História Pretty Little Liars - Segunda Geração - Brigas e dúvidas

POV TOBY

  Após a conversa com minha irmã, confesso que fiquei mexido com toda a situação, não a via há anos e descobrir que ela se casou logo com Noel Kahn e teve um filho... Nem conheço meu sobrinho direito, e o peguei aos beijos com a minha filha, isso me lembra que tenho que ter uma conversa bem séria com ela.
  Meus amigos foram para algum lugar e ninguém voltou pra casa, Hanna, Caleb e Alice que estavam na casa, saíram para encontrar o pessoal, volto sozinho e tudo está em total silêncio, chego na sala e vejo a cena que faz a minha vida valer a pena, minhas meninas deitadas no sofá dormindo juntinhas, minha mulher e minha filha, elas são tudo que eu preciso, sento em frente à elas no sofá e faço carinho em Spencer.

– Amor, acorda. – Ela vai acordando, se mexendo e fazendo com que Sophia despertasse também.

– Oi amor, chegaram agora?! – Spencer olha em volta procurando o resto do pessoal.

– Eu que voltei pra casa, o resto foi dar uma volta ou algo assim... Precisamos conversar, né?! – Quando termino de dizer as duas se ajeitam no sofá.

– Conversar sobre o que pai? – Sophia pergunta coçando os olhos.

– Sobre tudo isso. Vou começar falando do encontro de hoje, Jenna está casada com Noel e eles também estão sendo ameaçados por ‘’A’’, recebendo mensagens iguais a gente, acredito que tudo seja verdade. Eles tiveram um filho e estão preocupados com o menino, que no caso, é o Eric, que você conhece bem né dona Sophia?! – Ela fica corada e me interrompe.

– Pai, eu... – Mas eu estava falando e não havia acabado.

– Sophia eu não acabei, você não tem idade pra namorar, eu sou seu pai e claro que quero te proteger, quero que namore, mas só daqui alguns anos, mas a questão não é essa, só que você é muito nova pra namorar, nem sabe o que está sentindo ainda, juro que quando você estiver na idade vamos deixar você namorar, com um menino decente e que não seja da família.

– Pai, como você sabe o que eu estou sentindo? Eu tenho idade pra entender muito bem os meus sentimentos e eu gosto do Eric, então... – Volta a interrompê-la.

– Então coisa nenhuma, se gosta ou não você vai deixar de gostar, ele é seu primo Sophia!

– Essa Jenna que vocês estão falando é a minha tia, aquela que vocês sempre falam? – Sophia é esperta e tenho certeza que já sabia disso.

– Sim filha, e ela é a mãe do Eric, e você já tinha sacado isso porque eu te conheço... – Ela volta a ficar envergonhada e volta a me questionar sobre seus sentimentos.

– Sophia, você não irá ter contato com o Eric novamente. – Altero o tom da minha voz para ter certeza que Sophia tenha entendido.

– Não grita comigo. ­– Sophia responde gritando e levantando do sofá, ela estava me enfrentando, então levanto e fico de frente com ela. Spencer me puxa de volta.

– Toby, amor... Calma... – Ela só estava escutando mas a ignoro completamente.

– Sophia você gritou comigo?! – Levanto novamente e a encaro.

– Só revidei! ­– Ela vira os olhos e isso me deixa possesso.

– Você está ficando louca menina?! Eu sou seu pai, eu posso falar com você como eu quiser, diferente de você, que me deve respeito. – Ela vem pra cima de mim.

– Onde é que está escrito essa lei de pai poder gritar com a filha?!

– Sophia você está ficando maluca?! – Começo a respirar fundo para não perder o pouco de paciência que me restava.

– Devo, já que você está me deixando assim...

– Sophia me respeita! – Ela tenta discutir mas Spencer a puxa pra perto dela.

– Sophia para com isso agora, filha por favor, para!

– Mãe, a culpa não é minha. – Vejo que seus olhos estão cheios de lágrimas, mas definitivamente, eram de raiva.

– Eu falei chega Sophia! Não piora mais as coisas. – Spencer conseguiu acalmá-la, então continuei.

– Eu acho bom você começar a me respeitar, ou eu vou passar a ser um pai duro com você, que depende de mim pra tudo na sua vida, então eu mando em você e exijo respeito, então eu quero que você suba pro seu quarto agora antes que eu perca a cabeça.

