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História Primeiros - Real Oficial


Escrita por: Red_Tomato

Notas do Autor


Olá Tomatinhos!!!!!!! Tudo bom com vocês?
Aqui vai mais um cap...
Não vou falar muito por aqui, então até lá embaixo!
Espero que gostem!! 💙

Capítulo 14 - Real Oficial


Fanfic / Fanfiction Primeiros - Real Oficial

PERCY POV

Depois que minha mãe puxou Annie para o quarto fui direto ao meu. Troquei de roupa e derrepente a conversa que tive com a minha mãe veio à cabeça. Tudo o que eu mais quero é ter uma relação séria com a Annabeth, mas tenho medo de que ela ache que é cedo demais e tenho medo que, lá na frente, nós tenhamos que nos separar por causa da distância. Sei que relacionamento à distância é relativo, existem casais que conseguem manter relacionamento e existem outros que não conseguem por algum motivo, e eu não quero isso, sei que não há necessidade eu pensar nessas coisas agora, pois ainda faltam três anos para isso, mas eu queria algo duradouro e que não acabasse por motivos geográficos. Então, a voz da minha mãe chega me dizendo que eu não poderia abrir mão de algo que pode ser uma das melhores coisas da minha vida por causa de outra que pode ser resolvida mais para frente.

Deito-me na cama e suspiro pensando em tudo isso. Será que Annabeth aceitaria ser minha namorada? Será que ela acharia melhor nós pararmos por um tempo para ver no que dá? Fico em uma confusão de perguntas sobre o pedido, mas tudo se esvai quando a vejo entrar no quarto. Ela coloca suas roupas numa cadeira no canto do quarto e olha para mim, dou batidinhas na cama sinalizando para que ela venha se deitar ao meu lado, Annabeth vem lentamente até meu lado e se aconchega em mim, nos cubro com o cobertor e penso em como eu quero mais momentos como este, ficar assim com ela me traz um sentimento de paz imenso.

Respiro fundo, vou pedi-la em namoro... Eu quero falar para todo mundo que estou namorando a menina mais linda deste mundo, linda não só de beleza, mas por dentro também. Gaguejo um pouco fazendo o pedido e minhas mãos tremem um pouco. Relaxo quando um enorme sorriso aparece em seus lábios, sorrio levemente e ela levanta o tronco me olhando por cima. Annabeth se aproxima de mim e me dá um selinho demorado.

- Claro que eu quero, Cabeça de Alga - ela diz.

Coloco minhas mãos em sua cintura e a jogo para o lado, fico por cima dela, ela coloca as mãos em meu rosto e faz circulos em minhas bochechas com os polegares. Me aproximo e encosto nossos narizes, beijo seus lábios com calma, um beijo que não carrega a luxúria e nem muito desejo carnal, é simples, porém repleto de sentimentos, proteção de um pelo outro, paixão (não sei ao certo em que momento isso tudo vira amor...), felicidade por estarmos juntos, tanta coisa que é impossível descrever, mas meu coração parece transbordar.

Coloco minhas mãos por baixo da camiseta do pijama de Annabeth, ela gruda as mãos em meu cabelo, passo os beijos para seu pescoço e então... Alguém bate na porta. Sinto Annabeth ficar tensa. Batem na porta, novamente.

- Acho melhor você ver quem é - ela diz. Respiro fundo e saio da cama.

Abro a porta e me deparo com Helena segurando seu unicórnio de pelúcia e com uma carinha não muito boa.

- O que foi Lelê? - pergunto me agachando.

- Eu não consigo dormir - ela diz manhosa.

- Por que?

- Eu tive um sonho ruim - Helena responde abraçando ainda mais unicórnio.

- Por que não foi ao quarto da mamãe? E a vovó, ela não está com você? - pergunto. Não que eu não queira Helena ali, mas bem... Momento inoportuno.

- Eu fui, mas eles não escutaram eu bater e a vovó ronca.

Respiro fundo e a pego no colo com cuidado. Ela deita a cabeça em meu ombro e fecho a porta.

- O que aconteceu? - Annabeth pergunta.

- Pesadelos.

- Tia Annie? - Helena indaga. Havia ido dormir antes e não sabia que Annabeth estava em casa.

- Oi princesa! - Annabeth diz sorrindo.

- Por que você 'tá dormindo na cama do Percy? - Helena pergunta curiosa.

- Porque ela é a minha namorada - respondo sorrindo e Annabeth sorri envergonhada.

- O que é namorada? - Helena pergunta confusa. Olho para Annabeth procurando ajuda. Como que eu vou explicar isso?

Coloco Helena na cama e ela senta entre mim e Annabeth.

