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História Primeiros - Magricela


Escrita por: Red_Tomato

Notas do Autor


Oi Tomatinhos! Tudo bem com vocês?
Demorei um tiquinho para postar... sorry, mas eu estou com o tempo muito corrido e o emocional bem na merda, o que teve como consequência um ser sem vontade alguma de escrever pelo celular e passar nervoso, fora que eu começava a escrever me pc depois de fazer tudo o que tinha a ser feito e bum! eu pegava no sono...
Enfim, ta aí o cap! Espero que gostem!!!!!!!!!

Capítulo 15 - Magricela


Fanfic / Fanfiction Primeiros - Magricela

ANNABETH POV

Ao atravessar o corredor que liga o avião ao aeroporto sinto tremenda animação. Faz pouco tempo que não vejo meus pais, mas eu sinto muita falta deles, afinal, eles estavam sempre comigo. 

Assim como as outras semanas, esta que se passou foi repleta de trabalhos. O que difere é que Percy e eu estamos assumidos como um casal e tentamos ao máximos não sermos muito melosos um com o outro, não é muito difícil, pois quase não temos tempo para ficarmos juntos. Difícil é fazer com que Percy volte para casa todos os dias. Não vou negar que eu amo quando dormimos juntos, mas ele ainda tem uma casa e principalmente uma irmã que espera por ele, temos também a opção de eu dormir lá, mas como Sally já fica atarefada por ajudar Helena, acredito que mais uma pessoa para ela se preocupar só atrapalharia, não que eu necessitasse de ter atenção, mas eu já percebi que Sally quer dar atenção a todos e eu não queria deixá-la ainda mais preocupada. Sendo assim, acabei vendo Percy somente na universidade, além de hoje que ele me trouxe ao aeroporto, nos despedimos com pequenos beijos e assim eu segui até o salão de embarque, é apenas um final de semana. 

Assim que chego na saída do aeroporto vejo minha mãe, meu pai e inclusive Piper, encostados em um carro. Minha mãe e meu pai vem em minha direção e me abraçam. 

- Filha, que saudades! – meu pai diz emocionado. 

- Pai, foi só por dois meses – digo rindo.  

- Não posso ter saudade da minha filha?  

- Claro que pode.  

- Será que a melhor amiga pode ganhar um abraço também? – Piper pergunta sorrindo e meu pai e minha mãe se afastam. – como você está? 

A abraço. – Muito bem e você? 

- Bem também, precisamos conversar – a última parte ela diz séria. 

- Digo que quero participar desta conversa também – minha mãe se manifesta.  

- Posso participar? – meu pai pergunta perdido.  

- É conversa de garotas, querido, mas tenho certeza que em breve você vai poder ter uma conversa – minha mãe diz acariciando o ombro de meu pai. 

- Como assim? – meu pai indaga. 

- Estou cansada da viajem, por que não vamos pra casa? – pergunto desviando do assunto.  

Eles assentem, minha mãe e Piper sussurram juntas – Você não vai escapar dessa conversa. – reviro os olhos e entramos no carro. 

Durante o caminho de casa converso com eles sobre como estão as coisas na universidade e sobre como está a gravidez de Rachel. Minha mãe começa a dar palpites de que é menino, pois o modo de como está o começo da gravidez indicam de que é um menino, digo que prefiro esperar para saber depois, pois acredito que seja relativo, porém quem sou eu para dar alguma opinião? Afinal, nunca fiquei grávida e nem pretendo, pelo menos até eu me manter estável financeiramente após o término da universidade. Aí vocês perguntam: “Mas como sua mãe sabe a diferença entre gravidez de menino e gravidez de menina?”  Bem, para minha mãe ficar grávida de mim teve que se submeter a alguns tratamentos por um problema que ela teve em dificuldade em engravidar, a gravidez que mais foi para frente antes de eu nascer foi de um menino. Durou 6 meses. Fiquei sabendo sobre isso há alguns anos atrás, nem lembro o porquê, mas foi meu pai quem me explicou. Segundo ele, agora a minha mãe não sente mais tanto, mas ele disse que ela chorava sozinha e quando estava grávida de mim passou a gravidez com medo. O importante é que agora está tudo bem. 

Ao chegarmos em casa, corro até meu quarto e me jogo na cama, viajar de avião é extremamente cansativo. Assim que fecho os olhos minha mãe e Piper entram no quarto como dois furacões. Minha mãe se senta numa poltrona que eu tenho ao lado da cama e Piper senta em minha cama. 

- Agora você vai ter que contar tudinho – minha mãe diz tentando esconder a animação.  

- Deixem-me dormir só um pouco – resmungo. 

- Ah não Annie! Conta logo! Aposto que a Rachel já sabe – Piper reclama.  

- Não comece – digo séria. Desde que Rachel e eu nos tornamos amigas, Piper ficou ainda pior que Thalia com relação ao “ciúme”.  

- Então fale logo, Annabeth. Fiquei a semana inteira esperando! – minha mãe diz ansiosa.  