– Eu não vou subir. – Ela cruza os braços no sofá.

– Agora Sophia, eu estou perdendo a paciência. SOBE PRO SEU QUARTO. – Grito mas a mesma continua ali, até que perdi a cabeça. – AGORA PORRA. – Depois disso ela me olha assustada e sobe as escadas correndo.

– Eu estou sem palavras. – Spencer coloca a mão na cabeça e fica encarando o chão para não me olhar.

– Sem palavras estou eu pra sua filha! – Sento ao seu lado.

– Agora ela é só minha filha, Toby? – Já vi que vou brigar com a minha mulher também.

– Ela está igual a você!

– Ah claro, é fácil jogar a culpa pra mãe né?! Mas o engraçado é que ela tem todo o seu gênio, sua versão mulher! – Spencer estava nervosa e passava a mão várias vezes sob o rosto.

– Ela está muito abusada Spencer, estou perdendo a cabeça com essa menina.

– Não é só ela que está errada Toby, essa conversa toda na frente dela foi desnecessária, tinha que ter acontecido de um jeito totalmente diferente, ela tá gostando do menino e não tem culpa dele ser primo dela... – Não estou acreditando que Spencer apoiava esse sentimento maluco.

– Não vem com isso não Spencer, ela não tem idade... – Começo a achar que sou o único sensato dessa família.

– Não vem você achando que pode falar algo comigo porque eu não tenho medo, e ela tem idade sim pra sentir o que está sentindo, você e ela foram cabeças duras, vocês são iguais e são tolos, se machucaram com palavras à toa, você é o pai dela, deveria conversar com ela com calma e não agir desse jeito.

– Spencer, você não tá dizendo que eu estou errado, né?!

– Você está completamente errado Toby! – Eu estava pasmo.

– Eu não mereço escutar isso Spencer... – Me levanto e vou em direção à porta dos fundos.

– É difícil escutar a verdade não é mesmo, meu amor?! – Ela me chama pra briga.

– Spencer que escutar umas verdades também?! – Dou meia volta e vou ao seu encontro.

– Eu não, mas você vai. – Ela se levanta e aponta o dedo pra mim. – Você tá sendo um chato com isso de não poder namorar, de não pode sentir, você, mais do que ninguém deveria saber o que é sentir uma coisa e ser proibido de demostrar, então não venha querer fazer nossa filha que é uma adolescente se esconder e trancar seu sentimento, você tem que entender, ou pelo menos tentar entender sua filha, parar com esse machismo. Então, não venha me estressar, me culpando ou me cobrando as coisas, você é sim tão errado quanto ela, você me magoou tentando me culpar pelo comportamento da nossa filha e isso não foi a primeira vez, eu não queria brigar com você e não quero que as coisas fiquem pior do que já estão, então eu vou subir e por favor, não venha atrás. – Ela sobe as escadas e se tranca no quarto.

  Me sento no sofá com a mão na cabeça e fico pensando sobre tudo que acabou de acontecer, eu odeio esses momentos, odeio brigar com minha mulher e com a minha filha, o pior foi Spencer falando tudo que falou pra mim, e é pior ainda saber que ela tem razão, acho que fui um pouco além nessa conversa. Decido ir até o quarto de Sophia, bato na porta que está trancada.

– Quem é? – Sua foz está um pouco falha.

– Sou eu filha, será... – Sou interrompido.

– Não!

– Sophia abre essa porta, eu quero falar com você filha! – Falo num tom calmo.

– Falar ou gritar?

– Sophia, filha, abre aqui por favor. – Encosto minha cabeça na porta que abre em seguida. – Posso entrar e conversar com você?

– Entra pai. – Ela anda e senta na cama, fecho a porta e sento-me na frente dela.

– Sophia, eu quero te pedir desculpas, e deixa eu terminar de falar antes de você começar, eu sou seu pai, você é a menina mais linda desse mundo e é a minha filhinha, eu sou ciumento e nunca escondi isso de você, e namorar não está no momento ainda, juro que quando estiver eu irei te apoiar total, mas com o Eric não dá, vocês são primos, entende isso? Eu odeio gritar com você, brigar... Eu te amo minha filha, me desculpa? – Ela respira fundo.

