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História Pressure - Say Goodbye To The Past.


Escrita por: ig2000

Notas do Autor


Olá, leitores, como estão?
Desejo-lhes uma boa leitura.

Capítulo 6 - Say Goodbye To The Past.


–Quer que eu te leve para casa? –Ryan perguntou enquanto seguia a mim e a Emma.

–Não, ela dorme lá em casa hoje. –Emma respondeu por mim.

–Beleza. Vejo você amanhã então. Vê se toma jeito, Emma. –Ryan brincou com a Emma, ela deu um sorriso forçado e fechou a cara logo em seguida. Segurei o riso da cara séria que ela fez.

–Não queria que a noite acabasse assim... –Fiz uma cara desapontada. Estávamos no estacionamento, paradas em frente ao carro.

–Foi o teu namoradinho quem estragou a noite. –Emma rendeu-se com as mãos. –Não posso fazer nada.

–Pode dormir de conchinha comigo quando chegarmos em sua casa... –propus com um sorriso malicioso no rosto. Emma não conteve a malícia no olhar.

Voltamos para casa e como a proposta foi aceita, dormimos de conchinha.

Amigas fazem isso, não fazem?

Novamente eu pensando demais nas coisas. Apenas deixe rolar, Mackenzie.

                                                             ...

Na manhã do dia seguinte, Ryan apareceu cedo na casa da Emma. Ele já estava lá quando acordei. Despedi-me brevemente da Emma e entrei no carro com o Ryan, de volta ao lar.

–Quer conversar sobre ontem? –Ryan quebrou o silêncio que pairava no ar.

–Sobre a atitude idiota do seu amigo?

–Ah, agora ele é só meu amigo? –Ryan riu.

–É. Eu não tenho nada com ele, Ryan, nada. –Esclareci.

–Não é isso que me parece, na verdade, ninguém vê isso, Mackenzie. –Ryan parou em uma sinaleira e me encarou.

–Eu não tenho nada com o Bieber, e depois da noite passada, percebo que nunca vou ter. –Cruzei os braços. O carro voltou a andar.

–Mackenzie, o Justin está levando a sério o que quer que vocês tenham um com o outro. –Ryan alertou-me.

E daí que ele estava levando a sério? Eu também estava e nem por isso fiz o que ele me fez. Ciúme bobo.

–Se levar a sério envolve agressão física e humilhação em público, não obrigada, eu estou fora disso.

–Confesso que também estranhei a reação dele, mas ele estava fora de si, porra. –Ryan falou como se aquilo fosse óbvio e devesse ser perdoado.

–Não vem tentar defender seu amigo não. Eu também sou sua amiga, esqueceu? –Arqueei a sobrancelha e o encarei, ele revirou os olhos e fez uma curva.

–E o que você está sentindo com tudo isso? –Ryan perguntou-me.

–Ah, qual é? Parece até a minha psicóloga com esse papo. –Eu ri. –Eu estou bem. Melhor do que já estive durante um tempo.

–É bom saber disso. Mas... –Ryan fez uma pausa. –Não acha que está indo rápido demais? Não acho que superou a Ruby totalmente para começar outro relacionamento.

–E eu não superei. –admiti– mas ficar parada esperando que essa dor saia de mim de uma hora pra outra não dá, né? Eu tenho que me mexer também.

–Se você acha... E se sente melhor assim... Eu te apoio.

Sorri para o Ryan, ele me deu um rápido olhar reconfortante e voltou sua atenção para a pista. Era tão bom saber que alguém estava comigo, tão bom saber que alguém ainda estava do meu lado.

O que me deixa mais intrigada em tudo isso é que a Ruby foi embora sem despedidas, sem um adeus. Ela não deixou nem uma briguinha entre nós duas, nem uma brecha para que eu a odiasse ainda mais. Do contrário, ela foi no nosso melhor momento. Foi embora quando os negócios da gangue estavam bons e nosso relacionamento melhorava a cada dia. E isso me faz querê-la de volta. Mas querer não é poder. E se fosse, já estaríamos juntas há muito tempo, ou melhor, nunca teríamos nos separado.

Por outro lado, há o Justin. Que nunca se foi, mas que me desaponta estando presente. Que palhaçada foi aquela que presenciei ontem? Parecia um maníaco.

