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História Pressure - Offer


Escrita por: ig2000

Notas do Autor


Queria dizer que a fanfic já está pronta faz um tempo, decidi postá-la agora pois só então finalizei. Com isso quero dizer que não há chances de abandoná-la, sei que isso deve ser chato para os leitores.
Enfim, boa leitura!

Capítulo 7 - Offer


Fanfic / Fanfiction Pressure - Offer

Suas mãos apertavam minhas coxas, tal ato fez com que um gemido escapasse dos meus lábios. Dei impulso e entrelacei minhas pernas em volta de sua cintura, seus braços me deram apoio e equilíbrio.

Justin afastou para o lado os papéis que estavam jogados sobre a mesa do escritório e me pôs sentada no móvel. Posicionou-se entre minhas pernas, o movimento repentino fez com que minha saia jeans subisse um pouco, deixando livre a polpa da minha bunda. Dei um trago no cigarro que estava posicionado entre meus dedos e soltei a fumaça pelo nariz.

A nicotina é um tipo de droga que provoca malefícios ao organismo. E esse é só mais um dos malefícios que eu quero para mim.

–Ahh. –Justin soltou um suspiro de prazer após inalar duas carreiras de cocaína.

Em seguida, veio direto para mim. Ele estava sem camisa e sua bermuda arriada deixava a mostra sua cueca box preta. Meu homem era gostoso. Eu era uma mulher de sorte por tê-lo. E ele era um homem de sorte por me ter. Eu me garanto.

Justin envolveu seus braços ao redor da minha cintura e distribuiu beijos por minha clavícula e seios. Apoiei o peso do meu corpo em meu cotovelo esquerdo e inclinei minha coluna para trás, quase me deitando sobre a mesa. Deixei o cigarro entre meus lábios e dei um longo trago para acabar com tudo de uma vez, retirei o talo de minha boca e o joguei no chão, como fiz com os dois anteriores. Joguei a cabeça para trás e exalei a fumaça do meu pulmão para fora.

Os beijos dele foram descendo até o meu ventre, onde ele parou e deu chupões gostosos. Deitei meu corpo sobre a mesa ao sentir minha saia ser levantada e em questão de segundos, Justin afastou o fundo da minha calcinha para o lado, tendo acesso ao meu clitóris. Seus movimentos circulares fizeram-me delirar, mais do que eu já estava delirando. Arqueei minhas costas e apertei meus seios com força. Aquilo era tão gostoso.

–Justin? –Era a voz do Tyga. A maçaneta da porta foi girada algumas vezes na tentativa de ser aberta, mas por sorte, estava trancada.

–Avisei que os caras estavam chegando para a reunião, mas você me olhou com aquela cara de cadela no cio... –Justin reclamava enquanto recolhia nossas peças de roupas do chão.

–Você só pode estar brincando comigo. Fui eu quem avisou da reunião, eu estaria no quarto orgasmo agora se fizesse a sua vontade. –Justin riu da minha indignação no tom de voz. Ajeitei minha camisa e saia jeans com pressa.

–Mas você quase cedeu... –Justin me abraçou e beijou meu pescoço. O empurrei e desci da mesa do escritório. –Isso significa que o papai aqui é irresistível. –gabou-se.

–Talvez signifique que a mamãe aqui queria ser chupada por alguém, não importa quem fosse, e você foi o primeiro que me apareceu. –tentei cortá-lo. 

–Vai abrir a porta, não to com cabeça para discutir suas provocações. –Ele deu um tapa firme em minha bunda quando me virei para abrir a porta e sussurrou um “gostosa”.

Destranquei a porta e ao abri-la, dei de cara com o Chris, Tyga e Ryan de braços cruzados em frente ao escritório.

–Estavam esperando há muito tempo? Foi mal, não consegui ouvir. –Inventei a primeira desculpa esfarrapada que me veio em mente.

 Tyga bufou e me empurrou da passagem. Ryan e Chris vieram logo atrás. Quando todos estavam ali dentro, fechei a porta e juntei-me a eles.

–Eu tinha uma coisa para anunciar... –Tyga jogou-se no sofá de couro e desbloqueou o celular.

–Diz. –Eu disse. Dei a volta na mesa do Justin e sentei em seu colo. Envolvi meu braço ao redor do seu pescoço e aguardei a declaração do Tyga.

