História Princeps Proditor - Que meu passado seja vosso presente

Lyanna e Oberon não podiam acreditar no que tinham acabado de ouvir, finalmente tudo fazia sentido, todas as vezes que Trevor deixava alguma informação no ar ou alguma divida, tudo finamente se encaixava em seu devido lugar na trama da vida do jovem.

-Agora, onde esta a carta?-Ele disse ainda com uma expressão seria.

-Na sua mochila, no exato local onde eu a encontrei. –Disse Oberon.

Hunter revirou os olhos voltando para a expressão calma de sempre.

-Obrigado, se quiserem saber mais alguma coisa perguntem logo, amanhã temos um longo caminho a percorrer até Tenebris.

-Vossa Majestade vai continuar a nos escoltar até Tenebris?- Lyanna perguntou, ela a todo o momento olhava para o chão.

-É claro que irei acompanha-los, e nunca mais se refira a mim com essas palavras, isso vale para você também Oberon. -Ambos pareciam ter ficado mais aliviados com a noticia.

-Mas você é da nobreza, tem que ser tratado como tal. -Disse o mais velho ainda relutante com a situação.

-Se eu quisesse ser tratado assim, já teria lhes contado sobre minha verdadeira identidade a muito tempo, nada de vossa majestade, príncipe, senhor, nada, podem me chamar de Hunt ou Hunter, afinal, não faz mais sentido usar o nome Trevor.

Ambos assentiram com a cabeça, ali ficaram por alguns minutos em silencio, todos em volta do fogo, Lyanna e Oberon não tiravam os olhos de Hunter.

-Ah pelas quatro bestas, não fiquem me olhando como se eu fosse uma aberração, vocês queriam saber a verdade e agora sabem.

-Só estamos tenho dificuldades para entender a situação. - Disse Ly com seu jeito de sempre, Hunter ficou aliviado ao ouvir isso.

-Explicar para vocês iria demorar muito, vejam , isso nunca foi o meu forte, geralmente fico muito cansado depois de usar, mas vai valer a pena.

Ele se levantou apontou os dedos indicador e médio das duas mãos para cada um dos irmãos, seus olhos dourados começaram a brilhar.

-Praeteritum est praesens mea.

A visão de Oberon escureceu, e ele sentiu uma pancada na cabeça, ele só podia ouvir o crepitar da fogueira a chuva, quando sua visão voltou, ele estava em um quarto de frente para Lyanna, por algum motivo, ele não conseguia falar e quando tocava em algum objeto, sua mão simplesmente o atravessava, no quarto não tinha dada de especial, apenas uma cama, um baú, um armário e uma janela, que dela os irmãos tinham uma visão vasta de uma cidade, as construções em sua maioria eram de cores escuras, diferente de todas as cidades que viram até agora, essa era a mais bonita e estranha, no limite da cidade havia uma muralha, e logo adiante havia um rio. Quando a porta se abriu, eles tomaram um susto, um garoto fora jogado dentro do quarto, para a surpresa dos irmãos, era um Hunter um pouco mais novo, usava uma roupa azul com uma coroa pratada, que agora estava no chão.

Uma garota rapidamente entrou no quarto e fechou a porta.

-Você almeja a morte não é seu Idiota?

A garota era tão pálida quanto Hunter, tinha os mesmos olhos cor de mel, usava um vestido vermelho com um diadema na cabeça, ela parecia ter saindo de um livro de princesas, seu rosto era gentil e estava até um pouco engraçado o jento de ela esboçar que estava brava, Hunter estava se levantando quando disse:

-Di você sabe que o papai esta louco, essa guerra não tem sentido algum.

-E você simplesmente quer juntar um grupo de soldados e que vai fazer? Vai marchar pela sala do trono e vai cortar a garganta do papai?

-Não, é por isso que preciso de sua ajuda, já tenho apoio de Sad, enviei uma carta a ele falando sobre meu plano...

-Que eu aceitei participar, mas não incluía a mote de nosso pai.

-Não vou mata-lo sua idiota, ele será rebaixado para o titulo de orientador real e nós iremos governar juntos, até que um de nós abdique ou morra.

-Sabe o que o pai não ficara inerte enquanto marcha pela sala?

-E é ai que você entra, você é a comandante a da guarda de nosso pai, vai tira-los de cena por algum tempo, depois me encontra na sala, juntos acabaremos com essa guerra.

Ele estendeu a mão para a garota.

-Posso contar com a minha irmãzinha?

Ela apertou a mão de Hunter.

-Como sempre.

Hunter sorriu e abraçou a irmã.

-Ótimo, faremos isso em 13 dias, até lá temos tempo para organizar tudo e todos, lembre-se irmã, ninguém pode saber de nada.

A visão de Oberon mais uma vez escureceu, logo as sombras se dissiparam revelando um novo cenário, um grande salão de pedra negra, com pilastras e um o grande tapete vermelho, no qual Hunter e sua irmã estavam lado a lado com cerca de 15 soldados atrás deles, Hunter estava vestindo seu manto negro e brandia seu florete, já sua irmã brandia uma adaga em cada mão e usa um manto cinza, no extremo canto havia um homem pálido sentado em um trono, ele também tinha cabelos negros, vestia uma túnica vermelha e dourada com uma capa negra, em sua cabeça, havia uma coroa dourada que imitava um par de asas, em sua mão havia uma espada de dois gumes

Oberon notou que Lyanna não parava de encara a irmã de Hunter.

