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História Pressure - Old Friend Of New York


Escrita por: ig2000

Notas do Autor


Olá, leitores!
Espero que tenham uma boa leitura e não esqueçam de comentar ao fim de tudo, isso me ajuda muito!

Capítulo 8 - Old Friend Of New York


Fanfic / Fanfiction Pressure - Old Friend Of New York

Mackenzie Foster

Los Angeles

09h25min AM

Acordei com a intensa vontade de ficar um tempo a mais na cama. Aquecida e confortável entre os lençóis macios. Tateei a outra metade da cama e não senti a presença de nada além dos travesseiros. Justin havia despertado mais cedo, como de costume.

Bufei ao lembrar a reunião. Por que marcar a reunião pela manhã? Eu não sou ninguém antes das onze.

Relutante, levantei da cama e calcei minhas pantufas, evitando contato com o chão frio. Com passos lentos, quase rastejando, caminhei até o banheiro. Higienizei-me e tomei um banho demorado. Eu precisava despertar.

Fechei os olhos e deixei a água quente relaxar o meu corpo e despertar-me. Após o banho, me senti um pouco mais ativa. Enrolei uma toalha no meu corpo e trilhei pegadas de água até o closet. Sequei-me. Vesti as roupas íntimas seguidas de um traje casual; shorts jeans e camiseta com mangas preta. Soltei minhas madeixas balançando a cabeça e passei a mão sobre os fios rebeldes os ajeitando. Perfumei-me, calcei um par de chinelos cor de rosa e saí do cômodo.

Percorri todo o caminho do quarto do Justin, que agora era o meu também, até a cozinha. O cheirinho de bolo recém-assado invadiu minhas narinas antes mesmo de entrar na cozinha.

–Hum. Que cheirinho bom! –Admirei assim que pus os pés no local. Marcela sorriu agradecida.

–Espero que o gosto esteja tão bom quanto o cheiro. –Disse com simplicidade e cortou um pedaço do bolo de cenoura com cobertura de chocolate para mim.

Sentei-me em uma das cadeiras atrás do balcão e provei um pedaço do bolo. Estava delicioso.

–Está tão bom quanto! –Afirmei. Marcela pareceu satisfeita.

Após o café, me dirigi ao escritório do Justin, local onde marcamos nossa reunião.

Bati duas vezes na porta e girei a maçaneta. Empurrei a porta devagar e pus a cabeça para dentro do cômodo. Todos estavam ali. Adentrei o cômodo e fechei a porta atrás de mim. Correção: todos menos o Chris. Diria que ele estava atrasado se não soubesse do ocorrido ontem.

–Sabe do Chris? –Ryan perguntou-me quase num sussurro quando me encostei a ele.

–Não. Você não o viu hoje? –Questionei, sussurrando também.

–Ele não dormiu aqui noite passada. –Ryan contou.

–Por que estamos sussurrando? É errado falar sobre ele?

–Seu namoradinho está puto com ele. –Ryan olhou rapidamente para o Justin. Ele estava em seu notebook mostrando algo para o Tyga. –Ele quer a parte do Chris no carregamento.

–Não é justo. –Eu disse divergindo a situação.

–E alguma coisa é justa aqui? –Ryan perguntou-me.

–Você também concorda com o Chris? –Perguntei. Ryan suspirou hesitante. –Você sabe que pode contar para mim. Eu também estou do lado do Chris nessa.

–É. Eu concordo com ele. É que... Separamos-nos do Travis em busca de liberdade. Eu me sinto preso novamente, preso em ordens de um cara que é como nós. –Ryan desabafou.

–Você é amigo dele. Por que não tenta uma conversa? –Propus.

–Você acha que eu nunca tentei conversar com ele? Claro que tentei. Ele é cabeça dura. Entra por um ouvido e sai pelo outro. Não adianta.

–Eu sinto muito. Não sei como contornar essa situação. –Eu disse ressentida.

Realmente não sabia o que dizer. Era óbvio que o errado era o Justin. Mas como o Ryan disse, não adianta conversar com ele.

                                                               ...

Justin Bieber

Los Angeles

Aeroporto às 13h16min PM

Fechei a porta da minha Ferrari e dirigi-me ao jatinho à minha espera.

