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História Pressure - Fun Tragic


Escrita por: ig2000

Notas do Autor


Espero que gostem, leitores.

Capítulo 5 - Fun Tragic


Fanfic / Fanfiction Pressure - Fun Tragic

Los Angeles.

10hrs27min AM.

Toquei a campainha da mansão e aguardei uma resposta.

–Que frio! –murmurei. O tempo em na cidade estava de arrepiar. 

–Mackenzie? –Emma apareceu no portão de sua casa. Ela usava uma bermuda marrom e uma camiseta regata preta. Seus cabelos azuis estavam desalinhados como costumavam ficar, e sua cara de sono dizia que ela tinha acordado há pouco tempo.

–Oi... Espero não estar incomodando, eu preciso mesmo conversar com você. –Ela me analisou de cenho franzido e deu espaço para que eu entrasse.

–Tá, entra aí. –Ela disse. Atravessei o portão de sua casa e caminhamos juntas ao longo do extenso jardim. Fomos direto ao terraço. –Quer tomar alguma coisa?

–Não, estou bem assim. Só quero conversar. –Disse. Sentei em uma espreguiçadeira que havia ali e ela sentou em outra bem ao lado.

–Começa então. –Ela deu a deixa.

–Eu estou transando com o Justin. –Fui direta. Rodeios pra quê se ninguém aqui é peão?

Emma pareceu estranhar a minha declaração.

–Você e o Justin, juntos? –Ela perguntou com certo desgosto no modo de falar.

–É. Quer dizer, não. Juntos não. Só sexo. –Expliquei.

–O que tem de errado nisso?

–Você não vê nada de errado? –perguntei e ela negou com a cabeça.

–Depende do seu ponto de vista, quer dizer, o que te leva a achar que isso é errado? –Ela perguntou. Endireitei-me na espreguiçadeira e suspirei.

–Bem eu... Eu e a Ruby... nunca terminamos de verdade. –Disse. Emma revirou os olhos e bufou.

–E você vai ficar se privando de ter relações com outras pessoas por causa disso? Ela pode nunca mais voltar, é o que é previsto, Mackenzie. –Não disfarcei meu descontentamento ao ouvir aquilo.

–Eu sou tão idiota. –Escondi meu rosto com as mãos.

–Você é tão idiota. –Emma fez o mesmo gesto que o meu.

–Não brinca com isso, Emma. –Joguei uma almofada nela e ela desviou enquanto ria.

–Leve as coisas menos a sério, Mackenzie.

–Em relação à Ruby? –Perguntei e ela negou com a cabeça. 

–Em relação ao Justin, em relação à Ruby você a esquece. Enquanto ao Justin, divirta-se com ele. –Ela relaxou o corpo na espreguiçadeira, parei para pensar sobre o que ela estava falando e não vi problema.

–Acha que eu devo dar uma chance ao Justin?

–Não, porra. Para de pensar demais nas coisas, apenas viva. É um saco ficar se preocupando. Só faça o que sentir vontade na hora que quiser. É mais legal. –Emma disse.

Emma tinha um jeito drogado e louco de pensar, mas eu gostava.

No fundo eu entendi tudo o que ela queria dizer. Eu tinha mesmo que levar as coisas menos a sério, isso dava muita dor de cabeça. Eu precisava relaxar e curtir o momento. Precisava me entregar mais sem pensar no depois e em outras pessoas. Era isso.

–É o que você faz? –Perguntei.

–O que?

Deitei meu corpo na espreguiçadeira.

–Não levar as coisas a sério. –virei à cabeça para ela e ela abriu um sorriso.

–É, é o que eu faço. –Admitiu. –Pensa que sua vida é um parque de diversões que a sua mãe não deixou você ir, e ainda sim, você foi. Se você ficar pensando no que ela vai fazer quando você chegar em casa, não vai aproveitar o tempo que tem nos brinquedos.

Gargalhei alto com aquela lógica nada a ver.

–A Ruby é a mãe nesse caso? –Perguntei e ela assentiu enquanto ria.

–Viu só? Você já está bem melhor do que estava algumas semanas atrás. Se eu fizesse essa brincadeira contigo antes, você cairia no choro. –Ela disse e eu ri.

–Você tem razão. Eu estou bem melhor. –Conclui.

–É, você está.

–E sabe quem faz parte dessa mudança? –Sentei na espreguiçadeira.