–Vocês tiraram minha empolgação com essa demora de abrir a porta, agora eu to puto. –Tyga rebelou-se.

–Então se fode. –Chris disse. Tirou do seu bolso um maço de cigarros e acendeu um deles com um isqueiro.

–Fiz negócio com um traficante de Nova York. –Tyga ajeitou sua posição no sofá e enunciou. –Temos um carregamento de drogas para pôr para dentro de Los Angeles hoje.

–Vamos revender? –Ryan questionou.

–Não, é tudo nosso. O cara nos devia uma depois que o ajudamos com a transição de uns armamentos para o exterior. –Ele explicou a situação. –Os negócios estão de volta.

–Porra! –Chris balançou a cabeça positivamente, aprovando o trato feito. –Era o que precisávamos. Vamos render com essa parada.

–Quando colocaremos as drogas para dentro? –Justin perguntou. Até mesmo ele mostrou-se empolgado com a notícia.

–Hoje à noite. –O Tyga respondeu.

–Mas já? –Eu disse espantada.

–É hoje ou nunca. –Tyga expôs nossas opções e deu de ombros.

–Hoje. –Ryan respondeu por todos nós.

Tínhamos uma chance de mudar nosso placar na história. Não podíamos deixar escapar.

Justin checou o horário em seu relógio de braço.

–Certo. Eu e a Mackenzie temos que ir. Voltaremos antes de pôr o carregamento para dentro. –Ele disse e levantou-se junto comigo.

–Para onde vão os pombinhos? –Chris divertiu-se do momento. Ele foi completamente ignorado por nós dois.

Peguei minha jaqueta rosa e saí do escritório de mãos dadas com o Justin.

Ainda no corredor, consegui ouvir o Tyga dizer: aposto que foi terminar o que estava fazendo aqui no escritório antes de chegarmos.

Eu e o Justin marcamos de dar um role no shopping. Como um casal normal.

Um porsche branco nos aguardava em frente ao portão principal da casa. Entramos juntos no automóvel. Justin o conduziu pelas ruas em direção ao shopping.

Liguei o aparelho sonoro do carro. A música a tocar era Give me Love, Ed Sheeran.

–Dê-me amor como nunca antes –cantei junto.– Porque ultimamente eu tenho desejado mais.

–E faz algum tempo, mas eu ainda sinto o mesmo –Justin acompanhou-me.

Sorri graciosamente. Fechei os olhos permitindo-me viajar em meus pensamentos.

You know I'll fight my corner (você sabe que eu vou lutar por meu canto.)

And that tonight I'll call ya (e que esta noite vou chamar-te)

After my blood, is drowning in alcohol (depois de o meu sangue estar se afogando em álcool)

No I just wanna hold ya (Não, eu só quero te segurar.)

Abri os olhos novamente. Fixei meu olhar na calçada e em todas as pessoas que passavam por ela. Há alguns anos atrás, em Nova York, eu estaria implorando por alguns centavos nas ruas.

–Sinto falta da Julie. –Pensei alto.

–Quem é Julie? –Justin questionou-me.

–Uma amiga. A conheci nas ruas de Nova York. –contei.

–Onde ela está agora?

–Eu não faço idéia. Perdi o contato com ela. Na noite em que vim para Los Angeles, não consegui encontrá-la. Incomoda-me pensar na possibilidade de algo ruim ter acontecido com ela. –desabafei.

–Na pior das alternativas ela está morta. –Justin deu de ombros. O encarei incrédula e dei um tapa fraco em seu ombro.

–Não brinque com isso! –O repreendi.

–Foi mal. –Redimiu-se.

–Foi péssimo. –Cruzei os braços. Indignada com a falta de solidariedade de sua parte.

–Desmancha essa cara emburrada e desce do carro. –Ordenou assim que paramos no estacionamento do shopping.

Descemos juntos do carro. Ele deu a volta no automóvel e estendeu sua mão esquerda para mim. A segurei e assim, entramos no shopping.

 –Aonde você quer ir? –Perguntou-me enquanto caminhávamos.

–Starbucks! –exclamei. Precisava de café.

–Me conta mais sobre a Julie, vocês roubavam comida juntas? –Ele quis saber.

–Julie era medrosa. Eu roubava comida para nós duas. –Justin riu e eu também.

