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História Pride and Desire - Uma madrugada com Henry


Escrita por: ClaraAquariana

Notas do Autor


Olhem só quem voltou depois de anos sem postar, pois é, eu. Me desculpem pela demora, mas eu não sou uma pessoa muito boa com prazos. Peguei uma gripe esse final de semana, e como só estou deitada o tempo todo, resolvi terminar esse capítulo. Espero que nas férias eu possa postar com mais frequência. Para compensar o tempo sem postar misturei hot, briga e morte tudo em um capítulo só. Não desistam da fic por favor ! Gostaria de agradecer você por que a fic já está com 10 mil visualizações *3* Muitoooooo obrigada e gostaria de dizer que eu amo vocês, e vocês que me dão forçar para nunca desistir da fanfic. Beijos e amo vocês 🙏🏻🎉🎊🌚💕💁🏻🙆🏻❤️💙

Capítulo 32 - Uma madrugada com Henry


Abri os meus olhos com a impressão de que tinha acabado de me deitar. Meu celular estava do meu lado vibrando mais que um vibrador (Não que eu já tenha usado um para saber HSKSNSJSKSNSN).

Olhei no telefone e tinham 5 chamadas de Henry. Antes que eu tivesse a oportunidade de desbloquear meu celular, Henry me ligou pela sexta vez. Assim que coloquei o celular na minha orelha ouvi a voz de Henry.

-Clara, onde você está ?- Ele me perguntou parecendo estar mais preocupado do que com raiva.

-Ahn, no meu dormitório. Porque está me perguntando isso ?- Perguntei com minha voz de sono.

-Você esqueceu, não foi ?- Ele perguntou parecendo chateado.- Nós tínhamos combinado de sair hoje, não lembra ?

Por uns segundos fiquei em silêncio, até que me lembrei.

-AÍ MEU DEUS ME DESCULPA, EU ESQUECI COMPLETAMENTE.- Levantei tão rápido da cama que fiquei tonta por alguns segundos.- Me desculpa mesmo Henry, eu realmente tive um dia puxado e eu não tinha me lembrado que nós íamos nos encontrar. Me diz onde você está para eu ir aí.

-Não Clara, deixa, nós podemos combinar de sair juntos outra vez. -Ele disse e então percebi que ele realmente estava magoado.- Volte a dormir, você mesma disse que teve um dia puxado, é melhor descansar.

-Não, eu não quero descansar, eu quero ver você. Vamos, me diga onde você está.

-Dentro do meu carro, atrás do internato.

-Estou indo aí.

Desliguei o meu telefone e então sai do dormitório. Verifiquei que horas eram: 23:45. Os monitores deviam estar mais atentos do que nunca. Desci nas pontas dos pés as escadas e então quando cheguei no térreo saí correndo em direção ao campus. Pulei o muro e então vi o carro de Henry estacionado.

Entrei no carro e antes que de pudesse ao menos me cumprimentar comecei a me explicar.

-Me desculpa mesmo, é que eu tive um dos muito tenso, você nem acredita o que aconteceu, eu peguei uma detenção e a Sen Hee...

-Shhh...-  Henry disse colocando um dedo indicador na minha boca.- Eu sei que o seu dia foi tenso, pela sua voz no telefone dei para perceber sem você nem falar. E também, não se preocupe comigo, eu estou bem. Como você está ?

A voz suave de Henry me deixou até assustada. Eu tinha furado um encontro com ele e mesmo assim ele continuava tão calmo... Henry realmente é um cara legal.

-Ah, eu estou bem.- Eu disse meio sem jeito pelo fato de já ter bombardeado o garoto de explicações sem nem ao menos ter o cumprimentado.

-Com sono, imagino.

-Acertou.- Eu disse me sentando virada para ele.- Mas é meu dever ficar aqui com você até o amanhecer.

-Sério ?- Ele disse com um sorrisinho.- Então acho melhor irmos para algum lugar, deve ser entediante ficar à noite toda aqui.

-Me leve para onde você quiser.- Eu disse e então olhei para o banco de trás do carro.- Você acha que eu consigo deitar aí ?

-Do jeito que você é uma anã, acho que sim.- Ele disse rindo e então mostrei a língua para o mesmo.

Fui para o banco de trás e então me deitei. Ali era até macio para o banco de um carro.

-Então, o que achou da nova cama ?- Henry perguntou enquanto ligava o carro.

-Achei bom.- Eu disse me virando para ele, mas obviamente só consegui ver sua cabeça virada para a frente.- Se você tivesse colocada um travesseiro aqui, ficaria perfeito.

-Irei me lembrar disso na próxima vez que nós sairmos.