–Quem? –Emma quis saber.

 –O Justin. O Justin tem me feito esquecer as coisas. Ele me faz bem. –Eu disse. –Mas estar com ele me faz sentir culpada.

–É aí que entra a parte de não levar as coisas a sério. –Emma disse.

Justin Bieber on

Flashback

Virei a dose de vodca e bati o copo no balcão do bar. Todos ao redor gritaram por mais e mais. Eles queriam ver-me acabado. A garota loira, com quem eu estava fazendo apostas, não parou. Ela pediu mais uma dose ao barman e virou pela vigésima vez.

–Admita que não agüenta, porque eu não vou parar. –Ela disse. A vadia mantinha um sorriso provocativo no rosto.

Não sabia quem ela era. Mas gostava de como era competitiva e como deixou minha noite animada desde que apareceu.

–Desce mais uma dose! –Bati no balcão e todos comemoraram.

Minha cabeça estava girando, o álcool enfim estava fazendo efeito. Jan, o barman, pôs mais uma dose de vodca sobre o balcão. Peguei o copo e encarei a loira. Virei o líquido na minha boca e pressionei os olhos ao sentir o mesmo passar por minha garganta.

–Uh, o garoto não brinca em serviço. –Ela fingiu estar impressionada.

Ao redor as pessoas gritaram coisas do tipo “BEBE, LOIRA”, “VAI ARREGAR?”.

E a vadia não parava. Continuamos com a aposta por mais cinco rodadas até que eu não conseguia mais digerir nada.

–Eu já estava bebendo antes disso aqui. –Menti e ela gargalhou alto.

–Conta outra, essa é velha. –Ri junto com ela. – CARA, EU ADORO ESSA MÚSICA!

A loira me puxou para dançar na pista. A música a tocar era Burn.

Segurei sua cintura e acompanhei seus movimentos frenéticos. A garota rebolava e descia até o chão como se aquela fosse a última dança da sua vida. Enquanto dançava, ria sem parar. Ela de fato era contagiante.

Ela não conseguiu ficar tanto tempo na pista de dança, segundo ela, não conseguia ficar de pé nem por um segundo mais. Levei-a de volta ao bar e  coloquei ela sentada em um banco.

–Bebe mais um pouco pra melhorar. –Empurrei um copo de vodca para ela e a mesma recusou.

–Eu estou bem, to bem assim. –Eu ri de sua careta. –OHH EU AMO ESSA MÚSICA! –Novamente, ela tentou se levantar, mas a tontura fez com que ela quase caísse.

–Cuidado! –A segurei evitando uma queda feia. Nossos olhos se encontraram em um rápido movimento. Engoli em seco e molhei os lábios com a língua. Sua boca estava entreaberta e seu olhar inocente era extremamente convidativo.

Costumo dizer que nunca senti tanta vontade na minha vida quanto senti vontade de comer antes da hora o bolo do aniversário de sete anos do Chris. E quando senti vontade de comer uma puta brasileira que estava me provocando em um racha, mas essa eu não conto.

 Mas a minha vontade de sentir o gosto daquela garota em meus braços foi maior do que qualquer outra que já senti em minha vida.

Que porra era aquela? Sentimento Incontrolável.

–Ela está bem? –Ruby tirou-me dos meus devaneios. Sacudi a cabeça e pus a garota sentada no banco novamente.

–Bebeu demais, só.

–Eu não bebi demais, amor! –A loira disse. Ri da maneira na qual ela tinha se referido a mim.

– Vamos fingir que não. –Eu disse.

A garota abriu os braços na direção da Ruby como um bebê pedindo colo. Encarei a cena completamente sem entender. Elas se conheciam?

–Ia apresentar vocês de outra maneira, mas acho que vocês se deram bem de qualquer forma. –Ruby deu de ombros. – Bom, essa é a Mackenzie, minha namorada.

Puta merda, deus me perdoe por desejar a mulher do próximo.

Flashback off.

Acariciei seu rosto através da foto com o polegar. Que porra de sentimento era aquele que não saía de mim? Mackenzie era a porra de uma droga viciante. Eu fiquei tempo demais resistindo a ela. Agora que se foda a porra toda. Eu vou tê-la.

–Justin? –Era a voz do Tyga do outro lado da porta.

Escondi a foto da Mackenzie entre uns papéis na gaveta da minha mesa e a tranquei em seguida. Ninguém devia saber sobre meus sentimentos por ela antes de saber que ela namorava a Ruby.