- O que vocês querem saber? – pergunto cansada.  

- Vocês estão namorando? – Piper vai direto ao assunto. 

Olho para as duas e rio. – Sim.  

Digo somente isso e me deito para dormir, fecho os olhos.  

- Como assim, Annabeth!? Conte os detalhes agora! – minha mãe diz nervosa.  

- Nossa, Annabeth, nem contou para mim que sou sua amiga – Piper diz chateada.  

- Vocês são muito dramáticas, o que querem saber? – digo de olhos fechados tentando dormir.  

- De tudo, desde quando vocês estão juntos até antes do namoro – minha mãe começa a falar e logo para. – Deuses! Vocês já fizeram aquilo?  

- Com toda certeza já – Piper diz calma e ri. 

- Piper! – digo abrindo os olhos e dou um leve tapa em seu ombro.  

- O que foi!? Vai me dizer que não?  

- Me diga que se protegeram – minha mãe diz com as mãos nos olhos. 

- É claro!  

- Então vocês fizeram mesmo? – pergunta numa mistura de curiosidade e preocupação. Confirmo com a cabeça timidamente. Minha mãe tentava conversar sobre coisas do tipo comigo, mas por eu ser um pouco tímida com relação ao meu íntimo, eu acabava desviando do assunto. 

- Você está tomando seu remédio direito, certo? – minha mãe pergunta.  

- Sim, mãe.  

- Converse comigo, Annabeth! Como foi?  

- Ai mãe! Não vou ficar falando sobre como foi! É constrangedor. – digo nervosa e sinto minhas bochechas queimarem. 

- Mas eu sou sua mãe!  

- E eu não vou falar sobre o que eu faço com o meu namorado dentro de um quarto. Deuses, isso é horrível – chacoalho a cabeça me livrando de alguns pensamentos. Como por exemplo a minha mãe comentando sobre o que ela faz...  

- Acho que eu não quero saber mesmo – minha me fecha os olhos e chacoalha a cabeça, certeza que ela pensou na situação. Ai que constrangedor.  

- Então... Saindo desse assunto, como foi que ele pediu? – Piper se pronuncia ao perceber que ficou um clima meio estranho.  

Sorrio um pouco ao lembrar. Vai ser sempre assim? Sorrir igual uma boba apaixonada? 

- Está sorrindo – Piper diz com aquela voz que fazemos quando achamos algo fofo. Ela faz muito isso. 

Minha mãe se ajeita ansiosa na poltrona, esperando que eu comece a falar.  

- Bem, creio que parte da razão por termos começado, é a Sally. Acho que assim como eu, ele também tinha medo de estarmos indo rápido demais, então ela nos chamou para conversar um por vez. Depois que ela conversou comigo, fui até o quarto do Percy, pois já era hora de dormir. Estávamos deitados e ele começou a falar gaguejando, eu percebi que ele estava nervoso, assim ele perguntou se eu queria ser a namorada dele e eu aceitei – conto suspirando e olho para minha mãe, ela está com uma cara de boba e Piper está com um sorriso enorme. 

- Vocês vão falar alguma coisa ou eu posso dormir? – pergunto. 

- Vai dormir não! Me conte tudo! – minha mãe fala animada. Deuses, perece adolescente. – O que você sente por ele? 

- Ah, não sei explicar – digo esfregando o braço. 

- Sabe sim, você falou naquele dia lá, pode falar agora – Piper diz apressada.  

- Todo mundo já sabia menos eu!? – minha mãe reclama. Olho feio para Piper. 

- Na verdade, as pessoas foram descobrindo sozinhas – digo. – Não sei explicar direito o que eu sinto, porque eu nunca senti tudo isso antes. Eu olho para ele e tenho uma vontade imensa de sorrir, ficar perto dele me deixa relaxada como se ele pudesse me proteger sempre que possível e eu sinto meu coração se aquecer. – tento explicar de olhos fechados. O problema é que aquela dúvida que eu estava voltou e não sei ao certo se isso que eu sinto é o suficiente, ele faz tudo que pode para me ajudar, enquanto eu fico sempre nas palavras... 

- Está toda apaixonada, mas pela sua cara tem alguma coisa lhe incomodando – minha mãe diz.  

- É que eu não sei se é suficiente, ele tenta tudo o que pode para me ajudar e eu só falo. Quase disse que o amo, mesmo nem sabendo o significado... ‘Amar’ é uma palavra tão comum de se dizer que eu tenho medo de ser em vão, mesmo sabendo pelo menos um pouco o que eu sinto.  

- Annie, se você acredita que deveria ter falado na hora, não vejo problema, o que vale é intensão que você coloca ao falar, você que sabe se é em vão ou não. A diferença entre amor e paixão eu não sei explicar muito bem, minha mãe saberia dizer, mas eu sou uma pata quando se trata de definir cada um... – Piper fala.  

