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História Pressure - Heaven Or Hell


Escrita por: ig2000

Notas do Autor


Olá, unicórnios!
Amanhã acaba minha semana de provas e eu arranjei um tempo para publicar aqui, amém!
Espero mesmo que gostem do capítulo. Vou tentar postar com mais frequência, to lerda ultimamente.
xoxo

Capítulo 32 - Heaven Or Hell


Fanfic / Fanfiction Pressure - Heaven Or Hell

–Não somos burros. Tenho plena consciência de que se estivéssemos juntos estaríamos lucrando mais. Mas Ryan começou com isso. –Chris continuava a debater comigo.

–Mas não foi ele quem foi banido da gangue? –Questionei.

–Ryan errou, Mackenzie. Ele errou quando escondeu de nós a verdade a respeito da Ruby e do nosso dinheiro. Fomos à falência sem saber o motivo e ele sempre soube. Nós fomos traídos por ele. Ser banido da gangue foi conseqüência. Ele mereceu. Mas ao invés de encontrar uma maneira para tentar se redimir, ficou semanas fora da cidade e voltou com o que ninguém tira de sua cabeça: derrotar-nos. –Tyga contou.

–O que exatamente ele fez? –Hanna quis saber.

–Ele começou roubando nossas drogas. Ele sabia onde pegávamos e foi lá antes que o fizéssemos. –Chris disse.

–Depois instalou bombas em nossa antiga casa. –Justin disse ao lembrar. Sua expressão era totalmente vazia– Por sorte, nós não estávamos lá dentro. Mas perdemos muitos de nossos seguranças.

–E a Marcela. –Tyga completou.

–O que quer dizer com isso? –Perguntei temendo a resposta.

–A Marcela está morta. –Tyga disse cabisbaixo, estava claro que ela significava muito para todos ali.

–Não. –Balancei a cabeça para os lados incrédula. –Não pode ser.

–O Ryan a matou. –Chris disse entre dentes.

–A Marcela... –Eu ainda custava a acreditar.

Ficamos todos em silêncio depois disso. Trabalhamos no mais pleno silêncio como se aquilo significasse luto. E para mim, significava. Só então soube da morte de alguém que por tanto tempo cuidou de mim. Alguém que me lembrava a minha mãe e que nos braços carregava o conforto de casa. Marcela sempre fora muito bondosa, sempre se preocupando conosco e fazendo o possível para ajudar-nos. E Ryan a levou embora.

Percebo agora o quão sem limites a situação está. Isso precisa de um fim, mesmo que para que o fim aconteça, haja morte. Eu espero que estejamos todos vivos no fim, mas se isso não ocorrer, que os mortos não sejam do lado de cá, e sim, dos adversários.

–O que Ryan quis dizer quando disse que nós nunca desconfiaremos da maneira como ele descobre nossas coisas? –Tyga quebrou o silêncio.

–Quando ele disse isso? –Franzi o cenho.

–O ouvi dizer enquanto vocês dois conversavam mais cedo. Você disse que sabia coisas sobre nós e ele disse que não precisava saber delas, porque as descobria de uma maneira que nunca desconfiaríamos. –Tyga me fez recobrar a memória.

–Tem razão. Eu me lembro disso. –Disse ao lembrar.

–Talvez tenha feito isso para parecer confiante, como se tivesse tudo nas mãos. –Chris opinou.

–É. –Concordei. –Talvez só queira nos intimidar.

–Mas não me surpreenderia se ele tivesse uma maneira da qual nunca desconfiaríamos. –Tyga disse. –Para ser sincero, isso até esclareceria algumas coisas. Como por exemplo: como Ryan e Emma ficaram tão espertos de uma hora para outra.

–Eles sempre foram espertos. –Admiti.

–Sempre foram, mas há algo diferente. É como se antes eles não tivessem as manhas para jogar e agora adquiriram todas elas. –Tyga disse pensando no assunto.

–Acho que eles adquiriram isso com o tempo. –Dei de ombros.

–Não. –Justin interveio. –Eles não melhoraram com o tempo. Eles ficaram bons e seguem essa média até hoje. Desde que o bani da gangue.

–É estranho. –Parei para pensar.

–Só agora percebeu? –Chris perguntou.