–Entra.

–Os caras estão falando de a gente ir à boate do Lucas hoje. –Tyga comentou.

–Eu já estava pensando mesmo em ir lá. Resolvo o resto dos esquemas do assalto depois. –Joguei uma papelada na mesa do escritório e relaxei o corpo na poltrona. –A Mackenzie vai?

–A Mackenzie ta na casa da Emma, achei que soubesse. –Tyga disse indiferente.

–Eu sei, eu a deixei lá. Achei que não fosse demorar tanto. –dei de ombros– Não é um problema ela não ir. Mulher não me falta.

                                                                      ...

Los Angeles.

21h50min PM

My enemy, my ally  (minha inimiga, minha aliada)

Prisoners   (Prisioneiros)

Then we're free, it's a thriller.  (Então somos livres, é um terror)

 

Drogas e álcool faziam parte do meu organismo. As luzes psicodélicas deixavam minha visão turva. Corpos suados entravam em comunhão. A fumaça exalada através das drogas mantinha o ar pesado.

–Faz barulho vocês aí! –O DJ que comandava a festa enunciou através do microfone. Todos ali presentes levantaram as mãos e gritaram.

A boate do Lucas estava lucrando. Várias pessoas freqüentavam o lugar. Isso me fez sentir falta da boate que eu comandava. Eu senti falta do poder.

–Rebola pra mim, vadia! –Dei um tapa estalado na bunda da prostituta que estava dançando comigo. Ela fez o que eu mandei e roçou sua bunda em meu pau. Rebolando-a loucamente.  

Segurei a corrente de prata pendurada em meu pescoço e virei o boné para trás.

–Não faz assim que eu não resisto! –Tyga gritou do bar.

Mackenzie Foster.

Los Angeles.

21h50min PM

Emma’s house.

–O que você pretende com isso? –Calcei o salto alto cinza e levantei da cama indo em direção ao espelho checar o visual.

–Você precisa de distração, Mackenzie, uma boate cai bem. –Emma passou a mão nos cabelos azuis e lisos.

Segundo ela, eu precisava esquecer os problemas. E nada melhor que álcool para isso. Certo?

–Fecha esse zíper para mim. –Fiquei de costas para Emma e ela fechou o zíper do vestido. Em seguida, olhou meu reflexo no espelho.

–Você está linda. –Ela disse meio sem jeito.

Ri pelo nariz timidamente. Passei a mão meu corpo e fiquei satisfeita com o que vi no espelho. Estava usando um vestido cinza escuro com mangas compridas que iam até o pulso. Era bem justo e curto, caía perfeitamente em mim.

Emma estava mais despojada, mas ainda sim, maravilhosa. Ela usava uma calça rasgada jeans escura. Uma blusa regata preta sob um casaco cinza, um tênis e boné da mesma cor.

–Você está tão linda... –Sentei na beira da cama e a admirei. –Vou até fechar a boca pra não babar.

Ela riu.

–Valeu, Mackenzie. Pega a sua bolsa e vamos. –Ela disse enquanto ria.

Peguei minha bolsa e fomos juntas até a garagem. Entramos no carro e Emma dirigiu até a tal boate.

  No rádio do carro, a música a tocar era Work, da Rihanna.

–You see me. Do me dirt, dirt, dirt, dirt –Cantei junto.

–Pega uma bebida aí no fundo, vai. –Emma disse.

Virei meu corpo para a parte de trás do carro e tirei de um recipiente térmico duas garrafas de Heineken. Voltei para o banco do carona e dei para Emma uma das garrafas.

–Work, work, work, work... –Cantei. Dei um gole na cerveja em minhas mãos e comecei a mexer meu corpo de acordo com o ritmo da música.

–Se joga, Mackenzie! –Emma riu e eu ri junto com ela.

Abri o teto solar e coloquei parte do meu corpo para fora do carro. O vento forte bateu em meus cabelos. Fechei os olhos sentindo toda aquela adrenalina e abri os braços devagar.

–ISSO É INCRÍVEL! –gritei, mas minha voz soou tão baixa que achei que a Emma não tivesse escutado.

Aquela sensação era maravilhosa. Sentia-me livre. E eu era. Eu era do mundo. E o mundo pertencia a mim.