Fechei os olhos e então senti o movimento do carro nas ruas barulhentas de Seul. Por maior que fosse o barulho no lado externo do carro, dentro dele o silêncio estava incrível. Aos poucos fui me pretendo nos meus pensamentos e então adormeci.

~~~~~~~~

-Acorde !- Senti um toque leve em meu braço e então quando abri os olhos dei de cara com Henry.

Ele se afastou e então percebi que estávamos em algum lugar. 

-Onde estamos ?- Perguntei enquanto esfregava os olhos.

-Quando você tomar coragem de se levantar vai ver.

Me levantei e então sai do carro. Bem, estávamos em um calçadão, e na nossa frente tinha areia e mar.

-Uma praia... ?- Eu disse tentando assimilar tudo, mas logo percebi como minha reação fora estúpida, era óbvio que estávamos em uma praia. 

-Você nunca foi em uma ?- Henry perguntou espantado, como se nunca ter ido a uma praia fosse um pecado (Rimou :v).

-Claro que sim, só estava pensando alto...- Olhei ao meu redor e vi como a rua estava vazia.- O que estamos fazendo em uma praia ?

-Você se preocupa demais com as coisas, vamos, me dê a mão.- Henry disse dando a mão para mim. Fechei a porta e então Henry trancou o carro.

Vocês já foram levadas para uma praia enquanto estavam dormindo ? Se não, irei descrever a sensação em três palavras: É muito estranho. Por mais que eu conheça Henry e que ele seja meu amigo, ainda fiquei um pouco receosa de ir com ele. Não, eu não tenho medo de praia, mas é realmente uma sensação muito estranha.

-Queria que o céu tivesse pelo menos algumas estrelas hoje.- Henry comentou e em seguida deu um suspiro.

-Não fique na bad.- Respondi tentando animá-lo.- Estamos em Seul, é normal que a poluição escureça as estrelas às vezes. 

Henry me deu um sorrisinho que não foi muito convincente, mas resolvi não dizer mais nada, ele parecia ter planejado aquilo no tempo que deixei o sozinho.

-Será que você pode me responder o por quê de estarmos aqui ?- Perguntei assim que chegamos na beira do mar.

-Irei te responder, senhorita curiosa.- Ele disse brincando.- Meu pai sempre me trazia aqui quando eu era criança.

-Mas você não é dos Estados Unidos ?- Perguntei e então me lembrei da briga que tive com Sen Hee, e então comecei a me perguntar se ele estava bem.

-Sou, mas já morei na aqui antes -Ele parou de falar e então começou a olhar o mar escuro.- Morei aqui quando eu tinha 13 anos. Fiquei na Coréia enquanto meu avô fazia um tratamento contra o câncer, quando ele morreu meus pais não viram mais motivo para continuarmos aqui.

-Meus pêsames, Henry.- Eu disse me aproximando dele e colocando uma mão em seu ombro (Que é bem mais alto que eu o meu).- Se eu soubesse não teria tocado no assunto.

-Tudk bem, a culpa não é sua.- Ele disse com uma voz acolhedora.

-Claro que é, primeiro eu esqueci que nós íamos sair, e agora fiz você relembrar a perda do seu avô. Se você quiser ficar longe de mim eu entendo.

-Eu já disse, Clara, que está tudo bem.- Ele disse e depois deu um beijo em minha testa.- Você é muito teimosa, sabia ? 

-Eu já ouvi isso antes.- Dei um sorrisinho de lado, mas acabei me lembrando de Jungkook por uma fração de segundos. "Teimosia", essa é uma das muitas palavras que me fazem lembrar dele.

-Ah, as coisas estão muito clichês por aqui.- Henry disse e então começou a tirar a blusa. Prendi minha respiração assim que vi aquele corpo musculoso na minha frente. Realmente Henry era uma perdição.

-O que você vai fazer ?- Perguntei com um pouco de medo da resposta.

-Vou tomar um banho.- Ele disse agora retirando suas calças juntos com os sapatos.- Todas as minhas lembranças nessa praia foram boas, e não quero que essa seja a vez com que vou ter depressão, pelo menos não agora que uma pessoa importante está comigo.

-E quem seria essa pessoa importante ?

-Você.- Ele disse e então senti minhas bochechas corarem. Era um pouco difícil olhar para aqueles olhos azuis sem ficar um pouco envergonhada.- Vai tomar banho de roupa ? 

Só então percebi que Henry estava só de cueca na minha frente.

-Tomar banho ? Essa água deve estar congelando.

-Assim que é bom.

-Eu não vou entrar aí.- Eu disse olhando para o mar e imaginando um tubarão ou uma água viva me atacando.

-Claro que vai entrar, se não eu vou te obrigar a entrar.

-Calma aí.- Eu disse me afastando quando Henry tentou se aproximar de mim para me carregar.- Eu entro, mas se eu ficar gripada você que vai cuidar de mim.

-Com todo o prazer.

Retirei minha roupa morrendo de vergonha. Henry nem ao menos disfarçou que estava olhando para mim enquanto eu me despia.

-Pronto.- Eu disse quando finalmente estava só de calcinhas d sutiã.

Henry ficou alguns minutos sem dizer nada, apenas olhando para o meu corpo. Quando finalmente ele percebeu que eu estava falando com ele, foi que ele disse algo.

-Ah, então vamos.- Ele falou com um sorriso.- Só lembrando que quem chegar por último vai ter que fazer 20 flexões.

E então ele saiu correndo, antes que eu pudesse assimilar o que ele tinha acabado de dizer, sai correndo também. Mas quando a água finalmente chegou na marca do meu sutiã foi que percebi como a água estava gelada.