- Quando duas pessoas se gostam muito, mas muito mesmo, diferente de quando você gosta do papai ou da mamãe ou de um amiguinho, elas começam a namorar. - Annabeth explica calmante olhando para Helena e eu fico a olhando bobo.

- E como eu sei que estou gostando? - Helena indaga.

Vejo Annabeth suspirar.

- Você vai sentir uma coisinha diferente bem aqui - Annabeth coloca a mão no colo de Helena. -, vai sorrir sem querer quando vê a pessoa e vai sentir o coração bater diferente quando à ver, vai sentir vontade de ver esse alguém todos os dias, o tempo vai parecer parar quando seus olhos se encontrarem e independentemente do seu humor, essa pessoa vai colorir o seu dia mesmo ele estando praticamente sem cor. - Annabeth responde sorrindo e percebo ela suspirando, ela olha para mim timidamente e eu sorrio para ela.

- Que lindo, Sabidinha.

Ela sorri ainda mais. - É o que eu sinto, namorado.

Acaricio a bochecha dela e me aproximo. Quando estou quase dando um selinho em Annabeth, alguém reclama.

- Ai Percy! - Helena diz.

- Desculpa, Lelê! - digo rapidamente voltando ao meu lugar.

Annabeth ri e deita na cama. - Vamos dormir agora, está tarde.

- Tudo bem - resmungo e me levanto. Coloco uma camisa. - Vou tomar água, já volto. Quer um pouco, Sabinha?

- Não, obrigada.

Quando volto para o quarto me deparo com Annabeth cantando para Helena e fazendo carinhos em seu rosto.

- Ela já dormiu? - pergunto me aproximando Annabeth confirma com a cabeça. - Vou levá-la para o quarto.

- Não, deixe-a aqui... - Annabeth diz manhosa.

- Annie... Eu amo a Lelê, mas... - Annabeth puxa Helena mais para si com cuidado. Suspiro. - Tudo bem...

Ela sorri e eu deito ao lado de Helena.

- Eu gosto tanto de você... - Annabeth diz me olhando e pega minha mão. Sorrio e aperto sua mão.

- Digo o mesmo, e não há palavras que expressem... Eu quero fazer tantas coisas junto à você. O que acha de irmos à algum parque durante as férias? - pergunto ansioso.

- Qual parque?

- Sei lá, Disney...

- Não é muito caro?

- Não... Não precisamos ficar muito lá, se não quiser.

- É claro que eu quero!

- Então está combinado. Vamos você, Helena e eu.

- Queria que e a Rachel pudesse ir também, mas com esses enjoos...

- Pois é...

- Não queria deixá-la de lado, não quero que pense que vamos excluí-la.

- Lógico que não! Rachel é minha melhor amiga, e sua também! Podemos chamá-la, talvez ela queira ir. - digo. Entendo o que Annie está querendo dizer, não quero perder meu contato com a Rachel por causa do meu relacionamento com Annie, assim como ela também não quer. Vai ser um passeio divertido.

- Obrigado - digo sorrindo.

- Pelo quê?

- Por estar comigo... - sorrio e com muito cuidado levanto meu tronco, passando por cima de Helena e dou um rápido selinho em Annabeth.

- Boa noite, Sabidinha.

- Boa noite, Cabeça de Alga.

Damos as mão por cima de Helena e então fechamos os olhos.

(...)

Acordo sentindo algo se mexendo bruscamente. Abro os olhos devagar e vejo que Helena tenta sair de baixo de meu braço, aparentemente Annie e eu dormimos de mãos dadas durante a noite inteira.

- Eu quero assistir desenho na sala - Helena pede me olhando.

- Pode ir, é só ligar a televisão que já tem algum dvd lá. - digo fechando os olhos novamente e tiro o braço de cima de Helena. Sinto ela descer a cama e quando escuto o barulho da porta de fechando me aproximo de Annie e a abraço. Annabeth se vira e fica com o rosto frente ao meu.

- Onde está a Helena? - escuto ela perguntando, pois eu não abri os olhos.

- Foi assistir desenho.

- Hum...

- Está acordada?

- Não... E vc? - escuto ela rir baixinho.

- Não também. - a aperto ainda mais e ela enlaça suas pernas na minha.

Acabamos por dormir novamente e acordo com outro movimento na cama, mas não tão brusco, como se a pessoa estivesse tentando não me acordar. Abro os olhos e vejo Annie tantando sair de meus braços.

- Não queria te acordar - ela diz triste. - Estava bonitinho.

Sorrio. - Tudo bem.

- Já que acordou, vamos lá. Sua mãe já deve estar acordada.

