História Primeiro amor morto. - Sentimento diferente.

Acordei com a luz do sol em meu rosto, odiava quando a YanHi  entrava no meu quarto de manhã para abrir a janela, parecia que fazia de proposito.
Me levantei e fui até o banheiro fazer minha higiene matinal, fiquei me olhando no espelho por um tempo me perguntando por que Taehyung não tirava aquele gorro vermelho da sua cabeça, quando entrei nesse assunto ontem ele conseguiu escapar me atacando areia.

Idiota

Decido tomar um banho gelado.
Depois de sair do banheiro e me trocar, desço para cozinha para tomar o café da manhã.

- Filho! Sentiu muito a minha falta? - Disse meu pai abrindo os braços com um belo sorriso estampado em seu rosto.

- Papai! - Corri em direção a ele o abraçando o mais forte que pude. Parecia que eu não o via há anos.

- Min, parece que a cada vez que te vejo você esta maior! - Diz ele num tom de ironia, pois eu era muito pequeno para a minha idade.

- Pare com isso papai, você sabe que nunca mais cresci. - Resmunguei fazendo um bico.

- Venham logo tomar o café antes que esfrie. - Falou minha madrasta.

Caminhamos até a mesa, e nos sentamos eu do lado de meu pai e YanHi sozinha, apenas com uma cadeira vazia ao lado na qual era para o meu irmão estar sentado.
Começamos a tomar o café, até que o barulho da campainha  quebra o silencio que  ali havia. Todos nos olhamos com uma expressão confusa afinal não costumávamos receber visitas logo pela manhã.

- Vá logo ver quem é Jimin! - Ordenou YanHi.

Revirei os olhos e me levantei indo em direção a porta, quando abro vejo um homem de costas meio desajeitado tentando pegar todas as malas de uma só vez.

- É.. Em que posso ajudar? - Pergunto curioso para saber quem era.

- Talvez você possa me ajudar a pegar as minhas malas. - Diz o homem ironicamente se virando para mim. - Olá ChimChim! -Falou ele com um leve sorriso.

- Jin!!! É você mesmo? - Pergunto meio assustado pois ele havia ido para o Japão estudar há cinco anos e desde então nunca mais voltou nem para visitar.

- Claro. Por que não seria? - Indagou ele ainda sorrindo.

- Porque você foi para o Japão há cinco anos atrás? - Respondo num tom irônico.

- Não vai me dar um abraço? - Jin disse abrindo os braços.

Corri e o abracei, no mesmo instante escuto um grito de minha madrasta perguntando o por quê da demora.

- Venha, me ajude com essas malas. - Disse Jin pegando duas delas.

Peguei as outras e entramos, colocamos todas no sofá e seguimos para a cozinha.
  
- Papai você não acredita quem voltou! - Corro em direção a ele.

- Quem voltou filho?

- Eu. - Disse meu irmão sorrindo adentrando a cozinha.

- Jin! Filho! É-é você? - Falou meu pai surpreso se levantando da cadeira.

- Não é possível, será que todos me farão essa pergunta?! - Respondeu Jin abraçando meu pai.

- Por que não avisou que voltaria?  - Disse meu pai com um braço envolta do ombro do meu irmão.

- Queria fazer uma surpresa para vocês. - Disse ele. - Olá YanHi, como vai? - Jin disse indo em direção à minha madrasta para cumprimenta-la.

- Vou bem. - Ela sorriu falso.

Todos nos sentamos a mesa, agora sim não faltava mais ninguém, quero dizer, seria melhor se mamãe estivesse aqui.

- Então meu filho, como foi esse tempo no Japão? - Indagou meu pai passando geleia na torrada.

- Foi muito bom pai, pude conhecer varias partes de lá, pessoas, lugares que eu tenho certeza que você e ChimChim adorariam visitar. - YanHi só observava calada a nossa conversa, e eu estava adorando a expressão de raiva que ela mantinha, provavelmente por meu pai estar dando mais atenção a nós do que a ela e por meu irmão ter voltado, afinal, ela também nunca gostou dele.

- E já terminou os estudos? - Perguntou meu pai tomando  uma xícara de café.

- Pai eu tenho 20 anos! - Diz meu irmão mostrando estar indignado com meu pai por ter feito uma pergunta que teria uma resposta óbvia.

- Ah é verdade, é que você passou tanto tempo fora que eu já havia esquecido sua idade. - Disse meu pai soltando uma risada.

- Seok, você trouxe tão pouca mala. - Eu falei olhando para ele.

- Ah sim, é que eu só vim para visitar, consegui tirar uma semana de folga do trabalho. - Diz ele mordendo um pedaço de bolo.

- U-uma semana? Só? Como assim não vai voltar definitivamente? Você passa cinco anos fora e quando volta é para ficar  apenas uma semana? - Digo indignado.