-Aí que frio !- Exclamei e então senti os pelos do meu corpo se arrepiarem. 

-Você perdeu a aposta.- Henry disse sorrindo.

-Isso não tem graça.- Falei fingindo estar brava.

-Na verdade tem sim, mas como eu sou um amigo muito legal, não vou cobrar as 20 flexões, até porque você já entrou no mar frio.

-Frio ? Isso aqui está bem mais o que frio.

-Vamos, me abrace.- Ele disse abrindo os braços e então fiquei parada.- Quando uma pessoa abraça a outra a temperatura fica mais quente.

Me aproximei de Henry e então o abracei. Seus braços musculosos estavam molhados, e seu peitoral se chocou com os meus seios. Ficamos abraçados por um tempo.

-Você está sentindo menos frio ?- Perguntei depois de quase um eternidade ter passado.

-Não, e você ?

-Também não.- Eu disse rindo.- Isso dos corpos se aquecerem era mentira, não é ? 

-Talvez, mas foi uma bela desculpa para ficarmos abraçados.

-Concordo.

Finalmente desfizemos o nosso abraço super hiper mega demorado e então Henry mergulhou na água, espalhando água em mim.

-Henry !

Ele saiu de baixo da água e então colocou os loiros cabelos para trás, o que o deixava mais sexy, parecido com aqueles com aqueles modelos de propaganda de perfume chique.

-Mergulhe também, você não sabe o que está perdendo.

Olhei para o mar que me cobria até mais da metade do meu corpo e então tomei coragem. Entrei completamente na água e de início quase voltei para cima, mas continuei em baixo da água e então senti o meu corpo se acostumando com aquela temperatura. Quando comecei a sentir a falta do ar, sai da água.

-Isso aí !- Henry disse.- Gostou ? 

-Por incrível que pareça, sim.- Eu falei com um sorriso.- Quero fazer uma aposta, quem chegar na areia mais rápido ganha.

-Isso é uma desculpa para sair da água ? 

-Talvez.- Eu disse o imitando e ele riu.

Sai nadando e logo percebi que Henry estava perto também. A água estava escura, então só consegui sentir a movimentação das águas e o barulho.

Quando sai água, vi que Henry já estava na areia.

-Esqueci que você é atlético.- Eu disse ofegando. 

-Eu até pensei em deixar que você ganhasse, mas não não iria ser justo.- Ele disse se sentando ao lado dele.

-Claro que seria justo, você ia estar fazendo uma pessoa feliz.- Eu disse e então me sentei ao lado dele.

-Você poderia me fazer feliz também.

-Se for dentro do meu alcance, eu faria o necessário para te ver feliz.- Respondi com um sorriso.

Henry então se aproximou de mim e então me deu um beijo, no início recuei um pouco, até por que eu não estava esperando por aquilo, mas então me entreguei a Henry. E logo ele eu estava sentada no colo dele.

-Eu estou querendo isso faz muito tempo.- Ele disse e então tirou uma alça do meu sutiã e beijou o meu ombro até chegar no meu pescoço.

-Você sabe que se alguém nos encontrar aqui nós vamos parar em uma delegacia, não sabe ?

-Eu já disse que você é uma pessoa preocupada demais ?- Ele disse e então riu.

Henry me colocou por baixo dele e então ficamos cara a cara. Puxei o seu rosto para perto do meu e então nos beijamos novamente, mas dessa vez de uma forma mais feroz, mais violenta.

Henry abriu (com um pouco de dificuldade) o meu sutiã, assim que viu os meus seios completamente nus, o abocanhou com força.

-Oh Henry.- Soltei um gemido e ele continuou a mexer nos meus seios. 

Eu nem me importava mais se alguém iria nos ver ali, a única coisa que eu queria era sentir Henry dentro de mim naquele momento.

Henry voltou a me beijar e colocou suas grandes mãos na barra da minha calcinha, mas dei um tapa na mão dele e soltei um sorriso malicioso. Henry entendeu o recado e então ficou por baixo de mim, fazendo com que eu assumisse o controle.

Coloquei seu pênis encostado em minha intimidade e então comecei a rebolar, sorri ao ver a expressão de prazer no rosto de Henry. Eu também já estava ficando molhada com nossas genitais tão perto uma da outra. Distribui alguns beijos em seu pescoço e ouvi Henry gemer o meu nome. Logo fui descendo o meu beijos pelo seu peitoral, abdômen até chegar na barra da sua cueca. Passei minha mão pela sua intimidade, ainda coberta pela cueca e então comecei a retirá-la lentamente, até que vi todo o seu membro exposto.

Passei minha língua por todo seu pênis mas não o coloquei dentro da minha boca, torturando ainda mais Henry.

-Cla... Clara, não me torture assim.- Henry disse em meio a gemidos, e então abocanhei todo o seu membro, fazendo movimentos de vai e vem e revezando quando eu utilizava as mãos e a boca.

Henry começou a gemer mais alto, e então percebi que ele estava chegando perto do seu ápice. Comecei a masturbá-lo ainda mais rápido e então senti o seu líquido esguichar em mim.

Quando olhei para cima vi que Henry estava ofegante e então ele se sentou e me colocou deitado na areia.

Henry ficou entre minhas pernas e então me deu um sorriso malicioso.

Assim que senti a língua de Henry entrar em contato com a minha intimidade soltei um gemido que logo abafei.

Henry começou a estimular o meu clitoris, e então colocou 2 dedos dentro de mim de uma só vez. Soltei outro gemido, mas dessa vez não o abafei.