- Filha, não ache que o que você faz é pouco, porque você faz o que está ao seu alcance e com relação ao dizer que o ama é complicado, o amor não tem definição e eu demorei muito para entender. A paixão é algo que você só consegue ver as coisas boas, você não vê os defeitos, não de modo ruim, mas pelo fato de que você fica tão apaixonado que acaba escondendo os defeitos-pelo menos para mim- Afrodite que me ajudou com relação a coisas assim. Se você consegue ver que Percy também tem defeitos e aceita conviver com eles então eu acho que você está mais próxima de um amor do que de uma paixão. – minha mãe explica calma. Afrodite, mãe de Piper, é amiga de escola da minha mãe. – Assim como eu, você é uma pessoa mais racional e temos que deixar a racionalidade e a lógica de lado às vezes.  

- Acho que entendi, um pouco – digo pensativa.  

- Não precisa esconder o que sente Annie, se você ainda tem dúvidas então espere mais um pouco para ter mais certeza; se você têm certeza do que sente então não precisa se privar em dizer. – minha mãe fala calma.  

Fico pensativa por alguns segundos, eu sempre fui boa na lógica e em decidir as coisas mais com o racional do que com o emocional, agora o sentimento prevalece, não há racional, não há algo que nos impeça de ficarmos juntos, apenas o que eu sinto e o que ele sente. 

Sorrio para minha mãe e para Piper, não sei muito o que responder além de um ‘obrigado’. Minha mãe decide que vai ajudar meu pai na cozinha, estamos próximos ao horário do jantar.  

Piper suspira triste é fecha os olhos.  

- O que foi? – pergunto. Cruzo as pernas e fico senta-se de frente para Piper. 

- É que eu vejo você é o Percy começando uma relação podendo ficar juntos enquanto eu mal vejo ou falo com o Jason.  

- Piper, não compare relações que começaram em momentos diferentes, você e Jason estão juntos há praticamente dois anos e você que escolheu ficar aqui, suas notas eram suficientes para entrar na Columbia – eu sou péssima em dar conselho amoroso, então eu só consigo dizer a verdade, Piper não quis ir à Nova Iorque. Também entendo que ambos estão muito atarefados, portanto não têm mais muito tempo para se falarem. 

- Eu sei – ela suspira. – mas agora está pior do que no ano passado, eu também estou muito ocupada e ainda mais por causa do fundo horário nós quase não nos falamos. Até a Thalia que estava em Nova Iorque mal falou com ele, o apartamento que ele está morando é menor do que o apartamento do Nico e não deu para Thalia ficar de hóspede lá. 

- Foram poucas as vezes que eu encontrei o Jason, a última foi semana passada na festinha da Helena e nós não nos falamos muito, ele conversou mais com o Nico e com o amigo dele, o Leo. Não fique assim, logo o dia de Ação de Graças chega e ele virá à São Francisco – digo tentando acalmá-la.  

Piper suspira. – Eu sei que seria ainda mais difícil depois que eu entrasse na universidade e ainda só faz dois meses que estamos assim....  Ainda tem mais três anos para ficarmos distantes, não sei se vou conseguir, Annie – ela respira fundo e se joga para trás. 

- Eu não sei o que falar, mas acho que vocês não deveriam ficar pensando muito, sei que você sente saudades, mas não vai adiantar você ficar numa deprê dessas, vocês vão se ver logo. – tendo acalmá-la.  

- Obrigada, Annie. – ela diz sorrindo.   

Piper e eu conversamos por mais um tempo, ela me explicou um pouco da reação de Zeus assim que Thalia chegou, rapidamente falando, não foi uma das melhores reações, principalmente quando a Thalia disse que voltariam à Amsterdam.

Por já ser tarde eu desisto de dormir e espero o jantar. Convido Piper para dormir aqui e ela aceita, durante o jantar minha mãe troca olhares comigo para que eu conte sobre o meu namoro para o meu pai, mas prefiro deixar para amanhã. Estou cansada para conversar sobre isso agora. Assim, passamos o jantar conversando sobre coisas aleatórias e novidades sobre o trabalho dos meus pais. Minha mãe começou alguns projetos públicos, ela é Arquiteta, mesmo tendo feito vários outros cursos; e meu pai está, como sempre, atarefado por tantos trabalhos na universidade. Ele é professor de história, além de historiador e pesquisador.

(...) 

 

Estava com meus pais num restaurante para almoçar. Meu pai pigarreia insinuando que quer falar algo, olho-o esperando ele começar a dizer. Minha mãe dá um tapinha no ombro do meu pai e ele a olha como se estivesse tímido.

- Então, filha – ele começa um pouco sem jeito. – Me fale mais sobre aquele seu amigo...

Olho para minha mãe, indignada. Não acredito que ela falou para ele, poxa, era para eu contar!

- Amigo...?

- É sabe... você pode me contar sobre essas coisas para mim também, Annabeth – ele diz mais calmo. – Se você acha que não está pronta para me dizer, tudo bem, não vou força-la a nada, mas saiba que pode me contar sobre o que se passa com você em relação às coisas mais “sentimentais”.