–Nunca pegaram você?

–Eu sou esperta, Justin. Sei me sair de qualquer situação embaraçosa. –Gabei-me. –Não é a toa que trabalho com vocês agora.

–É, você dá para o gasto. –Ele fez pouco caso.

–Admita. Tenho habilidades impressionantes. –Joguei a mecha do meu cabelo para trás do ombro como uma diva.

–Consegue ser tão convencida quanto o Tyga. –Ele comparou-me ao seu amigo.

–Vou esquecer que você disse isso e você finge que nunca abriu a boca. Combinado? –Ele prendeu o riso para si.

Era foda ser comparado com o Tyga. Ele se achava o foda. O incomparável. Irritava-me às vezes.

Entramos no Starbucks. Pedi um expresso para mim. Justin não quis; ele não gostava de café.

Saímos do estabelecimento juntos e caminhamos pela praça de alimentação.

–Não vai querer nada? –Perguntei e ele negou com a cabeça.

–Só você. –Puxou-me para um beijo e fez careta ao sentir o gosto nos meus lábios. –Odeio café.

Gargalhei.

–Me desculpa por isso. –Ainda presa em seus braços, bebi mais um pouco do café.

–Termina logo isso, Mackenzie. Antes que eu jogue no lixo. –Ele ameaçou-me.

–Não, não, não! –tentei controlar o riso e o provoquei bebendo o café lentamente.

–Me dá isso. –Ele pegou o copo em minha mão e o jogou em uma lata de lixo.

–Ah você não fez isso! –Cruzei os braços fingindo estar brava. Na verdade, eu nem queria mais.

–Eu fiz. –Ele me abraçou forte. –E faço de novo se você comprar outro. Quer testar?

–Eu vou me vingar! –o alertei.

–O que vai fazer? Derrubar o meu café? Eu nem gosto.

–Greve de sexo. –Declarei.

–TÁ ME SACANEANDO? –Perguntou-me incrédulo.

Eu não estava falando sério. Não conseguiria ficar sem aquilo tanto quanto ele.

Desfiz minha cara séria em uma gargalhada alta. Ele acompanhou-me e riu também.

–Ponto para mim. Sei qual é o seu ponto fraco! –Dei pulinhos em comemoração.

–É. Você me pegou. –Ele checou o horário no relógio de pulso. –Tá ficando tarde. Temos que ir ou nos atrasaremos para pôr o carregamento para dentro.

–Puta merda! –Exclamei.

–O que? –Ele parou de andar e me encarou.

–Tinha esquecido que não éramos um casal comum. –disse meio cabisbaixa– E ISSO É AINDA MELHOR! –Desfiz a cara e dei mais alguns pulinhos.

Justin riu da minha repentina mudança de humor.

–Não me imagino levando uma vida normal. Preciso da adrenalina correndo meu sangue, sem isso eu não vivo.

                                                                                           ...

Justin Bieber

Los Angeles.

Os carros estavam estacionados em frente ao portão da casa.

Pude ouvir motores rangendo. Eram os seguranças que fariam nossa escolta preparando-se.

–Tem certeza que não prefere ficar em casa? –Insisti.

–Não. Eu quero acompanhar vocês. Eu sempre estive presente nos esquemas e agora não vai ser diferente. –Mackenzie disse. Terminando de passar o batom vermelho nos lábios, desviou o olhar para o meu reflexo bem atrás dela no espelho. –Se for babar avisa que eu trago um balde. –Ela divertiu-se.

–Tem razão. Sou irresistível. –Olhei para o meu reflexo no espelho. –Inevitável babar.

–Você estava com os olhos cravados em mim, nem vem. –Mackenzie levantou-se do banco em frente ao espelho e soltou as madeixas presas em um coque.

Aproximei-me dela. Envolvi meus braços ao redor da sua cintura e afundei minha cabeça na curvatura do seu pescoço. Inalei seu doce perfume e depositei um beijo em sua clavícula. Ao afastar-me dela, pus uma de suas mechas de cabelo dispersas atrás da orelha, podendo encará-la mais nitidamente. Acariciei sua bochecha com o polegar e desci a ponta do dedo ao seu queixo. Puxei seu rosto em um movimento delicado para perto do meu e a beijei. Cada chupão intensificava mais o beijo. Senti a excitação invadir meu corpo. Minha respiração ofegante a fez cessar o beijo.