Henry começou a fazer movimentos rápidos com os seus dedos e então comecei a gemer ainda mais rápido. Quando estava quase chegando ao meu ápice Henry parou e então colocou seu membro em mim sem nem ao menos avisar. Henry começou com movimentos médios e logo começou a estocar mais rápido. Encravei minhas unhas em suas costas enquanto sentia seu membro me penetrar. 

Logo mudamos de posição, fazendo com que eu ficasse por cima, e então comecei a cavalgar no membro de Henry. Ele começou a massagear os meus seios enquanto gemia. 

Comecei a rebolar em cima de seu membro e então Henry começou a estocar devagar e profundamente dentro de mim.

Voltei a cavalgar mais rápido do que antes e então Henry começou a me masturbar, enquanto eu gemia alto o seu nome, senti meu corpo estremecer e então cheguei ao meu ápice.

Me levantei e então voltei a  abocanhar o membro de Henry com os mesmo movimentos rápidos de antes, e com um gemido alto ele acabou chegado ao seu ápice também.

Me deitei ao lado de Henry, com a areia em meu nas minhas costas e o barulho do mar. Fechei meus olhos por alguns segundos, é mesmo sentindo o olhar de Henry sobre mim, continuei quieta. Me lembrei então de algo que Henry tinha me dito assim que chegamos na praia. 

-Você tinha me dito que todas as suas lembranças aqui foram boas -Eu disse abrindo os olhos e olhando no par de olhos azuis ao meu lado.- Essa vai ser uma boa lembrança ? 

-Com certeza.- Ele disse com um sorriso e então sorri de volta.

-Como os seus olhos conseguem ser tão azuis em plena escuridão ? 

-Eles não costumam brilhar no escuro, só quando eu estou do lado de alguém especial, pelo menos era o que minha avó costumava me dizer quando eu era pequeno.

-Então acho que isso não era verdade, pois não tem ninguém especial aqui.

-Você tem razão, especial seria pouco para descrever você.

Senti meu rosto corar, e então encarei o céu.

-Sabe, eu nunca sai de madrugada com um amigo para transar na praia.

-Me sinto lisonjeado de ser o primeiro.

Soltei outro sorriso. Com Henry tudo era muito espontâneo e simples.
 
Enquanto olhava o céu, me lembrei do que Sen Hee havia me dito sobre o passado de Henry, mas decidi que o passado não importa, a única coisa que eu queria me preocupar era com o agora.

-Bem, acho melhor vestirmos alguma coisa antes que alguém apareça por aqui.- Eu disse me levantando e então peguei minhas roupas.

Eu e Henry nos vestimos e então andamos pela praia juntos.

-Você é realmente incrível, sabia ?- Henry me perguntou enquanto colocava um braço sobre o meu ombro.

-Em que sentido você está falando ?

-Em todos os bons sentidos possíveis.

-Você também é muito bom. 

Ficamos andando em direção ao carro em silêncio por algum tempo, até que senti algo próximo de mim. Me virei e antes que eu pudesse gritar uma mão pesada foi até minha boca e me empurrou no chão. Henry tentou dar um soco na pessoa que estava vestida de preto e com o rosto, exceto os olhos, tampado por uma máscara.

-Eu já disse que não quero mais nada com vocês !- Henry disse dando um soco no rosto do homem que estava a nossa frente.

O homem deu um golpe em Henry que o fez cair no chão.

-Você sabia no que estava se metendo desde o início -O homem disse colocando um pé sobre o peitoral de Henry.- Você foi um covarde, você tentou sair do plano quando as coisas ficaram difíceis, e agora eu irei vingar a alma dos que morreram tentando capturar a Red Wolf.- O homem assim que terminou de falar olhou para mim, que continuava em choque no chão, e então percebi que seus olhos eram iguais ao do lobo que vi na floresta junto com J-Hope.

O homem voltou sua atenção para Henry, que continuava a tentar escapar, mas sem sucesso. O homem retirou do seu casaco um arma e a apontou na testa de Henry. Me lembrei da floresta, e de quando J-Hope me ensinou o transformo... era isso que eu precisava fazer agora. Fechei meus olhos e concentrei toda a minha raiva no homem que estava na minha frente... eu não poderia deixar Henry morrer, não sem ao menos tentar salvá-lo.

Senti meu corpo se transformar, e então quando abri os meus olhos me senti extremamente forte. Pulei para cima do homem antes que o homem pudesse dar o disparo, e mordi seu pescoço, fazendo com que esguichasse sangue para todo o lado e ele morresse ali mesmo. Assim que o homem desconhecido parou de se debater, me tornei novamente em uma humana. Olhei para o homem na minha frente, que estava com o pescoço escancarado e olhei para meu corpo, que estava manchado com o sangue do homem... o homem que eu acabei de matar.

Me senti suja. Eu tinha acabado de matar uma pessoa, alguém que tinha uma família, que respirava o mesmo ar que eu, que tinha sentimentos e sonhos. Senti meus olhos marejarem e então Henry se levantou e me abraçou.

-Shhhhhh... está tudo bem.

-Eu matei uma pessoa.- Eu disse em meio a soluços.

-Você não tinha escolha, ou você matava ele ou ele me matava; de qualquer forma teríamos uma morte hoje.

Ficamos ali parados por um tempo, abraçados enquanto eu chorava com o fato de ter matado uma pessoa, que por mais malvada fosse, ainda assim era um ser humano.

