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História Pressure - Mackenzie In The Control


Escrita por: ig2000

Notas do Autor


heeeeeeeeeeeeeeeeeey
Vou postar e sair correndo pois estou atrasada para o colégio.

Capítulo 28 - Mackenzie In The Control


Fui retirada dos meus devaneios sendo balançada freneticamente por minha amiga que, por sua vez, entrava em desespero devido à minha mudança repentina de humor.

–Mackenzie! Pode me explicar o que está acontecendo? –Hanna deixou transparecer preocupação em sua voz.

E meus olhos carregados por lágrimas piscaram deixando-as cair e molhar minha camiseta branca. E eu sabia. Sabia que as deixaria cair.

E todos ainda estavam sendo transmitidos pela TV. E a expressão em suas faces nunca foram tão sombrias.

–Mackenzie! Você está me deixando preocupada! –Hanna insistia em obter respostas.

Pisquei repentinas vezes os olhos antes de encará-la. Tudo em mim era um violento mar de confusões e eu não era capaz de explicar nada a ninguém, do contrário, eu merecia explicações.

–Você disse que gostaria de ver o pai do Tyler um dia. –Lembrei-me do desejo da Hanna. Ela assentiu sem entender– Disse que queria dizer a ele o quanto seu filho era incrível, lembra?

–Eu lembro tudo isso. Mas, por que esse assunto agora? Você nunca gostou de falar sobre.

–Porque agora você pode vê-lo. –Direcionei o controle à TV e a tirei do mudo– Aí está ele.

No exato momento, Justin era retratado nas filmagens enquanto um repórter contava aos telespectadores a história do assalto ao banco. A história que eu não sabia, mas sentia a necessidade de saber.

–Ele está sendo preso?! –Hanna perguntou-me horrorizada.

–Ele, e todos os meus amigos. –Balancei a cabeça negativamente encarando a TV.

–Meu deus! –Hanna pôs as mãos na boca.

–Acredite, estou tão surpresa quanto você. Achei que estivesse tudo bem com eles. Mas vejo que a Julie mentiu para mim por todo esse tempo. –Deixei escapar certo ódio nas palavras usadas.

–O que vai fazer? –Hanna questionou-me ao me ver pegando o celular.

–Saber a verdade. A verdade que por sinal estava escondida de mim por todos esses anos. Por quatro fodidos anos. –Disse entre dentes.

Disquei o número da Julie e pus a ligação para chamar. Não demorou muito e ela atendeu.

Mackenzie Foster: Julie. Explique-me agora porque todos estão presos.

Ouvi-a embolar-se nas palavras antes de dizer.

Julie Clark: Mackenzie, me desculpa.

Mackenzie Foster: JULIE, O QUE ACONTECEU?

Julie Clark: Por favor, fique calma, eu prometo que explico toda a verdade.

Mackenzie Foster: A verdade? Como saberei se não está mentindo para mim?! Como saberei se tudo não passa de histórias inventadas?! Porque você certamente é boa em mentiras, em invenções. Inventou tudo para mim durante quatro anos!

Julie Clark: Não posso conversar com você nesse estado. Você está com raiva, e tem razão. Mas estou tão abalada quanto você com a prisão. Tudo aqui sobrou para mim, eu não sei o que fazer para tirá-los de lá. E eu sei que você está surpresa, mas prometo que contarei toda a verdade para você.  Prometo que direi a real história de como foram esses quatro anos sem você. E desde já, deixo claro que, essa versão não é nem um pouco pacífica.

Mackenzie Foster: Eu não posso ficar parada aqui esperando as coisas se resolverem para saber a verdade.

Julie Clark: O que quer dizer com isso?

Mackenzie Foster: Que passei todo esse tempo aqui por achar que desta forma as coisas estariam melhores. Mas você mentiu. Nada está bem.

Julie Clark: Você tem razão. Nada está bem. Mas além disso, há um fato ainda pior: nada nunca mais ficará bem.

Mackenzie Foster: Não posso deixar as coisas assim.

Julie Clark: Não há nada a se fazer, Mackenzie. Você precisa apenas tocar sua vida adiante. Você teve a sorte de mudar sua vida para sempre, não a desperdice.

Mackenzie Foster: Cala a boca, Julie, poupe-me dessa conversa moralista! Eu recuso qualquer conselho seu. Recuso qualquer conselho de uma pessoa que escondeu de mim a verdade. Sou eu quem decide o que fazer da minha vida, você perdeu a chance de opinar quando mentiu para mim.