- Vamos ficar aqui só mais um pouquinho - resmundo pegando seu braço.

- Eu queria muito ficar, mas vamos ajudar sua mãe e eu estou com fome - ela diz com o rosto próximo ao meu. Quando vou me aproximar ainda mais ela se afasta rindo e sai do quarto. Me levanto resmungando, é demais querer ficar até mais tarde na cama?

Ao sair do quarto vejo Helena sentada no sofá da sala assistindo à televisão, enquanto minha mãe e Annabeth estão conversando e preparando algumas panquecas.

- Bom dia! Onde está a dona Mabel e o Paul?- digo.

- Bom dia, filho! - minha mãe sorri. Vou até ela e dou um beijo em sua testa. - Paul levou Dona Mabel ao mercado, hoje é dia dela fazer compras. Dormiu bem?

- Sim, tirando alguns pequenos chutes durante a noite...

- Entendi, Annabeth comentou que Helena foi para o seu quarto.

- É...

- Desculpa, não ouvimos ela chamar.

- Tudo bem, não foi nada demais.

- Então... Fora isso, como vocês estão? - minha mãe pergunta com um sorriso malicioso e coloca o prato de panquecas na mesa, nos sentamos. Annabeth sentou-se ao meu lado, vejo que ela ficou levemente corada e sorri de lado.

- Eu estou absurdamente bem - digo sorrindo e coloco o braço no ombro de Annabeth, ela sorri envergonhada e olha para mim.

- Posso dizer o mesmo - ela diz sorrindo.

- Hmmm. E posso saber o porquê desse 'absurdamente' ou é segredo? - minha mãe pergunta sorrindo. Annabeth cora e começa a beber suco, eu me ajeito na cadeira e começo a colocar algumas panquecas no prato. Não sei se vamos assumir assim agora ou vamos esperar um pouco, mas é a minha mãe e foi graças à ela que eu tomei a atitude, se não fosse por ela talvez nem estariamos 'real oficial'. Ela me encorajou.

- Vou perguntar só mais uma coisa... A conversa que eu tive com cada um de vocês, surgiu efeito?

- Talvez... - digo e olho para Annie, não vou contar se ela não estiver pronta.

- Queria que vocês contassem as coisas para mim - minha mãe diz manhosa.

- Eu conto se você contar - Annabeth sussurra. Sorrio.

- Eu pedi Annabeth em namoro - digo alegre e minha mãe abre um sorriso enorme.

- Que maravilha! Parabéns, mal posso esperar para quando chegar o casamento!

Engasgo com um pedaço de panqueca e Annabeth dá alguns tapinhas em minha costa.

- Acho que é um pouco cedo demais para isso, Sally – Annabeth diz assim que eu me recuperou. – Somos novos ainda, temos tempo.

- Isso não impede de que aconteça alguma dia, e espero que aconteça, porque eu quero netos. – desta vez Annabeth engasga com o suco.

- Mãe... Acho que você se empolgou demais – digo entregando um guardanapo para Annabeth.

- É verdade...

- Annabeth tem dezenove anos, estamos na universidade ainda. Calma – digo rindo. É muita animação e esperança para alguém.

- Desculpem-me. Acho que me animei mesmo. Vocês são novos mesmo, portanto, usem proteção! – quando ela fala está última parte sinto meu rosto queimar e provavelmente Annabeth não está diferente, minha mãe é daquelas mães amigas que gostam de conversar com o filho sobre qualquer coisa, mas existem assuntos que são um tanto desnecessários. Como por exemplo, a vida sexual do filho com a namorada, principalmente se a namorada estiver do lado.

- Vocês se envergonham por tudo, eu hein. Só falei para usarem proteção, não ensinei como fazer. Aliás, Annie, me diga, ele é cuidadoso? – isso só pode ser brincadeira.

- Mãe! – repreendo-a.

- Estou brincando! Não quero saber tão afundo, muito detalhe. – ela diz rindo e Annabeth começa a rir também.

- Está rindo, Sabidinha!?

- Se sua mãe está assim, nem quero imaginar a minha... Ela sim pergunta coisas mais "íntimas" – Annabeth diz se recuperando. Arregalo os olhos e respiro fundo, havia me esquecido da parte ‘apresentar o namorado aos pais’ – O que foi? Não precisa ficar nervoso, Percy.

- Eu não estou nervoso – me defendo.

- Está sim.

- Como você tem tanta certeza? – cruzo os braços.

- Você tem uma veia na testa que aparece toda vez que você fica nervoso. E ela está aparecendo neste exato momento. – Annabeth explica sorrindo e então volta a comer.

- Fica reparando em mim? – provoco brincando.

- É lógico – ela fala normalmente e rapidamente fica vermelhavermeha.