~~~~~~~~

Depois de andar por mais algum tempo finalmente chegamos no carro de Henry. Dessa vez me sentei no banco do passageiro. Analisei a cidade pela janela do carro. As luzes estavam mais apagadas, com exceção, é claro, dos postes.

-Me desculpe Henry, por ter quebrado a tradição de que todas as suas lembranças foram boas naquela praia.- Eu disse sem olhar para os olhos dele assim que o sinal fechou. 

-Clara, eu já disse que você não tem culpa.- Henry disse e então colocou uma das mãos na minha.

-Henry, você sempre aceita tudo o que faço. Porque você nunca me julga ? É tão difícil achar alguém igual a você.- Senti meus olhos se encherem de lágrimas de novo. Que droga ! Eu ia parecer uma fraca chorando daquele jeito.

-Por que quando a gente gosta de alguém, nós não julgamos.- Ele disse erguendo minha cabeça que estava baixa. Agora ele olhava no fundo dos meus olhos.

Em um ato impulsivo juntei nossas bocas. Só paramos com a nossa pregação quando ouvimos a buzina de um carro bem atrás de nós.

-Acho que acabamos extrapolando.- Eu disse desgrudando nossas bocas e finalmente percebendo que o sinal estava verde.

Henry me deu um sorriso e então continuou a dirigir. Durante todo o resto do trajeto, que durou uns 15 minutos, percebi que Henry olhava para mim sem nem ao menos disfarçar. Continuei sem o encarar, mas não consegui tirar um leve sorriso do meu rosto.

Passado os 15 minutos, finalmente chegamos nos fundos do internato. 

-Tem algo que eu preciso te falar antes de você ir.- Henry falou e então o ouvi engolir seco. Acho que nunca o vi tão sério antes.

-Pode falar.- Eu disse com a intenção de o incentivar.

-Eu conhecia aquele cara, ele era um dos integrantes daquela alcateia que te sequestrou.- Ele disse e então se virou para mim.- Eu quero me desculpar com você, por que eu sei que se não fosse por mim você não teria que ter...

Anta que ele terminasse de falar, deu um selinho demorado nele. 

-Você já se desculpou antes, não fique remoendo o passado.- Falei com a voz mais maternal que consegui fazer.- Tenha uma boa noite.- E então sei um outro selinho nele. 

-Bons sonhos.- Ele disse enquanto eu saia do carro.

Subi a calçada e passei pelo muro. Tirei meus sapatos para não fazer nenhum barulho. Assim que entrei no corredor do térreo, ouvi algo que fez meu coração quase parar de tanto susto.

-Tsc, tsc, tsc... Saindo da escola, mocinha ? 

Assim que me virei vi um garoto que aparentava se bem mais velho que eu, provavelmente do segundo ou terceiro ano.

-Quem é você ?- Perguntei para o rapaz na minha frente. A cada passo que ele dava para mais perto de mim, mais passos para trás eu dava.

-Por acaso está cega ? É óbvio que sou um monitor.- Ele disse apontando para a faixa que estava no seu braço esquerdo que eu não tinha notado até então.- Fique parada onde está.

Parei de andar no mesmo instante, e então senti meu coração bater mais forte a cada passo que aquele estranho dava na minha direção.

-Sabe, eu poderia te dar uma detenção -Ele disse assim que chegou a uma distância de dois passos de mim.- Mas acho que tem uma forma bem melhor de te punir.- Ele disse colocando suas mãos imundas sobre o meu pescoço.

-Tire essas suas mãos imundas de mim, seu nojento !- Eu disse alto o suficiente para que alguém pelo menos no primeiro andar pudesse nos ouvir.

-Para quê gritar ?- Ele perguntou e então em um gesto rápido, colocou uma de suas mãos em minha boca.

Tentei me soltar, mas toda a minha energia foi utilizada para realizar o transformo e para atacar o homem que tentou matar Henry.

Vi uma imagem se aproximar do garoto que estava na minha frente... era Jungkook.

-Largue ela.- Ele disse assim que estava quase colado nas costas do assediador na minha frente.

Antes que o garoto pudesse se virar Jungkook deu uma rasteira nele e então o golpeou, fazendo com que ele desacordasse na hora.

Encarei o rapaz no chão e depois olhei para Jungkook, que estava utilizando um pijama do Homem de Ferro.