 

Fiquei um pouco surpresa por isso, meu pai nunca foi de me perguntar sobre questões “sentimentais”, ele nunca se importou muito com isso. Pelo menos nuca tocou no assunto.

 

- O que o senhor quer saber, exatamente? A mamãe lhe contou alguma coisa? – pergunto olhando para minha mãe, com a cara fechada.

- Longe disso, sua mãe não me disse nada com detalhes, eu só queria saber sobre o que anda acontecendo, o máximo que eu sei é que fez dois amigos e a Rachel, está grávida.

- O senhor quer saber se eu estou me envolvendo com alguém? – pergunto com cautela.

- É... – ele solta o ar.

- Eu iria contar depois do almoço, mas já que tocou no assunto, eu estou namorando – cubro meu rosto com o cardápio.

- E você fala assim? – ele diz um pouco nervoso. – Nossa Annie, eu sou seu pai e você nem sequer falou que estava namorando, e o rapaz?

- Eu não falei porque não faz nem um mês que nós estamos namorando. O rapaz é o Percy...

- O primo da Thalia que virou seu amigo?

- Sim....

- E ele acha que pode começar a namorar minha filha sem conversar com o pai antes? – não consigo entender se meu pai diz brincando ou sério.

- Pai, é namoro, não casamento...

- Mas para namorar a minha filha tem que ter a minha autorização – juro que agora não consigo mais entender o tom que meu pai está usando. Ele não está falando sério... ou está?

- Está brincando, né? – pergunto rindo nervosa. Minha mãe olha para meu pai tentando entender aonde ele estava querendo chegar.

- Não, quero saber se esse menino é digno de namorar minha filha ou acha que é assim fácil? – não acredito que isto está acontecendo, meu pai nunca se mostrou um pai ciumento ou se preocupou com coisas do tipo,

- Frederick, não há necessidade para tanto... Claro que Annabeth deveria ter nos falado antes, mas não precisa de tanta seriedade – minha mãe diz calma. Me surpreendi, nem parece a mesma pessoa que falou comigo semana passada pelo telefone. 

- Claro que precisa, Atena, é a nossa filha e nunca namorou, como vamos saber se ela não está se envolvendo com alguém de má índole? – me pai responde sério. Realmente, eu não estava esperando por isto, não achei que meu pai agiria desta forma.

- Pai, o Percy não é uma pessoa de má índole, não precisa agir assim – digo tentando acalmá-lo.

- E quem me garante?

- Ele é primo da Thalia.

- Se ele fosse uma boa pessoa, não acha que ela teria falado sobre ele?

- Você está criando caso onde não há necessidade, não sei porque a Thalia não me falou, isso não vem ao caso, ela não criou muitos laços com a família...

- E nem a Piper?

- Meus deuses, pai! Que paranoia... – reclamo. – Thalia teve um motivo para não falar e eu não vou ficar remoendo. Isso não quer dizer que Percy seja uma pessoa ruim, e se quer saber a mãe dele é a Sally Jackson, simplesmente a minha escritora favorita.

- Sua mãe comentou sobre isto, quero saber sobre ele e não sobre a mãe – começo e pedir aos deuses pela minha mãe não ter falado nada sobre eu ter dormido com o Percy semana passada e nos outros dias. -, vamos, Annabeth, comece a falar sobre ele...

Reviro os olhos e olha para a minha mãe, ela está olhando espantada para meu pai, creio que nem ela esperava esse tipo de reação.

- Ele está no quarto semestre de veterinária e gosta mais dos animais marinhos, tem pais separados que convivem normalmente e tem uma meia-irmã de cinco anos.

- O que mais?

- O que quer que eu diga? – pergunto sem entender.

- Como ele é? Quero saber sobre o temperamento... – meu pai cruza os dedos em frente ao rosto apoiando os cotovelos na mesa. Vejo minha mãe revirar os olhos.

- Frederick, não há essa necessidade toda, em breve nós conheceremos o Percy e então você poderá conversar com ele – minha mãe diz tentando acalmá-lo.

- Quero ouvir Annabeth falar.

- Deuses, pai! Você só pode estar brincando.

- Não, não estou. Fale.

Bufo. – Ele é muito protetor com a família e amigos, gosta de estar presente em tudo e tenta ajudar sempre que as coisas estão em seu alcance, é muito inteligente naquilo que gosta, principalmente quando se trata de animais marinhos – tento explicar brevemente, não tem como descrevê-lo de outra forma. Quer dizer, tem, mas aí é muito mais para aquelas cenas de filmes de adolescente que as meninas suspiram ao falar dos meninos por quem estão apaixonadas.

Meu pai ajeita os óculos. – Quero conhecê-lo, vou ter uma boa conversa com ele.

- Nós não somos adolescentes – resmungo.

- Também não são adultos por completo, principalmente você, Annabeth – rebate.

Reviro os olhos. – Vamos combinar para quando vocês forem à Nova Iorque, para o dia de Ação de Graças.

 

Ao chegarmos em casa, vou direto para meu quarto me deitar um pouco. Meu celular toca e corro para atender.