A viagem foi rápida a julgar pela distância. Logo eu estava pisando em solo nova-iorquino.

–Vocês sabem o que devem fazer. Espalhem-se por essas ruas e me tragam a garota. Não precisam voltar ao lugar marcado se não a encontrarem. –Repassei aos meus seguranças. Todos assentiram. –Vou precisar que alguns de vocês me acompanhem. Não sou louco de andar por aqui sozinho.

–Me candidato a tal posto. –O segurança Josh se pronunciou.

–Feito. Enquanto ao resto, o que estão esperando? VAI PORRA! –os seguranças se saíram com a minha ordem.

Mackenzie Foster on

A noite caiu. Junto com ela veio a doce e nada amigável carência. Justin saiu sem dar satisfações. Não disse quando voltaria e nem para onde iria. Passei a tarde sozinha contemplando a paisagem vista através da sacada do meu quarto. E pelo visto, passaria a noite fazendo o mesmo até o sono chegar.

–Amor? –Era a voz do Justin. Não contive um sorriso feliz ao ouvi-la.

Levantei nas pressas do sofá posto na sacada e entrei em nosso quarto. Corri para os seus braços assim que o vi. Dei nele um abraço apertado cheio de amor.

–Onde você estava? –perguntei com a voz abafada. Meu rosto estava enterrado em seu peito. E eu desejei passar o resto da noite ali.

–Eu tenho uma coisa para você... –revelou. Afastei-me dele e semicerrei os olhos ao encará-lo.

–O que você me aprontou?

–Vamos lá embaixo e você vê. –Ele deixou o mistério pairar sobre o ar.

Admito, fiquei curiosa. E quem não ficaria?

Descemos juntos para o primeiro andar. Meus olhos curiosos corriam por cada canto de cada lugar que passávamos. Por fim, chegamos à sala de estar. Havia alguém ali. Estava de costas para nós e mexendo em alguns objetos sobre a mesa de centro; vasos.

Franzi o cenho. Quem estava ali?

Justin pigarreou na intenção de chamar a atenção daquela pessoa, e funcionou. A garota morena de cabelos curtos virou-se para nós e abriu a boca em um perfeito O ao me ver. Era a Julie.

–JULIE! –soltei minhas mãos entrelaçadas ao Justin e corri em direção à garota.

Dei um forte abraço nela e senti meus olhos marejarem de emoção.

–Achei que nunca mais fosse te ver! –Ela falou com a voz embargada enquanto me abraçava fortemente.

–Me desculpa por ter ido sem me despedir... Eu juro que tentei. –Separei-me dela e encarei seus olhos lacrimejados.

–Esquece isso. Está tudo bem agora. O carinha aí me trouxe até você. –ela sorriu, estava nitidamente feliz. E eu também.

–É tudo o que eu ganho? Nem do meu nome você lembra? –Justin brincou.

–Eu lembro! Obrigada Justin! –Julie riu em meio às lágrimas.

Corri até o Justin e dei um abraço apertado nele.

–Obrigada, obrigada, obrigada. –Senti seus lábios depositarem um beijo em minha testa.

–Vocês devem ter muito que conversar. Essas coisas inúteis de mulheres. –Justin deu de ombros. Dei um tapinha fraco em seu ombro e ri. –Talvez devessem subir e sei lá. A Julie pode ficar no seu antigo quarto já que agora você ta comigo.

–É uma ótima idéia! –Dei pulinhos alegres. –Vamos, Julie. Vem comigo.

Puxei a Julie para o meu antigo quarto e deixei o Justin para trás.

–Que imenso! –Julie admirou o quarto com olhos arregalados. –Era o seu quarto?

–Sim! –subi na cama e fiquei de pé na mesma. –E agora é seu!

–Isso é maravilhoso. –Julie abriu os braços e deu um giro. –Eu devo estar sonhando...

–Quer que eu te belisque e mostre que não? –Propus. Ela balançou a cabeça negativamente enquanto ria.

–Obrigada por isso, Mackenzie. Obrigada por cuidar de mim. –Julie agradeceu.

–Não agradece. É o meu dever cuidar de você, sou completamente honrada por essa missão. –Julie veio até mim e me deu um abraço apertado.

–Você precisa me contar tudo o que aconteceu com você. –Ela disse assim que nos afastamos– As coisas estão confusas em minha cabeça. Achei que você estivesse com a Roselinda.