–De qualquer forma, acabei de encontrar a localização do galpão. –Justin cortou o assunto e mostrou-nos num mapa uma marcação de vermelho.

–Fica situada em Falling Springs! –Eu disse entusiasmada.

–Por que a felicidade? –Tyga não entendeu.

–Sempre quis conhecer. É uma cachoeira em meio a uma floresta deserta. São poucas as pessoas que visitam. –Contei.

–Por isso escolheram esse lugar. Quanto menos movimentado for, melhor para esconder as coisas. –Chris presumiu.

–Faz sentido. –Hanna concordou.

–De acordo com o localização, é nesta marcação em vermelho que fica o galpão do Ryan e da Emma, que conseguimos graças às gravações que Mackenzie fez. –Justin apontou para o mapa.

–E o plano é o seguinte: um de nós irá lá fotografar toda a papelada que eles guardam. –Chris repassou.

–Não podemos roubar, vale ressaltar, senão eles desconfiarão imediatamente da Mackenzie. Precisamos saber o que eles armam contra nós e acabar com o plano deles sem que eles ao menos saibam que sabemos de tudo. –Tyga ressaltou.

–Vão ser pegos de surpresa! –Hanna deu pulinhos.

Todos rimos da empolgação da Hanna.

–Eu quero ir até lá. –Me ofereci.

–Ótimo, minha sugestão também era você. –Tyga comentou.

–Levaremos você lá hoje a noite e ficaremos de vigia na estrada. –Justin disse.

...

–Tem certeza que está segura aqui? –Hanna perguntou-me.

–Sim. Ainda preciso de um tempo com o Justin, será o momento perfeito. –Assenti.

–Mas ele está um pouco alterado por conta da bebida... –Ela lembrou-me.

–Eu sei, Hanna, não se preocupe, diga ao Tyler que chegarei a tempo para colocá-lo para dormir. –Pedi. Em seguida, me virei de costas e caminhei para o galpão. Atrás de mim, todos estavam indo embora.

Adentrei o galpão. Olhei ao redor procurando por Justin. Encontrei-o sentado no chão segurando uma garrafa de tequila.

Ele estava de cabeça baixa cantarolando uma música da qual eu não soube decifrar de imediato, mas, ao chegar ao refrão, soube com toda a certeza que era a música amnésia.

Peguei uma garrafa de tequila na mesa onde estávamos trabalhando minutos antes e caminhei até ele. Ao aproximar-me por completo, encostei minhas costas à parede e desci o corpo devagar indo ao chão.

–I remember the day you told me you were leaving./ Eu me lembro do dia em que você disse que estava partindo. –Cantei junto.

Se hoje eu acordasse com você ao meu lado.

Como se tudo fosse apenas um sonho ruim.

Eu te abraçaria bem forte como jamais te abracei.

E eu nunca te deixaria ir.

Eu ri sozinha. Justin encarou-me sem entender.

–É loucura! –Exclamei.

–O que é loucura? –Indagou.

–Estaríamos casados agora... –Pensei alto.

Justin riu pelo nariz e abaixou seu olhar para a bebida em suas mãos.

–É. –Balançou vagamente a cabeça para cima e para baixo. –Mas os sonhos que você deixou para trás... –ele virou a cabeça para olhar-me, olhei-o também– Você não precisava deles. Assim como cada desejo que fizemos juntos. Você não precisava.

–Eu precisava. Eu só não sabia disso. –Eu disse.

Ele pareceu pensar um pouco.

–Eu também precisava. –Enfim, disse– Mas eu sabia que precisava. De alguma forma, foi pior. Nunca admiti que precisava de alguém, e quando eu estava pronto, estava sozinho. –ele suspirou– você não estava lá.

–Sinto muito. –Redimi-me.

–Não precisa. –Ele desviou nossos olhares. –Não faz diferença.

–Não. Eu sinto muito. –Repeti. –Sinto muito por ter ido embora da primeira vez, sinto muito por ter ido embora da segunda vez. Sinto muito por ser tão difícil ficar comigo. –Comecei a sentir lágrimas chegarem aos meus olhos– Eu sinto muito por não ter sido quem você tanto mereceu, por ter feito ser doloroso me amar, por ter feito você sofrer. Mas eu não sinto muito por ter escolhido ficar com você, mesmo sabendo que se eu não tivesse ficado, teria poupado tanto sofrimento. Eu não sinto muito por isso porque, apesar dos pesares, valeu a pena cada momento com você. Porque você me deu uma vida de verdade, uma que foi tirada de mim com a morte dos meus pais, e achei que nunca mais a teria de volta, mas você me mostrou que ainda era possível. Sinto muito por não ter feito as coisas valerem a pena para você.