Assim, do nada, várias lágrimas percorreram meu rosto. Comecei a chorar enquanto sentia o vento tocar minha pele.

Sentei novamente no banco e coloquei a mão na cabeça.

–Eu queria ter amnésia. –Eu disse com a voz embargada devido ao choro. Emma sorriu tristemente. –Pra esquecer as pequenas coisas importantes, esquecer todos os momentos que passamos juntas. Pra não sentir a dor da saudade. Isso é aterrorizante. Não vai passar nunca. Eu não superei. –Chorei mais e mais.

–Joga tudo pra fora, essa é a hora. –Emma disse e deu um gole em sua cerveja.

Paramos na sinaleira e Emma me encarou, como se compreendesse através de um olhar tudo o que eu estava sentindo naquele momento.

–Era tudo uma mentira? Se o que tínhamos era real, como ela pode ter me deixado? –As lágrimas desciam sem parar.

–Não me olhe como se eu tivesse as respostas para suas perguntas, eu não tenho. –Emma ficou com os olhos marejados. Ela virou desviou seu olhar para o caminho e acelerou, na certa não queria demonstrar fraqueza.

–É como se nada nunca tivesse acontecido. Parece ser coisa da minha cabeça. –Escondi o rosto entre as mãos e solucei.

Virei a garrafa de cerveja em minha boca e bebi até o último gole.

–Enxuga o seu rosto, temos uma festa para curtir. –Emma passou as costas da mão em minha face e enxugou as lágrimas. –Tá mais linda que antes com a ponta do nariz vermelha.

Rimos juntas.

–Espera um pouco... –Inclinei meu corpo para perto da Emma, cheguei meu rosto bem próximo do seu e tapei sua boca, em seguida, depositei um beijo na minha mão. Era um quase selinho, mas sem o sentimento de traição pra perturbar a cabeça.

Emma pareceu ter gostado da atitude, pois abriu um sorriso encantador em seguida.

–Vamos entrar naquela boate e causar! –Peguei outra garrafa de Heineken e levantei a mão.

–Let’s go!

Saímos do carro e entramos de mãos dadas na boate. Porque se é pra causar, vamos fazer isso direito.

–É a nossa música, Emma! –Gritei intencionalmente para que ela ouvisse; o som estava altíssimo.

A música a tocar era All in my head.

–Desde quando nós temos uma música? –Ela riu.

–Desde agora, a letra tem tudo a ver com nós duas, escuta! –Ela encarou o chão enquanto prestava atenção na letra.

I wanna feel you un, feel you under my body. (eu quero te sentir sob, sentir sob meu corpo)

I wanna feel you un, feel you un.  (eu quero te sentir sob, sentir sob)

Emma mordeu o lábio inferior e me encarou de forma surpresa.

–Bom, se você diz... –Ela levantou as mãos em rendimento. Em seguida, deu um gole em sua bebida.

–Vamos dançar, eu quero dançar com você. –A puxei para dentro da multidão de pessoas e começamos a dançar.

Senti olhares pesados sobre mim. Homens ao redor ignoravam suas parceiras e me encaravam com luxúria.

Rebolei até o chão e subi empinando a bunda na direção de um cara que estava ali. Olhei para o mesmo e vi que ele estava com os olhos fixos em minha bunda. Mexi meu corpo acompanhando o ritmo da música e logo senti o corpo de alguém juntar-se ao meu. Era o mesmo cara que estava me comendo com os olhos há pouco tempo atrás.

De relance, vi Emma sair dali com uma garota, as duas foram direto ao banheiro feminino.

Fiquei de frente para o tal cara e notei como ele era bonito. Entrelacei meus braços por volta do seu pescoço e colei ainda mais nossos corpos. As mãos dele passearam por meu corpo e pararam na minha cintura.

Estava prestes a beijá-lo quando senti alguém me puxar bruscamente para trás. Caí no chão no ato e senti o sabor do sangue em meus lábios. Havia partido a boca. Toquei meus lábios e vi meus dedos encherem de sangue. Porra. Quem foi o louco (a)?

Olhei para frente e vi uma grande briga se formando. Era o Justin. Arregalei os olhos e levantei rapidamente retomando minha posição. Justin vestia uma bermuda preta e só, estava sem camisa e com uma corrente de prata ao redor do pescoço. Meu quase homem estava gostoso pra cacete.

Uns caras seguraram o Justin e outros caras seguraram o carinha com quem eu estava dançando.