– Pai, eu entendi o seu ponto de vista sobre namorar, sobre o Eric e tudo mais, vamos deixar isso de lado por favor? Você e a minha mãe são as pessoas mais importantes pra mim, eu te amo mais que tudo, eu te desculpo e você, me desculpa? Vamos parar com essa coisa que só nós deixa triste e eu não quero mais chorar. – Ela faz uma cara esquisita e me faz rir.

– Eu desculpo, mas com uma condição...

– Qual?

– Quero um abraço bem apertado, posso ganhar?! – Ela sorri e faz com que eu sorria também.

– Ah seu bobo. – Ela se joga no meu colo e me abraça apertado. Ficamos curtindo o momento pai e filha.

– Eu já ia deitar, quer me fazer dormir? – Ela deita e segura minha mão.

– Com todo prazer minha princesa. – Faço carinho em seus cabelos e ficamos conversando, logo Sophia pega no sono, pego uma coberta no armário e à cubro. Sigo para o meu quarto e dou de cara com Spencer toda encolhida na cama dormindo, deito-me à abraçando por trás que resmunga algo e acorda sonolenta.

POV SPENCER

  Sinto Toby me abraçar e me chamar, me despertando devagar.

– Me desculpa? – Ele deposita um beijo na minha cabeça.

– Você sabe que sim Toby, eu também quero te pedir desculpa.

– Shhh... Não precisa pedir, eu já pedi desculpas à Sophia e a coloquei pra dormir, eu te amo amor e sei que surtei, me desculpa, de verdade. – Ele me aperta do abraço.

– Já disse que sim, pai ciumento. – Ela ri e me viro de frente pra ele. – Será que pode me colocar pra dormir também? Tô cansada me sentindo estranha.

– Claro meu amor, vem aqui, descansa. – Ele me abraça, me puxa pra perto dele e faz carinho em meus cabelos, até que pegamos no sono.

  Algumas horas depois, acordo sentindo um desconforto, corro em direção ao banheiro e ali permaneço vinte minutos, começo a sentir enjoos e coloco tudo pra fora, tento não fazer muito barulho, escovo meus dentes, passo um pouco de água fria no rosto e me olho no espelho, Deus, eu estou acabada, saio do quarto fechando a porta e vou pra cozinha e encontro Aria e Hanna conversando.

– Meu Deus amiga!!!!!! Que cara é essa?? Toby acabou com você no sexo? – As duas começam a rir mas continuo séria. – O que aconteceu com você?

– Nossa... Tô com a cara tão ruim assim? Que horas São? – Pego um copo e encho de água.

– Três da manhã. ­– Hanna diz olhando para relógio. – Amiga, você está com uma cara péssima mesmo!

– E estou me sentindo péssima, acordei me sentindo mal! Estou sentindo uns enjoos, um gosto ruim na boca, fiquei uns 20 minutos com a cara no vaso, odeio isso.

– Amiga, você está tomando seu remédio certo? – Aria pergunta séria. Não tem bebê ai dentro não?! – Meu coração acelera.

– Claro que não Aria, eu tomo anticoncepcional há mais de dez anos, sempre foi controlado, impossível ter bebê aqui, até porque fiquei naqueles dias na semana passada, suas loucas. – Dou uma risada nervosa.

– Você tem certeza? – Hanna pergunto e faço que sim com a cabeça. – Vou comprar um exame pra você!

– Hanna, não pira, não vai ser eu a grávida pela 2 vez do grupo. – Todas rimos e procuro mudar logo de assunto. – O que vocês estão fazendo aqui hein?!

– Fofocando! – As duas falam juntas.

– Vocês duas são um perigo, eu vou subir porque estou com sono, tenham uma boa noite. – Subo as escadas e vou pro quarto de Sophia para ver como minha pequena está, ajeito seu cobertor e dou um beijo em sua testa.

  Chegando em meu quarto começo a pensar sobre o que Aria me disse, mas isso seria totalmente impossível, eu nunca deixei de tomar meu remédio, ok, esqueci uma ou duas vezes, mas nem me preocupei, já que menstruei.
  Abraço Toby e adormeço novamente.