Gargalhei alto por lembrar o apelido que demos à Ruby quando a conhecemos.

–Julie, você vai ficar surpresa em saber como o tempo muda as coisas. Contarei-te tudo. Está preparada?

–Sua proposta é tentadora. Eu realmente quero saber. Mas assimilarei melhor as coisas se minha barriga não interromper com seus roncos. Mackenzie, eu estou faminta!

–Oh meu deus! Como não pensei nisso antes? Vamos comer agora! A Marcela é uma cozinheira de mão cheia. Você vai se deliciar com as comidas dela. –Contei num sorriso animado. Ao falar em comida, senti a expressão facial da Julie mudar. Ela estava mesmo faminta.

Justin Bieber on

Agora que a Mackenzie tem a Julie, sinto-me menos culpado por deixá-la sozinha para resolver assuntos do trabalho. Era ruim saber que enquanto trabalhava, ela estava tentando distrair sua cabeça em alguma bobagem inútil e eu não estava lá para fazer companhia a ela.

Encontrar a Julie não foi fácil. Mas o esforço valeu à pena. Ver a Mackenzie feliz foi a maior recompensa.

–Aposta feita! –Ryan selou sua aposta com o Tyga.

–O que apostaram? –Perguntei ao entrar no escritório.

–Ryan disse que consegue vender os malotes de cocaína mais rápido que eu. Então apostamos. E quem perder, perde o dinheiro que conseguiu com as vendas. –Tyga contou.

–O dinheiro não vai ficar para vocês gastarem, vocês sabem. –Acabei com a alegria deles. –Qualquer quantia que ganharmos, vamos guardar no cofre e investir na boate. Sejam espertos. Estou lidando com traficantes ou duas crianças?

–Aposta feita! –Tyga insistiu. –A recompensa a gente decide depois. Eu to a fim de apostar.

–Dane-se. Já estou saindo. Façam a parte de vocês. Não quero que voltem com nenhuma droga, só dinheiro, entenderam? –Encarei-os. Eles consentiram.

Peguei minhas chaves sobre a mesa do escritório e saí dali. A noite vai ser longa. Muita droga para vender.

Dirigi-me a garagem em passos rápidos. Se a Mackenzie me encontrasse ali me encheria de perguntas e tomaria meu tempo.

Entrei na garagem indo em direção ao meu porsche. Destravei o carro e abri a porta do mesmo. Prestes a entrar notei que havia uma vaga livre ao lado da minha. Onde devia haver um carro, havia uma lona preta no chão.

Corri meus olhos por toda a garagem percebendo que todos os carros estavam ali exceto o do Chris. Mas aquela vaga não era do Chris.

Senti a fúria dominar meu corpo ao assimilar as coisas.

Corri até o jardim e fiz sinal para um dos seguranças que estava em posição próximo ao portão principal da mansão. Percebendo o meu sinal, o segurança dirigiu-se até mim apressadamente.

–Senhor? Precisa de alguma coisa? –Josh, meu segurança, perguntou ao se aproximar.

Segurei-o pela gola do seu blazer e o puxei para perto de mim. Eu estava irado.

–Onde está a porra do carro da Ruby? –Perguntei entre dentes.

–Se-senhor o carro está no mesmo lugar de sempre. Não o tiramos de lá sem permissões. –Ele gaguejou ao falar.

–A DESGRAÇA DO CARRO SUMIU, PORRA! –o empurrei para trás. Ele arregalou os olhos engolindo em seco. –QUEM O TIROU DE LÁ? COMO VOCÊ NÃO SABE DAS COISAS QUE ACONTECEM AQUI?

–Talvez eu devesse perguntar aos outros funcionários, eles podem saber onde está. –Josh propôs.

–Eu quero saber do paradeiro deste carro. Se vocês não souberem, estão demitidos. –anunciei e saí dali.

Onde está a desgraça do carro? Como pode ter sumido misteriosamente?

Porra, porra, porra.

O que mais me deixa revoltado é a possibilidade de alguém ter entrado aqui e o levado. E o que me deixa ainda mais revoltado que isso é saber que a única pessoa que tinha interesse naquele carro era a filha da puta da Ruby.

