História Pretty Face Ugly Attitude - Presa e Predador...

O dia amanheceu chuvoso. Nossa como eu amo dias assim, é bom para dormir, para fazer as coisas.... Bem pra começo de conversa me chamo Yuma Shimizu, tenho 19 anos e estou no meu primeiro ano de biologia. Ah e só um detalhe pouco importante... Eu sou um ghoul.

Vivo no meio dos humanos a muito tempo, então já tenho vários macetes para me disfarçar. Quando bate a fome eu sempre recorro ao Anteiku ou vou a um lugar onde muitas pessoas cometem suicídio. Até aí tudo bem, certo? Errado! Minhas aulas são um pé no saco e pra ajudar ela apareceu:

- Senpai!! - Ela veio correndo os fartos seios pulando, ela segurava um livro nas mãos. Cara, eu não entendo a lógica dela de me chamar de senpai, sendo que estamos na mesma classe. 

- Bom dia Atsuko-san.... - Falei desanimado e olhei para o meu café. 

- Eu preciso de ajuda para estudar para as provas de hoje! - Ela sorriu levemente corada.

- Uh.... - Suspirei cansado - Okay... Senta aí.

Nós estudamos até dar o horário da aula começar.

******

Meu dia foi horrível! Não pude fazer minha prova em paz, pois Atsuko não parou de me encher, um professor chamou minha atenção e pra finalizar estou morrendo de fome. Eu tinha acabado de descer do metrô e ia passando por uma viela escura que eu sempre passava, as vezes alguns bêbados ficavam caídos ali, mas nada demais. Eu já estava no meio do percurso quando tropecei em alguma coisa, mais precisamente alguém. Assustei ao ver a coisa se mexer e me olhar, era um homem, os cabelos curtos e roxos, ele era muito bonito... Muito bonito mesmo.

- Nossa! Foi mal eu não te vi! - Me abaixei rapidamente e coloquei uma das mãos no ombro dele tentando o ajudar - Você está bem moço? 

- Non..... - Francês? Nossa a voz dele era melhor do que a aparência - Não estou bem mas..... - Ele passou um braço atrás de mim, se apoiando - Você pode me ajudar!

Senti algo entrar em mim e o gosto metálico do meu sangue na boca. Olhei para baixo e vi uma kagune enfiada na região do meu estômago, ela estava em espiral e saía do braço livre dele. Um ghoul!? Mas o que!?

- U-ughhnnn - Ele enfiou a kagune mais a fundo e me deitou no chão, ficando por cima de mim - Po-porque? - Cuspi um pouco de sangue.

- Por que eu estou com fome mounsier...... - Ele sorriu e tirou a kagune* lambendo meu sangue - Hu-hum..... 

- A-antes de você me devorar.... - Tossi um pouco - Posso fazer um último pedido? 

Ele me olhou curioso e sorriu em seguida.

- Pode.... Diga-me o que quer.... 

Fiz um sinal para que ele se aproximasse, como se eu fosse lhe contar um segredo, e ele o fez.

- Não fode comigo......  - Sussurrei no seu ouvido e mordi a sua orelha arrancando um pedaço quando ele puxou a cabeça bruscamente, se afastando de mim e me olhando confuso.

- Você me mordeu!? - Ele colocou a mão na orelha que sangrava.

Eu mastiguei.

- Nada mal..... Mas ainda prefiro humanos.... - Meu kakugan* apareceu e eu soltei minha kagune tipo bikaku*.

- Você é um ghoul!? - Ele falou surpreso - Mas não pode ser... Cheira como um humano....

- Não sou um ghoul sou o Alibabá..... É claro que sou um ghoul! - O olhei sério.

Sua kagune sumiu, juntamente com seu kakugan, isso demonstrava que ele não queria mais brigar.... Provavelmente está curioso quanto ao meu cheiro.  Eu o fuzilei, ainda com a kagune e o kakugan a mostra:

- Me comer.... Pro inferno com isso... - Cuspi um pouco de sangue, a ferida se fechou aos poucos. Eu me preparava para falar algo para ele quando.

ROOONNNNCC

Eu corei, mas que droga! Minha barriga tinha que roncar justo agora!? Olhei o homem e ele estava rindo.

- Ai ai.... - Ele secou uma lágrima e respirou fundo - Eu te arranjo carne de qualidade se você me contar porque cheira como um humano, o que me diz petit? 

Eu pensei um pouco.... Eu não tinha carne estocada em casa e estava cansado demais para ir ao Anteiku ou a algum lugar famoso por suicídios, então resolvi aceitar.

- Okay.... Só não me chame de "peichichi" - Falei e ele abriu um sorriso.

- É petit... - Ele se aproximou - Porque é tão esquentadinho petit? - Ele começou a andar e eu o segui.

- Não faça perguntas difíceis moço.... E pare de me chamar de petit! - Pronunciei certo dessa vez.

*****

Chegamos a uma casa, ela era bonita e simples ao mesmo tempo. 