–Temos que ir agora. –Mackenzie bufou decepcionada.

–Vamos. –Segurei sua mão e saímos do quarto.

Descemos as escadas e entramos na sala principal. Onde os caras estavam nos aguardando.

–Eu já te falei, porra. Você é o cara. Esse carregamento para você é fichinha. –Tyga falava para si próprio enquanto admirava-se através da câmera frontal.

–Só Deus para ter piedade de mim, porque vocês dois não devem ter, nos deixaram aturar o Tyga por quarenta e cinco minutos. Porra! –Ryan mostrou-se bolado.

–Sei como isso deve ser doloroso, Ryan. –Mackenzie confortou o Ryan. Tyga, que estava ouvindo tudo, revirou os olhos. –Me desculpa por isso.

Ryan riu da provocação da Mackenzie.

Nossos seguranças estavam dirigindo suas SUV pretas. Eu e os rapazes usamos nossos próprios carros.

Entrei em minha Ferrari verde. Mackenzie acomodou-se no banco do carona. Liguei o automóvel e fiz o motor ranger antes de dar a partida. Meu carro estava alguns metros a frente dos outros. Tyga alinhou seu carro junto ao meu e abaixou seu vidro fumê. Fez um sinal com a cabeça anunciando que estava preparado e levantou o vidro novamente.

Olhei para a garagem através da janela do meu carro e vi um carro parado com uma lona o cobrindo. Era o carro da Ruby. O único que não nos acompanharia nessa missão.

Abri um sorriso satisfeito.

–No que está pensando? –Mackenzie questionou minha expressão facial.

–Nos negócios. –Menti.

Arranquei o carro dali e os caras me seguiram. Acelerei em direção a fronteira, onde o carregamento esperava para ser posto para dentro.

Através do retrovisor pude ver os seguranças nos escoltando. Chris e Ryan nos acompanhavam logo atrás.

Mackenzie parecia incomodada. Tyga abaixava e levantava o vidro da sua Ferrari prata procurando gracinhas com ela. Mackenzie não perdeu a oportunidade. Ligou o ar quente e deixou os vidros embaraçarem.

–Não me atrapalha, Mackenzie. –Reclamei.

–Fica na sua. Teu amiguinho de merda me irrita. –Ela desenhou um dedo do meio no vidro e abriu um sorriso falso.

–VAI SE FODER, MACKENZIE! –Tyga gritou do seu carro.

Ela pareceu contente em irritá-lo.

Pisei fundo no acelerador, afastando-me da briga infantil.

A fronteira se aproximava e com ela uma grande renda de dinheiro. Cara. Eu vou dar a porra da volta por cima. A liderança desse cacete é minha.

–Fica no carro. –Ordenei a Mackenzie e desci da Ferrari.

–Compreenda-se. Vou ajudar com os malotes de droga. –Mackenzie saiu do carro gesticulando com o dedo.

Bufei.

Um caminhão de porte grande estava estacionado próximo a uns arbustos. Um cara gordo nos olhava hesitante de longe. Fiz sinal para ele. Ele logo entendeu que éramos nós que pegaríamos a carga.

Ryan foi assinar uma papelada com ele. Quando foi liberado. O cara abriu os fundos do caminhão, mostrando toda a droga que continha ali. Era droga para dar e vender.

–Peguem logo essa porra! –Ordenei. Não tínhamos muito tempo. A polícia sempre fazia ronda pela fronteira tentando evitar a entrada de carregamentos ilegais.

E ainda por cima, tínhamos o Travis que era disposto a qualquer porra para nos derrubar.

–Vai ficar parado? –Chris questionou ao largar um malote de drogas em seu carro.

–Apenas faça o seu trabalho. –Ordenei. Estava fazendo as contas dos malotes. Não queria ser passado para trás, era bom ter a quantidade combinada dentro daquela joça.

–É justo. Faço meu trabalho. Você não faz. Ficamos com a mesma quantia. –Chris persistiu.

–Cala a porra da boca, Brown. –grunhi.

–Cara. Quem você acha que é? –Chris aproximou-se de mim irado e bateu no meu peito. Dei alguns passos para trás com o impacto e ri pelo nariz de sua audácia.