-Obrigada...- Eu disse tentando assimilar o que tinha acabado de acontecer.- Mas como sabia que...

-Que você estava sentindo perigo ? Por causa disso aqui.- Jungkook disse apontando para o colar de prata no meu pescoço que ele havia me dado em um dos nossos encontros. Assim que Jungkook tocou no pingente, senti o colar esquentar um pouco.- Eu posso saber quase tudo que está sentindo, se eu quiser.

-Tudo ?

-Tudo, inclusive que você estava transando com Henry.- Ele disse e então seu maxilar travou.

-Como sabe que eu estava com Henry ?- Perguntei sendo indiferente com seu tom de voz duro. 

-Como você consegue ser uma Red Wolf e não saber nada sobre lobos ?- Ele perguntou com desdém. Não gostava de quando as pessoas falavam comigo assim. Diferente de Jungkook que sabe desde sempre que é um lobo e que pôde treinar, eu só comecei os meus treinos este ano.- Eu sou um alfa, tenho uma ótima audição.

-E daí ? Você me disse que um Red Wolf tem as mesmas características de um alfa.

-"E dai" que você ainda não foi treinada para isso.

-E quando vou ser ?

-Quando eu quiser.- Ele disse secamente.- Porque está cheirando a sangue ? 

Antes que eu pudesse abrir a boca para dizer algo ouvimos passos por perto, deveria ser outro monitor.

-Suba e tenha uma boa noite.- Jungkook disse continuando seco.

Me virei e fui embora sem nem retribuir ao "boa noite" que aquele demônio me deu.

Subi as escadas até o meu dormitório e assim que entrei nele percebi o quanto o mesmo estava vazio. Sen Hee me fez falta naquele momento, mesmo que eu tivesse que explicar para ela onde eu estava e tudo o que aconteceu naquela madrugada, Sen Hee ainda continuava a me fazer falta.

Entrei no banheiro e tomei um banho quente. Eu até iria dormir de tanto cansaço que eu estava sentindo, mas o meu cabelo não iria colaborar comigo quando eu acordasse de manhã.

