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História Primeiros - Bem-vindo


Escrita por: Red_Tomato

Notas do Autor


Olá, olá!
Como estão????
Não tenho muito o que falar...
Espero que gostem!

Capítulo 16 - Bem-vindo


Fanfic / Fanfiction Primeiros - Bem-vindo

ANNABETH POV

 

Hoje já é o dia da feira de doações de animais que Percy estava a planejar com um de seus professores. Estou muito animada, entretanto, não poderei acompanha-lo durante todo o dia, somente após sair da universidade, assim como a Rachel.

Acontece que o dia de Ação de Graças cai bem no meio da semana, ou seja, só não terei aula amanhã...

Está programado para que meus pais cheguem durante a madrugada, o que é bom, pois assim eles conseguem descansar um pouco. 

Mal posso esperar para o almoço de amanhã, combinamos de ir ao apartamento de Percy, já que lá é maior que o meu. Finalmente vamos ter nosso primeiro almoço em família quase completa (a família do Percy é muito grande). 

Ainda me preocupo com a reação do meu pai com relação ao meu namoro, minha mãe diz que ele não fala muito sobre o assunto e fica tenso quando ela menciona algo; Percy parece estar cada dia mais nervoso, por mais que eu tente tranquiliza-lo. Quer achar de todas as formas algum meio de fazer com que meu pai goste dele, pesquisou os times esportivos existentes em São Francisco (mesmo não gostando muito de esportes, tipo Baseball), pesquisou sobre coisas históricas relacionadas ao trabalho do meu pai e até procurou aviões de guerra para presentea-lo; fiz com que ele desencana-se de tudo isso, afinal, meu pai irá gostar dele pelo que ele é e não pelo que ele pode comprar. Não adiantou muito... contei para ele que nada seria pior do que quando Thalia apresentou Luke, ao seu pai, também não adiantou... deixei minhas tentativas de lado, vi que por mais que eu tentasse ele sempre voltaria a pensar no assunto. Ele enfiou até a Rachel, nos dramas e ela se irritou com ele semana passada (“hormônios da gravidez”, segundo ela), disse que se ele não calasse a boca ela arrancaria os lábios dele e depois costuraria de volta sem anestesia. Não vou negar que me assustei com a ameaça, mas depois ela comeu um bolo de chocolate e voltou ao normal. 

Quando o relógio já marcava quase 08:00pm. Rachel e eu chegamos ao Central Park, incrivelmente, conseguiram fazer com que não ficasse muito frio debaixo da tenda que montaram. Haviam alguns cercados que já estavam vazios, áreas com veterinários formados e alguns colegas de Percy, fazendo consultas rápidas e gratuitas; outros ajudando no preenchimento de formulário de doação; haviam algumas crianças pedindo a seus pais algum bichinho de estimação. Procurei Percy com os olhos, mas não o encontrava, talvez estivesse em algum lugar ajudando em algo.

- Será que os outros também vieram? – Rachel pergunta andando observando os animais.

- Que outros? – pergunto confusa.

- tia Sally, Paul, Nico, Will, Jason, Leo...

- Ah, não sei, acho que não. Sally e Paul já devem ter passado por aqui durante a tarde, Nico e Will provavelmente estão ajudando a Hazel com aquele trabalho de artes que o Will comentou e Jason e Leo é meio duvidoso, não tem muita necessidade de eles virem até aqui...

- Verdade. Será que tem algum carrinho de cachorro quente por aqui? – Rachel passa as mãos pela barriga.

- Deve ter. Desejo?

- Muito, vou procurar algum, já volto... – Rachel sai em disparada a procura de algum carrinho de cachorro quente.

Decido andar por entre os cercados com cachorrinhos. Alguns tem o olhar triste, uns mais velhos que os outros, quase que pedindo para que os adotem. Uma cachorrinha me chama a atenção, está com um laço vermelho amarrado no pescoço. Me aproximo um pouco mais. Ela parece ser uma mistura de rottweiler com alguma outra raça grande, deve ser ainda um filhote, suas patas são grandes, o que mostra que ela ficará uma cachorra grande. Eu sempre quis ter um cachorro, porém minha mãe e meu pai não gostam de animais dentro de casa e como eles trabalhavam fora o dia inteiro, acharam melhor não ter algum tipo de responsabilidade sobre um animal.