- Sabia que você fica vermelha muito facilmente? – digo passando um dedo em seu rosto.

- Bobo. – ela diz sorrindo.

- Vocês são tão fofos! – minha mãe diz com uma cara boba.

Sorrimos e eu passo um braço pelo ombro de Annie novamente, trazendo-a mais para perto, dou-lhe um beijo na bochecha e ela me olha com um olhar apaixonado.

Enquanto minha mãe e Annie arrumam a cozinha, vou arrumar meu quarto. Quando volto, vejo que Annabeth não está mais na cozinha.

- Onde está Annabeth? – pergunto à minha mãe.

- Foi brincar com a Helena.

- Entendi. Vou lá com elas então. – digo saindo da cozinha, mas sou parado pela minha mãe.

- Percy, agora falando sério – ela diz calmante e respira fundo. – Você e a Annabeth já...

- Já...

- Jura que não entendeu?

E tem como entender quando a pessoa não termina a pergunta? Penso um pouco e minha mãe fica me olhando como se não acreditasse que eu não havia entendido. Será que ela está perguntando sobre “aquilo”?

- Você está perguntando se nós já fizemos aquilo? – pergunto cuidadoso.

- Isso! Já?

- Ai mãe! Que pergunta! – reclamo.

- Me responde, Perseu! – ela diz mais nervosa.

- Okay, calma – respiro. Não acredito que estamos tendo essa conversa, é claro que ela já havia falado disso comigo, assim como Paul, mas era algo mais generalizado, não com relação à alguém.

- Percy!

- Sim! Já! – respondo rapidamente.

- Vocês se protegeram?

- É claro! Deuses! Você e a Rachel deviam tomar alguma coisa para começar a ter um filtro em perguntar algumas coisas – reclamo.

- Me respeite, Perseu. Sou sua mãe e tenho direito em perguntar!

- ‘Ta, desculpa. É meio constrangedor  – digo sem jeito.

- Mas é bom falar, vai que sai dos trilhos. Vocês acabaram de dizer que são novos, então tratem de se proteger.

- Sim, sim! Pode deixar. Fique tranquila, não vamos fazer nada de errado.

Minha mãe sorri e me abraça.

- Você já está um homem, passou tão rápido. Daqui a pouco está saindo de casa – minha mãe diz emotiva. Rio.

- Ai dona Sally... Mesmo que eu saia de casa, nunca vou lhe deixar – digo beijando sua testa.

- Te amo, Percy – ela diz.

- Eu também, mãe – digo sorrindo.

- Agora vá lá com as meninas – ela diz sorrindo.

Chegando no quarto de Helena, vejo ela e Annabeth com uma coroa cada uma e sentadas no chão com várias bonecas em volta.

Sento-me ao lado de Annabeth e ela sorri para mim.

- Como estão as coisas com Helena? – pergunto.

- Boas, ela é um amor e disse que estou quase me tornando uma princesa de verdade – Annabeth sorri.

- E o que falta?

- A dança com o príncipe.

- Ah, essa dança... – suspiro sem querer. Essa dança foi, provavelmente, o que me fez começar a sentir algo à mais pela Annabeth ou talvez fez com que eu percebe-se que já estava sentindo algo diferente naquela semana. Quando nós dançamos foi a melhor sensação que tive em tempos, a única que me fez sentir algo diferente numa dança, afinal, o meu par no baile da escola foi a Rachel e nós rimos mais do que dançamos, além de que nós já éramos muito amigos e foi estranho, eu não tinha interessei nas meninas da escola. Não fiquei com muitas meninas durante a adolescência, só em festas e mesmo assim, não gostava muito de fazer isso. Quando senti Annabeth próxima à mim não consegui controlar meu corpo, eu senti ele formigar inteiro.  Ela acendeu algo em mim, algo diferente.

- Acho que Helena é a nossa cúpido – digo sorrindo.

- Por que? – Annabeth pergunta me olhando.

- Se não fosse por ela nós não teríamos dançado e eu não teria ido até a sua casa naquele dia que nós nos beijamos... – digo me recordando.

- Tem razão – Annabeth olha para Helena sorrindo e depois me olha. Passo a costa da mão em seu rosto e sorrio me aproximando, selo nossos lábios com um selinho demorado.

Helena pigarreia. – Princesa Annie.

- Sim, Rainha Helena – Annabeth diz série. Me admira a atuação dela quando está brincando assim.

- Está na hora da dança com o príncipe – ela diz animada.

- E quem é esse príncipe – digo fingindo ciúmes.

