O mais triste, pra mim, nem foi a história no geral, mas sim perceber que isso tudo é real. Não aconteceu com o Jimin, mas aconteceu com alguém. Fragmentos da história pertencem a alguém — até mesmo você, se me permite dizer, percebi que tem um pouco de você aí apenas por ter lido outras histórias suas —, ou, até, a mais de uma pessoa.
A sociedade é um lixo. Apesar de na Coreia ser um pouco mais "forte", padrões existem em todos os cantos do mundo. Ridículos é a melhor definição pra todos eles. Influenciáveis é a segunda melhor. Porque, querendo ou não aceitar isso, todos já passamos por momentos em que queríamos ser o típico padrãozinho para sermos aceitos. É triste, mas é real.
Essa é a sociedade que nós vivemos atualmente; ela é triste, mas é real. Infelizmente, é muito mais fácil encontrar alguém insatisfeito consigo mesmo do que encontrar alguém que se ama sem tirar nem por. Fomos criados nesse ambiente em que ser bonito tem influência na nossa vida. Mas, afinal, do que isso adianta? Beleza acaba.
Não vou dizer que cresci com minha mãe achando que ser bonito é mais importante do que ser inteligente porque seria mentira. Ela queria notas boas acima de tudo — "nota de prova não define sua inteligência, mas sim seu conhecimento", dizia meu professor de Educação Física, e eu concordo, mas minha mãe não —, era uma pressão muito grande para nunca falhar. Eu chorava por tirar um sete porque sabia que ela não ia aceitar.
A parte de ter sofrido por beleza veio de mim mesma. Quando menor, eu era muito magra e achava que precisava ser um pouco menos para ser bonita. Tinha o cabelo enrolado e queria ele liso. Queria ter olho claro por puro capricho. Eu queria ser diferente. Isso não mudou e eu tenho medo que nunca mude. Eu não aceito quem eu sou.
Quando eu consigo me sentir bem comigo mesma, eu mesma faço questão de destruir isso. Porque "eu não sou bonita, não tenho por que me sentir assim". Ridículo, triste, porém real. Quando eu não destruo, minha mãe faz por mim. "Imprestável, inútil, por que não está fazendo nada que preste? E aquele sete em Química?". E se eu reclamo, ela diz que eu deveria ir morar com o meu pai, fugir de casa, ou, simplesmente, morrer. Tudo bem, ela nunca usou a palavra morrer, mas parar de respirar é o mesmo que isso.
Enfim. Eu gostei do que li e admito que não chorei. Porque essa é a nossa realidade atual. É triste, mas não é surpreendente. Só não vê quem não quer e muita gente realmente não quer.
Temos milhares de Jimin's espalhados por aí e, talvez, essa seja a parte mais dolorosa. Só espero que eles não tenham o mesmo fim trágico que o Jimin teve. Ou que eu já pensei tanto em ter.
Pretty Hurts é uma música linda. Na primeira vez que eu ouvi, eu chorei. E na segunda, terceira, quarta. Acho que isso nunca vai mudar. É triste, mas também é real.
Sua escrita é maravilhosa, é suave na medida certa e bonita, acima de tudo. Os temas que você aborda sempre me encantam e me fazem querer ler mais coisas suas.
E, yluj, você também é linda, é suficiente da forma que é. Não mude quem você é, ou sua forma de se vestir — roupas menos femininas, como você diz — apenas por opiniões como as da sua mãe. Essa é você e ela é boa da forma que é. Você seria perfeita se esse conceito existisse, mas a perfeição é apenas algo que corremos atrás sem chegar a lugar algum. Não deixe ninguém te dizer o contrário.
Beijos e queijos,
maybelikeastar.
A sociedade é um lixo. Apesar de na Coreia ser um pouco mais "forte", padrões existem em todos os cantos do mundo. Ridículos é a melhor definição pra todos eles. Influenciáveis é a segunda melhor. Porque, querendo ou não aceitar isso, todos já passamos por momentos em que queríamos ser o típico padrãozinho para sermos aceitos. É triste, mas é real.
Essa é a sociedade que nós vivemos atualmente; ela é triste, mas é real. Infelizmente, é muito mais fácil encontrar alguém insatisfeito consigo mesmo do que encontrar alguém que se ama sem tirar nem por. Fomos criados nesse ambiente em que ser bonito tem influência na nossa vida. Mas, afinal, do que isso adianta? Beleza acaba.
Não vou dizer que cresci com minha mãe achando que ser bonito é mais importante do que ser inteligente porque seria mentira. Ela queria notas boas acima de tudo — "nota de prova não define sua inteligência, mas sim seu conhecimento", dizia meu professor de Educação Física, e eu concordo, mas minha mãe não —, era uma pressão muito grande para nunca falhar. Eu chorava por tirar um sete porque sabia que ela não ia aceitar.
A parte de ter sofrido por beleza veio de mim mesma. Quando menor, eu era muito magra e achava que precisava ser um pouco menos para ser bonita. Tinha o cabelo enrolado e queria ele liso. Queria ter olho claro por puro capricho. Eu queria ser diferente. Isso não mudou e eu tenho medo que nunca mude. Eu não aceito quem eu sou.
Quando eu consigo me sentir bem comigo mesma, eu mesma faço questão de destruir isso. Porque "eu não sou bonita, não tenho por que me sentir assim". Ridículo, triste, porém real. Quando eu não destruo, minha mãe faz por mim. "Imprestável, inútil, por que não está fazendo nada que preste? E aquele sete em Química?". E se eu reclamo, ela diz que eu deveria ir morar com o meu pai, fugir de casa, ou, simplesmente, morrer. Tudo bem, ela nunca usou a palavra morrer, mas parar de respirar é o mesmo que isso.
Enfim. Eu gostei do que li e admito que não chorei. Porque essa é a nossa realidade atual. É triste, mas não é surpreendente. Só não vê quem não quer e muita gente realmente não quer.
Temos milhares de Jimin's espalhados por aí e, talvez, essa seja a parte mais dolorosa. Só espero que eles não tenham o mesmo fim trágico que o Jimin teve. Ou que eu já pensei tanto em ter.
Pretty Hurts é uma música linda. Na primeira vez que eu ouvi, eu chorei. E na segunda, terceira, quarta. Acho que isso nunca vai mudar. É triste, mas também é real.
Sua escrita é maravilhosa, é suave na medida certa e bonita, acima de tudo. Os temas que você aborda sempre me encantam e me fazem querer ler mais coisas suas.
E, yluj, você também é linda, é suficiente da forma que é. Não mude quem você é, ou sua forma de se vestir — roupas menos femininas, como você diz — apenas por opiniões como as da sua mãe. Essa é você e ela é boa da forma que é. Você seria perfeita se esse conceito existisse, mas a perfeição é apenas algo que corremos atrás sem chegar a lugar algum. Não deixe ninguém te dizer o contrário.
Beijos e queijos,
maybelikeastar.