Observando as pessoas que estavam adotando alguns animais, notei que a grande maioria escolhia os que aparentavam ser de pequeno ou médio porte, provavelmente por Moran em apartamento. Entendo o lado deles, dificilmente se encontram pessoas que vivem em casa em Nova Iorque, a maioria é apartamento, e manter um cachorro grande num apartamento pode ser um tanto desastroso, além de deixar o cachorro um pouco entristecido. Eles precisam de espaço.

A cachorrinha pulava e latia alegre enquanto eu me aproximava um pouco mais, Não haviam mais muitos alunos do curso de Percy, assim como não haviam mais tantas pessoas, já está um pouco tarde. Quando encosto no pequeno cercado, a cachorra senta e abana o rabo animada com a língua para fora. Sorrio.

- Olá, garota! Você me parece estar bem feliz! – digo com aquela vozinha que todo mundo faz quando falamos com animais ou criança.

Ela late. – Sabe, queria poder levar você para morar comigo, mas não sei se onde moro pode ter animais e acho que você não gostaria de morar num apartamento pequeno – ela me olha como se entendesse o que eu estava falando. Fico triste, queria muito poder adotar algum cãozinho, um cachorro grande me atrai mais do que os pequenos... no momento não sei se será viável.

Sinto alguém me abraçar por trás e beija minha nuca. Levo um pequeno susto por não estar esperando, mas sei que é Percy, reconheço seu toque, seu cheiro. Sorrio e me viro para encontrar meus olhos aos dele.

- Onde estava? Não achei você – digo dando lhe um selinho.

- Estava terminando de preencher uma ficha de doação para uma família que adotou um gatinho.

- Entendi... e como está sendo o dia?

- Cansativo, porém muito bom! Estou adorando, fiquei em todos os setores, fizemos revezamento – Percy diz animado. Aparecem pequenas ruguinhas em sua testa quando ele sorri animado e seu sorriso parece ser sem limites.

- Que bom que está gostando, Cabeça de Alga! – digo feliz e dou-lhe um beijinho de esquimó. Ele me puxa para um beijo mais profundo, mas em menos de cinco segundos escutamos um latido atrás de nós. 

- Com licença, sra. O’Leary, posso beijar minha namorada ou não? – Percy brinca com a cachorra e eu rio.

- Sra. O’Leary? Você deu nome à cachorra que é para doação?

- Dei – Percy diz envergonhado. – Eu que resgatei ela e cuidei...

- Ah sim, lembro que você contou há algum tempo atrás que havia resgatado uma ninhada de cachorrinhos abandonados, mas não sabia que havia se afeiçoado à ela...

- Só ficou ela e mais um... o outro foi adotado por ser macho, algumas pessoas acham que dá menos trabalho, os outros da ninhada não aguentaram por algum motivo, talvez por terem sido abandonados no frio e na chuva.

- Que triste. Se você gostou tanto dela por que colocou-a para adoção? Poderia ter ficado com você – digo olhando para Sra. O’Leary, sinto que o olhar dela para Percy é quase como uma gratidão.

- Não posso, Helena tem alergia à pêlos... não seria muito agradável ter um animal lá em casa com ela espirrando e fungando.

Noto que o olhar de Percy se entristeceu um pouco por não poder adotar a cachorrinha, ela parece ser muito dócil. Ficamos um pouco em silêncio e penso sobre o assunto, acho que não é proibido ter animais onde moro, se não me engano, a minha vizinha de cima tem um cachorrinho. Será que vai ser ruim eu ter um cachorro dentro daquele apartamento minúsculo?

- Será que seria muito ruim para ela morar em algum apartamento pequeno? – pergunto para Percy.

- Depende, se ela sair para passear umas duas ou três vezes por semana e ser bem treinada, creio que não será muito problema. Por que? – Percy é uma pessoa muito inteligente, mas é um lerdinho de vez em quando.

- Você não entendeu o que eu quis dizer? – olho para ele segurando o riso.

- Não... – ele parece pensar um pouco. – Espera, você está pensando em adotá-la?

- É...