Eu e ele precisávamos ter uma boa conversa. E seria ainda hoje.

Tyga on

LA.

Family’s house.

–Essa é a planta do banco central. –Justin pôs um papel na mesa do escritório. Chris o analisou com atenção e franziu o cenho.

–O que são as marcações em vermelho? –Ele apontou para a imagem.

–São as câmeras do banco, localizei todas elas. –Expliquei.

–Qual o plano? –Chris quis saber.

–Seremos os seguranças do banco. –Justin disse, em seguida, abriu um sorriso maligno.

Chris gargalhou.

–De que porra vocês estão falando?

–Observe. –Eu disse. Fui até o armário do escritório e tirei de lá vários uniformes que eu mesmo arranjei. Uniformes de segurança. – Vamos entrar na troca de seguranças. Apagaremos os seguranças verdadeiros e entraremos no lugar deles.

–A Mackenzie vai tomar conta do gerente. Ela entrará lá com identidade falsa,  dirá que é uma advogada a mandato judicial e que precisa saber como anda a parte orçamentária. Com isso, ela vai ser conduzida pelo gerente por todo o banco, enquanto ele conta a ela sobre tudo. Quando eles chegarem ao cofre, onde nós estaremos disfarçados, fazendo a segurança, o apagaremos e usaremos suas digitais para ter acesso ao cofre. –Justin explicou.

–Vocês já burlaram o mandato? –Chris perguntou. Neguei com a cabeça em resposta a sua pergunta.

–Deixei essa parte com você. Eu fico com o trabalho pesado.  –Respondi, ele apenas revirou os olhos e rodou a cadeira giratória para os lados.

–É um bom plano. Claro que ainda precisa ser repensado, há coisas que ainda não foram pensadas, concordam? –Nós dois assentimos. Chris prosseguiu. – Mas é um bom começo para vocês, amadores.

Justin riu e deu um tapa na cabeça do Brown.

–O assalto ocorrerá daqui a um mês, cuzão. Isso é apenas uma base do que faremos. –Justin acomodou-se em sua poltrona e cruzou os braços.

–Temos tudo sob controle. Um dos únicos impasses é o Travis. O cara ta quieto demais, não duvido que esteja planejando mais uma desgraça para tentar nos derrubar. –Eu disse, Chris bufou.

–Se ele quiser derrubar, se sinta a vontade, já estamos no chão e há um ditado que diz que daqui a gente não passa. –Brown brincou.

–O garoto ta cheio de graça hoje. –Justin disse e todos riram. –Qual foi? Finalmente perdeu a virgindade?

–Foi. Com a Mackenzie. –Caí na risada junto com o Chris. Justin fechou a cara e mostrou o dedo do meio para o Brown.

–Você não tem moral para falar comigo, cara. –Chris disse para o Justin. –Apanhou de uma garota.

–Queria que eu batesse nela? Eu não faria isso. –Justin defendeu-se.

–E por que fez com a Mackenzie? Ainda não entendi nada dessa história. –Disse um tanto quanto confuso.

–Eu não quis fazer nada com ela, foi por impulso. –Justin deu de ombros.

–Ela já chegou? –Chris  perguntou, balancei a cabeça negativamente.

–Ainda não, o Ryan foi buscá-la na casa da Emma, a garota que deu uma surra no nosso amigo aqui. –Me aproximei do Justin e pus a mão em seu ombro direito, ele empurrou meu braço e bufou.

–Vão ficar me sacaneando até quando?

–Até esse roxo sair da sua cara, no mínimo. –Caímos na gargalhada outra vez. Justin passou a mão em seu rosto e pressionou os olhos ao sentir a dor que o ferimento causava.

Mackenzie Foster on

Los Angeles.

 10hrs20min AM

–Anda Ryan, vamos parar e comer alguma coisa. –Implorei pela centésima vez. Finalmente, Ryan atendeu meu pedido.

Ele estacionou seu carro em frente a um MC. Saímos juntos do carro e entramos no estabelecimento. Eu estava faminta por ter saído da casa da Emma de barriga vazia.

–Vê se não me faz passar vergonha dessa vez. –Ryan disse. Escolhemos uma mesa para sentar e o fizemos.

–Sou educada, Ryan. Não te faria passar vergonha de jeito nenhum. –Menti.