Meus batimentos cardíacos estavam acelerados. Sentia a vontade insana de machucar alguém. Vontade de socar até sentir os ossos se quebrarem. Meu sangue fervilhava.

Adentrei o meu quarto e bati a porta com força atrás de mim. Esfreguei as mãos no rosto tentando cessar toda aquela fúria. Caminhei até a beirada da cama e sentei-me ali. Pus os cotovelos apoiados no joelho e afundei meu rosto entre as mãos. Não era necessário perder a cabeça sem nem saber a verdade. Eu precisava de casos verídicos. O que quer que fosse eu descobriria. Nada passa por mim despercebido. NADA.

Levantei-me da cama e caminhei em direção ao banheiro, mas detive-me ao ver um pedaço de papel sob uma mobília sobre o criado-mudo. Puxei o papel do criado-mudo e analisei-o. O papel estava em branco. Mas no canto, quase despercebido, havia alguns dizeres:

“Apenas pegando o que é meu.”

–DESGRAÇADA! –Amassei o papel e chutei o criado-mudo. –FILHA DA PUTA! –descarreguei meu ódio nos móveis e os joguei no chão do cômodo.

Acabo de confirmar toda minha teoria em volta do desaparecimento do carro. Ela ainda está entre nós.

Procurei nas gavetas do criado-mudo as chaves do porão. As encontrei sem dificuldade. Fui até o primeiro andar e entrei no corredor dos quartos de hóspedes. No fim do corredor havia uma escada com poucos degraus que indicava uma porta de madeira. Fui até ela e a destranquei, tendo acesso a um quarto no subsolo. Tranquei a porta atrás de mim e tive a visão de uma parede cheia de monitores com as cenas das câmeras instaladas na mansão.

Sentei-me em uma poltrona de frente ao computador que dava vida a todos aqueles equipamentos. A pessoa que levou o carro daqui deve ter feito a ação em um momento em que não estávamos presentes. O que me levava ao dia do carregamento. Onde grande parte dos seguranças estava nos escoltando e a casa ficou com pouca segurança. Pensando nisso, voltei as filmagens na noite em que fomos à fronteira. Os corredores, salas, e cômodos estavam vazios. Acelerei um pouco a cena. Apenas movimentos das folhas das plantas nos jarros enfeitando a sala eram percebidos. Em um rápido movimento pude ver uma sombra de alguém que estava atrás das câmeras. A pessoa estava exatamente na porra do lugar onde as câmeras não alcançam.

Quem quer que seja sabe exatamente sobre a estrutura da casa, como se já a conhecesse. E me deixa virado saber que além de mim a única pessoa que tinha acesso aos lugares privados da casa era a Ruby.

Pausei a cena ao detectar um vulto atravessar o corredor. A porra foi tão rápida que quase passou despercebida. Franzi o cenho ao analisar as filmagens. Estava claro que todas estavam cortadas. A porra foi tão esperta que invadiu a minha área restrita. FILHA DA PUTA.

Apertei o play novamente. As cenas pulavam nitidamente. Capturei uma passagem em que a sombra se aproximava cada vez mais. Ajeitei minha posição na poltrona e aproximei-me da tela. A cada milésimo de segundo a sombra se aproximava. Mais alguns passos e estaria exposta nas filmagens.

De repente, todo o circuito desligou.

–PORRA! –gritei.

Os monitores começaram a desligar e a ligar. Era como se alguém estivesse causando aquilo. Como se alguém estivesse brincando comigo. Bati na CPU do computador diversas vezes tentando recuperar as cenas de volta ao normal mas aquilo não parava.

“Problemas técnicos. Reinicie o aparelho”, “Problemas técnicos. Reinicie o aparelho”

Aquela voz tomou conta do lugar e ficava cada vez mais alto. Tapei meus ouvidos sentindo a voz alfinetar-me. Era irritante. Levantei da poltrona e puxei a tomada, desligando toda a energia.

TYGA ON

As ruas de Los Angeles estavam desertas. Ao menos, o lugar onde eu percorria uma trilha de passos estava deserto. O ruído da sola do meu tênis entrando em contato com o chão era a única coisa a ser ouvida. Encapuzado de preto e de cabeça baixa, movia-me rumo aos negócios.

Ao virar uma esquina, entrei em um beco estreito. As vozes, risadas, cheiro de cigarro e cachaça situavam o perigo.