- Jura? – ele fica ainda mais animado e eu sorrio.

- O que acha?

- Demais! Olha, eu prometo que vou leva-la para passear, vou adestra-la, não fará xixi e cocô no chão- ela já faz no jornal- não vai precisar se preocupar com a ração, poder deixar que eu vou ajudar – Percy diz extremamente animado.

- Calma, Percy! Uma coisa por vez. Respira. – faço movimentos para que ele se acalme.

- Estou calmo...

- Ótimo, primeiro preciso fazer tudo o que é necessário para oficializar a adoção e depois preciso ir à uma petshop comprar as coisas necessárias para que ela – digo calma segurando o entusiasmo.

- Certo, vem, vou pegar a ficha de adoção e nem precisa ir à petshop, tem um stand aqui que vende essas coisas – Percy diz pegando a cachorrinha rapidamente e começa a me puxar para algum lugar.

- Percy! Calma, tenho que procurar a Rachel – digo me lembrando que ela tinha ido comprar um cachorro quente.

- Ela está ali – ele aponta para Rachel que estava sentada num canto conversando com um homem que eu nunca havia visto na vida. – Espera, quem é aquele que está com ela? – Percy para de andar subitamente. Vai começar.

- Percy, vamos, deixe ela – tento o puxar.

- Annie, ela está grávida, não pode ficar se envolvendo com qualquer cara que aparece por aí – ele diz nervoso e começa a me puxar em direção ao lugar onde Rachel está.

- Ela está grávida e não morta, muito menos doente. Vamos, Cabeça de Alga, deixe ela! – digo nervosa, ele chega a ser irritante com esse ciúme, não é sempre, pois faço ele se controlar, temos que ter confiança um no outro. Há algumas semanas atrás ele ficou todo nervoso porque um cara foi me procurar na biblioteca, ele é meu colega de sala e estava no meu grupo de projetos, acontece que ele é comprometido, mas o Percy não sabia disso; eu só havia ido ao banheiro e quando voltei vi Percy fuzilando o cara com os olhos. Depois disto eu tive uma conversa muito séria com ele sobre a questão de ciúme, eu consigo dobrar ele, o problema é ele achar que só porque a Rachel não tem muita sorte com namorados, tem que defendê-la sempre que aparece alguém.

Consigo pará-lo e o olho no fundo dos olhos. – Você tem que parar de ser chato assim, senão eu não vou contar quando nossa filha tiver namoradinhos – digo tentando parecer séria.

- Vamos ter filha, é? – ele sorri divertido. Ufa, já esqueceu da Rachel.

- Ah, eu quero... – digo envergonhada. – Não agora! Pelos deuses, só depois de estarmos formados e empregados – digo apressada.

- Como quiser, mas eu vou descobrir os namoradinhos dela, pode ter certeza – ela diz estufando o peito.

- Ah claro, com essa lerdeza toda – brinco.

- Eu vou ficar de olho, ela vai ser minha pequena Sabidinha... tem que ficar esperto. Ainda mais se ela puxar a beleza da mãe – ele diz acariciando a minha bochecha e eu sorrio.

- Bobo. Não se esqueça que você um dia passou pelo que eles irão passar... na verdade, vai passar por isso amanhã – digo lembrando do almoço de amanhã.

- Eu estava mais tranquilo, agora eu estou nervoso de novo... Annie, e se o seu pai pensar assim também? Quer dizer, ele não vai gostar de ver a filhinha dele namorando e muito menos pensando em ter filhos! Ai deuses! O que eu vou fazer? Acho que vou buscá-los no aeroporto, qual o horário que eles irão chegar? Busco eles e os levo até seu apartamento, vou embora, assim ele não vai ter o baque de ver a filha dele dormindo na mesma cama que um cara...

- Percy! Se acalme! – digo parando ele de falar. Estava tão rápido que até me deu tontura e a Sra. O’Leary escondeu a cabeça. – Não precisa buscá-los no aeroporto e muito menos deixar de dormir comigo, não precisa fazer esforço algum, meu pai vai adorar você!

- Mas e se...

- Não tem ‘mas’ ou ‘e se’, vamos com calma, okay? Só seja você mesmo – sorrio tentando passar confiança. – Vamos fazer a ficha de adoção da Sra. O’Leary.