 

*LIGAÇÃO ON*

- Olá, Sabidinha! – Percy diz animado.

- Olá, Cabeça de Alga! Como está? – sorrio.

- Estou bem e você? Como está sendo passar o fim de semana com seus pais?

- Estou bem também. Ah, está sendo bom, acho que vou sair com a Piper e com a Thalia para algum lugar hoje.

- E posso saber que lugar vocês vão? – Percy pergunta em tom nervoso.

- Não está bravo, não é? Pelos deuses, Percy, nós só vamos comer alguma coisa. Não há nada demais nisso e além disto, Thalia e Piper também têm namorado. Confia em mim.

- Em você eu confio, só não confio nos outros...

- Por favor, menos... não há nada demais e eu só vou comer com as minhas amigas, não gosto que tenha crise de ciúmes, ou acha que eu não percebo os olhares que você dá nos meninos que entram na biblioteca?

- Já viu o jeito que eles olham para você? – ele pergunta indignado.

- Olhar não vai matar, não precisa ficar enciumado – digo rindo. – O único olhar que eu quero receber é o seu... e se vai tocar nesse assunto, acha que eu não percebo as meninas te olhando?

- Eu só me importo com o seu também, Sabidinha... não acho que as meninas ficam me olhando.

- Ah, mas elas ficam e recebem o meu de volta, você é MEU namorado – digo lembrando das meninas que ficam olhando descaradamente para Percy.

- Para quem acabou de me dizer para não ficar enciumado, você também não gosta que fiquem me olhando...

 

Fico muda, o que vou falar agora? Deuses, não sou ciumenta, mas não quero galinha ciscando no meu terreno-isso soou muito possessiva, credo.

 

- Sabidinha? – Percy chama.

- Oi, desculpa, estava pensando...

- Pensando?

- É... acho que sou mais ciumenta do que esperava, não quero meninas dando em cima de você...

- Não vai ter, e se tiver, não terão minha atenção. Você é a única para mim, Annabeth, e digo o mesmo com relação aos caras que ficam te olhando.

Sorrio. – Não dou a mínima atenção à eles, fique tranquilo.

 

(...)

 

Percy e eu passamos quase a tarde inteira conversando pelo celular, decido não comentar sobre o meu pai ficar enciumado, assim não o deixo nervoso. Não vi minha mãe e nem meu pai, do jeito que minha mãe é, devia estar tendo uma longa conversa com o meu pai sobre a leve crise da hora do almoço, ela me assegurou de que conversaria com ele. Continuo não entendendo o porquê dele ter agido daquela forma, nunca foi um pai que demonstrasse ciúme e muito menos que fosse rígido com alguma coisa, tipo seguir as regras “tradicionais” em ser apresentado ao namorado da filha antes mesmo de eles começarem a namorar “sério”.

Estive pensando em como será no dia de Ação de Graças, será que seria uma boa ideia Sally e Paul almoçarem comigo e meus pais? Acho que seria uma boa ideia para meus pais conhecerem parte da família de Percy.

Thalia, Piper e eu fomos à um café, a noite, conversamos sobre diversos assuntos e Thalia me contou sobre como foi quando apresentou Luke a seu pai e sobre quando disse que se mudaria para Amsterdam depois da festa de Ano novo; resumindo, Zeus ficou bravo com Thalia e reclamou da escolha que ela fez, ele conversou com Luke, que explicou sobre seus planos com Thalia e conseguiu com que Zeus ficasse mais flexível quanto ao namoro dos dois, entretanto, não conseguiu fazer com que ele concordasse com a mudança de Thalia para Amsterdam, por mais que ela seja maior de idade e não ligasse para o que seu pai diz, Luke não queria fazer as coisas sem o consentimento de Zeus, o que deixou Thalia chateada.

 

Ao chegar em Nova Iorque, no domingo, fui direto para meu apartamento. Aproveitei que estava livre e fiz uma breve limpeza, por não ter muito tempo durante a semana, ele acaba ficando um pouco bagunçado.

 

NARRADOR POV

Faz duas semanas que Helena saiu do hospital. Entretanto, Sally a avisou que não pode brincar muito de coisas que fazem correr ou algo do tipo, por causa do braço que ainda está engessado e das costelas que estão se curando. Depois Helena chegou na escola, foi até a sala seguindo as outras crianças. Ficou chateada pela professora ser um pouco brava e passou lição para aprenderem a ler e a escrever, quando chegou a hora do intervalo, ficou sentada numa mesa de canto, olhando as crianças. Ela queria estar ali, correndo e brincando, mas devia seguir o pedido de sua mãe. Também pensava que queria estra em casa brincando com suas bonecas e coisas de princesas. Descobriu durante a semana que vai fazer uma breve viajem durante as férias, ainda não sabe para onde, mas ficou feliz por saber que vai com Percy, Annabeth e Rachel. A pequena se afeiçoou muito à Annabeth, ela perguntava sempre sobre a jovem e quando estavam juntas, Annabeth sempre se dispunha a brincar com ela. Ainda não entendia direito como funcionava esse lance de namorar, não conseguia entender por que eles agiam parecidos com seus pais mas não moravam juntos e não tinham um bebê. Falando em bebê, ela estava se acostumando com a ideia de que as crianças vinham de dentro de uma mulher e quando descobriu que Rachel estava grávida, primeiro ela ficou brava porque achou que Rachel havia comido uma criança, mas depois ficou muito feliz e falava sobre tudo que iria fazer quando o neném nascesse.

