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História Pressure - Pressure In Los Angeles


Escrita por: ig2000

Notas do Autor


Desculpem-me a demora toda. Meus dias estão cada vez mais corridos e não tenho tanto tempo de sobra para postar, mas fico feliz toda vez que o faço então tentarei ser mais rápida nas postagens. Espero que gostem desse capítulo e saibam que ainda há muito por vir, sério, cada coisa!
Obrigada por acompanharem!
xoxo
Boa leitura!

Capítulo 30 - Pressure In Los Angeles


Fanfic / Fanfiction Pressure - Pressure In Los Angeles

–Mamãe? –Justin repetiu a palavra do Tyler. E em seguida, virou-se em minha direção. Seu olhar questionador deixava-me nervosa. 


Suspirei profundamente. Havia ensaiado um pouco durante quatro anos como seria o momento em que apresentaria o Justin ao seu filho, mas, a vida cumprindo seus ditados, nada sai exatamente como o planejado. 
Então fechei os olhos por questão de poucos segundos. Reuni em mim coragem para encarar um momento tão intenso. Aquele passo precisava ser dado. 


–Mackenzie. Você é mãe?! –Justin indagou. Abri os olhos lentamente e encarei-o. A julgar pela expressão facial que seu rosto tomou, parecia bravo. 


–Do seu filho. –Confirmei complementando. –Eu sou mãe do seu filho. 
Justin trocou olhares entre mim e a criança rapidamente sem entender a situação. 


–Eu sou pai? –Perguntou ainda processando a informação. Seus olhos ficaram avermelhados.


–Sim. –Assenti. –Ele se chama Tyler. 


Ouvi passos atrás de mim. Hanna acabara de entrar no quarto e observava tudo atentamente. 


–Tyler... –Justin virou-se para seu filho e caminhou depressa até ele, logo, o pegou no colo e encarou seus olhinhos confusos. 


–Eles são tão parecidos! –Hanna comentou num sussurro atrás de mim.

 
–Eu sei. –Disse sorrindo enquanto observava-os. 


–Eu sou pai... –Justin repetia baixinho ainda encarando nosso filho em seus braços. –Você vai ser o maior comandante que Los Angeles já teve, depois do seu pai. –Justin disse ao Tyler. 


–Não enche o garoto de coisas erradas! –Hanna advertiu. 


–Meu herdeiro. –Justin riu pelo nariz como se estivesse orgulhoso. E eu não pude imaginar uma reação melhor da parte dele. 


–Ele vai babar a criança inteira e eu já dei banho nela. –Hanna fingiu estar brava. Seus braços abraçaram-me por trás e juntas observamos o encontro do Tyler com seu pai. 


–Parece que todo o gelo se quebrou quando o Tyler apareceu. Ele fez tudo ficar calmo. Como se ainda houvesse esperança. –Sussurrei para Hanna. 


–Ainda há. Mas não quer dizer que vocês não tenham mais nada para conversar. Ele ainda vai querer saber sobre o Tyler e sobre tantas outras coisas. Mas digamos que, esse é um bom começo. –Hanna disse. 


–Sim. Esse é um bom começo. 


A noite foi turbulenta. Justin recebeu uma ligação aparentemente emergencial e precisou ir embora. Não contou o porquê de precisar sair tão depressa, supus que fosse algo relacionado ao trabalho. De qualquer forma, pediu-me que fosse à sua nova residência e levasse o Tyler na manhã seguinte, ele queria nos ver novamente.


 ...


O sol nascera sobre a cidade de Los Angeles. E assim, tão cedo, já me surgiram novos problemas. 


–Qual é, Mackenzie! Vai me dizer que não ficou curiosa com a tal ligação que o Justin recebeu ontem? –Hanna insistia em falar sobre isso. 


–Tudo bem, Hanna, eu fiquei. Mas o que quer que eu faça? –Perguntei enquanto terminava de vestir o Tyler para seu encontro com o pai. 


–Eu não sei o que faremos. Mas essa ligação não me cheira bem, aposto que envolve essa rixa entre as gangues, e se for da maneira que estou pensando, precisamos saber o que é se você realmente quiser ajudá-los. –Hanna explicou. 


–Tem razão. Preciso estar por dentro do que eles armam. –Disse baixo para mim mesma enquanto pensava sobre. 