–Você fez. Por um momento, você fez. Nós tivemos nosso momento, ele não pode cair no esquecimento por causa das coisas ruins que o sucederam. –Justin suspirou– Esquece. Não vou mais tentar machucar você. Você já pode ir se era isso que queria ouvir.

–Não estou aqui para desfazer a ideia torta que você tem de me machucar. Estou aqui para que saiba que eu sinto muito por tudo. –Eu disse. –Eu sinto muito por ter acabado com a nossa história.

–Não chore. –Pediu.

Suspirei para cessar as lágrimas. Justin virou a tequila na boca.

–Eu ainda preciso de você. –Admiti.

Justin riu.

–Estava me perguntando se o álcool já tinha feito efeito em você... –Ele virou-se para mim prendendo um riso. –Agora eu vejo que já.

–Idiota! –O empurrei com o ombro deixando escapar uma risada.

–Fala sério? –Perguntou.

–Sinto que preciso. –Encostei minha cabeça ao seu ombro e respirei fundo.

Não estava mais confusa. Não havia mais outro alguém, só eu e ele. Era ele em quem eu pensava, quem eu queria. Eu só não sabia como ele me deixaria entrar. Não sabia como retornar.

...

Uma névoa branca tomava conta do solo da floresta. Fazia frio. O barulho dos meus passos soavam devido às folhas secas no chão. Estava caminhando em direção ao galpão do Ryan e Emma. A julgar por quanto tempo estava andando, presumi que já estava muito afastada da pista, onde deixei Justin, Tyga, Chris, Hanna e Tyler.

Um mapa guiava meu caminho ao longo da floresta. Estava escuro, mas a reluzente lanterna do meu celular ajudava-me a ler as instruções. Com mais alguns passos, ouvi um barulho que me fez abrir um sorriso longo. Barulho de águas desaguando. Era a cachoeira, eu estava perto.

Deixei a emoção me conduzir e saí correndo em direção ao som. Ah, o doce som. Sempre quis visitar aquele lugar. Quando pequena, tinha fantasias de que era um lugar mágico. Sempre o vira através das fotos. Papai prometera trazer-me para conhecer, mas partiu antes disso.

Logo, uma saída surgiu em meio às árvores grandes. Afastei as plantas silvestres do caminho e atravessei a saída. A cachoeira estava bem ali escondida. Era um pequeno lugar com um lindo rio. Meus olhos estavam encantados demais para ver a casinha que havia ali, mas logo a vi.

–Mackenzie?

Meu corpo gelou. Fechei os olhos e senti meu coração disparar dentro do peito.

–Se fizer isso outra vez, eu mato você! –Eu disse entre dentes.

–Foi mal. –Tyga riu através da escuta, ouvi risos de todos logo em seguida. –Vejo que você está bem perto do lugar através do rastreador.

–Sim. Encontrei. –Disse encantada.

–Não perca o foco, Mackenzie! Vá direto ao galpão, não temos tanto tempo. Ryan pode aparecer a qualquer momento. –Chris disse.

–Tudo bem. –Conclui.

Voltei minha atenção para a casinha próxima ao rio e caminhei depressa até ela. Subi os poucos degraus que separavam a casa do solo e um sonido perturbador de madeira obsoleta soou. Suspirei.

Andei com cautela até a porta e girei sua maçaneta.

–Era só o que me faltava! –Bufei. –Está trancada!

–Era de se esperar. Tente as janelas, não podemos arrombar para não deixar rastros. –Justin disse.

–Eu vou ten... –Não consegui terminar a frase.

Ouvi um barulho familiar. O mesmo barulho que ouvi quando estava caminhando para cá. O barulho das folhas secas sendo pisoteadas. Mas, eu estava numa superfície de madeira, quem estava emitindo aquele barulho?

Olhei para trás depressa. Tive a impressão de ter visto alguém esconder-se atrás das árvores. Senti medo.

