Sim senhor. –A moça saiu depressa do cômodo.

Movimentei minha cabeça para os lados tendo a dor como conseqüência dos movimentos. Um aparelho monitorava meus batimentos cardíacos ao canto. Alguns fios estavam presos às minhas narinas e o meu corpo, pálido demais, estava machucado. Completamente machucado.

Após algumas anotações, o doutor aproximou-se de mim. Seu olhar carregava preocupação.

–Onde estão os meus amigos? –Indaguei.

Ele suspirou. Um suspiro que deve ter durado cerca de poucos segundos. Mas para mim soou como uma eternidade.

E então, sua cabeça balançou negativamente e seu lábio de comprimiu.

–O estado é grave. –respondeu-me– É surpreendente ver que alguns ainda estão vivos.

–Todos estão vivos? –Questionei. Meu coração batia apreensivo.

–Por enquanto, todos estão. –Ele pareceu orgulhoso em dizer isso.

E meus ombros tensos relaxaram. E as dores em meu corpo nem me pareceram um problema. Estavam todos vivos.

–É mesmo surpreendente. –suspirei aliviada e feliz. –Diga-me, como está a Ruby? Preciso saber sobre todos, mas ela não estava bem antes da explosão.

–Perdão? –Ele não entendeu.

–Ah, claro. Você não a conhece. –Ri boba– Ela foi baleada duas vezes, isso deve estar anotado em seu laudo médico.

Ele deu uma breve checada em suas anotações o voltou-se para mim com a expressão vazia.

–Nenhuma das vítimas carrega ferimento de balas.

–Ela foi baleada duas vezes! Não é possível! –Comecei a exasperar-me.

–Como eu disse, alguns estão vivos. –Ele voltou a sua expressão triste. –Encontramos um corpo destroçado, não há como identificá-lo. O lugar onde vocês estavam foi destruído em mil pedaços, se ainda há alguém lá, está morto.

O meu coração pareceu congelar dentro de mim. O meu estômago embrulhou. O doutor fez uma pausa e checou uns papéis.

–Julie. Tyga. Chris. Ed. Emma. Mackenzie. Justin. –e por algum motivo, meu coração disparou ao ouvir o nome do Justin. –Ryan. Esses foram os sobreviventes.

–Não! –Meus olhos marejaram.

–Sinto muito.

Balancei minha cabeça para os lados recusando-me a acreditar naquilo. As lágrimas que desciam molhavam meus ferimentos faciais. E tudo virou um preto e branco sem graça. Tudo em mim perdeu a cor. Eu perdi o meu amor.

–Voltem para buscá-la agora! –Ordenei em meio ao choro.– EU QUERO ELA AQUI!

Sem pensar duas ou mais vezes, puxei de mim todos os fios conectados ao aparelho ao lado. Debati-me na maca como louca. O médico num rápido movimento injetou em meu sangue algum tipo de sonífero. Apaguei de imediato.

                                              ...

A vida é uma louca aventura da qual ninguém sai vivo.
    Passa rápido.
Nela nós amamos, choramos, sorrimos, brigamos.
Vale de tudo, menos desistir.
É um jogo. E todos somos jogadores.
Alguns jogadores veneram o poder, e são mínimos os finais felizes destes.
E voltando a falar da vida, nela encontramos almas lindas.
Compartilhamos momentos com pessoas diferentes de nós.
Vivemos intensamente os segundos que temos.
Fazemos loucuras das quais nos arrependemos.
E loucuras das quais queremos repetir.
Nós nos apaixonamos.
Nós brigamos.
Nós enlouquecemos.
E essa é a vida.
É composta por tudo isso e ainda mais.
E cabe apenas a nós aproveitar cada dia que nos resta.
Aproveitar como se fosse o último dia.
Porque ninguém nuca sabe ao certo quando será.
Então deixe com que a vida leve você para oceanos nada pacíficos.
Arrisque. Sinta medo. Seja feliz. Chore. Se desespere. Morra de raiva.
Viva. –Doutor Harold.

Meus olhos encheram-se de lágrimas ao ver o pequeno texto que o doutor anotou para mim em um papel. E junto ao texto sobre a mesinha ao lado da maca, uma foto de um ultrassom.

“O que me surpreendeu ainda mais, foi saber que seu filho estava vivo. Cuide bem dele.”

Meu filho está vivo. Eu tenho a chance de dar a ele o melhor como os meus pais me deram. Tenho a chance de recomeçar. Posso viver uma vida diferente. Eu quero isso.

Com dificuldade, levantei-me da maca. Levei comigo a ultrassonografia e o bilhete do doutor Harold. Ao deixar a sala de recuperação, caminhei por um corredor extenso e ao seu fim, uma porta cedia espaço para a saída.

E durante o percurso, passei pelo leito dos meus amigos. Todos deitados sobre uma maca com ferimentos terríveis. Desejei que todos sobrevivessem àquilo. Desejei um futuro melhor para todos. Afinal, livres do Travis por fim.

E por último, adentrei o leito do Justin. Ele mais que todos estava machucado, mas dormia serenamente sobre a maca. Com todo o cuidado do mundo, aproximei-me dele e acariciei seu rosto. Eu precisava, só por uma única vez, sentir o gosto do seu beijo. Precisava daquilo sem saber o porquê. Então o beijei. Pousei minha mão sobre sua pele e pressionei nossos lábios contra o outro. Meus dedos deslizaram para sua nuca num movimento de extrema delicadeza. E seus cabelos macios foram afagados por minha mão.

–Adeus, Justin. –Sussurrei ainda com os lábios presos aos dele. –Prometo cuidar do nosso filho, e peço perdão por você não poder fazer o mesmo. Mas eu não quero que ele corra perigo. –Eu já soluçava fracamente.– Me perdoe. Eu te amo. E não mereço você.

Afastei nossos corpos e passei a mão por seu corpo devagar. Detive meus movimentos ao sentir algo em seu bolso. Sem acordá-lo, puxei o objeto de lá curiosa por saber o que ele guardava consigo. Era uma caixinha de veludo preta. Dentro dela, um anel estava guardado.

–É o anel do nosso casamento! –Reconheci emocionada. –Você guarda consigo? –Perguntei mesmo sabendo que não obteria respostas. –Saiba que eu também guardo comigo o seu.

Tateei meu corpo e achei dentro do meu sutiã o anel. Sempre guardei-o comigo. Nunca quis me separar dele. E pelo visto, Justin fazia o mesmo. E tudo em mim ficou emocionado. Minhas estruturas estavam nitidamente abaladas.

–Podemos fazer isso. –Enxuguei minhas lágrimas e suspirei fundo. –Eu, Mackenzie Foster, aceito ser sua mulher. –Declarei com a voz trêmula, e com a mão também trêmula, pus meu anel em seu dedo anelar. –E você, aceita? –Perguntei sendo novamente domada pelas lágrimas. Meu coração doeu muito. –Eu espero que sim. –Pus seu anel em meu dedo.

Casados por fim.

Deixá-lo foi como tentar saber sobre alguém que nunca conheci. Extremamente difícil. Mas foi necessário. Eu não podia prosseguir com aquela vida. Não quando estava ciente de que um bebê crescia dentro de mim. O meu filho. E eu darei a ele o melhor que puder. E Los Angeles está longe de ser o melhor. Estou dando adeus à tudo e todos. Viverei uma nova vida, um novo capítulo.

Então, onde será minha próxima parada?

Londres, talvez.



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