 Da última vez que saímos juntos, com a Ruby por sinal, exigi a atendente que enchesse meu copo de refrigerante até a beira do copo. O que há de errado nisso?

–Sei... –Ryan disse fingindo que acreditava naquilo.

Fizemos o pedido dos sanduíches e aguardamos eles chegarem. A entrega foi bem rápida, logo, eu estava devorando minhas batatas e o sanduíche.

–Monstro. –Ryan falou de boca cheia, tinha acabado de enfiar tudo o que sobrara de seu sanduíche na boca.

–Aprendi com você. –Ri e bebi um gole do refrigerante.

–Hum. –Ryan tentou falar, mas sua boca cheia o impediu. Mastigou mais algumas vezes e engoliu o alimento em sua boca. –Aposto que consigo acabar com a minha porção de batata antes de você, e olha que eu ainda nem encostei na minha.

–Aposta aceita! –Eu disse num tom desafiador.

–No três. –Ryan alertou-me. Segurei uma batata, já me preparando para devorá-la e aguardei a contagem. – TRÊS.

–O que aconteceu com o um e o dois? –Eu disse indignada. Ryan já estava devorando  suas batatas, me toquei e fiz o mesmo. Enfiei o máximo que pude na boca e mastiguei rápido enquanto já preparava uma mão cheia para enfiar na boca novamente.

Ryan era rápido. O garoto comia como um ogro. E por isso, ganhou.

–Eu sabia que ia ganhar, eu disse. –Ryan limpou a boca com um guardanapo, fez uma bolinha com o papel e jogou em mim.

–Hahaha. Eu deixei você ganhar, playboy. –Menti, na verdade eu tinha me perdido na contagem.

–Vamos voltar para casa agora? –Ryan perguntou. Assenti e fomos juntos ao caixa pagar os lanches.

Saímos do MC lanche e entramos em seu carro. Agora sim, de volta ao lar.

O carro entrou em movimento. O som do carro estava ligado e as músicas vinham de um pen drive. Era um pen drive antigo. Eu e todo o resto dos garotos o usávamos para fazer gravações e colocar músicas legais para ouvirmos.

A gravação mais engraçada que continha nele sem dúvidas era do Chris Brown para o Justin. O Chris dizia que era uma música dedicada ao Justin e a música era Girlfriend, da Avril.

Ri sozinha ao lembrar isso.

–Do que você está rindo? –Ryan, curioso, perguntou.

–Você lembra quando o... –Não terminei de falar, minha voz ficou embargada. Um nó enorme formou-se em minha garganta. Minhas pálpebras piscaram repentinamente, tentando conter as lágrimas.

–Risos– E esta é a minha dedicatória para minha garota, Mackenzie.

Eu amo você.

Been thinkin' about you all day long (Estive pensando em você o dia inteiro)
Hopin' you'll pick up your phone (Esperando que você atendesse seu telefone)
And I know that I don't wanna lose your love (E sei que não quero perder seu amor)
Oh, baby, oh, baby (Oh, amor, oh, amor)

Oh, girl, I got a secret place that we can GO (Oh, garota, eu tenho um lugar secreto aonde podemos ir)
'Cuz I really wanna be alone (Porque eu quero mesmo ficar sozinho).

 –Ryan, tira isso! –Não dei sequer tempo ao Ryan para ele fazer o que eu pedi. Puxei o pen drive com força e o joguei em algum lugar no banco dos fundos.

Poderia ter me livrado dele, mas pensei duas vezes antes de jogar pela janela algo que guardava tantas recordações boas entre nós, não entre mim e a Ruby. Entre eu e os rapazes.

Abracei meus braços e suspirei profundamente. Ryan diminuiu a velocidade e parecia estar decepcionado com si próprio por ter deixado aquilo acontecer.

–Isso me fez... –Engoli a saliva de minha boca e prossegui. –Me fez lembrar tanta, tanta coisa!

–Coisas boas? –Ryan perguntou-me.

Abri um sorriso em meio ao choro e concordei com a cabeça.

–Coisas boas. Momentos bons. –Mordi o lábio inferior e mais lágrimas vieram em meus olhos.

–Guarde para você as lembranças boas, Mackenzie, o que há de errado nisso?