–Eu sou o Justin Bieber. –Disse de forma áspera.

Chris deixou um riso debochado escapar.

–É só isso ou tem mais? –Ele cruzou os braços e me encarou com a cabeça erguida.

–Não tenta me intimidar, não tenho medo de você. –Aproximei-me do Chris e o encarei cara a cara.

–Deveria ter medo. –Ele tornou a me empurrar. –Porque eu to cansado de seguir suas ordens. Você não é nenhum chefe da gangue. Você é a porra de um funcionário que ta na merda. –Não esperei ele terminar seu insulto e soquei seu rosto com força.

Chris caiu no chão. Mas logo se repôs e veio com tudo para cima de mim. Consegui desviar de um dos seus golpes, mas não me safei do seu chute no estômago. Grunhi de dor. 

–Porra, ele não vale a pena. –Tyga segurou-me.

Mackenzie e Ryan seguravam o Chris.

–Vocês condenam a Ruby por ter ido embora! –Ele riu enquanto balançava a cabeça negativamente. –Eu a venero por ter feito o que eu sempre quis fazer.

–Tá bom, Chris. Para com isso. –Mackenzie tentava acalmá-lo.

–Não vou parar. E eu aposto que qualquer um aqui fugiria se tivesse a oportunidade. Ruby estava farta de receber ordens de um zero a esquerda.

–Tá me magoando, não faz isso. –Fingi ser ofendido.

–Desgraçado. –Chris conseguiu soltar-se dos braços do Ryan e da Mackenzie. –Eu vou acabar com você! –Ele me puxou pela gola da camisa e me encarou irado. O empurrei e soquei seu queixo. Ele foi rápido. Com uma rasteira, me derrubou no chão. Senti uma pontada na cabeça e minha visão ficou turva.

–PARA COM ISSO! –Mackenzie gritou e ficou de joelhos no chão, de frente para mim. Ela pôs minha cabeça em seu colo e acariciou meu rosto. –Você está bem?

–VOU ACABAR COM VOCÊ, FILHO DA PUTA! –Chris ainda berrava pondo para fora todo seu ódio.

Recuperei a visão e levantei do chão. Mackenzie tinha um olhar preocupado. Não queria fazê-la passar por nada daquilo. Ela já tinha passado por coisas demais.

Minha testa sangrava devido ao chute. Encarei o Chris e para seu descontentamento, abri um sorriso diabólico.

–Vai precisar de um esforço maior que esse para acabar comigo. –O provoquei. Cruzei os braços e o encarei se debater nos braços do Ryan e de um dos meus seguranças.

–Desgraçado! Você não é nada! Nada! –ele se debatia. –Me soltem, porra.

–Larga ele, Ryan! –Mackenzie mandou. Ela ia até ele, mas eu a impedi.

Não queria que ela fosse acudir aquele filho da puta.

–Você fica. –Cuspi sangue no chão e segurei seu pulso. Ela hesitou em ir ao me ver naquele estado.

–Eu fico. –Ela disse relutante.

–Terminem de pôr o carregamento para dentro! –Eu disse. Levei minha mão esquerda ao estômago e senti dor ao tocar.

–Onde dói? –Mackenzie perguntou, preocupada.

–Lugar nenhum. Entra no carro. –Eu disse, indicando o carro com um gesto com a cabeça.

–Vou entrar porque estou cansada disso. Só por isso. –Ela estava brava. Entrou no carro e bateu a porta com força.

Ri pelo nariz e balancei a cabeça negativamente. Tyga veio até mim.

–Aquele é o último malote. –Ele indicou um malote que Ryan estava segurando.

O caminhão foi ligado e logo deu o fora dali.

–Para onde o desgraçado ta indo? –Perguntei referindo-me ao Chris. O carro dele saiu do local cantando pneu tomando uma rota diferente do combinado.

–Esquece o Chris. Ele ta com a parte dele, faz o que quiser com ela. Vamos dar o fora. –Tyga bateu em meu ombro e apressou-se para o seu carro.

Relutante, entrei em minha Ferrari. Mackenzie observava o lugar através da janela com os braços cruzados.

Liguei o carro e saí cantando pneu. Afastando-me cada vez mais da fronteira.