Devido à gritaria, o pequeno Tyler despertou. Ele apareceu na sala aparentemente assustado e pedindo o colo da Hanna, que logo foi cedido.

Eu estava confusa. Estava brava. Estava sem condições para uma conversa civilizada. Tudo o que eu queria era explodir. Tudo o que eu queria era descontar a raiva de ter fugido de Los Angeles em um momento ruim. Sentia-me covarde.

Mas há uma coisa sobre sentir-se triste, covarde, inútil; você não precisa permanecer assim. Porque todo ser é forte o suficiente para sair de uma situação ruim. E eu reconheço em mim uma enorme força. Força por ter me despedido dos meus pais, força por viver nas ruas, força por perder o meu grande amor para a morte, força por abandonar meus amigos. E com toda essa força, sei que é possível mudar o fato de ter sido covarde por longos quatro anos. Eu sei que posso mudar isso, e eu vou.

Encarei mais uma vez meu pequenino acolhido aos braços da Hanna. Sabia que parte da minha fuga para Londres envolvia o seu bem estar, pois eu queria que ele crescesse longe de tudo o que há de ruim no mundo, e para mim, essa maldade estava concentrada em Los Angeles. Mas é quase impossível fugir às suas origens. Não importa o quanto você negue, se for para ser, o destino achará uma forma de te levar até lá.

Mackenzie Foster: Não precisa dizer mais nada. Não por telefone. Você me contará tudo pessoalmente.

Julie Clark: Não posso sair de Los Angeles agora. Há muita coisa para resolver aqui. Justin, Tyga e Chris têm somente eu fora da cadeia para ajudá-los.

Mackenzie Foster: Você não precisa sair de Los Angeles para me ver. Eu estarei aí em algumas horas. Até logo.

Finalizei a ligação.

–Vamos para Los Angeles? –Hanna perguntou surpresa. Seus olhos arregalaram-se de imediato.

–Arrume suas malas. –Joguei meu celular no sofá e encarei-a determinada. – A viagem será longa.

–Espera um pouco. Finalmente vou saber sobre seu passado? –Perguntou sem acreditar.

–Não que isso seja uma coisa boa, mas você saberá de cada detalhe. –Garanti.

–Das poucas histórias que já ouvi você contar, fico ansiosa para fazer parte disso. –Hanna expôs seu contentamento.

–Você é louca.

–Eu preciso de adrenalina. E tudo indica que só encontrarei em Los Angeles, então, dêem-me boas vindas, porque eu vou. –Hanna disse totalmente convencida. E eu adorei a sua energia.

–Vamos embora? –Tyler levantou a cabeça do ombro da Hanna e perguntou baixinho.

–É, nós vamos. –Hanna balançou o Tyler no colo.

–E vamos agora. –Apressei-me e saí andando em direção ao meu quarto.

–Agora?! –Hanna indagou ao seguir-me.

–Agora. Por que esperar? Eu já estou quatro anos atrasada. Não quero ficar nem mais um minuto sequer. –Desabafei. 

Hanna pôs o Tyler no chão e caminhou até mim.

–Faremos isso. Mas antes de tudo, preciso que saiba que você não tem culpa de nada disso, e que as coisas ficarão bem, ou ao menos, nós duas tentaremos de tudo para que fiquem. –Ela segurou minhas mãos ao dizer. –Portanto, sem perder a cabeça. Sei que você sabe exatamente como vencer o jogo, mas precisa ser calculista. Eu percebo que você está desesperada, e não pode agir sob desespero, precisa ser confiante, e se você não tem essa confiança, eu passo para você.

–Estou mesmo desesperada. –Desabafei. –Sinto como se tivesse deixado todos para trás, e foi o que eu realmente fiz, mas achei que tudo estivesse melhor assim. Agora tudo em mim está confuso. E principalmente decepcionado. Estou decepcionada comigo mesma.

–Mas você não precisa. Você suportou aquele lugar até o seu limite. E perdoe-me tocar nesse assunto, sei que prometemos nunca mencioná-lo, mas você perdeu a pessoa que você mais amava no mundo, e acho que no mínimo precisou de um tempo para se recompor de tanto sofrimento. Mas, agora, sente-se realmente pronta para voltar lá?

–Sinto. Eu sei que nesse momento o meu lugar não é em nenhum outro além de Los Angeles. Preciso ajudar os que deixei para trás. –Suspirei fundo. –E preciso da sua ajuda.