- Uma casa? Nós vamos atacar as pessoas? - Falei cansado, bocejando em seguida.

- Non! Essa é minha maison petit! - Ele sorriu e foi adiante abrindo a porta e dando espaço para eu entrar. 

- Nossa.... Que bonita.... - Falei olhando o ambiente muito bem decorado e aconchegante.... Eu realmente estava com vergonha de ficar na casa de um estranho, mas ele tentou me comer! Ele me deve isso certo?

- Merci.... - Ele falou e fechou a porta - Sente-se ali por favor.... - Ele indicou uma mesa na cozinha, onde eu sentei e vi ele abrir a geladeira e pegar a carne colocando-a em um prato e depois servir vinho em uma taça, me dando ambos em seguida e sentando na mesa.

- Isso é vinho? - Mexi a taça vendo que o líquido era um pouco mais avermelhado do que a bebida que eu pensei que fosse.

- Non.... Eu mesmo quem fiz, é um vinho para ghouls por assim dizer, é feito de sangue e mais algumas coisas que não posso revelar.... Beba, não vai te fazer mal....

Eu olhei desconfiado para a bebida, mas bebi mesmo assim. Era muito bom, tinha um gosto adocicado e cítrico! Nada parecido com o que eu imaginei. Em seguida peguei um pedaço de carne comendo e sentindo-a se desmanchar na minha boca, cara o que ele é!? Um chef!?

- Está bom? - Ele me olhava, como se ficasse feliz de me ver comendo.

- Sim... -  Eu sorri - Obrigado! 

- Agora..... Porque cheira como os humanos? - Ele me lançou um olhar sério.

- Bem.... Eu.... - Suspirei - Eu vivo entre eles e bem.... Eu fui criado por humanos.

Ele arqueou uma sobrancelha.

- Criado por humanos? Como é isso? - Ele apoiou a cabeça nas mãos.

- Um casal de humanos ricos me comprou como mascote.... Eu não sei o que esses ricos têm na cabeça! Mas me tratavam como um cachorro ou coisa do tipo, então quando fiquei mais velho eu..... Fugi.

- Fugiu? - Ele sorriu - Não sou um dove*, pode me contar a verdade....

- Ok... - Eu suspirei - Eu matei os dois. Mas isso já faz tempo... Eu tinha 9 anos.

- E como se virou depois disso petit? - Nossa, mas que cara curioso.

- Porque quer saber? - Bocejei - Você nem me conhece direito..... - Senti meus olhos pesarem e eu dei uma pescada, coçando-os em depois.

- Petit? Está cansado? Quer passar a noite aqui?

- Humm.... Eu... - Senti meus olhos pesarem e me debrucei na mesa, apagando em seguida.

*********

 Acordei com o cheiro de café.... Cheiro de café!? Olhei os arredores e vi que estava num quarto diferente...Pensa Yuma... Ah! É mesmo... Eu dormi na mesa do francês ontem.... 

Me sentei na cama e cocei os olhos, percebendo que a minha visão tinha ficado embaçada.

- Droga! - Me levantei trombando em algumas coisas e encontrei o homem fazendo café e cantarolando alguma coisa.

- Bonjour petit... - Ele falou sem me olhar.

- Tio cadê minhas lentes? 

Ele olhou para mim.

- O que?

Revirei os olhos, se tinha uma coisa que eu odiava era enxergar tudo embaçado. Parecia que o homem na minha frente tinha três cabeças roxas.

- Minhas lentes de contato.... Acho que devem ter caído ontem.....

- Hum... Ah eram uns pedacinhos de plástico? 

- Sim! - Falei animado, que sorte que ele achou!

- Bem.... Eu.... - Ele pareceu ficar sem graça do nada - Eu joguei fora.

- VOCÊ O QUE!?

Ele engoliu em seco, e eu fui marchando até ele, mas acabei tropeçando em um pano que estava no chão e caí sobre o peito dele, que me segurou com força em seguida, me apertando contra ele.

- Me solta! - Eu me debati. 

- Petit.... Posso cheirar você? 

- O que!? A-Ahhnn... - Gemi mais de susto do que de prazer quando senti ele cheirar meu pescoço. 

- Seu cheiro é tão bom.... - Ele me cheirava como se eu fosse algum tipo de droga, em seguida lambendo meu pescoço.

- He-hey.... - Eu o empurrei, conseguindo me soltar finalmente - Não faça esse tipo de coisas seu pervertido! 

Ele riu.

- Você se jogou no meu colo e eu sou o pervertido? - Ele sorriu - Faz tempo que quero te perguntar, qual seu nome petit?

- Yuma.... Shimizu Yuma.... - Me sentei numa cadeira, extremamente corado.

- Prazer sou Tsukiyama Shuu..... - Ele sorriu.

Tenho a sensação de que eu vou voltar a ver esse cara....Mas que diabos está acontecendo com a minha vida!?