–É o Tyga? Achei que o papo de “de volta aos negócios” não passava de uma piada. –Bennett, um dos traficantes, debochou-me.

É foda não ser levado a sério. É foda ver seu reinado despencar. Eu era conhecido por ser um dos maiores traficantes de Los Angeles. Ralei para chegar ao topo e uma vadia filha da puta me passou para trás. Mas o mundo dá suas voltas. Um dia me esbarro com ela. E pode ter certeza que o encontro não será nada pacífico.

–Quero ver a grana primeiro. –Exigi.

–Tyga, você veio sozinho. Acha que se quiséssemos trapacear teria preliminares? Ande logo com essa porra. Eu quero ver as drogas. –Bennett disse. Ele não estava errado.

Joguei os quatro malotes de drogas em uma mesa de madeira posta entre eles. O olhar dos caras passou de descontraído para interessado.

–É dessa porra que eu to falando! –Duncan bradou.

Em questão de segundos a troca foi feita. Recebi malotes de grana daqueles desgraçados.

Eu estou de volta nesse cacete. E não saio dessa porra de jeito nenhum. Quem encostar se queima.

Com a grana em mãos, fiz uma ligação para o parceiro. Finalidade da ligação: anunciar comemoração das vendas.

Mackenzie Foster on 

–Já disse que ele não está por perto, Tyga. Se quiser deixar o recado sinta-se a vontade. –Repeti pela milésima vez ao Tyga. –Aham. Aham. Tá.

Tentei fazer pouco caso com o sucesso do Tyga. Ele não merecia aplausos. Não fez mais que sua obrigação.

Ao finalizar a ligação, pus o celular do Justin de volta sobre o criado-mudo. Estava preocupada com ele. O quarto estava uma zona. Todas as mobílias do quarto estavam jogadas no chão. Por que ele fez isso? Devia estar extremamente nervoso. Assusta-me pensar que eu poderia ter presenciado seu momento desagradável.

Retirei-me do nosso quarto e movi-me em direção ao meu antigo quarto. O lugar onde tantas coisas aconteceram. Mas prefiro não permitir que as lembranças venham à tona. Seria massacrante.

–Julie? –Abri a porta com cuidado. Ela já havia saído do banho. Estava posta em frente ao espelho penteando suas madeixas molhadas.

–Estou me sentindo tão aliviada. –Ela suspirou profundamente. Sua expressão facial soou como se estivesse inalando o mais doce perfume já existente.

–Que bom que se sente assim. Eu tenho uma boa notícia para nós. –Pus o suspense no ar.

–Hoje é o grande dia das boas notícias. –Julie aproximou-se de mim.

–Adivinhe.

–Pizza, lasanha, bolinho de queijo, coxinha... –Julie começou a falar sem parar.

–NÃO! –a interrompi tapando sua boca. –Não é de comer, Julie. VAMOS A BOATE!

Dei um pulinho.

–VAMOS DANÇAR! –Julie mostrou-se super animada com a notícia. Quem não ficaria?

–E vamos beber! –Mordi o lábio inferior rindo maliciosamente.

–Um pequeno problema. Que roupa usarei? –Julie abriu os braços. Ela vestia um dos meus roupões cor de rosa.

–Você deve usar o mesmo tamanho que o meu. Minhas roupas vão servir perfeitamente em você. Você vai ficar linda! –abri um sorriso enorme ao falar. Julie encantou-se.

–O que estamos esperando? Precisamos de uma boa arrumação! –Julie disse animada.

–Um minutinho. Minhas roupas estão no outro quarto. Vou buscá-las e já volto! –Corri em direção ao meu quarto e trouxe de lá várias combinações de roupas e vestidos para experimentarmos. Pus tudo sobre a cama da Julie e ela aproximou-se checando cada peça.

–Eu amei esse aqui! –Julie referiu-se a um vestido preto.

–Prova ele, aposto que vai ficar lindo!

Começamos a nos preparar. Uma ajudando a outra a se embelezar. Eu escovava o cabelo da Julie enquanto a mesma pintava suas unhas e ao fim disso, revezávamos.