- Você, ué! – Helena diz colocando a mão na cintura. Sorrio e me levanto, estendo a mão para Annabeth e ela se levanta. Helena corre até o pequeno rádio e coloca a música. Assim como na primeira vez é a música da Bela Adormecida.

Durante a dança inteira meus olhos não se desgrudaram dos dela, o sorriso ficou em nossos lábios e meu coração batia ao ritmo da música, no meio, Annabeth encostou a cabeça em meu peito e fechou os olhos, encostei a minha cabeça na dela e fechei meus olhos também. Por mim, ficaria todos os dias assim, com ela, não necessariamente fazendo alguma coisa, mas juntos, abraçados, com a companhia um do outro.

Quando a música acabou, nos olhamos e sorrimos, me virei para Helena e ela sorria do mesmo jeito do que na primeira vez e se levantou rapidamente.

- Você parece uma princesa de verdade! – diz animada para Annabeth.

- Obrigada, princesa... Você também parece, aliás, sabia que existe uma princesa de verdade com o seu nome?

- Sério? – Helena pergunta encantada.

- Sério. Ela é de muito tempo atrás, lá durante a Grécia Antiga, aí ela se casou com um rei que já era um pouco mais velho. Certo dia, eles receberam um grande cavalheiro como hóspede e ela se apaixonou por ele, quando o rei saiu do palácio para ir à outra cidade, Helena e Páris ( o cavalheiro que ela havia se apaixonado) fugiram para outro lugar, ela estava muito apaixonada por ele, assim como ele por ela...

- E o que mais!? – Helena pergunta ansiosa. Annabeth me olha apreensiva.

- O rei ficou muito zangado e mandou um cavalo gigante cheio de homens armados para atacar a cidade onde Helena e Páris estavam. – eu continuo a história e Annabeth se surpreende. Helena abre a boca assustada.

- Que maldoso – ela diz.

- É sim, o importante é você saber que para Helena e Páris, o amor não era apenas aqui, na Terra, e sim para toda eternidade – Annabeth concluí.

- Que bom que finalizou desse jeito... – sussurro em meu ouvido e eu ela ri.

O celular de Annabeth começa a tocar e ela atende.

ANNABETH POV

*LIGAÇÃO ON*

- Alô – atendo.

- Oi filha!

- Oi mãe!

- Como você está?

- Estou bem... não está muito cedo aí? - pergunto por causa do fundo horário.

- Está sim, acabei de acordar e resolvi ligar para saber como você está.

- Ah.

- Estou com saudades.

- Eu também.

- Eu e seu pai estávamos pensando, o que acha de vir aqui final de semana que vem?

- Eu adoraria!

- Ótimo, porque eu já comprei a sua passagem, você embarca às 09:00 pm na sexta e volta no mesmo horário no domingo. – minha mãe diz animada do outro lado da linha.

- E se eu não pudesse ir?

- Eu sei que você viria, sou sua mãe, te conheço.

- Ah claro – reviro os olhos. – E como o papai está?

- Está bem, trabalhando bastante e com muita saudade. Agora, me conte as novidades!

- A irmã do Percy voltou para a casa ontem – eu já havia contado à minha mãe sobre o acidente e sobre as sequelas.

- Isto é ótimo! E como ela está?

- Ótima! Estou brincando com ela agora – digo sorrindo olhando para Percy e Helena brincando com as bonecas. Me encanta ver que ele não liga para “homens não brincam de bonecas” e observa-lo brincando com a irmã.

- Mas não foi ontem a festinha de boas-vindas? – sim, eu também contei isso à minha mãe, nós conversamos bastante por mensagens.

- Foi... – digo apreensiva. Ai que furo...

- Você dormiu aí!? – não consigo entender em qual tom ela perguntou isso.

- Talvez – eu não consigo mentir para a minha mãe, na verdade, a única coisa que ela não sabe é sobre o meu relacionamento com o Percy. Pelo menos até agora.

- Annabeth Chase, me diga alguma coisa antes que eu tire conclusões precipitadas.

- Ai mãe, que drama. – reclamo revirando os olhos.

- Drama nada, quero saber o que a minha filha anda fazendo.

- Sim, eu dormi aqui. – digo soltando o ar. Percy me olha apreensivo, tenho certeza que ele está se tremendo por dentro.

- Em que lugar você dormiu?

- Isso faz diferença? – pergunto mordendo os lábios.

- Muita! Desembucha.

- Vamos deixar para conversar sobre isso semana que vem, por favor. – peço.

- Annabeth, fala.

- Mãe.

- Fala. – bufo.

- Até parece que eu sou uma adolescente...

- Você tem dezenove anos! Me fale agora, caramba, eu sou sua mãe.

- ‘Tá bom, mas vou falar semana que vem, não por telefone.