Percy suspira nervoso e assente. Depois de fazermos e comprarmos tudo que é necessário decido que preciso ir embora, afinal, vou ter que acordar no meio da madrugada para receber meus pais. Rachel vem até nós dois enquanto termino de arrumar a coleira de Sra. O’Leary.

- Parece que devo parabenizar o casal pelo primeiro filho – ela brinca rindo.

- Besta, é ela -  Percy retruca e eu me levanto.

- Quem era aquele? – olho-a maliciosa.

- Ele é colega de sala do Will – ela diz indiferente. – Por que?

- Por nada... ele é bonitinho – movimento as sobrancelhas e Rachel revira os olhos.

- Sabidinha! – Percy me repreende.

- O que foi? Só porque tenho namorado não quer dizer que eu não possa comentar sobre a beleza externa – dou-lhe um selinho e dou batidinhas em seu peito. - Agora... e ai? Ele é legal?

- É... mas não quero nada desse tipo – Rachel diz arrumando o cabelo.

- Não? Porque? – pergunto e escuto Percy suspirar aliviado.

- Primeiro, tenho certeza que ele também não quer e acho que vou desistir de tentar achar alguém...

- Como tem certeza de que ele não quer?

- Annie, qual homem vai querer se envolver com uma mulher grávida? – ela pergunta como se fosse óbvio.

- Não acho que isso implique em alguma coisa, você nem o conhece direito...

- É melhor não criar esperanças, não acho que ele queira, não vou mais ter o mesmo corpo de jovem, Annie, vou ter que dar atenção ao bebê além de recomeçar a universidade depois – ela suspira cansada. Percebo que ela não está mais com paciência para falar sobre esse tipo de assunto.

- Tudo bem então, não vamos mais falar sobre isso. Vamos dar tempo ao tempo e ver o que acontece, certo? – ela assente agradecida. – Ótimo, agora vamos porque eu vou ter que acordar de madrugada...

- Querem eu leve vocês? – Percy propõe prestativo.

- Não precisa, o meu pai mandou um motorista, não vai ser problema deixarmos a Annie no apartamento – Rachel diz.

- Verdade, e sabemos que você ainda tem que encerrar por aqui – digo para Percy e ele se dá por vencido.

- É... então, nos vemos amanhã, Sabidinha.

- Nos vemos amanhã, Cabeça de Alga. – dou-lhe um selinho. – Te amo. – sussurro e ele sorri.

- Também te amo, vou buscar vocês 12:00 am. estejam prontos.

- Mas... – tento dizer que não há necessidade.

- Sem mas, eu vou buscá-los – ele diz firme.

- Teimoso.

- Você também.

- Ah ótimo, começou – Rachel reclama. – Vou vomitar arco-íris.

Nos despedimos de Percy e vamos embora. Sra. O’Leary anda direitinho de coleira.

Quando chego em meu apartamento, arrumo uns jornais e coloco na parte da lavanderia junto com os potinhos de água e ração para Sra. O’Leary.

Deito-me na cama e logo sinto um pequeno pesinho subindo também e se aconchegando perto de meus pés. Sorrio e logo fecho os olhos, tenho apenas algumas horas.

 

(...)

 

Meus pais chegaram e logo minha mãe começou a falar um monte por eu ter adotado uma cachorra, depois de alguns minutos de bronca e convivência, Sra. O’Leary, ganhou tanto a minha mãe quanto meu pai.

Minha mãe está animada em ir almoçar na casa de Percy, digo que meu pai também está ansioso, mas ele não quer demonstrar muito. Quando eu disse que Percy viria nos buscar minha mãe não segurou o comentário:

 

Que cavalheiro. A primeira vez que seu pai foi em casa para conversar com seu avô, ele foi de bicicleta”

 

Ri com a minha mãe e meu pai a repreendeu dizendo que aquilo acabaria com a moral dele.

 

PERCY POV

 

Toco a campainha do apartamento de Annie e olho no relógio, 12:00am. assim como combinado. Escuto os latidos da Sra. O’Leary e quando Annabeth abre a porta, ela pula em mim.