Hanna tinha mesmo razão. Eu precisava saber o que ambas as gangues planejavam. Precisava me incluir entre elas. Precisava reconquistar meu espaço. 


–E como eu já sei que não vão contar nada a você por vontade, precisamos arrancar deles. –Ela sugeriu. 


–Eu sei como descobrir. –Disse ao ter uma ideia. 


–Fala! Fala! Fala! –Hanna implorou empolgada. 


–Ir à casa do Justin com o Tyler é uma desculpa perfeita para estar por perto do escritório dele, eu poderia entrar lá e verificar os novos projetos que eles andam esquematizando. Tenho certeza que se eles estão armando contra Emma e Ryan, está lá. –Expliquei. 


–Moleza! Tudo o que precisamos é uma brecha para entrarmos lá. –Hanna disse. 


–Exatamente! –Concordei. –Agora vamos. Ainda passaremos num café aqui perto antes de irmos ao endereço que o Justin me deu. 


–Vamos. –Hanna disse terminando de ajeitar suas madeixas louras em frente ao espelho. 


Saímos do hotel e fomos a pé ao café logo na esquina. Após a entrada no estabelecimento, pedimos um táxi e fomos ao novo endereço do Justin. 


...


–Uau! –Hanna deixou escapar ao ver a mansão. 


–Não acredito! –Também deixei escapar. Mas não por surpresa a sua imensidão ou beleza, por outras questões. 


Em minha frente estava arquitetada a casa dos meus sonhos. Transformaram-na do papel para a realidade. Era a casa onde Justin e eu pretendíamos construir uma família. Era a casa que desenhamos com um arquiteto antes do nosso casamento. E apesar de o casamento não ter acontecido, a casa aconteceu, mesmo que eu não soubesse disso até agora. 


–É um casarão e tanto! –Hanna elogiou. 


–É. –Sorri entusiasmada. –Vamos entrar. 


Seguimos juntas ao portão envolto por lindas folhas verdes. Dois seguranças trajados formalmente cederam nossa entrada. De cara, vimos uma correria num gramado próximo à uma piscina construída a base de pedras artificiais. Exatamente como havíamos planejado. 


–Chegaram! –Chris alarmou. 


–Olha o pirralho ali! –Tyga apontou o Tyler. 


Eles estavam sem camisa numa partida de futebol. Justin correu até mim logo que me viu chegar. 


–Estava esperando por vocês. –Ele disse ao se aproximar. –Vem, vou te mostrar seus tios. 


Justin chamou o Tyler para o seu colo e o pequenino foi sem pestanejar. De costume, Tyler cruzaria os braços e negaria o convite se fosse qualquer outra pessoa, mas, pelo visto, Justin havia interessado ele. 


–Não, cara! –Chris balançou a cabeça em negação. –É a sua cópia! –Disse remetente ao Justin. 


–Sabia que a junção de vocês dois faria filhos bonitos, mas não imaginei que fosse tanto. –Tyga aproximou-se do Justin para tocar seu filho. 


–Eu sempre soube. –Justin disse convencido.


–Vamos lá. –Chris tomou o Tyler do colo do Justin, carregando-o. –Vamos ensinar a esse pivetinho como se joga bola. 


–Se é para ensinar que seja comigo, porque você nem jogar sabe. –Tyga provocou o Chris enquanto buscava a bola do outro lado do gramado. 


–Repete isso no final do jogo. –Chris respondeu-o. 


–Eu vou repetir, você vai ver, eu vou ganhar isso aqui. –Tyga se convenceu de tal coisa. 


–Enquanto vocês jogam, eu e a Mackenzie vamos preparar um lanche para o Tyler! –Hanna gritou, em seguida, me puxou. 


–Faz um sanduíche para mim! –Tyga, folgado, gritou pedindo. 


–Se fizer pra um vai fazer pra todos. –Chris gritou também. 
Eu e Hanna soltamos uma gargalhada alta e eles riram seguidamente. 


–Está percebendo o que eu estou percebendo aqui? –Hanna perguntou-me a caminho para a cozinha. Onde por sinal, eu sabia exatamente onde ficava por ter sido desenhada por mim. 


–Não. O que? –Perguntei sem entender. 