Chequei o GPS do Chris. Tentei localizá-lo, mas não foi possível. Ele sem dúvidas havia desligado.

–Filho da puta! –Bati a mão no volante.

–O que houve? –Mackenzie virou-se para mim.

–Chris não pode tomar decisões sozinho. A porra do carregamento era minha! –explodi.

Mackenzie gargalhou forçadamente.

–Está provando do seu próprio veneno. Ah, eu gosto disso! –Ela mordeu o lábio inferior e sorriu vingativamente.

–Do que você ta falando?

–Você sempre faz isso! Está sempre um passo a frente de todos. –Ela aumentava o tom a cada palavra proferida. –Correção: VOCÊ E O TYGA.

–Não fala asneira.

–Isso é sério! Eu concordo plenamente com o Chris.

Freei na pista com tudo e ouvi o pneu cantar. Mackenzie me encarou espantada.

–Desce do carro, Mackenzie! –Ordenei.

–Não! Tá louco? Não vou ficar sozinha na rua. –Ela recusou.

–Sozinha. –Repeti seu adjetivo e ri pelo nariz. –Sem mim, é isso que você é.

Ela franziu o cenho e encarou-me surpresa.

–Por que está falando isso?

–Para mostrar o que acontece se você tentar me contradizer novamente. –Travei o maxilar e a encarei de lado.

–Você é podre! Um idiota! –Ela abriu a porta do carro com força– Ninguém merece ser comandado por você! Você é um lixo! Não merece metade dos bens que já possuiu. É bom ver você na miséria, você nunca deveria ter saído disso.

Ela saiu do carro e bateu a porta fortemente.

Engoli em seco. Filha da puta. Liguei o carro e saí do local cantando pneu.

Não sei o que ela faria esse tempo sozinha. Mas sei que não iria longe o bastante para que meus seguranças não a encontrassem.

Flashback on

–Não quero ir embora! –Hilary tirou suas roupas da mala.

–Você não tem que querer, porra! Não me atrapalha! –A empurrei e coloquei as coisas dela na mala novamente.

–Me deixa ficar aqui em Londres! Eu não quero mais te acompanhar –ela começou a derramar lágrimas. –Eu não quero mais participar dos seus esquemas suicidas. Isso é perigoso!

–Azar seu. Você não vai sair agora que conseguiu grana. É por isso que você estava comigo, não é? Só queria o dinheiro! –fechei sua mala.

–Não! Eu te amo, Justin! E eu queria muito poder viver uma vida ao seu lado. Mas você não facilita para mim, sabe que eu não gosto do que você faz! –Ela chorava enquanto dizia. A ignorei e fui guardando minhas coisas na mala.

–Porra, eu não tenho tempo para ter essa conversa agora. A polícia ta atrás de mim. Você não entende? –Joguei duas malas abertas sobre a cama e guardei meus pertences lá.

–Não. Eu não entendo você. –Ela sentou na beira da cama e abaixou a cabeça, derramando mais lágrimas. –Você me ama?

–Eu já respondi isso. Não enche o saco, Hilary. –Terminei de arrumar minhas coisas e levei-as para o porta-malas do carro lá fora.

–Então vamos fugir juntos! –Ela me seguiu.

–E como vamos viver, hum? –Parei em sua frente e questionei. –Acha que o dinheiro que eu tenho dá para uma vida inteira? Porra, não chega nem perto.

–Nós não precisamos de muito para viver. Eu só preciso de você. Nada mais. –Ela implorou aos prantos.

Enxuguei suas lágrimas com a ponta do polegar e encarei seus olhos vermelhos de tanto chorar.

–Vamos para Los Angeles agora. Eu não tenho muito tempo. Resolvemos isso depois. –Ela concordou com a cabeça. –Entra no carro.

 Como ordenei, ela entrou no carro. Entrei no banco do motorista e liguei o carro. Dei partida seguindo em direção ao aeroporto.

No caminho, Hilary ficou mais calma. Ela apenas matinha seu olhar fixo nas ruas de Londres.

A coisa tinha ficado preta para o meu lado. A polícia estava atrás de mim.

Senti meu celular vibrar no bolso e o atendi rapidamente. Tentei preparar-me para o pior. Afinal, a polícia estava atrás dos caras também.

Era o Tyga.

–Por que ta me ligando? –Perguntei ofegante.