- Oi, garota! Você cuidou bem da nossa Sabidinha? – digo à ela que latiu em concordância.

- Mais tranquilo? – Annabeth pergunta se aproximando.

- Quem dera, até as minhas mãos estão suando e olha que está frio – digo tentando controlar o nervosismo e coloco Sra. O’Leary no chão.

- Não se preocupe, vai dar tudo certo – ela tenta me encorajar dando um selinho, não deu muito certo, mesmo que Annie me transmita muita paz, o momento não está muito favorável.

- Mãe, Pai, esse é Perseu, meu namorado – Annie nos apresenta animada. Tento limpar o suor das minhas mãos na calça jeans, diferente da sra. Chase que parece muito animada, o sr. Chase está com cara de delegado, estremeço ao pensar que ele pode simplesmente dizer um ‘NÃO’ bem na nossa cara e bum! Relacionamento proibido.

- Prazer sr. Chase, sra. Chase – digo quase gaguejando e comprimento o sr. Chase com um aperto de mão.

- O prazer é todo meu Percy! – sra. Chase me surpreende ao me abraçar e eu retribuo. Pelo menos acho que de parte dela está tudo certo. – E pode me chamar de Atena.

- Tudo bem.. A-atena – enrosco um pouco, mas consigo.

- Frederick, seja mais sociável, se livre dessa carranca – Atena diz séria ao marido.

- Hum, então Perseu, quais são as suas intensões com a minha filha? – juro, eu não sei como responder a esta pergunta, o que eu falo? Tipo, quero casar e ter filhos?

- Ah, eu quero fazê-la feliz – tento dizer sem parecer nervoso. Sinto Annabeth apertar minha mão e isso me faz sentir várias coisas diferentes, desde a primeira vez que a vi até agora e o que quero que façamos no futuro. Fico um pouco envergonhado em falar sobre isso, mas não tem muita saída. – Sei que estamos ainda no início, mas eu quero criar uma família com a Annie, ela é uma pessoa maravilhosa, quero passar o resto da vida ao seu lado e tentar fazê-la feliz – digo resumidamente o que sinto, é um pouco estranho falar sobre isso abertamente, Annabeth sabe sobre todas essas coisas que eu quero fazer, nós já conversamos sobre isso e ainda brincamos com algumas coisas que podem vir a acontecer. Olho para ela e seu sorriso é aquele sorriso mais lindo de todo planeta, o sorriso que faz meu corpo queimar por completo e meu coração acelerar.

- Lindo – ela sussurra e eu dou-lhe um beijo na testa.

Olho para os pais dela envergonhado, Atena está com cara de apaixonada, entretanto, sr. Chase não deixou a carranca.

- E você pretende fazer isso tudo como? – ele pergunta sério.

- Eu estou fazendo veterinária e vou fazer mais uma pós relacionada à biologia marinha durante um ano na universidade assim que acabar veterinária. Vou seguir a carreira de veterinário, mas como eu gosto muito da vida marinha, quero fazer essa pós para saber mais. – para falar bem a verdade, por mais que eu goste de fazer biologia marinha, a ideia de ficar mais um ano é para que eu encerre os estudos com Annabeth e assim, podemos resolver esse lance de irmos para a Austrália juntos ou dar uma volta no meu pai e fazê-lo desistir da ideia. Sim, eu já conversei com a Annie a respeito disso, não havia necessidade de deixar isso escondido dela. Ela fez o discurso de que “se for pelo bem da sua carreira”, mas eu logo a brequei e disse que não iria a lugar algum sem ela, vejo o quanto Jason e Piper sofrem com a distância e olha que estão no mesmo país, imagina com um oceano todo entre nós? Conversamos e decidimos que temos tempo até lá e que vamos conseguir resolver da melhor forma. Isso que eu mais amo nela, além de outras coisas, ela consegue lidar com as coisas um pouco mais calma (é claro que ela surtou um pouco quando eu falei que iria para a Austrália, foi um surto rápido), vamos conseguir resolver tudo.

 

- E depois que se formarem, vão fazer o que? – engulo seco. O que acontece se eu falar que, talvez, vamos nos mudar para a Austrália? Sinto que Annabeth também fica um pouco tensa ao meu lado.