–Nada me parece sombrio como a Julie descrevia. Eu vejo seres humanos naquele gramado, ela fazia parecer que lidaríamos com monstros. Garota exagerada! –Hanna revirou os olhos. 


–Talvez... Ela estivesse descrevendo o lado dela. –Dei de ombros.

 
–Como assim o lado dela? –Hanna franziu o cenho. 


–Ela namora o Ryan, subitamente, está do lado dele. Nós duas não sabemos como são as coisas na outra gangue, elas podem ser sombrias como ela descrevia. E também, estamos vendo a versão do Justin, Chris e Tyga se divertindo num dia bom, não a versão deles entrando em guerra com outra gangue. –Expliquei. –Então, não acho que ela tenha exagerado, eu acho que ainda não ficamos para ver o pior. 


–Mas ficaremos. –Hanna disse prontamente. 


–Sim, ficaremos. E se não me engano... –Empurrei uma porta enorme de madeira e adentramos numa cozinha extensa. –Aqui é a cozinha. –Abri um sorriso largo ao vê-la. –Está exatamente como imaginava. 


–Do que você está falando? –Hanna não entendeu. 


–Essa é a casa onde Justin e eu pretendíamos morar após o casamento. Ela não havia sido construída ainda. Mas, pelo visto, ele pôs os nossos planos em prática ao longo dos anos. –Contei encantada. 


–Não acredito! É a coisa mais verdadeira que já vi! –Hanna pôs a mão na boca de surpresa. –Ele devia mesmo amar você. Porque ele não fez isso com a intenção de que você soubesse que estava feito. Ele fez isso para se sentir bem em seu próprio lar, um lar que na imaginação foi construído por vocês dois. Talvez isso tenha o ajudado nos dias ruins, estar num lugar onde também é seu. 


–Isso, de uma forma estranha, me deixou feliz. –Confessei. 


–Fico feliz em saber disso. Gostaria que ainda houvesse esperança entre vocês dois. Porque vocês tinham sim alguma coisa juntos, mas foram interrompidos por vários fatores. –Hanna fez carinho em meu braço.


–É. –Esfreguei ligeiramente as mãos em meu rosto e espantei de mim os pensamentos que me levariam aos vários fatores que me afastaram do Justin mencionados pela Hanna. Sabia bem quais eram. Ruby Rose. 
E por um breve momento, pensei nela. Evitava muito suas lembranças, mas hora ou outra, lembrava. 


Flashback on. 
–Mackenzie. –Sua voz rouca chamou por meu nome. Fiquei de frente para ela, seu corpo estava juntinho ao meu. –me deixa retornar para você. 
–O que me garante que você não irá embora dessa vez? –Envolvi meus braços ao redor do seu pescoço e encarei seus olhos, ela sorriu de canto. 
–Sem garantia alguma, sabe que eu tenho minhas complicações. –ela pôs uma mecha loura do meu cabelo atrás da orelha. –mas garanto que sempre vou voltar para você. 
Flashback off. 


–Você não voltou dessa vez. –Pensei alto. 


–O que disse? –Hanna franziu o cenho. 


–Nada. –Balancei a cabeça para os lados deixando meu devaneio para lá. 


–Tudo bem. O que está esperando? Vá ao escritório do Justin e descubra o que ele planeja! –Hanna incentivou-me. 


–Tem razão, é uma boa hora para isso. –Concordei. 


–Ficarei aqui preparando os lanches. –Ela disse. 


–Ligue-me se ouvi-los entrar em casa. –Disse antes de deixar a cozinha. 


Na minha cabeça estava gravada toda a estrutura daquela casa. Sabia exatamente onde os cômodos ficavam, por isso, fui direto ao escritório, que, por estratégia, ficava bem escondido. 
A porta do cômodo estava fechada. Girei a maçaneta rezando para que abrisse e ao empurrar a porta para dentro, consegui abri-la. Adentrei o escritório e deixei a porta atrás de mim encostada. 
Tudo estava uma bagunça. Sobre a mesa principal haviam papéis espalhados por ela inteira. Um notebook no chão parecia trabalhar sozinho sob comando de algum programa hacker, certamente ideia do Justin. 
Como tinha pouco tempo, resolvi agilizar. Corri para trás da mesa e procurei nos papéis espalhados informações sobre algum planejamento contra a gangue rival. 
Em alguns papéis estavam desenhadas as plantas de algumas casas, e, pintados com piloto vermelho, marcações que indicavam instalações de bombas nos cômodos. 
Fiquei extremamente apavorada. O que significava aquilo? As bombas já estavam armadas? Para quando era a explosão e contra quem era? 