- Vai deixar sua mãe na curiosidade? Que maldade, Annabeth.

- Sim, agora sossega, porque eu não vou falar nada por telefone.

- Então responde ‘sim’ ou ‘não’. Vocês dormiram na mesma cama? – respiro fundo.

- Sim.

- Annabeth!

- Mãe! Semana que vem. Beijo, tchau.

*LIGAÇÃO OFF*

Não deixo minha mãe terminar de falar, nós iríamos ficar nessa até umas horas, quando ela insiste não para de atormentar. Vai ser uma semana aguentando ela me mandar mensagens. Vai ser bom eu ir um final de semana para São Francisco.

- O que aconteceu? – Percy pergunta.

- Minha mãe quer saber o que eu ando fazendo... eu queria contar sobre nós à ela frente à frente, não por telefone.

- Entendi, e você vai fazer isso quando?

- Ela me chamou para ir final de semana que vem para São Francisco.

- Ah, que bom. Espero que ela não ache ruim você estar namorando em menos de dois meses.

- Não vai. Ela vai até agradecer aos céus por isso – digo rindo.

- Assim espero. E o seu pai?

- Ele não é um pai chato, fique tranquilo, na verdade, ele nunca falou muito sobre ‘meninos’ comigo, ficou mais para a minha mãe. Eu nunca comentei muito sobre isso em casa também, provavelmente eles falam sobre, mas nunca comigo.

- Tudo bem – Percy respira fundo e me puxa para um abraço de lado.

Ficamos durante praticamente o dia inteiro com Helena no quarto, ela parece estar bem apesar dos machucados que ainda não se curaram, nós brincamos de tantas coisas que eu nem me lembro direito agora. Sally contou à Paul sobre a “novidade” do momento e ele ficou imensamente feliz, graças aos deuses ele não tocou em nenhum assunto constrangedor, o que me deixou aliviada. Não ter que me segurar para abraçar ou beijar o Percy na frente de outras pessoas é maravilhoso, mesmo não fazendo muito por ter um pouco de vergonha, estar ali sem ter que esconder algo é muito bom, porém, vamos com calma e uma coisa de cada vez. Aos poucos nós vamos contando aos amigos, não temos necessidade em sair espalhando para todos que estamos juntos.

- Tenho que ir... - digo saindo dos braços de Percy. Estávamos assistindo um filme com Sally, Paul e Helena. Helena havia caído no sono, portanto estava deitada no colo de seu pai.

- Mas já? - Percy diz cabisbaixo.

- Sim, já está tarde e eu ainda preciso fazer alguns trabalhos da universidade. - me aproximo para dar um selinho de despedida, mas Percy de afasta. - Não vai me dar tchau, Cabeça de Alga?

- Por que? Eu vou te levar. - ele diz se levantando

- Hey! Pode ir parando. Percy, eu posso pegar um taxi e ir, não precisa me levar aos lugares toda vez! - digo nervosa. Mas que mania! - Até mais, Sally; até mais Paul. - me despeço dos dois.

- Eu estou lhe oferecendo uma carona, você que é teimosa - Percy diz pegando a chave do carro.

- E eu estou falando que não é necessário - rebato. - Não deve demorar para passar algum taxi. Se você não vier se despedir, vou embora e você ficar sem beijinho - digo séria e rio da cara que ele faz.

- Eu posso pelo menos descer com você até a portaria? - ele pede resmungando.

- Pode - digo sorrindo.

Pego minhas coisas e dou um tchau para Sally e Paul novamente. Percy abre a porta e então saímos do apartamento, ele pega a minha mão e segura forte. Sorrio.

- Você não pode ficar me oferecendo carona sempre - digo enquanto descemos de elevador.

- Eu gosto de ajudar - ele diz me abraçando.

- Você já ajuda, só que não precisa atravessar a cidade toda vez que formos sair.

- Tudo bem, vou me controlar.

- Obrigada - digo e ele me dá um beijo.

Nós nos beijamos e ele me encosta na parede do elevador. Sinto meu coração acelerar e meu corpo começa queimar por dentro, não de um jeito ruim, é confortável.

Quando o elevador chega no térreo, caminhamos até a saída do prédio. Percy ficamos abraçados até passar algum taxi. Gosto de quando ele fica assim, abraçado comigo, me passa uma sensação boa. O taxi para à nossa frente Percy me vira.

- Me ligue quando chegar, por favor – ele pede preocupado.

- Claro – digo sorrindo e dou um selinho nele. – Eu...