–Você sempre terá a minha ajuda. –Ela puxou-me para um abraço.

Naquele momento recebi todo o apoio que precisava. Hanna conseguiu passar para mim confiança e determinação. Eu soube naquele instante que, juntas, enfrentaríamos de tudo para vencer o jogo.

Pusemo-nos a arrumar nossas coisas. Abri duas malas sobre a cama e pus peças de roupas dentro dela. Em outro cômodo do apartamento, Hanna também organizava sua mala, e depois, a do Tyler.

Após arrumar as malas, arrumei-me enquanto Hanna fazia o mesmo consigo. Troquei o pijama do Tyler por uma roupa casual e, por fim, estávamos todos prontos.

Deixamos o lugar às pressas. Entreguei a chave do apartamento ao porteiro do prédio e após uma breve despedida, saí do local. Hanna chamou um táxi que nos levaria direto ao aeroporto, pusemos nossas malas dentro dele e entramos logo depois.

–Certo. Você tem um plano? Precisa de um! –Hanna virou-se para mim eufórica.

–Sei exatamente como tirá-los de lá. –Disse com total confiança. –Mas precisarei da ajuda de alguém.

–Um alguém específico? –Hanna questionou. Eu assenti. –Quem?

–Nicholas. –Respondi.

Hanna arregalou os olhos como se eu tivesse acabado de encontrar a solução para o problema, e por um lado, realmente eu havia encontrado.

–Boa! Ligue para ele! –Incentivou-me.

E foi o que fiz. Rapidamente, disquei o número do meu chefe, Nicholas, e pus para chamar.

Mackenzie Foster: Nicholas. Preciso da sua ajuda.

Nicholas Parker: O que quiser.

Então lhe contei tudo. Sentada ao meu lado e ouvindo a conversa, Hanna ficou boquiaberta por saber de coisas que nunca a contei antes. Mas o que realmente importou foi que, ao fim da conversa, podia contar com a ajuda do Nicholas para tirá-los de lá. E eu agradeci muito por isso.

...

Tudo parecia estar sob controle. E o melhor e mais satisfatório, sob o meu controle. Havia conseguido alguém para tirar todos da prisão. Nicholas dispôs-se a largar todo seu trabalho em Londres para acompanhar-nos em um jatinho particular para Los Angeles.

E meus sentimentos afloraram-se. Estava sensível como a pétala da flor mais delicada existente. Meu coração batia como uma marreta. Sabia que, a cada minuto, eu estava mais perto do meu passado, mais perto de todos que se fizeram presentes no meu momento sombrio. Se eles conseguissem sentir minha pulsação, ficariam assustados.

Em poucas horas, estávamos pousando sobre o solo e Los Angeles. Senti calafrios ao pisar no chão logo que saí do jatinho. Fazia frio. Uma neblina gelada pairava no ar, Tyler correu depressa para os meus braços e eu acolhi-o.

Lá estava eu, Mackenzie Foster, de volta à Los Angeles. Há uns anos, estava fugindo como uma condenada. Há uns anos, participei de um jogo doentio naquele mesmo lugar, um jogo que levou embora o grande amor da minha vida, o amor que evito lembrar, mas que não fora esquecido, e nunca será. Há uns anos, morri aqui, perdi o sentido. Há uns anos, o meu coração se partiu, aqui mesmo, em Los Angeles.

 E agora estou de volta, já crescida, e mais forte. Agora estou de volta com a companhia de pessoas que não conhecia há quatro anos, mas que agora, são tudo para mim.

Não sei ao certo o que me espera aqui. Não sei ao certo o que sinto estando de volta. Parte de mim sente-se, por mais estranho que pareça, em casa. A outra parte de mim sente medo, medo do que está por vir. Mas não deixarei o medo se pôr na minha frente, eu o domino agora.

...

Nicholas chamou um táxi e pediu para que nos levasse diretamente à prisão onde estavam o Justin, o Tyga, a Emma, o Ryan e o Chris. Hanna parecia-me tensa, mas a todo o momento dizia-me palavras reconfortantes e incentivadoras, e eu sentia-me totalmente confiante com sua ajuda.

Logo estávamos em frente à prisão Hortfield. Os grandes muros do lugar eram assustadores, e no seu topo, haviam cercas elétricas que impediam qualquer tentativa de fuga.

 Andamos um pouco e paramos em um portão de aço enorme. Quatro seguranças armados liberaram a nossa entrada após Nicholas identificar-se. Dois dos seguranças nos acompanharam até a parte interna da prisão.