-Acabou Pai, renda-se.

-Ah Hunter, nem parece que me conhece, jamais me renderia nem que todos os soldados de todos os reinos estivessem perante mim nesta sala.

Ele se levantou e apontou sua espada para os filhos, os soldados ficaram em posição de batalha, Hunter fez sinal para esperarem, ele embainhou seu florete e disse:

-Pai, por que não enxerga a logica, não tem ninguém apoiando essa guerra, nem mesmo os outros reinos veem motivos para lutarmos, nem mesmo meu tio via motivos quando estava vivo.

-Poupe-me de seu sermão Hunter, só esta fazendo isso por causa da princesa sulista, Eleonora certo? Ela sempre ofuscou seu julgamento contra os outros reinos, poder é o que nós Bellecs buscamos por toda a vida, creio que meu irmão também se esqueceu disso, ele também ficou em meu caminho, só por que era o mais velho recebeu o trono, bom meu assassino resolveu esse problema, sem ele, o trono estaria pronto para que eu o assumisse.

Ele deu um passo.

-Alias, quero que saiba que o mesmo assassino que matou Aiacus, matou Eleonora, essa ação causaria uma grande perca para o inimigo e ao mesmo tempo faria você cair em si.

Hunter começara a derramar lagrimas nesse ponto.

-Antes de mandar meus soldados jogarem você em uma cela, diga-me o nome do desgraçado que a matou? Depois, será julgado pelo crime de Regicídio, vai pagar pela morte de seu irmão também, vera o preço de ter ficado sozinho.

O pai de Hunter gargalhou e largou a espada no chão.

-Meu filho amado, quem disse que estou sozinho?

-Sicarius Umbra.-Gritou uma voz feminina.

Oberon só teve empo de olhar seus soldados sendo mortos pelo que pareciam ser suas próprias sombras, quando voltou sua atenção para Hunter, a irmã dele estava cravando uma das facas em seu peito, sua expressão facial havia mudado completamente, agora ela estava com um sorriso maléfico em seu rosto e esboçava felicidade ao ver o irmão sendo esfaqueado.

-Você sempre foi fraco irmão, fraco como nosso tio.

Ela ao mesmo tempo tirou a faca do peito de e passou a outra faca na lateral do pescoço de Hunter, que caiu no chão, ele fazia pressão nos dois ferimentos, seu pai estava reindo enquanto voltava a se sentar no trono.

-Muito bem minha filha, a doce e inocente princesa acabou se mostrando uma brilhante assassina de sangue frio, não acha filho?

Hunter esboçava dor, Oberon ficou com agonia só de ver essa cena, Lyanna ainda encarava a irmã dele, aprecia conhece-la de algum lugar.

-Foi você que matou nosso tio e Eleonora?

Ela se ajoelhou ao lado do irmão.

-Claro, o nosso tio foi à primeira vitima, amei o jeito que ele olhou para mim quando cortei sua garganta, o modo que suas pupilas dilataram, finalmente tinha encontrado minha vocação, já a pobre Elly nem pude aproveitar o momento, não tem graça nenhuma matar alguém com uma flecha, não se preocupe com os ferimentos, não eram para ser letais, queria jogar na sua cara toda repulsa que senti por você nestes últimos treze anos.

-Por que fez tudo isso?

-Cansei de viver sobre a sua sombra irmão, todos viam apenas o grande Hunter Bellec, o jovem guerreiro, o príncipe benevolente. Apenas nosso pai via meu potencial. E eu ainda tive que fingir que te admirava e respeitava nestes últimos anos, como se alguém pudesse admirar alguém como você.

Ela o olhou com cara de nojo.

-Pode não ser hoje irmã, mas um dia ainda vai se arrepender pelo que esta prestes a fazer.

-Me arrependi de não ter feito isso a um bom tempo.

Ela estava próxima de dar o ataque final quando Hunter berrou.

-Afflante.

Oberon o corpo de Hunter começou a brilhar e a faca de sua irmã simplesmente o atravessou como se ele fosse feito de nevoa.

-Teletrasporte? Inteligente meu filho, mas na atual situação essa magia ira simplesmente sugar toda a força vital que lhe resta. Adeus meu filho, vá ao encontro de sua mãe, a mulher a quem você tirou a vida há treze anos quando veio a esse mundo.

Com um clarão, Hunter desapareceu e logo a visão de Oberon voltou a escurecer, quando deu por si, ele havia voltado ao no chão da caverna. Hunter estava desmaiado a sua frente e Lyanna estava se levantando.

-Era aquela garota, certo? A garota que você sonhou é a irmã dele?

-Sim.

-O que fazemos agora?

Ela tirou uma manta da mochila e cobriu Hunter.

-Tentamos dormir, pelo estado do nosso amigo aqui, não vamos viajar por um tempo.

Ela se deitou no chão da caverna, finalmente havia descoberto quem era o garoto misterioso que morava sozinho na estalagem, seu passado era mais sombrio do que esperavam. Mas agora Lyanna temia pela vida dele agora, sua irmã psicopata sabia que ele estava vivo, e também sabia que ele estava voltando para casa.