Emma e Ryan, óbvio. 


Meu celular começou a tocar em meu bolso. Estava apavorada demais para atender qualquer ligação. Sentia um enjôo enorme e uma leve tontura. 
Lembrei que mandei a Hanna ligar-me caso alguém entrasse em casa, talvez fosse ela. Retirei o celular do bolso e vi seu nome estampado no visor. Precisava sair dali as pressas. 
Porém, já era tarde. Justin olhava-me de braços cruzados na entrada do escritório. Estava tão perplexa com o que havia descoberto que não o vi entrar ali. Calafrios percorreram o meu corpo. Tudo em mim gelou. 


–Tem trinta segundos para se explicar. –Justin disse. 


–Não é o que você está pensando... –Tentei contornar a situação. 


–Acha que eu sou idiota, Mackenzie?! –Justin gritou. 


–Acho. Por colaborar com essa rivalidade inútil entre as gangues! –Fui sincera. 


–Por que ainda continua defendendo Ryan e Emma? –Perguntou como se aquilo fosse um absurdo. 


–Não estou defendendo eles, também não defendo vocês. Eu não sou a favor do que vocês se tornaram, eu... –Não terminei de dizer, fui interrompida. 


–Não vejo por que você ainda estar em dúvida de em que lado ficar. Mackenzie, Emma e Ryan sempre souberam sobre Ruby. Eles não se importaram com você. Seu sofrimento não foi suficiente para que eles dissessem o que sabiam quando você sentia falta dela. Chris, Tyga e eu sempre estivemos ao seu lado, o que você está fazendo é no mínimo ingratidão. Se você tem armas, use contra quem esteve contra você, não quem sempre esteve ao seu lado. –Justin dizia alterado. 


–Eles não podiam me dizer sobre ela... –Tentei convencer a ele, e talvez a mim mesma, a desculpa que Emma e Ryan me deram quando eu soube que eles sempre souberam onde Ruby esteve por tanto tempo. 
Justin riu. 


–Eles não tiveram nem a decência de uma desculpa melhor. –Justin disse enquanto ria desacreditado– Pare de fugir, Mackenzie. Sei que você anda evitando problemas e que seus quatro anos longe de Los Angeles foram intencionalmente para isso. Mas, convenhamos, é a vida a qual fomos remetidos, fugir dela é covardia. Encare. Sei que você ainda guarda rancor do que se passou, apenas jogue tudo isso para fora em forma de balas na cabeça de quem te decepcionou. 


–É um dos seus lemas? –Perguntei. 


–É um dos meus lemas. –Ele deu de ombros. 


Abri um sorriso malicioso de canto. Justin despertou a minha parte sanguinária. Eu realmente não precisava ficar com a dor de ter sido traída pelo Ryan e pela Emma para mim, eu poderia fazê-los doer também. Porque tudo o que vai, volta. 


–O que está acontecendo aqui? –Hanna entrou correndo no escritório. A loura parecia muito preocupada. Atrás dela, entraram Tyga e Chris. 


–Estamos atrapalhando a foda de vocês não é? –Tyga perguntou.– Digam a ela. Eu tentei avisar que vocês gostam de sexo selvagem por isso a gritaria toda, mas ela insistiu em entrar...


Hanna revirou os olhos. 


–O que está acontecendo aqui? –Perguntou novamente. 


–Temos uma nova aliada na gangue. –Justin disse ainda encarando-me seriamente. 


Suspirei profundamente e deixei um sorriso brotar nos meus lábios. 
–Eu sou a nova aliada. –Eu disse. Justin molhou os lábios e encarou-me com luxúria. 


–Vocês só podem estar me sacaneando... –Chris disse desacreditado. 
–Fala sério! –Hanna arregalou os olhos em surpresa e encarou-me como quem diz “O que está fazendo?”


Estou reagindo à pressão de Los Angeles, Hanna, estou sob pressão. E eu adoro essa adrenalina.



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