–Cara, cadê você? Estamos no aeroporto faz dez minutos te esperando. –Ele disse impaciente.

–Estou a caminho. Estão todos aí?

–A Ruby ainda não apareceu. –Tyga fez uma pausa longa– Ryan acha que invadiram o hotel onde ela estava e a levaram.

–Garanto que não. Ruby tem mais cartas na manga que qualquer um de nós. –Admiti. A filha da puta com certeza se sairia dessa ilesa.

–Mas... –Tyga ia se pronunciar, mas foi interrompido.

Três viaturas da polícia entraram na pista, seguindo-me. Olhei através do retrovisor e vi armamentos sacados na janela das viaturas.

–PORRA! –Soquei o volante e pisei fundo no acelerador.

–Meu deus! –Hilary pôs a mão na boca, assustada.

Larguei o celular ao ouvir a vidraça do para brisa traseiro ser quebrada. Começaram a atirar sem cessar contra o meu carro.

Deram um tiro certeiro no meu retrovisor. Abaixei meu corpo na altura do volante e acelerei ainda mais. Ultrapassei um sinal vermelho e desviei dos carros em minha frente. Através do resto que sobrara do retrovisor, vi que havia despistado as viaturas. Mas sabia que não tinha muito tempo até que elas voltassem.

–Hilary! Pega a arma debaixo do banco! –Ordenei. Ela não me respondeu. –Não me ignora, porra! Já falei que conversamos depois! Não pode me castigar agora! –Gritei furioso. Desviei o olhar da pista para ela. Ela estava paralisada, completamente pálida.

Estacionei o carro de qualquer jeito em uma vaga disponível. Procurei algum ferimento em seu corpo e senti seu sangue molhar minhas mãos. Ela foi baleada. Um tiro certeiro no peito.

Senti meus olhos arderem. A balancei tentando reanimá-la mas não obtive respostas.

–Acorda, porra! Não me deixa, Hilary! NÃO ME DEIXA! –Implorei.

Tentei sentir sua pulsação. Ela estava morta. Soquei o volante e esfreguei as mãos no meu rosto. Aquilo não podia estar acontecendo. Não podia. Ela não podia me deixar.

Flashback off.

Meu olhar perdido na pista foi deixado para trás. Não queria massacrar-me tendo lembranças da Hilary.

Fiz a volta na pista e peguei a contramão indo atrás da Mackenzie. Pensar que ela estava em algum lugar sozinha e que alguém poderia tocá-la me deixava irado.

Desacelerei ao chegar próximo ao lugar onde a deixei. Semicerrei os olhos e tentei encontrá-la. Ela não estava por ali. Puta merda. Bufei e desci do carro. Bati a porta com força e olhei ao redor.

–MACKENZIE! –A chamei. Não obtive respostas.

Abaixei a cabeça decepcionado comigo mesmo por ter permitido que aquilo acontecesse. Pus as mãos no bolso da bermuda e voltei para o carro. De relance, vi alguém sentado no meio-fio da rua. Aproximei-me e percebi que era a Mackenzie. Ela estava toda encolhida e com a cabeça afundada em seu colo.

–Dê o fora daqui! –Sua voz soou abafada.

–Não saio daqui sem você. –Sentei-me no meio-fio ao seu lado. Ela manteve-se em silêncio. –Me perdoa, Mackenzie. Eu sou explosivo.

–Esqueceu de avisar isso noite passada. Quando me contou dos teus defeitos. –Ela lembrou-me.

–É. Eu esqueci. E talvez isso aconteça de novo, sou cheio de defeitos. –Retirei do meu bolso um cigarro e o acendi. Dei um trago na droga e exalei a fumaça no ar.

–Tem mais algum escondido aí? Não quero ser pega de surpresa. –Declarou.

–Eu vou tentar me controlar. Não farei isso novamente. Só me perdoe. –Abaixei a cabeça e encarei o asfalto. –Eu não quero perder você.

–Mas você está andando no caminho certo para isso... –Mackenzie levantou a cabeça e me encarou. Para minha surpresa, ela não estava chorando. Vai ver acostumou-se tanto com a dor que agora sabe como lidar com ela.

Joguei o cigarro no chão e pisei em cima dele, o apagando. Em seguida, movi meu corpo para mais perto do dela.