- Acho que não precisamos falar nisso agora, temos 4 anos ainda... – Annabeth diz descontraída tentando fugir do assunto.

- Mas eu quero saber, quer trabalhar em alguma clínica veterinária, Perseu? – sr. Chase diz ainda sério.

- Ah sim, de certa forma, vou trabalhar com algumas pesquisas também, meu pai tem alguns contatos, ele é biólogo e trabalha numa empresa de pesquisas marinhas...

- Quer ser pesquisador?

- Sim e não, gosto de cuidar dos animais...

- Vamos, Frederick, já deu, o menino se mostrou uma ótima pessoa e a mãe dele deve estar nos esperando para almoçar – Atena diz nervosa ao marido e percebo que ele não vai desobedecer a esposa.

- Se saiu muito bem – Annabeth sussurra em meu ouvido enquanto eu trancava a porta de seu apartamento e seus pais já estavam esperando o elevador.

- Não sei se seu pai está muito convencido disso – murmuro tentando me livrar do nervosismo que ainda não passou.

- Veja pelo lado bom, pelo menos ele não perguntou em que lugar seu pai mora – ela tenta me encorajar.

- Nem me lembre desse detalhe, quanto a isso, creio que nem a sua mãe vai aceitar.

- Fique tranquilo, uma coisa de cada vez.

Suspiro e assinto. Como que ela consegue ficar calma assim?

 

O caminho para a minha casa foi tranquilo. Annabeth foi no banco do passageiro ao meu lado e assim como em todas as vezes que andamos de carro juntos ela segura minha mão quando paramos no semáforo.

Atena conversou comigo durante todo o caminho, gostei muito dela (ainda bem que Annie conversou com ela sobre as perguntas ‘íntimas’, não teria como falar sobre isso, principalmente com o sr. Chase, junto), ela até me contou sobre coisas constrangedoras sobre o passado de Annabeth Chase...

 

Quando chegamos em minha casa, Helena veio abrir a porta.

- Tia Annie! – ela diz animada e pula no colo de Annabeth. Por já fazer um bom tempo desde o acidente, não há mais muitos hematomas e o braço já não está mais engessado.

- Olá, princesa! Você está linda, de qual princesa que é esse vestido? – Annabeth diz sorrindo.

- É azul igual da Cinderella, mas a mamãe não deixou eu usar o igualzinho que é todo grande, ela disse que esse é o certo – Helena diz emburrada.

- Sua mãe está certa, aquele você deixa para brincar – Annabeth diz calma. – Vou lhe apresentar ao meu pai e minha mãe.

- Oi, Helena – Atena sorri amigavelmente.

- Nossa, a tia Annie é igualzinha você, só que o cabelo diferente – Helena diz surpresa e rimos.

- É o que dizem – Atena diz rindo.

- Oi, Helena – sr. Chase diz sorrindo, pelo menos ele não vai ficar naquela tensão toda.

- Oi tio, o Percy ‘tava morrendo de medo de conhecer você, ele ficou falando o tempo inteiro, a mamãe até teve que fazer um bolo azul para ele – Helena diz sem filtro. Eu tenho vontade de cavar um buraco no chão, entrar e não sair nunca mais. Escondo o rosto nas mãos, minha dignidade já nem existe mais.

Escuto Annabeth segurar o riso.

- Helena, não exponha seu irmão assim! – escuto minha mãe falar se aproximando. – Olá, prazer, sou Sally mãe do Percy. Desculpem-me por não ter vindo recebe-los, estava tirando o peru do forno e Paul foi buscar a mãe dele, já deve estar chegando.

- Olá, Sally, sou Atena mãe de Annabeth e este é meu marido, Frederick – Atena diz se apresentando.

- Annabeth é uma menina de ouro, parabéns pela filha – minha mãe diz animada e vejo Annabeth corar.

- Obrigada, pelo pouco que conheço de Percy vejo que ele é um menino de ouro também! – Atena diz animada e me olha como se dissesse “fica tranquilo que já está aceito”. Consigo relaxar um pouco mais.

- Vamos nos sentar aqui enquanto Paul não chega. 