 Uma moça bonita se aproximou de Helena, o cabelo dela é muito liso e comprido, tem cor de bala de caramelo, assim como seus olhos. Ela é muito linda e não parece ser muito velha.

 

- Olá, Helena – ela diz sorrindo.

- Oi.

- Como está? Não quer brincar com as outras crianças? – ela se senta no banco ao lado de Helena.

- Eu ‘tô bem, mamãe disse que não posso brincar assim por causa dos meus machucados.

- Entendi, você pode ficar comigo, vamos esperar o faz tudo que vem para arrumar uma sala de música. Quer?

- Quero! – Helena diz animada. Sente que conhece esta moça de algum lugar. – Como é o seu nome?

- Calipso, mas pode me chamar de Caly – ela sorri.

- ‘Tá bom.

 

As duas seguem até a recepção da escola para esperar a pessoa que fará os ajustes. Calipso vai até o banheiro e assim que sai, Leo, amigo de Jason, entra na escola.

 

- Tio Leo? – Helena pergunta curiosa.

- Oi, Helena! Não sabia que estudava aqui! – ele diz animado e se agacha para ficar na altura dela. Ele ficou muito surpreso e feliz por ter encontrado Helena, ele gostou muito da garotinha.

- O que você veio fazer?

- Eu ajudo meu pai na empresa dele de vez em quando. Esse é o meu trabalho.

- Você vai arrumar a luz da sala de música?

- Vou, além de arrumar um projetor antigo. Agora, onde está a responsável para me levar até a sala?

- Oi? – Calipso indaga ao chegar. Fica nervosa ao ver um estranho conversando com uma criança dentre de “sua escola”. Ela também não deixa de perceber que é um tanto “bonitinho”, seus cabelos encaracolados e pretos lhe dão um ar divertido, tem jeito de ser uma pessoa divertida, mas ela prefere manter a pose.

- Ah, oi. Sou o faz tudo – Leo se levanta e estende a mão para Calipso. Ele sempre foi de se apaixonar muito rápido pelas meninas de sua escola, agora, um pouco mais velho ele não sente mais isso, no máximo uma atração quando a menina é bonita, acontece que Calipso lhe passa uma sensação diferente, ela não aparenta ser muito velha, porém o ar de superioridade e seriedade que ela passa, a faz parecer mais velha. Ele fica admirado por ela, mas decide seguir as regras de seu pai e não se envolver com clientes, por mais que ele adore conversar. Calipso abraça Helena protetoramente, ela sente que não deve ser bom um estranho falando com uma das crianças. - Vamos até a sala.

- Tudo bem.

- Tio, faz aquela coisa de novo!? – Helena pede se lembrando da noite quando Leo foi à sua casa na semana passada junto com Jason, apenas para uma visita.

- Falar espanhol? – ele pergunta rindo. – Você gostou muito mesmo, vou lhe ensinar a falar. Quer?

- Quero!

- Na próxima vez que nos vermos eu lhe ensino. – Helena sorri animada.

- Não quero ser grossa ou desrespeitosa, mas é do seu feitio fazer amizades com crianças quando vai trabalhar? Porque é meio estranho – Calipso diz séria. Algo naquele homem lhe atrai, só não sabe o que. Ele não é do tipo galã, é bem magro e suas mãos parecem ser um tanto calejadas, de um jeito que Calipso nunca se sentiu atraída.

- O tio Leo é amigo do Jason e do Percy

- Seu primo e seu irmão?

- Aham.

- Ah, me desculpe.

- Não se preocupe, muchacha – Leo diz sorrindo. Ele acaba falando em espanhol sem querer.

Leo é uma pessoa que dificilmente  está demonstrando tristeza, então lida com as coisas na brincadeira, não tudo, há momentos que pedem para ser sérios.

- Não me chame assim – Calipso diz séria. Helena olha para Leo esperando sua reação.

- Desculpe-me, sai sozinho de vez em quando. Você é muito séria.

- Sou profissional, você veio prestar um serviço para a escola e eu devo recebe-lo devidamente, assim como outros funcionários que vêm.

Os três seguem em silêncio. Helena não entende porque Calipso é tão séria, para ela, Leo é a pessoa mais divertida que ela conhece e queria que Calipso pudesse ver isso também.

Assim que chegaram a sala de música, Leo pegou algumas ferramentas em seu cinto e começou a fazer seu trabalho. Ficou focado nos fios, ele tentava esquecer a menina dos cabelos caramelo, mas a forma séria que ela tem o deixou impressionado, ela é intrigante.