–Mackenzie, eu estava com raiva. Essas coisas acontecem. Eu agi sem pensar. E sem pensar eu faço coisas erradas. –Ela encarava meus olhos a procura de sinceridade. E ela acharia. Porque eu não faria nada daquilo de cabeça fria. –Te magoar não está nos meus esquemas.

Ela riu. Foi a melhor resposta que ela poderia ter me dado.

–Acabo de depositar mais uma chance no seu cartão, aproveite. –Ela imitou a voz de um robô me arrancando uma risada.

Aquela era a mulher que eu queria para mim. A que eu não deixaria escapar por nada.

–Vamos voltar para o carro. –Levantei do meio-fio e estendi a mão para ela. Ela segurou minha mão e levantou-se também.

–Aqui está tão frio! –Ela queixou-se, abraçando seu próprio corpo tentando se aquecer. Retirei minha jaqueta de couro do corpo e joguei para ela antes de entrarmos no carro.

–Segura aí! –Ela pegou a jaqueta e vestiu rapidamente.

Girei a chave na ignição e acelerei o carro para longe dali.

Chris Brown on

Los Angeles.

Há algumas horas antes.

Pus o ultimo malote de droga no porta-malas do carro. Entrei na minha Ferrari preta e desliguei o GPS. Girei a chave na ignição ligando o carro e dei o fora da fronteira cantando pneu. Mudei a rota que pretendia tomar em direção à boate para comemorarmos e procurei o bar mais próximo.

O filho da puta do Justin ainda não teve o que merecia. Desgraçado. Ele está enganado se acha que vai ficar no comando de tudo outra vez.

Estacionei o carro em uma vaga livre em frente a um bar e saí do veículo. Precisava distrair minha mente em alguma porra.

–Uma dose de uísque. –Pedi ao barman. Ele pôs a bebida sobre o balcão. Segurei o copo e virei o líquido quente na boca. –Mais uma!

–Vá com calma, rapaz! –aquela voz asquerosa era irreconhecível. Era o Travis.

–Não é uma boa hora para tentar me irritar. Eu já to puto. –rosnei.

–O que houve dessa vez? –Perguntou-me. Eu o ignorei– Eu já consigo imaginar. Cansado de receber ordens do patrão, estou errado?

–Eu não tenho um patrão. Eu sou o patrão. –Resmunguei.

–Mas não é o que parece. Não te tratam como se fosse um. –Travis fez sinal para que o barman preparasse uma bebida para ele.

Virei mais uma dose de uísque e pressionei os olhos sentindo o líquido ardente descer minha garganta.

–Não se mete, Travis.

–Você é um garoto genial. –Elogiou-me– É capaz de ser mais que isso. No fundo você concorda comigo.

–Tá querendo me comprar com essas palavras? –Ri pelo nariz de sua tentativa. –Melhore e volte mais tarde.

–Junte-se a mim, Chris. Comigo você não receberá ordens. Vamos trabalhar juntos nessa... –Não permiti que ele terminasse.

–Não perca tempo. Sei como é trabalhar para você e se eu quisesse, o faria. –Virei meu rosto para encará-lo.

–Não recuse minha proposta sem pensar duas vezes. A troco de quê você vai continuar com o Justin? Vai receber ainda mais trabalhando comigo. –Ele ofertou-me. 

Eu estava bolado com o Justin. Mas ele ainda era meu amigo. Eu estive com ele durante anos. Não o abandonaria naquela ocasião.

Por outro lado, estou farto de receber suas ordens. E sei que ele não vai mudar. Ruby nunca foi a favor da posse do Justin sobre o grupo, por isso, foi embora. E nem com isso ele parou. Tenho certeza que ele não mudará por nada.

E sendo sincero, não gostaria de ficar para receber suas ordens.

–Dê o fora, Travis. –Passei as mãos no rosto de forma impaciente e nervosa.

–Entendi. Quer que eu dê o fora antes que você cometa o acerto de aceitar minha proposta? –Questionou-me. Sem me dar espaço para respondê-lo, prosseguiu– Você é o meu garoto prodígio. Sempre disse isso a você. Você sabe. Vamos crescer juntos. Vamos derrubar o Bieber e sua gangue inútil. Junte-se a mim, Chris.


Notas Finais


E agora, Chris?


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