–As boas lembranças me fazem sentir falta dela. E até as más, confesso que a aceitaria aqui mesmo que estivéssemos brigadas, porque apesar dos pesares, estaríamos juntas, isso é o que realmente me importa. –Pus para fora tudo o que estava sentindo naquele momento.

–É difícil dar qualquer conselho em uma situação como essa. Vocês não terminaram nem nada do tipo, ela se foi, ninguém sabe do seu paradeiro. Isso é louco. –Ryan disse como se o assunto o perturbasse.

–Então isso quer dizer que não me sobra nem um conselho? Nem um bem pequeno? –Ryan riu do meu desespero.

–Isso é passageiro. A dor que você está sentindo é passageira, mantenha isso em mente. –Ryan fez uma pausa. O carro parou e só então percebi que já estávamos na porta de casa.– Claro que as lembranças vão estar sempre aí dentro, mas um dia você vai cansar de alimentar essa saudade que está dentro de você. Um dia você vai deixá-la de lado e fazer novas histórias, histórias essas que virarão lembranças mais lá na frente. É um ciclo, aconteceu uma vez e vai acontecer outras, inúmeras vezes, com o tempo você aprende a lidar, com o tempo você aprende a viver, afinal, ninguém nasce sabendo tudo sobre a vida, a Ruby foi um aprendizado, guarde o que aprendeu e siga em frente, você tem um caminho imenso adiante.

As palavras do Ryan foram de extrema importância para mim. Ele estava extremamente certo.

O puxei para um abraço demorado e apertado.

–Obrigada. Obrigada por tudo. Eu amo você. –Eu disse enquanto afundava minha cabeça em seu ombro.

–Não precisa agradecer, estou só fazendo meu papel de irmão mais velho, relaxa.

Justin Bieber on

Los Angeles.

12hrs15min PM

–Entra. –Dei permissão a quem quer que estivesse batendo na porta para entrar.

Era o Ryan Butler.

–Ocupado? –Ele disse e fechou a porta do escritório.

–Sabe que nunca estou ocupado para você, irmão. –Larguei os papéis que estava organizando na mesa do escritório e fiz sinal para que o Ryan sentasse no banco em frente a minha mesa. –Sobre o que quer falar?

Ryan sentou-se.

–Mackenzie. –Ele foi direto, como de costume.

Mudei minha postura na poltrona e mostrei interesse no assunto. Eu realmente estava interessado em saber sobre a minha ninfeta.

–Como ela está? Ainda chateada comigo? –Perguntei e ele concordou com a cabeça.

–Sente alguma coisa por ela? –Ryan perguntou-me. Ajeitei os óculos na face e desviei o olhar para o meu notebook.

–Tesão.

–Fala sério, porra. –Ryan bufou e revirou os olhos.

–Não estou brincando.

–Não dá para ter uma conversa descente com você, cara. –Ryan mostrou-se bolado.

–Foi mal, prossiga. –Me redimi.

–Cara, você não vai me ver falando essas coisas outra vez. Mas o lado bom da queda livre é dar, a quem nos ama, a chance de nos pegar no colo.

–Que porra você ta falando? –Franzi o cenho. O cara tava drogado?

–Quero dizer que nesse exato momento a Mackenzie está em queda livre. –Ryan explicou-se.

–Caralho, por que deixou ela fazer isso? –Levantei-me depressa. Preocupado.

–Não, porra. Não literalmente. –Ryan bufou e pôs a mão na cabeça– Ela está em queda livre porque está sozinha, desde que a Ruby se foi ela encontra-se assim, e agora, cabe a quem a ama salvá-la.

–Tá achando que eu a amo? –Ri debochado.  

–Eu quem te pergunto isso, porque cara, se for, vai agora. Ela precisa. –Ryan alertou-me.

Por questão de segundos pensei no caso.

Eu sentia atração por Mackenzie, mas nada nunca ficou claro, nenhum sentimento entre nós foi esclarecido. E olha bem para mim, nunca levei uma mulher tão a sério. Puta merda. Ela era a única. A única que me fazia pensar e querer proteger. Se isso significa amar, porra, eu estou amando.

E sei que sinto isso há algum tempo. Eu finalmente tenho a porra da oportunidade para mudar as coisas, para tê-la para mim. Cara, não vou vacilar.

–Eu vou até ela. –Dei a volta na mesa do escritório e caminhei em direção a porta. –Ryan. –Ele virou-se para mim– Seja mais específico da próxima vez. Essa parada de queda livre não bateu.