Finalmente, estávamos prontas. Eu usava um vestido dourado com mangas compridas até o pulso. Julie optou por um short preto cintura alta e um cropped branco. Nossos saltos combinavam com as cores das nossas vestimentas. 

Enquanto Julie namorava-se em frente ao espelho, dei um pulinho no meu quarto. Esperançosa que o Justin estivesse lá e acima de tudo, calmo. Ao adentrar o cômodo, notei que as coisas estavam de volta ao lugar de onde não deveriam ter saído.

–Procurando alguma coisa? –Justin saiu do banheiro.

–Você... –Aproximei-me dele. Entrelacei meus braços ao redor do seu corpo.

–Mackenzie, que roupa é essa? –Questionou minha vestimenta. Seu olhar malicioso sobre meu corpo não passou despercebido.

–Gostou? –O soltei e dei um giro, detive-me em uma pose espetacular. Justin riu pelo nariz da cena. –E aposto que já sabe aonde vamos, do contrário também não estaria vestido apropriadamente para tal lugar.

–Que papo é esse de que há traje para usar em boates, Mackenzie? Não há. A idéia é que todos se sintam livres para se livrarem das roupas, mais precisamente, as mulheres. –Dei um tapa em seu braço, o repreendendo.

–Devo me preocupar em saber que você sente vontade de ver o corpo de outras mulheres?

–Eu não sinto. Estava brincando. –Ele riu ao passo em que me puxou para um selinho demorado.

Escutei o toque do celular do Justin. Droga. E para variar, ao esforçar-me para ver quem estava ligando, vi que era o Tyga.

Justin afastou-se para atender a ligação. Ele foi breve. Quando voltou já era hora de partirmos para a festa.

Saímos do quarto juntos. A Julie juntou-se a nós ao passarmos por seu novo quarto e depois, o Ryan veio também. Ryan ainda não conhecia a Julie e eu fiz questão de apresentá-los um ao outro.

Os carros já estavam nos esperando em frente ao portão principal da casa. Entrei na Ferrari do Justin e Ryan convenceu a Julie a acompanhá-lo. Julie corou-se por completo com a proposta e a aceitou rapidamente.

                                                                       ...

As luzes psicodélicas iluminavam o espaço. Minha amiga, Julie, dançava loucamente na pista de dança. E eu, a acompanhava. Investi nos movimentos do meu quadril rebolando até o chão, e ao subir, empinei a bunda pondo as mãos no joelho.

Subitamente, Justin surgiu ali. Ele rapidamente se fez presente em minha dança, agarrando-me por trás. Aproveitei a chance para provocá-lo e rebolei descaradamente a bunda em seu pau. Mordi o lábio inferior ou virar-me para ele, com as mãos para o alto, movimentei meu corpo sensualmente. Seu corpo absurdamente gostoso chocou-se ao meu. Ritmicamente, dançamos. As gotículas de suor expedidas por seu corpo juntaram-se ao meu calor. Seus lábios molhados tocaram os meus, demos início a um beijo intenso e feroz. E naquela curta metragem de tempo tudo ao redor parou. Ou pareceu ter parado para mim. Éramos apenas nós dois.

E a música tocava como plano de fundo, deixando o momento ainda mais gostoso.

Nada além de você.

Nada além de mim.

De nós.

Ao afastar-me dele, senti meu pulso ser puxado para longe dali. Justin guiava-me, tentando encontrar uma fresta mínima de caminho livre, com sucesso, fomos direto ao banheiro.

Entramos aos beijos. Justin fechou a porta num ligeiro empurrão com a perna esquerda, e voltou a focar-se em mim. Dei impulso e suas mãos me sustentaram ao segurar-me. Sendo carregada por ele, fui posta sobre o balcão de mármore do banheiro. Livramo-nos de nossas peças de roupa como se usá-las fosse completamente errado. Arranhei seu tórax e abdômen o fazendo arfar e descontar um tapa estalado em minha coxa. Afastei minhas pernas e mordi o lábio inferior, estimulando-me com movimentos circulares no clitóris. Justin enlouqueceu com tal ato. Abri mais as pernas e joguei a cabeça para trás, acelerando os movimentos estimulares na mesma freqüência em que aumentava os gemidos proferidos. Suas mãos grandes apertaram minhas coxas. Senti a ponta dos seus dedos correrem a parte interna da minha coxa até a virilha. Senti arrepios com tal ato.  Eu já estava molhada. Justin passou dois dedos na minha entrada e espalhou o gozo por toda a extensão da minha vagina. Revirei os olhos sentindo prazer e parei de trabalhar com as mãos, deixando-o tomar conta. E ele o fez. Seus dedos movimentavam-se agilmente nos lugares mais excitantes. Não demorei a chegar ao orgasmo e liberar meu líquido quente sobre seus dedos.