Paro de falar assim que percebo o que estava prestes a dizer. Ainda é cedo para o 'Eu te amo', não é? Eu não sei, mas iria falar tão naturalmente, foi algo que quase saiu sem querer, como se já tivessemos falado, todo aquele calor que eu estava sentindo no peito iria ser colocado numa só frase.

- Eu ligo – completo e entro rapidamente no taxi. Enquanto o taxi se afasta, olho para trás e vejo que Percy continua na calçada, provavelmente esperando o taxi se distanciar ainda mais. Passo as mãos pelo cabelo nervosamente e respiro fundo.

- Está tudo bem, moça? – o taxista pergunta.

- Está sim, obrigada – respondo disfarçando e deito a cabeça para trás.

- Você me parece nervosa. Aquele é seu namorado?

- É sim – digo sorrindo. -, mas como sabe que estou nervosa?

- Eu tenho uma filha que deve ser um pouco mais velha que você, não sei quantos anos você têm, e eu sei quando está se passando algo. Se quiser me contar o que aconteceu talvez eu possa ajudar – o taxista diz calmamente. Ele me parece ser uma pessoa boa, talvez ele fale algo que me ajude.

- É que eu quase disse ' Eu te amo' à ele, e eu acho que é muito cedo porque nós começamos a namorar ontem e nos conhecemos há dois meses.- conto de olhos fechados.

- Não vejo problema, afinal, os sentimentos são relativos e se você sentiu que devia falar e não foi em vão, não acho rápido. É tudo muito relativo, uns demoram para perceber o que sentem e outros não. Veja bem, eu namorei uma amiga, fazíamos tudo com calma, foi tudo devagar, quando nos casamos não durou um ano, não sei o que aconteceu, mas mesmo ficando durante tanto tempo, não sentia o mesmo que eu sinto com a minha esposa atual, com ela foi tudo muito rápido, nos apaixonamos e casamos entorno de um ano, tivémos nossos filhos e estamos juntos até hoje, mais de vinte anos. Com toda certeza eu a amo, assim como quando disse na primeira vez. – ele sorrindo, olho para o parabrisa e vejo que há uma foto de duas pessoas jovens, parece ele quando moço e provavelmente sua esposa.

- Entendi, mas e se ele se assustar? – pergunto cabisbaixa.

- Então ele não está pronto. Não fique nervosa por isso, se sentir que deve falar, fale, não guarde isso para você, pode ser que ele esteja com as mesmas dúvidas.

Sorrio grata. Quando ele para o taxi em frente ao prédio onde moro pago a viagem e abro a porta.

- Obrigada pelo conselho e pela viajem – digo.

- Não foi nada, gosto de ajudar e lembre-se, não deixe de demonstrar o que sente.

(...)

Ao entrar na biblioteca vejo que nem Rachel e nem Percy estão. Deixo minhas coisas no armário do balção e começo a fazer os trabalhos. Alguns poucos minutos depois vejo Rachel sair do banheiro com aparência cansada.

- Passando mal? – pergunto. E ela assente. Passo a mão em suas costas.

- O Percy não chegou? – ela pergunta.

- Não...

- Liga para e pede um x-burguer – Rachel diz ansiosa.

- Você acabou de passar mal e vai comer um x-burguer? – pergunto incrédula.

- Eu estou com desejo, quer que meu filho nasça com cara de x-burguer? – reviro os olhos rindo e começo a digitar o número de Percy.

*LIGAÇÃO ON*

- Percy, já está vindo?

- Estou, acabei de sair da sala. Porque?

- A Rachel quer um x-burguer.

- Que folgada – ele diz rindo.- vou passar na praça de alimentação e pego.

- Aproveita e pega um para mim também! Não almocei ainda - peço animada.

- Okay, já chego então, se não tiver muita fila... Até mais Sabidinha.

- Até - digo e desligo.

*LIGAÇÃO OFF*

- Então... Como foi no sábado depois que eu fui embora? - Rachel pergunta sorrindo.

- Eu dormi lá...

- E... - ela indaga ansiosa.

- Percy me pediu em namoro - digo sorrindo levemente.

- Não brinca! Jura!? - Rachel pergunta animada.

- Sim - digo rindo.

- Aleluía! E como foi?

- Normal, nós estávamos deitados conversando e ele pediu - digo focando em meu trabalho.

- Só isso? Que sem emoção - Rachel reclama.

- Queria que fosse como? Não é casamento...

- Ai nossa, só fiquei feliz por vocês... - Rachel diz triste.

- Desculpa, não quis ser grossa. Eu falo assim, mas na verdade, na hora eu abri um sorriso de mais de um quilômetro - digo sorrindo. - Ele estava até gaguejando.

- Eu queria ter visto isso - Rachel diz rindo também. - O que você sentiu?