Nos sentamos nos sofás da sala e logo minha mãe e Atena desatam a conversar. Atena fala sobre o quanto Annabeth se apaixonou pela leitura com os livros da minha mãe e Annabeth ficou cada vez mais vermelha, depois chegou a vez da minha mãe contar sobre tudo que aconteceu durante esses meses, o quanto eu fiquei diferente desde o primeiro dia que conheci Annabeth e coisas do gênero que nos fazem corar violentamente.

As coisas melhoram um pouco quando Paul chega, acontece que ele e o sr. Chase são professores e tcharam! Conversa sobre alunos e trabalhos acumulados. Nos sentamos à mesa e todos conversavam enquanto comiam, a mãe de Paul ficou conversando com a minha mãe e a mãe da Annie, Paul e sr. Chase conversando sobre coisas que eu não faço a menor ideia e Helena estava conversando com a Annie sobre a tia Caly... ela é filha do diretor da escolinha que Helena frequenta e bem, meio que mexeu com as estribeiras do Leo. Eu não estava entendendo muito bem essa história, já que fiquei sabendo por Helena que o Leo havia ido à sua escola arrumar uma sala e essa tia Caly tinha ficado diferente depois que ele foi embora.

Acontece que depois que Leo veio aqui em casa algumas vezes nos tornamos amigos e ele acaba comentando algumas coisas para mim; depois que ele foi arrumar a sala e o projetor, teve que voltar lá para entregar o projetor pronto. Fora novamente atendido pela Calipso (que é o nome da tia Caly) e ele ficou com medo de chamá-la para sair por terem tido apenas um contato profissional de poucas vezes, eu disse que é besteira e que ele deveria chamá-la para sair sem segundas intensões. O problema é que ele não teve mais oportunidade em ir para a escola de Helena e não tinha ao menos o número de telefone da garota. Neste momento, Helena está contando para Annabeth que Calipso pergunta à Helena sobre Leo, creio que ela ainda não sacou o quão inteligente Helena é, ou seja, é óbvio que tudo que ela fala para Helena chega aos ouvidos de Leo... Ao que me parece, ela está bem intrigada com Leo e queria poder conhecê-lo melhor, bem, só o tempo e as circunstâncias irão dizer o que irá acontecer.

 

- Helena é uma criança adorável – Atena comenta observando Annabeth brincar com Helena de bonecas no chão da sala.

- Ela é sim, e só de lembrar que eu quase a perdi – minha mãe suspira triste. – O importante é que agora ela está aqui e bem.

- Sem dúvidas... e como Percy lidou quando você disse que estava grávida? Ele já era um adolescente.

Fiquei quieto ao lado de Annabeth, só prestando atenção no que minha mãe falaria, eu sei que é errado, mas estão falando sobre mim.

- Ah, ele foi um amor, me ajudava sempre que podia e se não fosse por ele, talvez eu tivesse dado à luz aqui em casa, porque Paul estava trabalhando quando a bolsa estourou, foi uma correria só – minha mãe ri se lembrando. Lembro-me que na hora eu fiquei extremamente perdido e nem sabia direito o caminho do hospital. Não foi uma das minhas melhores experiências. – E até hoje ele me ajuda, já limpou muitas fraldas, já deu muita papinha e ainda brinca de princesas. – reviro os olhos. Tinha que comentar sobre as princesas...

- Ele vai ser um bom pai – Atena comenta sorrindo carinhosa e logo fica com o rosto triste.

- Está bem? – minha mãe pergunta preocupada.

- Não é nada, é que eu tenho medo de Annabeth ter herdado minhas dificuldades para engravidar – ela fala ainda mais baixo esta última parte.

- Você acha? Não creio que essas coisas possam ser genéticas – minha mãe diz tentando acalmá-la.

- Não sei, tenho medo...

- Entendo – minha mãe me olha repreensiva, provavelmente percebeu que eu estava prestando atenção.

- Não se preocupe com isso, Atena, hoje em dia existem tratamentos... – a mãe de Paul diz como se os médicos fizessem milagres.

- É, sim...

- Você acha que minha mãe tem razão? – escuto Annabeth me perguntando em sussurros.