- Tia Caly, por que você está séria? – Helena pergunta curiosa.

- Estou séria porque eu tenho que ser, meu pai não gosta de gracinhas no ambiente de trabalho.

- Seu pai?

- Meu pai é dono e diretor da escola – ela explica calma.

- Nossa.

- Mas eu vou contar um segredo, não gosto de ajudar aqui na escola, quero abrir uma floricultura ou um café.

- Que legal! Floricultura é onde vende várias flores, né?

- Sim...

- Você pode abrir uma floricultura com um café junto – Leo diz mexendo em algum fio.

- Não é uma má ideia, mas é muita coisa, um por vez... – Calipso diz pensativa, começa a imaginar como seria o local, nome, cores.

- Pode ser também.

- E você? Há quanto tento trabalha como faz tudo? Você me parece novo.

- Na verdade eu só ajudo de vez em quando, a empresa é do meu pai e quando todos os funcionários já estão ocupados eu me ofereço para ajudar.

- E o que faz de verdade?

- Faço faculdade de Engenharia Civil e pretendo fazer alguma complementação depois, algo relacionado à tecnologia.

- Caramba, você deve ser um gênio! – Calipso diz impressionada. Ela nunca foi a melhor aluna da escola e não gostava muito de coisas relacionadas aos números.

Ele ri sem jeito. – Obrigado, mas não é para tanto.

- Comparando com alguém como eu que tem como foco na vida abrir uma floricultura ou um café, você é sim um gênio.

- Não se compare à mim, até porque você é um gênio das flores e em cozinha, quer dizer, eu não sei, mas se você tem essa vontade é porque deve ser boa no que faz. Por que não fez um curso de botânica?

- Porque eu estudei por conta própria, não tenho diploma, mas li muitos livros sobre o assunto desde os 12 anos.

- Viu só! Um gênio. Autodidata!

- O que é autodidata? – Helena pergunta confusa.

- Quando a pessoa tem a capacidade de aprender sozinha sobre alguma coisa – Leo responde terminando o serviço.

- Ah.

- Acho que agora está bom – ele diz acendendo as luzes. – Onde está o projetor?

- Está ali atrás – Calipso diz apontando para umas caixas. – Vou lhe ajudar.

- Não precisa, pode deixar que eu pego – ele arregaça as mangas.

- Certeza? É um pouco pesado e bem, você não me parece ter um corpo forte – de alguma forma, ele fez com que ela esquecesse da seriedade profissional que seu pai havia pedido e não conseguiu segurar a vontade de brincar com o faz tudo.

- Está me chamando de magricela? Gata, magricela é o novo gostoso pra dedéu – ele diz tentando levantar a caixa. Ela ri e revira os olhos. Leo se sente feliz por ter a deixado mais relaxada com o ar sério e profissional mais de lado.

- Então, senhor “gostoso pra dedéu”, levante esta caixa – ele tenta levantar, mas a caixa sai apenas alguns centímetros do chão. Ele queria tentar impressioná-la, porém sua força muscular não é de grande ajuda.

- Acho que vou precisar de alguma ajuda, será que você pode chamar alguém? 

- Não precisa chamar, eu posso ajudar – Calipso se aproxima dele. Ela queria poder ajudar e não se considerava uma pessoa fraca, afinal, ela levanta sacos e vasos de terra quase todos os dias em sua casa.

- Claro que não! É pesado para você.

- Espero que você não esteja falando isso só porque eu sou mulher.

- Não, claro que não. É só que... –Leo responde sem jeito.

- Que...

- Você me parece ser muito delicada...

- E você é um magricela!

- Se você insiste, então venha me ajudar.

 

Eles levantam a caixa juntos e levam até o carro de Leo. Helena ficou esperando na recepção. Assim que eles colocaram a caixa no porta malas, a pulseira de Calipso enrosca na camisa de Leo, desajeitadamente eles tentam soltar, mas acaba rasgando a camisa bem na frente. O rasgo foi um pouco grande por causa da força que fizeram para soltar a pulseira, o que fez com que parte do corpo dele aparecesse, o que impressionou Calipso, ele é magrelo, mas pelo pouco que viu, percebeu que ele é um tanto definido. Ela cora ao perceber que ficou tempo demais olhando.

 

- Me desculpa, você tem alguma outra camisa no carro? Me dê esta, vou costura-la rapidamente – Calipso diz nervosa.

- Não se preocupe, hija. Eu vou direto para meu apartamento, vou jogar esta fora, não vai fazer muita falta – Leo diz calmo e acha fofo ver a garota se preocupar.

- Tem certeza? Eu costuro de um jeito que nem vai parecer que foi rasgada – ela diz passando as mãos uma na outra.

- Certeza. Não se preocupe... – ele sorri confiante. De fato, para ele aquilo não era nada demais, vivia rasgando a roupa ou queimando (nem queiram saber como), caso ele conseguisse costurar, o que era raro porque era horrível em afazeres domésticos, a camisa acabava virando pano de chão ou camisa de ficar fazendo nada largado no sofá num domingo à tarde.