Respirei fundo e observei minuciosamente o local onde achei por alguns segundos ter alguém. Estava próximo ao caminho por onde entrei. Como disse, era um lugar pequeno, um cantinho no meio de uma floresta para a passagem de um rio.

–Mackenzie? –A voz do Tyga soou em meu ouvido.

–Shh.

–Algum problema? –Sua voz soou tensa.

De repente, mais um barulho. Dessa vez, tive certeza de ver alguém. A pessoa dava passos cautelosos para trás, como se eu ainda não tivesse a visto e aparentemente desejava que eu não a visse mesmo.

–Tem alguém aqui. –Sussurrei na escuta.

–Como? –Tyga perguntou incrédulo. Ouvi Justin e Chris praguejarem ao fundo e Hanna dizer um “ai meu deus!” –Estamos de vigia, ninguém passou por aqui.

–Talvez alguém também estivesse vigiando o galpão. –Justin sugeriu.

–Certo, Mackenzie, ensaiamos uma desculpa, use-a agora. –Tyga incentivou.

–Está fugindo. –Sussurrei ainda observando o lugar. Estava apavorada demais para me mover. –Que tipo de foge do seu território?

–Uma que não quer ser vista nele. –Justin disse. –Fique aí, Mackenzie, não saia. Entraremos agora na floresta, não podemos deixar quem quer que seja sair e contar ao Ryan e a Emma que você esteve aí.

–Deve ser um segurança, aposto! –Tyga disse.

–Um segurança teria atirado na Mackenzie. –Ouvi o Chris dizer, ele tinha razão. –Estaria fazendo seu trabalho vendo um desconhecido aproximar-se de um lugar onde estava fazendo a segurança.

–Estamos indo, Mackenzie! –Justin disse.

–Estou esperando você. –Foi o que consegui dizer. E foi a última coisa que eu disse para ele.

HANNA ON.

Falling Springs, às 23hrs45min.

–Hanna, fique no carro e avise-nos através dessa escuta se vir alguém sair da floresta. –Justin dizia-me enquanto colocava uma escuta em mim.

–Tudo bem. Tudo bem. –Assenti nervosa. –Tomem cuidado.

–Não se preocupe com a gente. –Justin assegurou.

–Não consigo... –Disse ainda nervosa ajeitando o Tyler no meu colo, ele estava acordado e assustado com o desespero com que todos saíram do carro e exalavam.

–Apenas tente. –Justin disse ao afastar-se. Bateu a porta do carro e juntamente aos outros, entrou na floresta com arma em punho.

–Réna, cadê a mamãe? –Tyler perguntou baixinho.

–Está vindo, bebê. –Tentei parecer confiante. Fiz até uma cara feliz. –Ela já vem. –Repeti, mas dessa vez, mais precisamente para mim mesma.

Olhei para a floresta sombria. Tinha maus pressentimentos.

–Hanna? –A voz da Mackenzie sussurrando soou na escuta. Senti alívio.

–O-oi Mackenzie. Estou aqui! –Disse com a voz tremida de nervoso.

–Estou tentando acesso ao galpão pelas janelas, mas não consigo. –Ela disse.

–Está tudo bem se não conseguir, seria mais fácil se pudessem arrombar essa merda. –Bufei. –Como consegue não ficar assustada?

–Eu estou. –Ela admitiu. –Mas não podemos deixar o medo nos impedir de fazer as coisas. Aprendemos isso na quinta série.

–Eu filava aula... –Disse cabisbaixa.

Ficamos em silêncio por um tempo. Do outro lado da linha ouvia Mackenzie fazer um esforço para tentar abrir uma das janelas.

–Disse ao Justin que precisava dele... –Ela contou de repente.

–Por que fez isso?

–Porque eu sinto que preciso. Sinto que errei em abandoná-lo. Hanna, eu tenho sentimentos por ele, o.k.? Eu sei que fui como louca atrás da Ruby, mas fiz isso porque ela despertava o meu lado louco, ela era como uma droga para mim, e eu estraguei minha vida por ela. Eu estraguei a vida que podia ter tido ao lado do Justin, e a culpa foi dela. Inteiramente dela. Eu não posso dizer com todas as letras que me arrependo de ter entrado naquela picape e ido para Las Vegas com ela e um cara ruivo que nem conhecia, porque eu sei que faria de novo se voltasse lá. Sou como uma prostituta que vende seu corpo por algumas gramas de pó. O meu corpo é o Justin, e eu o vendi por um pouco da Ruby, fiz isso para matar a minha vontade e foi errado. –Mackenzie soluçava do outro lado da linha– A Ruby estragou a minha vida. Ela estragou a minha vida. Estragou a minha vida. Estragou a minha vida. Agora que eu finalmente acordei, vejo que tudo está estragado, e a culpa é dela. É culpa dela se não tive uma vida. É culpa dela que eu e Justin não tenhamos tido uma história.

