História Princeps Proditor - Os Caçadores e o Arminho.

Oberon se encontrava em seu santuário: A floresta. Ele sempre gostava de ir caçar na floresta, era para ele um lugar onde o tempo não passava. Há exatos 11 anos ele estava em uma vila totalmente destruída em um dos primeiros ataques que o rei de Segregatorum ordenou ao norte do continente, o reino de Oblitus, ele estava nas ruinas de onde já havia chamado de lar olhava para os corpos sem vidas de seus pais, ficou lá por horas até que um casal o encontrou, seus nomes eram Carter e Vivian Fey, desde então tem sido parte de sua família.
Agora com 16 anos, Oberon recebera a tarefa de trazer carne para casa, ele estava com seu arco e sua aljava cheias de flechas, tudo perfeito se ele não tivesse sendo acompanhado.
-Tem certeza que sabe onde está indo?-Perguntou Lyanna com desdém.
-Cacei mais vezes que você nesta região, então é obvio que sei onde estou indo. - Respondeu Oberon já com a voz alterada.
Lyanna era a filha dos Feys e tinha um dom raro para irrita-lo, mesmo assim ambos se consideravam irmãos, assim como os Feys consideravam Oberon um filho, ela é dois anos mais nova que ele e se acha mais madura, tem longos cabelos negros e tem quase a altura de Oberon, o que também o tirava do sério.
-Estou procurando rastros de algum animal e isso não é fácil.
-Você já não plantou aquelas armadilhas com sininhos na mata? Isso já não basta?
-São apenas para o caso de eu não conseguir achar nada, acha que os animais vão simplesmente brotar do nada para eu poder atirar neles? Se eu não achar nenhum pelo menos pego eles quando saem ou voltam para da toca. – Falou o garoto já lambendo os lábios.
-Isso é horrível, eles...
-Silencio - Disse ele.
-NÃO ME MANDE FICAR EM SILENCIO...
Oberon fez sinal para ela parar de falar e apontou para um alce que estava alce a menos de 15 metros, o jovem pegou a flecha e mirou no pescoço do animal que continuava andando calmamente, ele se aproximava abaixado e com cuidado para não afugentar a fera, Lyanna havia se escondido atrás de uma arvore qualquer, ele já estava pronto para dispara o projetil quando ouviu um barulho de sinos tocando, o alce olhou diretamente para ele e fugiu ante que Oberon pudesse dispara a flecha.
Lyanna saiu de traz da arvore aplaudindo o desempenho do irmão.
-Posso sugerir na próxima vez que use uma armadilha que não emita som?
-Cale a boca – Disse o garoto colocando o arco nas costas e devolvendo a flecha para sua aljava. – Pelo menos eu não sai escondido de casa para atrapalhar os outros, além disso, tenho certeza que peguei algo delicioso para o jantar nessa armadilha.
***
Oberon estava ansioso para saber o que ele havia pegado para o jantar, o sol já estava se pondo e com certeza hoje eles teriam carne de qualidade na mesa, eles se aproximaram do arbusto de onde vinham os sons de sino tocando, ele sacou sua faca e com cuidado mexeu no arbusto quando sentiu uma mordida em sua mão.
-Ai-Disse tirando a mão do arbusto e caindo de bunda com o susto.
Lyanna interveio tirando as folhas que comprometiam a visão dos dois, quando viu um animal que deveria ter no máximo 15 centímetros todo branco, grandes olhos pretos e com uma das patas traseiras presas a um barbante.
-É uma doninha? - Perguntou a mais nova.
-É um arminho – Corrigiu o jovem olhando para a marca de mordida em sua mão.
Lyanna não parava de olhar para o animal que puxava o barbante em desespero.
-Ele é lindo. -Afirmou a garota
-Ele é uma delicia-disse ele, ele desviou olhar da mão e olhou para ela que estava com e expressão mais fria que o clima da floresta. - Vocês não esta pensando em solta-lo? Certo?
-Querido irmão, não foi você mesmo que me disse na semana passada que eu não tenho a capacidade de pensar?-Disse ela Pegando a faca e soltando o arminho.
O arminho se aproximou dela e por mais estranho “abraçou” a perna dela e logo a soltou.
-Parece que ele gostou de você. - Disse Oberon se levantando.
O Arminho correu para Oberon e rosnou mostrando seus dentes, e então correu para a mata.
-Como sempre os animais me amam. - Disse ele olhando para a direção onde o animal havia sumido, com um olhar perdido ficou contemplando a mata.
Lyanna deu um soco de leve no braço do Irmão e seguio na frente em direção de casa.
-Seria por que você sempre quer comer eles, agora vamos.
-Só para constar a culpa de hoje não ter carne é sua, e agora você me deve um arminho. - Disse Oberon seguindo ela.