 

- Se você diz. Vou voltar para a escola, então. Até algum dia – Calipso diz tentando não gaguejar por causa do nervosismo enquanto anda para trás. O problema é que ela esquece da calçada e acaba tropeçando, Leo a segura pelo braço e a puxa, evitando que ela caia. Eles ficam se encarando por um tempo e quando voltam ao normal Calipso sai andando rapidamente para a escola.

 

- Tia Caly, ‘tá tudo bem? – Helena pergunta ao ver que Calipso não estava com uma aparência tão calma.

- Ah, sim. Claro, querida! Vou levá-la até a sala de aula, já passou do horário do intervalo.

 

 

PERCY POV

 

Durante o dia percebi que Annabeth estava mais pensativa do que o normal, na verdade, ela está assim durante a semana inteira. Ela disse que não era nada demais e Rachel não quis me dizer o que estava acontecendo, com toda certeza ela sabe o que está acontecendo.

Conversei com a minha mãe e com o Paul sobre a ideia de convidarmos Annabeth e seus pais para o dia de Ação de Graças, eles adoraram, agora só falta fazer o convite. Mal posso esperar para conhecer os pais de Annabeth, devem ser boas pessoas e torço para que o pai dela não seja muito duro com relação ao namoro, caso contrário não sei o que fazer, estou quase certo que amo Annabeth... tenho medo de ser rápido, mas é como minha mãe diz, sentimentos são relativos e não temos que usá-los com a lógica temporal, e sim com a intensidade do que sentimos, achei confuso, mas depois eu fui entendendo melhor. Na verdade, gosto mais de demonstrar do que falar, vejo muitas pessoas dizendo “eu te amo” em vão. Me sinto feliz quando vejo que algo que eu fiz  deixou Annabeth com um enorme sorriso no rosto ou quando nós ficamos abraçados somente sentindo um ao outro, sem falar nada.

 

- Annie, não vai me falar o motivo de estar tão pensativa? – pergunto enquanto saiamos do prédio da universidade.

- Não é nada... fique tranquilo – ela diz calma mas sei que está só tentando parecer.

- Fala logo, Annie! – Rachel resmunga. – Nem é algo tão drástico assim.

Annabeth olha raivosa para Rachel que revira os olhos e nos dá um aceno de despedida.

- Conversem aí, vou embora porque meu pai já está começando a me mandar mensagens. Beijos!

Paro em frente a Annabeth, evitando que ela ande.

- Percy! Vamos, saia da frente!

- Não, até você me falar o que está acontecendo!

- Não vai ceder?

- Não.

- Nem eu, então me deixe passar. É coisa boba, posso resolver sozinha.

- Se é coisa boba, então me fale! Poxa Annie, sou seu namorado, quero ajudar.

Ela respira fundo. – Você é extremamente teimoso, sabia?

- Sabia. E você é ainda mais do que eu. Agora, por favor, me explique o que está acontecendo, vai que eu consiga ajudar.

- Meu pai teve uma leve crise de ciúmes quando ficou sabendo que eu estava namorando.

- E...? – pergunto com medo da resposta.

- Ele queria não ter sido praticamente o último a ficar sabendo e preferia ter me dado uma autorização para namorar depois de conhecer você e ver se é ou não uma pessoa boa.

Travo, não pode ser sério isso. Eu já estava nervoso, agora estou ainda mais. E se o pai de Annie não me aceitar? Achar que eu não sou bom para a filha dele?

- Você acha que ele não vai gostar de mim? – pergunto nervoso.

- Claro que não! Quem que não consegue gostar de você? Eu só fiquei pensativa porque por mais que eu ache que não tem como ele não gostar de você, eu me surpreendi tanto com a atitude dele que eu espero qualquer coisa, agora.

- Puts, e agora?

- Não vou me separar de você só por causa de um piti do meu pai... – Annie diz com firmeza e coloca as mãos em minhas bochechas.

Sorrio. – É por isso que eu te amo. – Annabeth arregala os olhos e então eu percebo o que acabei de falar, foi sem querer, tão natural como respirar. Eu simplesmente falei, não em vão ou da boca para fora, mas é o que eu sinto, sabe quando você come alguma comida maravilhosamente boa e a única coisa que consegue falar é “ual”, então, foi quase isso, não sei explicar.

Depois de alguns poucos segundos, Annabeth sorri e aproxima seu rosto.

- Eu também te amo – ela sussurra e me beija.

Cara, eu amo essa mulher!

 

Primeiro “eu te amo” <3


Notas Finais


Espero do fundo do coração que tenham gostado!
Eu não tava mais aguentando adiar esse Caleo... deuses! Amo muito esses dois!
Comentem o que acharam!!!!!! Favoritem também!!!!!!!! é um baita incentivo.
FANTASMINHAS, APAREÇAM!
Eu sempre esqueço o que falar nas notas, então... é isso aí!
Beijinhos azuis e amarelos <3 <3 <3


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