–Mackenzie, me escute. Nada está definitivamente perdido. Alguém muito sábio disse uma vez que você pode ter tudo o que quiser ter, desde que sacrifique todo o resto por isso. Então, acredito que se você deixar a Ruby para trás, e se dedicar única e exclusivamente ao Justin, o consiga. –Aconselhei.

–Como deixá-la para trás? Ela está morta! Ruby está morta! –Mackenzie caiu em prantos. –Ela já foi deixada para trás, Hanna!

–Foi ela quem atrapalhou o relacionamento de vocês dois antes. Talvez você ainda tenha dentro de si algo dela, precisa deixar que isso vá embora, assim como ela se foi. Você precisa estar pronta para amar outra vez. –Eu disse.

–Eu quero o... –Ela não terminou de falar, a interrompi.

–Mackenzie, um minuto, tenho problemas aqui. –Disse antes de cortar nossa ligação.

Fiquei em silêncio observando alguém sair da floresta pouco a frente do carro. Abaixei-me por completo no banco de trás e fiz o Tyler fazer o mesmo. Tentei transparecer que não havia ninguém ali dentro.

Meu coração batia aceleradamente. Sabia que precisava comunicar aos outros sobre aquilo, mas estava paralisada.

–Tudo bem, Hanna, você consegue. –Disse a mim mesma.

–Consegue o que, Réna? –Tyler quis saber.

–Está tudo bem, querido. –Tentei ser segura.

Estiquei-me para o banco da frente e acionei um botão que mudava as chamadas da escuta. Conectei às chamadas seis, sete e oito; as do Tyga, Justin e Chris, necessariamente nessa ordem.

–Hanna! Não conseguimos encontrar ninguém, está tudo bem por aí? –Era a voz do Chris.

–Tem alguém aqui! Venham depressa! Acabou de sair da floresta! –Apressei-os baixinho.

–Estamos correndo até aí! Não se preocupe! –Tyga avisou.

–Já vamos. –Disse o Chris.

A ligação foi finalizada.

Estiquei-me um pouco para ver a estrada à frente do carro. Ainda havia uma pessoa encapuzada ali, distanciava-se cada vez mais e parecia assustada, olhava para os lados o tempo inteiro certificando-se de que não havia mais ninguém a observando. De repente, olhou para trás. Mais precisamente, para mim. Diretamente para mim. E meu corpo tremeu de medo.

Mackenzie Foster on

Não era possível. Depois de tanto tempo, Hanna não podia ter razão. Eu não podia ainda ter resíduos de sentimentos por Ruby dentro de mim. Não podia depois de tanto tempo ainda a deixar ter controle da minha vida. Não podia deixá-la continuar estragando minha vida. Ela está morta. Eu não a quero mais dentro de mim!

–Eu não quero mais! –Gritei. –Eu preciso da minha vida de volta! Eu preciso ter a droga da minha vida de volta! –Chutei o chão e as paredes de madeira do galpão. –SAIA DE MIM AGORA! EU ESTOU PRONTA PARA TER UMA VIDA, RUBY, VÁ EMBORA!

Carreguei uma pedra grande do chão com esforço e tentei jogá-la longe, mas caiu a centímetros de mim. Então, chorei ainda mais.

Eu só queria deixá-la ir. Eu não a queria mais dentro de mim. Depois de muito tempo, consigo admitir.

Eu não tive mais tempo para espernear. De repente, ouvi passos atrás de mim. Respirei profundamente e tentei cessar o choro, fiquei em silêncio, tudo ficou em silêncio. Exceto aqueles passos, os passos ainda davam para ser ouvidos. Não fui rápida o suficiente para virar para trás e ver quem estava ali. Fui acertada com uma pancada na cabeça antes disso. Eu apaguei. 



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