- Calma, uma pergunta de cada vez. - Falou ele sorrindo. - Eu arrumei um emprego muito bom lá no Japão, consigo me sustentar enquanto não termino a faculdade, por isso ficarei lá ate conseguir terminar.

Meu pai ganhava bem, e nós eramos muito bem de vida. Mas Jin nunca aceitou ser sustentado pelo meu pai, a única coisa que ele aceita do meu pai é que ele pague o aluguel do apartamento que ele mora. 

Conversamos sobre diversos assuntos, e fizemos varias perguntas sobre como era o Japão, se era difícil falar em japonês e varias outras coisas. 
Terminamos de tomar café e eu ajudei o Jin a levar as malas até meu quarto, então me lembro que havia combinado com Taehyung de encontra-lo.
Quando eu ia sair para fora do meu quarto Seok me chama.

- Jimin! Vamos conversar, faz tanto tempo que não nos vemos.

- Agora não dá, desculpa, eu combinei com um amigo de me encontrar com ele agora.

- Ah entendo. - Murmurou ele. - Então se divirta.

Sai do meu quarto e desci indo em direção a porta.

- Jimin, aonde vai? - Perguntou meu pai colocando o jornal que estava lendo em seu colo.

Mas que droga! Desse jeito eu não vou sair.

- No playground.

- Você não acha que esta crescido demais para ficar brincando em playground? - Indagou ele arqueando uma de suas sombrancelhas.

- Não. Pai olha o meu tamanho. - Digo colocando minha mão direita em cima da minha cabeça. - Ele solta uma risada.

- Tudo bem, mas não demore. - Disse pegando seu jornal de volta.

Sai de casa e fui em direção ao playground. Tae ainda não havia chego, então resolvi espera-lo sentado no balanço como sempre.

Pelos meus cálculos já havia passado pelo menos duas horas  desde que cheguei aqui e nem sinal de Kim, me pergunto se ele esqueceu do combinado. 
Um tempo depois decido voltar para minha casa, ele deve ter esquecido mesmo.

- Jimin! Para onde esta indo? - Me viro e vejo Tae e um garoto que estava do seu lado, ele era um pouco mais alto que Taehyung, seus cabelos eram escuros, e ele era muito bonito por sinal.

- Eu achei que você tivesse esquecido do combinado, então eu ia voltar pra casa.- Respondi indo em direção deles.

- Eu falei para você que era a tarde, ou seja, agora. - Ele diz dando um leve sorriso. - Esse aqui é Jeon Jungkook, o meu amigo que te falei. - Disse ele empurrando o garoto mais para perto de mim.

- O-Olá. - Falou Jungkook um pouco envergonhado.

- Olá, meu nome é Jimin. - Falei sorrindo.

Todos fomos para os balanços e começamos a conversar sobre coisas aleatórias.

- Quantos anos você tem Jungkook? - Perguntei me balançando devagar no balanço e passando meus pés pela areia.

- Dez. - Respondeu ele olhando para baixo.

- Eu tenho Doze. - Disse Tae se metendo no meu pequeno diálogo com Jung. - E você? - Indagou ele me olhando.

- Doze também.

- Nos conhecemos há um tempo e nem sabemos a idade um do outro. - Disse ele rindo em seguida.

Podemos ouvir a voz da mãe de Jungkook o chamar para ir embora. Ele se despediu de nós e se foi.

- Ele é bastante tímido. - Falo observando Jung correndo até sua mãe.

- Sim. Mas comigo ele é bem diferente. - Responde ele também olhando para Jung.

De repente Taehyung me empurra do balanço me fazendo cair de cara na areia.

- T-Tae, eu vou te matar! - Falei cuspindo um pouco de areia que tinha na minha boca. Ele gargalhava como uma criança.

Me levantei e corri em direção a ele para empurra-lo, mas ele começou a correr e ficamos correndo que nem retardados no parque, eu atrás dele gritando e o ameaçando se não parasse, e ele rindo cada vez mais da situação. Até que eu o alcancei e me joguei encima dele, caímos juntos, e eu por cima dele, ficamos cara a cara, eu podia sentir sua respiração ofegante por conta do cansaço.

- Eu nunca havia percebido que seus olhos são lindos. - Falou ele me fazendo corar imediatamente. - Você fica fofo corado. -  Ele sorriu.

Parecia que eu ia explodir a qualquer momento de tanta vergonha, meu rosto já havia mudado de tom rosado para tom avermelhado, talvez roxo.
Taehyung começou a aproximar nossos lábios, faltava mais alguns centímetros até eu me dar conta do que estava acontecendo e me levantando num pulo.

- O-ouvi m-meu pai me c-chamar. - Gaguejei praticamente em todas as palavras que soltei.

Corri em direção a minha casa sem deixar Taehyung falar uma só palavra.
Abri a porta e dei graças a deus que não tinha ninguém na sala, subi as escadas e entrei no meu quarto fechando a porta atrás de mim, minha respiração era ofegante.

Eu estou gostando do Taehyung?