- Então, eu já estava pensando no assunto porque assim que você saiu, Sally me puxou para o quarto dela para me emprestar um pijama e começou a conversar comigo sobre sentimentos... Nisso, eu percebi que gostava ainda mais do Percy do que eu realmente imaginava.

“Eu já estava acelerada e quando ele me abraçou eu fiquei mais tranquila, começou a falar todo gaguejando e perguntou se eu queria ser a namorada 'real oficial'“ - conto sorrindo lembrando.

- Que fofos - Rachel diz sonhadora.

- Eu achei que fosse explodir de felicidade!

Rachel sorri. - Estou tão feliz por vocês! Mesmo eu já sabendo. Agora que vocês estão oficialmente juntos, queria saber se você gostaria de ser madrinha - Rachel diz colocando a mão na barriga. Abro um sorriso largo. - Não é nada religioso, é mais por consideração.

- Eu adoraria!

Rachel sorri aliviada e me abraça. - Obrigada Annie!

- Não tem o que agradecer, eu vou adorar! - digo feliz.

Rachel e eu voltamos ao trabalho e poucos minutos depois Percy chega com duas sacolinhas. Ele coloca em cima do balcão e Rachel pega uma sacolinha rapidamente. Pego meu lanche e organizo a mesa para que eu possa comer sem sujar muito. Percy vem para traz do balcão e se senta ao meu lado.

- Olá! - ele diz sorrindo.

- Oi - digo e dou um selinho nele.

- Tenho novidades - ele diz animado.

Rachel faz sinal para ele continuar a falar e eu olho-o curiosa. - Aprovaram o meu projeto!

- Isso é maravilhoso, Percy! - digo alegre. - Mas qual é o projeto? Você não quis falar.

- Um dia antes do Ação de Graças, nós vamos fazer uma feira de doação de animais, no Central Park!

- Que legal! Parabéns - digo o abraçando. - Um projeto muito lindo, Cabeça de Alga.

- Obrigado - ele sorri e me aperta. Rachel continua mastigando seu lanche e faz uma joinha e um sinal de espera.

- Parabéns Percy! - ela diz animada depois de engolir. - Mas não vai estar muito frio?

- Vai, porém vão disponibilizar uma tenda e vai ser o suficiente. Nossa, mal posso esperar. - ele diz sonhador.

- Estou feliz por você - digo o olhando nos olhos. Ele se aproxima e me um beijinho de esquimó. - Eu amo quando quando você faz isso.

Ele sorri. - Digo o mesmo. - Percy me dá um selinho demorado e encosta a testa na minha. - Eu amo ficar assim com você.

- Deuses, vocês se viram sábado - Rachel resmunga.

Percy e eu reviramos os olhos e ele se levanta.

- Estou cheio de trabalhos para fazer, daqui a pouco venho falar com vocês. Ah, Annie, fale para a Rachel sobre a viagem... - ele diz saindo de traz do balcão e vai até a mesa que está acostumado.

- Que viagem? - Rachel pergunta.

- Nós estávamos pensando em levar Helena à Disney, aí achamos que seria legal se você fosse também! - digo animada.

- Tem certeza? Quer dizer, eu vou estar de intrusa no meio de vocês dois - Rachel diz sem jeito.

- Claro que não! Vai ser divertido!

- Se não houver problema eu vou, mas se vocês forem ficar com esse melo todo vou me negar a ficar perto.

- Não vamos ficar com melo, juro juradinho - faço um 'x' com dois dedos e beijo.

- Então está combinado! - Rachel sorri e Percy nos olha. Faço sinal para ele confirmando e ele sorri. O sorriso dele me faz derreter e eu volto ao trabalho.

 Primeiro quase ' Eu te amo'.


Notas Finais


O que acharam?
COMENTEM E DEEM FAVORITOS! Me incentiva demais!!!!!!!
LEITORES FANTASMAS, EU AMO VOCÊS TAMBÉM, MAS DAR UM 'OI' É LEGAL!
Sério, acho que vou ficar com diabetes escrevendo sobre esses dois, MEO DEOS!
Sally é a melhor pessoa ever! Mano, eu amo essa mulher! 💙💙
Atena é muito a minha mãe, na real. Eu hein.
Heleninha 💙💙💙 Ai que sdds que eu tava dela!
Gente... Então, eu comecei a trabalhar e to muito sem tempo, estou escrevendo pelo celular sempre que tenho horinha vaga, isso que eu ainda tenho que estudar pro vestibular, sendo assim, me avisem se tiver algum erro drástico. É uma 💩 postar pelo celular.
Amo vocês!

Beijinhos azuis e amarelos! <3 <3 <3


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