–Resolverei tudo de necessário para tirá-los daqui. Considere-os soltos desde já. –Nicholas convenceu-se de tal coisa.

–O cara é foda, Mackenzie! –Hanna deu um tapa no ombro dele e arrancou-lhe um sorriso. Eu também ri.

–Não sei como agradecer, Nicholas. Isso é de extrema importância para mim e você está fazendo muito para ajudar. –Parei de andar interrompendo os passos de todos, inclusive os seguranças.

–Eu sempre ajudarei você, em tudo o que precisar. –Ele assegurou ao tomar minhas mãos sobre as suas.

Trocamos sorrisos sinceros e, logo após, um abraço ainda mais sincero.

–Não me esqueçam! –Hanna exclamou e incluiu-se ao abraço.

Lá estávamos nós, os três patetas abraçando-se numa prisão. Três idiotas demonstrando afeto no lugar, talvez, menos afetivo do mundo. Mas eu pouco me importei para isso, pois sempre seremos nós que faremos o impossível tornar-se possível.

–Seguranças! –Nicholas chamou a atenção dos dois muralhas que nos aguardavam. –Levem essa daqui às celas onde estão presos Justin, Tyga, Emma, Chris e... Qual é o nome do outro? –Ele virou-se para mim com um sorriso envergonhado no rosto.

–Ryan. –disse rindo.

–Ryan! –Ele disse. –Leve-a lá.

–As duas gangues presas devido ao assalto ao banco? –Um dos seguranças indagou.

–Exato. –Nicholas confirmou.

Como ordenado, os seguranças guiaram-me para as celas. Hanna carregou Tyler no colo e seguiu o Nicholas, que estava determinado à tirar todos daquele lugar medonho.

Aumentei a velocidade dos passos a fim de acompanhar os seguranças, que, por sua vez, andavam numa velocidade exagerada.

Logo menos, entramos num corredor escuro e úmido. Senti meus pelos eriçarem-se por completo. Estava nos corredores das celas dos prisioneiros e ao passar por eles, todos me encaravam com imensa raiva.

Com o decorrer do tempo, comecei a ouvir vozes. As vozes aumentavam no compasso em que o fim do corredor aproximava-se. Logo reconheci as vozes. Eram eles.

–Veremos se você conseguirá fazer tudo isso com sete balas na cabeça. –Aquela ameaça veio do Tyga.

–Cala a porra da boca! –Emma o cortou, sua voz indicava exaustão.

–Eu só estou enfiado nessa porra por culpa de vocês! –Tyga culpou-os.

–Poupe-me, Tyga. Vocês quiseram nos atrapalhar porque sabem que estamos sempre um passo a frente e acabaram se fodendo também. –A voz do Ryan era a única manifestando-se ali. –Mas é o que vocês fazem, não é?! Agem sem pensar. E por isso nunca conquistam nada! A gangue de vocês nunca sairá da merda em que vocês mesmos se puseram!

Aquela conversa deixava-me totalmente confusa. Notei que estava mesmo por fora de tudo quando não entendi um terço de suas conversas. Mas, além disso, sabia que descobriria todas as histórias em breve.

Os seguranças pararam pouco antes de chegar ao fim do corredor e deram-me passagem para seguir aquele caminho sozinha. E, o que mais me surpreendeu, deram-me um chaveiro enorme. Aquelas eram as chaves das celas. Seja lá o que o Nicholas lhes disse, os convenceram certamente.

Segurei a penca de chaves e deixei um sorriso malicioso me escapar. Ajeitei em meu corpo minha jaqueta de couro preta e meus cabelos louros desalinhados. Meus passos ecoaram por todo o lugar. O sonido do salto das minhas botas pretas chocando-se ao chão de madeira fez a discussão entre eles cessar. Percebi que eles inclinavam seus corpos para ver quem se aproximava, todos curiosos e tensos.

Confesso, me diverti com a situação. A liberdade deles estava na palma da minha mão. No final, mesmo com minha ausência durante quatro anos, foi de mim que precisaram no pior momento, e eu estava bem ali.

Mackenzie?! –Todos disseram em conjunto assim que me pus no campo de vista de todos.

–Sentiram saudades? –Arqueei as sobrancelhas ao questionar. Suas expressões eram indecifráveis. –Aposto que sim. –Levantei o chaveiro na altura do meu rosto e balancei devagar deixando o som das chaves chocando-se umas com as outras tomar conta do lugar.



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