Vesti o pijama mais leve que eu tinha e me deitei na cama. Olhei no celular que horas eram e já era quase 04:00 da manhã, ou seja, daqui a 2 horas eu terei que acordar de novo, mas se bem que valeu a pena fugir com Henry.

~~~~~~~~~~

Acordei com o meu celular apitando. Quando olhei já eram 06:00 horas, mas eu sentia como se não tivesse dormido nem 15 minutos. 

Me levantei e me amaldiçoei por ter colocado um pijama tão leve, pois o frio estava de matar. 

Fui ao banheiro mas desisti de tomar banho, até por que eu fiz isso a duas horas atrás. Apenas vesti o uniforme e sai do quarto com a mochila nas costas.

Nos corredores algumas pessoas me olhavam como se eu fosse um zumbi, e eu não duvidava muito que eu realmente estivesse me parecendo com um. 

Assim que cheguei no refeitório procurei por Sen Hee, com a esperança de vê-la sentada na nossa mesa de sempre, comendo enquanto me esperava, mas ela não estava em mesa alguma.

Peguei meu café da manhã e me sentei em uma mesa vazia no meio do refeitório, pois era a única que tinha somente duas cadeiras, então eu não ia me sentir tão sozinha.

Tentei não encarar a minha alcateia que estavam na mesa de sempre pois Yong Mi estava lá, e eu não queria ficar ouvindo sua voz esganiçada e nojenta.

Peguei meu celular sem ninguém ver e mandei uma mensagem para Henry. 

"Bom dia ! Como foi o resto de madrugada ? Eu não dormi nada ;-; Espero que possamos nos ver o mais rápido possível, não estou gostando de ficar sozinha enquanto Sen Hee está no hospital."

Guardei o celular dentro da mochila e então fui comer. No meio da minha refeição percebi que Jungkook estava vido na minha direção, tentei ignorá-lo, mas ele se sentou na única cadeira na minha frente.

-Bom dia.- Ele disse sem animação nenhuma. Era óbvio que estava falando aquilo só para tentar ser educado.

-O que você quer ?- Perguntei com a expectativa de que ele fosse embora dali o mais rápido possível.

-Sabe, quando as pessoas dizem "boa noite" e "bom dia" elas querem uma resposta educada da mesma forma.

-E desde quando eu tenho que ser educada com você ? 

-Desde que sou o seu alfa.

-Ah, não vem me encher com esse papo de alfa de novo não.- Eu disse já chegando ao limite com aquele lance de "Sou o seu alfa".- Então, o que você quer aqui ? 

-Você não me respondeu a pergunta que te fiz de madrugada. Porque está cheirando a sangue ? 

-Não sei, que eu saiba não estou menstruada.-Eu disse dando de ombros e torcendo para que Jungkook não descobrisse que eu matei um homem na praia.

-Não estou falando do seu sangue, eu sei como é o cheiro dele, estou falando de outro.- Jungkoook disse.

-Não sei por que está sentindo isso. 

-Ah, você sabe. Clara...- Ele disse abaixando a voz para um tom um pouco mais alto que um sussurro.- Você matou alguém ? 

Olhei para ele e voltei a comer. Eu não sabia o que fazer naquela situação.

-Eu não acredito.- Ele disse batendo a mão na mesa.- Quem você matou e porquê ? 

-Eu e Henry estávamos na praia -Comecei a falar e o maxilar de Jungkook voltou a travar. Parecia que isso acontecia automaticamente toda vez que ele ouvia o nome "Henry".- Um homem daquela alcateia que tinha me sequestrado o atacou, e então eu realizei o transformo e o matei.

-Eu não estou acreditando no que eu estou ouvindo, Maria Clara.- Fiz cara feia assim que Jungkook falou "Maria Clara". Ele sabe que não gosto de ser chamada pelos dois nomes.- Você poderia ter morrido.

-Mas não morri.

-Mas tinha uma grande chance de morrer. Você mal sabe fazer o transformo e já sai matando lobos bem mais treinados por aí. 

-Isso é bom, não ? Mostra que eu consigo me defender.

-O caso aqui não é se defender, já pensou se ele tivesse conseguido te matar ? Você sabe o que ele conseguiria com o seu sangue ? 

-Você não se preocupa com a minha vida, se preocupa só com o poder do meu sangue, então pode parar de fingir que está se preocupando comigo. Ainda bem que existem pessoas diferentes de você.

-Pessoas diferentes de mim ? Em qual sentindo ?

-No sentindo de se preocupar comigo. 

-E quem seria essa pessoa ? Pelo que eu sei Sen Hee está no hospital.

-Henry, ele pelo menos se preocupa comigo. 

-Ele se preocupa com você ou só quer te comer ? 

-Ele não se chama Jungkook para ter essas ações.- Eu disse é minha voz saiu um pouco trêmula da raiva que eu estava sentindo. 

-Beba isto.- Ele disse colocando um frasco em cima da mesa. Jungkook bateu o frasco de vídeo tão forte, que o mesmo ficou com uma rachadura.

-E o que é isso ?

-Além de mim, outros alfas podem sentir o cheiro do homem que você matou, principalmente os que eram da alcateia dele. Esse líquido vai fazer com que o cheiro saia do seu corpo e que você fique menos vulnerável a algum ataque.

Bebi o líquido de cor roxa e que era doce. Diferente do que achei, não me senti estranha, na verdade nada aconteceu depois de eu ter bebido todo o frasco.

-Não ataque mais ninguém, da próxima vez não vou te ajudar.- Jungkook disse se levantando.

Pensei em dizer algo mas por algum motivo resolvi ficar quieta. Acompanhei Jungkook com os meus olhos até a mesa em que ele estava sentado. Assim que Yong Mi percebeu que eu estava olhando para a mesa ela abraçou Jungkook e o deu um beijo. Voltei minha atenção para a minha comida e só a terminei quando o sinal bateu.

Fui para a sala de aula e fiquei sem abrir a boca até a ultima aula da manhã.

~~~~~~~~

Quando o sinal finalmente bateu, juntei meus materiais dentro da mochila e antes que eu pudesse sair o professor me chamou.

-Senhorita Choi -Ele disse organizando alguns papéis.- Posso dar uma palavrinha com você ? 

-Claro, professor.- Eu disse indo para mais perto da mesa em que ele se encontrava.

-A diretora me pediu para te avisar que ela quer falar com você. 

-O senhor sabe sobre qual assunto ela quer falar comigo ? 

-Isso ela não me disse, apenas me pediu para te avisar que é para ir na sala dela.

-Obrigada, professor.

Ele fez um aceno com a cabeça e então me retirei da sala. 

Subi as milhares de escadas até o último andar e então bati na porta da diretora. Ouvi um "entre" e então adentrei a sala.

-Com licença.- Eu disse enquanto fechava a porta.

-Boa tarde, senhorita Choi.

-Boa tarde, diretora. O professor me disse que a senhora queria falar comigo.

-Ah, claro. Então, sabe aquela sua amiga ? A que desmaiou

-Sen Hee.

-Sim, essa mesma. Ela já acordou mas ainda está em observação no hospital. Ela me pediu para que o internato te liberasse para visitar ela. Se você quiser ir, pode sair, mas não se acostume.

-Claro que eu gostaria de ir.

-Pedi para que um dos porteiros te levasse até o hospital, que não fica muito longe daqui. Pode descer até a portaria.

-Okay. Obrigada.

Sai da sala e fui quase que corre do até a portaria. Finalmente eu poderia ver Sen Hee.

Quando cheguei na portaria um senhor que deveria ter mais de 65 anos se apresentou para mim e então fomos até o hospital.

As ruas estavam normais, o tráfego de pessoas não estava tão movimentado mas nem tão parado.

Andamos por tanto tempo que comecei a pensar se aquele senhor na minha frente não estava perdido, mas logo vi um hospital ficando cada vez mais perto, e então entramos ali. 