Mackenzie Foster on.

Los Angeles.

Family’s house.

Ouvir sua voz através daquela antiga gravação fez-me lembrar um bocado sobre ela. Eu posso até dizer que consegui senti-la, bem pouquinho, mas suficiente para me fazer matar um pouco da saudade, bem pouquinho, quase nada.

Estava na sacada do meu quarto, apenas sentindo a leve brisa. Aconchegada entre almofadas, eu me via sendo uma completa idiota encarando uma foto da pessoa que tanto me faz sofrer. Da minha destruidora de coração. Pus a foto próxima ao meu peito e a abracei fortemente.

Onde ela está? Por onde anda aquela cabeça tão cheia de idéias loucas? Onde está a garota que me fez acreditar no amor? Juro que se me disserem, eu vou atrás, nem que seja no lugar mais distante de todos. E nem que para chegar lá, eu tenha que passar o resto da minha vida viajando, porque eu estaria satisfeita se acordasse todos sabendo que um pouco de mim estava mais próximo dela a cada segundo.

–Mackenzie? –Uma voz soou atrás de mim.

Virei-me rapidamente para ver quem era, mesmo já sabendo, sua voz era irreconhecível.

–Justin... –Ajeitei-me no sofá e pus uma mecha de cabelo para trás da orelha.

Ele se aproximou e sentou bem ao meu lado. Deu um longo suspiro e encarou o nada. Eu o encarava, nervosa com o que estava por vir.

O machucado em seu rosto estava roxo, ele provavelmente não estava cuidando tão bem daquilo, não tão bem quanto eu cuidaria, se pudesse. E admito que queria.  

–Desculpa por ontem. –Ele disse, ainda sem me encarar.

–Você disse que não foi por querer... –Ele virou seu rosto para mim. –E eu acredito em você.

Justin  apoiou seus cotovelos em seus joelhos e esfregou as mãos no rosto.

–Não é só isso, eu tenho mais a dizer. –ele disse com a voz abafada.

–Estou ouvindo, prossiga.

Ele virou-se para mim e pareceu procurar as palavras certas antes de começar.

–Se eu fiz o que fiz ontem, foi por não te querer com outra pessoa, eu não gosto de dividir minhas coisas, não que você seja minha, mas eu queria que fosse. –Justin pôs as mechas dispersas do meu cabelo atrás da orelha e seus olhos voltaram a encarar os meus, dessa vez mais intensamente. –E eu sei que não sou o melhor candidato a cuidar de você, eu tenho meus defeitos, talvez você devesse saber. Honestidade não é meu forte. Eu sou ambicioso e muitas vezes me perco nisso. E eu também não costumo demonstrar o que sinto a ninguém, nunca achei que isso me levasse a algum lugar, mas com você, começo a achar. Sou egoísta. Nem um pouco atencioso em relação às emoções. Mas eu estou disposto a aprender tudo o que ainda não sei. Disposto a encarar o mundo de uma forma diferente. Me deixa tentar te mostrar o meu lado bom, minhas qualidades, porque os defeitos... Bom, deles você já sabe.

Meus olhos encheram-se de lágrimas e o meu coração de amor. Uma faísca reascendeu dentro de mim.

Na vida, recomeçar muitas vezes é necessário. Chega um momento em que temos que jogar as bagagens que trouxemos do passado fora, dando a si próprio, a oportunidade de viver coisas novas. E eu merecia aquela oportunidade.

Nós não podemos nos apegar ao passado, porque não importa o quão forte o seguremos, ele já foi. Eu aprendi isso da forma mais dolorosa. Mas eu aprendi. E o aprendizado vai ser a única coisa que levarei adiante comigo. Pois agora, eu estou me permitindo recomeçar.

–Eu aceito ser sua. E devo confessar que também tenho meus defeitos, mas vou deixá-los para você descobrir aos poucos. –Eu disse. Justin riu pelo nariz e segurou meu rosto entre suas mãos, pressionou seus lábios nos meus me dando um selinho demorado e abriu um sorriso entre o beijo. Um sorriso encantador. 


Notas Finais


"Nós não podemos nos apegar ao passado, porque não importa o quão forte o seguremos, ele já foi."
–Himym.


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