–Chupa tudo! –Ordenou-me ao encostar seus dedos molhados em meus lábios. O obedeci e chupei cada gota ao encarar-te maliciosamente.

Seu pau duro clamava por mim. Desci do balcão e o empurrei contra a parede. Encarei-o. O suor que escorria pela lateral do seu rosto me excitava. Sua expressão facial deixava-me louca.

Desci até o chão, agachando-me em frente ao seu pau. Segurei a base do seu membro e comecei com movimentos lentos de vai e vem. Enquanto o masturbava, ele gemia roucamente. Puta merda. Acelerei meus movimentos e gemi abafado, o estimulando. Umedeci os lábios e abocanhei seu pau, fazendo os mesmos movimentos que fizera com as mãos. Arrisquei fazer garganta profunda. Pus grande parte do seu pau em minha boca e acelerei os movimentos, enfiando um pouco mais a cada investida. Justin entrelaçou seus dedos em meu cabelo e empurrou minha cabeça com força contra seu pau. Senti suas veias saltarem. Seus gemidos intensificaram-se e seu gozo preencheu minha boca. Engoli tudo, cada gota. E lambi todo o seu membro, certificando-me que não havia mais nada ali.

Ao levantar-me, Justin me pôs novamente sobre o balcão. Ele voltou aos movimentos anteriores. Mas dessa vez, penetrou-me com seus dedos, intensificando ainda mais. Joguei minha cabeça para trás e pressionei os olhos, liberando espasmos de prazer. Ele passou a cabeça do seu pau por minha vagina e ao chegar a minha entrada, penetrou-me. Suas estocadas aceleravam-se ao passo em que me aproximava do ápice.

Ainda querendo provocá-lo, apertei meus seios com vontade. Arfei profundamente e como resposta, ele tapeou firmemente minha coxa. Meu sangue fervilhou e minhas pernas bambearam ao atingir mais um orgasmo. Ele acompanhou-me, preenchendo-me com seu gozo quente e gostoso.

Ao recuperarmos nossa respiração e sentirmos nossos batimentos cardíacos voltarem ao normal, recolhemos nossas roupas do chão e vestimos cada peça. Ajeitei-me em frente ao espelho e Justin fez o mesmo.

–Gostosa! –Ele apertou minha bunda, sorrindo maliciosamente. Encarei seu reflexo através do espelho e lhe correspondi com um sorriso igualmente malicioso.

Caminhamos até a porta do banheiro. Justin girou a maçaneta algumas vezes, mas tal ato não fez com que a porta abrisse. Franzimos o cenho e nos entreolhamos.

–A porta não quer abrir? –Questionei.

–Se quisesse, não estaríamos mais aqui, Mackenzie. –Respondeu obviamente.

Revirei os olhos. Tentei girar a maçaneta e assim como ele, não consegui. Era como se algo estivesse prendendo do outro lado.

Encostei meu ouvido na porta, intencionalmente querendo ouvir algo através dela. Ouvi risos, risos do Tyga.

–ABRE ESSA PORTA, TYGA! –Chutei a porta com força.

–Pirou? O Tyga deve estar no bar. Relaxa aí que eu já to ligando para o Ryan. –Justin iniciou uma ligação, mas não foi necessário.

–Diga: Tyga é foda. E eu os liberto. –Ele disse do outro lado da porta.

Gargalhei alto. Justin bufou.

–Abre logo essa porra, Tyga! –Ele deu dois tapas firmes na porta.

–Vai sair daí assim que a Mackenzie admitir que eu sou foda. –Insistiu em sua proposta ridícula.

Justin encarou-me bravamente.

–Não vou fazer isso. Sou orgulhosa! –Disse em minha defesa.

Tentei pensar em uma saída. Corri o olhar por cada canto do banheiro e detive-me ao ver uma janela. Passaríamos por ali. 



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