A recepção não estava muito cheia,  havia apenas umas 5 pessoas sentadas com cara de tédio. O homenzinho que trabalhava como porteiro do colégio foi até um balcão que ficava no fim da recepção, e então disse alguma coisa que não prestei muita atenção e entramos no em um corredor.

-É essa sala.- Ele disse apontando para uma porta que tinha uma plaquinha em cima escrito o número 7. 

Entrei na sala e vi Sen Hee e um médico ali dentro.

-Ahn... com licença.- Eu disse assim que entrei. 

-Ah, você deve ser a amiga que Sen Hee havia pedido para vir aqui.

-Sou eu mesma. 

-Bem, vou deixar vocês a sós.

-Obrigada.- Respondi assim que o médico se retirou.- Como você está ? 

-Melhor do que eu estava ontem quando cheguei aqui.- Sen Hee disse.

-Eu gostaria de ter vindo aqui antes, mas a diretora não tinha deixado.- Eu disse me sentando na poltrona ao lado da cama em que Sen Hee estava.

-Eu sei, a diretora me explicou tudo quando eu liguei para ela. 

Ouvimos umas batidinhas na porta e então uma enfermeira entrou no quarto. 

Ela esticou o braço de Sen Hee e então tirou uma amostra de sangue, depois que ela saiu, Sen Hee me explicou o que havia acabado de acontecer. 

-De duas em duas horas uma enfermeira vem aqui pegar uma amostra de sangue e ver se eu ainda tenho algum tipo de resíduo do veneno na minha corrente sanguínea.

-Tem algo que eu ainda não entendi, como você foi envenenada ?- Perguntei curiosa.

-Eu fui no banheiro, e então ouvi passos. Perguntei quem era, mas a pessoa não me respondeu. Então quando sai do meu box não vi ninguém, e quando me virei senti uma mão ir na minha boca, a pessoa me fez beber um líquido e então eu apaguei. 

-Você sabe como era essa mão ? 

-Não, a pessoa utilizava uma luva negra, e pelo que eu me lembre a roupa era da mesma cor.

-Você não consegue se lembrar de era um homem ou uma mulher ? Ou se você conseguiu ver a cor da pele ? 

-Não. A diretora me perguntou isso tudo, mas não consegui me lembrar de nada.- Ela disse e então colocou a mão na cabeça fazendo uma expressão de dor.- Minha cabeça dói às vezes.

-Me desculpe por ter te pressionado.

-Não, tudo bem. Minha mãe me fez o triplo de perguntas que você acabou de fazer.

-Com licença, não quero atrapalhar a conversa das duas, mas tem outras visitas aqui.- O homenzinho que me trouxe até o hospital disse.

-Acho que é melhor eu ir andando.- Eu disse me levantando.- Melhoras.- Eu disse e então dei um beijo na bochecha de Sen Hee.

Sai do quarto e então voltei até o internato junto com o senhor. 

Durante todo o trajeto fiquei pensando sobre o envenenamento de Sen Hee. Seria -H quem a envenenou ? Talvez sim e talvez não. Mas se não fosse -H, quem seria ? E se fosse -H, porque tinha atacado Sen Hee e não eu ? 

Só acordei do meu transe quando chegamos no internato, e então fui para a aula, que já estava quase no final. 

Entrei na sala e me sentei na última cadeira a última fileira, onde as pessoas não podiam ficar me olhando e se perguntando o motivo do meu atraso.

Tirei os meus pensamentos de -H e prestei atenção na aula. 

~~~~~~~~~~~

Quando o sinal finalmente bateu as 18:30 como sempre, me levantei da cadeira e fui para o meu dormitório. Assim que coloquei meus pés em meu quarto, fui direto para o chuveiro e tomei um longo e quanto banho. 

Quando terminei meu banho vi que tinha uma mensagem de Henry no meu celular.

"Boa tarde ! Acordei depois dos 12:00 AM e estou pior do que quando fico com ressaca. Como Sen Hee está ? Caso a veja, diga que desejo melhoras"

Respondi com:

"Só agora vi a sua mensagem. Fui ver ela hoje mais cedo. Ela está bem melhor. Tenha uma boa noite."

Bloqueei o celular e sai do banheiro. Coloquei o mesmo em cima do criado-mudo e fui deitar em minha cama. Mas ouvi um barulho de papel sendo amassado assim que deitei.

Peguei o papel que estava sobre a minha cama e então acendi a luz.

"Gostou do que fiz com sua amiga ? Você será a próxima.

-H."

Olhei por todo o dormitório, inclusive debaixo das camas, mas não havia ninguém ali além de mim (ainda bem). Arrastei o criado-mudo até atrás da porta. Mesmo que aquilo não fosse impedir ninguém de entrar no quarto, eu pelo menos ouviria o móvel se arrastando. Por mais cansada que eu estivesse não consegui fechar os olhos sem me lembrar de Sen Hee desmaiada no chão do banheiro.

~~~~~~~~

"Alguém com capuz preto me amarrou em um banco, no mesmo buraco em que eu sempre caia naquela floresta. 

Agora ele/ela apontava uma arma para cada um dos que estava ali, mas só consegui ver Henry e Jungkook sendo mortos. O que aquilo queria dizer ?"



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