- Não acho que temos que nos preocupar com isso agora, fique tranquila, Sabidinha, nós vamos ter filhos lindos e saudáveis – digo acariciando seu rosto, é notório a preocupação em seu olhar, ela havia comentado superficialmente sobre os problemas de sua mãe, mas não havia tocado no assunto disse ser passado por genética.

- Filhos? – ela arqueia a sobrancelha.

- Claro, três no mínimo – digo brincando.

- Deuses! Dois está de bom tamanho – ela diz rindo e eu a acompanho.

- Gosto de você rindo assim – digo a observando, devo ser um bobo apaixonado mesmo e pretendo seguir assim para sempre.

- Eu te amo – ela sorri e me dá um selinho.

- Eu também te amo – sorrio e ela encosta a cabeça em meu ombro.

Faço a peripécia de olhar para o lado e vejo o sr. Chase nos observando, ele não está com a mesma cara de sério de estes, e sim mais suave, olho para Paul e ele está com aquela cara de “me agradeça depois”, sorrio para ele e aceno com a cabeça para o sr. Chase, olho para Annabeth e ela sorri agradecida para seu pai.

Quando deixo Annabeth e seus pais de volta em seu apartamento, decido que é melhor eu não dormir lá. Vamos com calma, eles irão ir embora amanhã de manhã, ou seja, dormirão aqui. Quando saio pela porta, logo escuto ela se abrir e vejo sr. Chase saindo e vindo em minha direção. A ótimo, é agora que ele vai dizer que é para eu nunca mais procurar Annabeth.

- Percy – ele chama. Opa, ele está me chamando mais informalmente, temos uma evolução.

- Sr. Chase – digo mantendo a seriedade.

- Queria conversar com você a sós...

- Pode falar – tento afastar o nervosismo.

- Tudo o que me falou hoje mais cedo é verdade?

- Com toda certeza.

- Então quer dizer que assim que se formarem você vão se mudar?

- Como assim? – pergunto confuso. Aonde ele quer chegar?

- Conversando com o Paul hoje, ele comentou que seu pai mora na Austrália. – meu corpo congela, pronto, é agora.

- É ele mora sim – digo soltando o ar.

- E quando você disse que ele tem alguns contatos, quis dizer que ele conseguirá um emprego para você lá?

- Olha, sr. Chase... como que eu vou dizer... eu amo a Annabeth, muito, ela é a melhor coisa que aconteceu comigo em anos e meu pai fala sobre eu morar com ele desde que eu sou adolescente, consegui que ele me deixasse ficar aqui por mais um tempo até terminar a universidade e depois eu iria, só que apareceu a Annie e eu não quero deixá-la. Não que ela seja um impecílio, longe disso, eu quero muito construir uma família com ela depois da universidade, não está certo de que vamos para a Austrália, temos tempo para pensar e principalmente, ela pensa no senhor e na sra. Atena, não irá ser fácil, assim como para mim não vai ser fácil me separar na minha mãe, de Paul e de Helena. – explico sincero para o sr. Chase, se é para falar sobre o assunto que seja de uma vez.

- Entendo, você é um bom rapaz e que pensa no lado de Annie, ao invés de pensar só no seu, isso me deixa muito contente. Paul me falou muitas coisas boas ao seu respeito, entretanto, pense que não é fácil para um pai ou para uma mãe deixar sua filha mudar de país vislumbrando uma vida de família, então, use esses anos que temos pela frente para se provar digno de partir com a minha filha. Bem-vindo à família. – ele me dá dois tapinhas no ombro, se vira e entra no apartamento. Eu não sei se fico feliz ou extremamente nervoso. Eu só queria que ele aprovasse a nossa relação... parece que agora vou ser observado...

 

Primeiro almoço em família... 


Notas Finais


O que acharam? Hein hein...
Comentem, deem suas opiniões (críticas construtivas são sempre bem-vindas), FAVORITEM TAMBÉM!
>>>Rachel com fome é tipo eu na vida... Me deem um bolo de chocolate e eu talvez melhore (ou eu posso surtar falando que to fora do peso e você ta me fazendo sair da dieta... É, eu sou dessas, mas no fundo no fundo, sou um amorzíneo)
Amos vocês de todo o meu core 💙
Beijinhos azuis e amarelos <3 <3 <3


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