–O que você pensa que ta fazendo? –Falei o mais alto que pude. Me pus entre os dois e encarei o Justin, ele exalava ódio no olhar.

–SAI DA PORRA DA MINHA FRENTE, MACKENZIE. VOLTA PRA CASA AGORA, CARALHO! –Justin segurou meu braço com força e o apertou. Soltaram ele notando que aquilo se tratava de uma DR. Era o que eles achavam.

–SOLTA O MEU BRAÇO! –puxei o meu antebraço com força, mas ele não o soltou, do contrário, puxou meu corpo para mais perto do seu e encarou meus olhos. Como se quisesse me apavorar por telepatia.

–Mandei voltar para casa! –Ele repetiu sua exigência ridícula.

–Você não manda em mim, drogado do caralho. Solta a porra do meu braço. –Dei um chute em suas bolas e ele me soltou rapidamente.

Ouvi seu gemido de dor e saí correndo do local. Ele estava louco e eu quem não ficaria ali para ver o que ele estava disposto a fazer para me ter em casa.

Empurrei todos da minha frente pedindo espaço para passar e senti alguém segurar meus braços.

–ME SOLTA, PORRA! –berrei. Me debati e tentei de tudo quanto é jeito livrar-me.

–Que droga te deram, garota? –Emma estava me segurando e prendendo o riso.

–Não estou drogada, é o Justin! Ele ta aqui, Emma! –Gritei em desespero.

–O que houve com sua boca? Tá machucada! –Emma franziu o cenho.

–Foi o Justin! Ele me mandou voltar pra casa, Emma! Ele bateu no cara que estava dançando comigo! –Tentei explicar o ocorrido.

–Que filho da puta! Qual o problema dele? –Ela ficou furiosa. –Onde está o desgraçado? Ele bateu em você?

–Ele me empurrou, eu bati a boca no chão –cruzei os braços ao contar a ela. Eu estava muito assustada.

–Vou acabar com essa palhaçada agora. –Emma saiu andando por meio das pessoas que estavam dançando.

–EMMA, VOLTA AQUI! –corri atrás dela.

Péssima idéia vir para boate esquecer os problemas.

Quando alcancei a Emma, foi tarde demais.

Justin estava de costas para ela, conversando com o Chris, o Ryan e o Tyga.

Emma deu dois toques nele para que o mesmo se virasse e quando ele o fez, ela socou seu queixo com tamanha força que o Justin virou o corpo para o lado, sentindo o impacto do murro.

Ryan e os rapazes levantaram-se rapidamente e seguraram o Justin e a Emma.

–ME SOLTA, E SOLTA ELE TAMBÉM, EU QUERO VER O DESGRAÇADO FAZER COMIGO O QUE FEZ COM A MACKENZIE! REPETE SEU FILHO DA PUTA, REPETE AQUILO QUE FEZ COM ELA! –Emma balançou os braços na tentativa de soltá-los, mas o Ryan estava segurando com força.

Fui até ela e a segurei também.

–Para de palhaçada vocês dois, cara. Emma, dá o fora daqui! –Tyga, que segurava o Justin, disse. O desgraçado sempre era a favor do Justin.

Justin não disse nada, mas manteve seus olhos fixos em mim. Senti calafrios percorrerem meu corpo com tal ato e desviei o olhar. Ainda sim, vi o exato momento em que ele cuspiu sangue no chão. Emma tinha feito um estrago em seus lábios.

–O que ta pegando aqui? –Ryan perguntou.

–A porra do amigo descontrolado de vocês atingiu a Mackenzie! –Emma soltou-se dos braços do Ryan e segurou meu rosto com força, expondo o meu lábio inferior e o meu queixo ferido.

–Mackenzie... –Justin me chamou e cuspiu mais uma vez sangue no chão. –Não fiz por querer, você sabe disso... –Ele tentou desculpar-se. Mas pareceu ser sincero. E na verdade, não deve mesmo ter sido por querer.

–Se fode aí, pai. –Emma mostrou o dedo do meio para o Justin.

Às vezes, ela tinha o jeitinho da Ruby. O jeitinho explosivo. As duas se pareciam bastante, talvez por terem crescido juntas. Seja o que for, era bom, eu sentia como se um pedaço bem pequenininho da Ruby ainda estivesse ali. Defendendo-me, como ela faria. 


Notas Finais


E então?


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