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História Princeps Proditor - Revelações de Dianna Bellec.


Escrita por: DauloArminho

Notas do Autor


FINALMENTE CHEGOU!!!!!!!!!!!!!!!!!
Princeps está de cara nova para receber o tão aguardado final do arco. (pelo menos pra mim foi esperado.)
Rapidamente, eu quero abrir espaço pra agradecer o meu irmão mais velho por criar o novo e definitivo logo de Princeps Proditor, valeu mano, você sempre foi tão indispensável para me ajudar ou qualquer outro irmão nosso.
A arte antiga que eu fiz agora vai ser a arte do primeiro capitulo inteiro, a do segundo já está quase pronta, só faltam alguns retoques. Minha meta é uma arte por arco, por enquanto estou conseguindo.
O próximo arco se iniciara nas próximas semanas, MAS antes dele estrear, bem algumas surpresinhas para vocês, bem o próximo capitulo será um tipo de “epilogo” e nas notas inicias ou finais terá um anuncia muito especial que vocês irão gostar muito. Já o capitulo 38 provavelmente será o especial contando a chegada de Oberon em Gaah, pelas exibições, percebo que vocês gostam dessas historinhas que eu faço então, eu tentarei lançar ele antes de se iniciar o novo arco.
O próximo especial que eu escreverei será o dia em que Anna Bellec foi encontrada pelo seu pai, essa era uma das cenas que eu gostaria de ter colocado mais detalhes, mas na hora fiquei com medo, então vou fazer um capitulo inteiro dessa parte.
Valeu por tudo até agora, até semana que vem.

Capítulo 36 - Revelações de Dianna Bellec.


Fanfic / Fanfiction Princeps Proditor - Revelações de Dianna Bellec.

Hunter restava em sua cabine afiando seu florete, era a única coisa que podia fazer, se preparar para o combate, o netérios da espada do jovem príncipe paria ter sido polido, pois refletia o rosto do garoto com perfeição, ele guardou a espada e a bainha debaixo da cama ao ouvir algumas batidas na porta.

-Entre. –Ele disse.

Lyanna entrou, estava trajando uma armadura leve, sua adaga estava presa em uma bainha na cintura.

-Onde conseguiu a armadura? –Perguntou Hunter.

-Presente da sua prima. –Ela disse se sentando em uma cadeira.

Eles ficaram se encarando por alguns minutos, a armadura deu um charme bem mais ameaçador em Lyanna, se Hunter não a conhece-se, diria que ela era uma assassina ou no mínimo uma das guardas do palácio.

-O que você quer? –Perguntou Hunter.

-Achei que quisesse conversar.

-Nem tanto. –Ele disse pegando sua espada que se encontrava abaixo da cama. –Desculpe, mas não acho que veio aqui só para me perguntar se eu queria desabafar.

-Não mesmo, quero saber por que existem certas magias que não funcionam em mim.

Hunter suspirou e pensou na melhor maneira de responder a pergunta da amiga.

-Eu tenho uma teoria, mas para confirma-la, você vai ter de ser sincera comigo, não importa o que eu pergunte você vai ter de me responder sinceramente.

Lyanna assentiu.

-Você tem uma marca de nascença, não tem?

-Como sabe? –Disse Lyanna franzindo o cenho.

-Onde ela fica?

-No meu antebraço direito.

Hunter embainhou a espada e a jogou na cama enquanto se levantou.

-Me mostre.

Lyanna se levantou da cadeira e retirou todas as peças da armadura de seu braço, desde a manopla até a ombreira para mostrar a marca. Ela nunca tinha contado sobre a marca para Oberon, somente seus pais sabiam dela, em meio à pele branca do braço de Lyanna, havia uma marca mais branca ainda que formava o desenho de uma pequena rosa.

Hunter sorriu.

-Pode colocar novamente a armadura.

Lyanna colocava a manopla enquanto ouvia o discurso de Hunter.

-Isso é um selo magico, tecnicamente o nome é Curabitur, são usadas pelos pais para que ela proteja os filhos quando eles não estiverem por perto, mas ao mesmo tempo que é um dom, esse selo é uma maldição.

-Por quê?

-Ela te deixa imune a magias de inimigos, mas a deixa vulnerável a magias de amigos, quanto mais confia em uma pessoa, mais a magia dela surtirá efeito.

Lyanna se lembrou do dia em que encontrou com Hunter no quartel na Resistencia de Tenebris, ela corou um pouco ao lembrar-se da hora em que Hunter a acertou com um encantamento.

-Mas por que é uma maldição?

-Por que, além de você ficar mais vulnerável a amigos e tal, a magia vai perdendo o efeito se não for devidamente “carregada”.

-E como se carrega ela?

-Com você entrando em contato com as magias das pessoas que você confia,quanto mais essas pessoas usarem magias em você, mais forte o selo fica, mas se ninguém que você confia fizer isso, bem, o selo vai perdendo o poder até o ponto em que simplesmente o selo perde a magia e você volta a ficar vulnerável, eu não tenho certeza, mas creio que ele só proteja contra magias com energia celestial já que Dianna tentou usar energia celestial com você e não deu certo, ela só conseguiu deixa-la inconsciente quando usou energia infernal, assim como Salazar.

-Aprendeu isso quando?

Hunter mostrou o braço.

-Adeat! –Ele disse com brilho no olhar.

Em seu braço se formou uma marca negra, eram o par de assas do brasão da família Bellec.

-Meu pai fez essa mesma magia em mim e em minha irmã ao nascermos, quando tínhamos sete anos, nós a anulamos completamente.

-Ela concordou com isso?

-Sim, digamos que antes de tudo isso, minha irmã e eu compartilhávamos de alguns princípios em comum.

-Como vocês conseguiram?

-Eu disse uma vez e repito, minha irmã era diferente quando eu e ela ermos crianças. –Ele disse com um tom de magoa.

Ele deus as costas voltando para a cama.

-Abeat! –Ao dizer a palavra, a marca desapareceu.

-Há quanto tempo você sabia?

-Bem, eu comecei a suspeitar disso quando apenas as minhas magias funcionavam em você, muitas vezes elas funcionavam com mais eficácia em você, devo ser bem especial para você.

Lyanna corou mais uma vez.

-Mas é claro que sim, tenho poucos amigos, por isso são tão especiais para mim.

Hunter sorriu.

-O que você disse no Regia Caeli era verdade?

-Quando?

-No dia em que minha irmã nos prendeu, ela perguntou se você se sacrificaria por alguém que você ama.

-Sim.

-Então eu quero que me prometa uma coisa.

-O que você quer?

-Lyanna, se eu cair na batalha...

-Hunt... –Ela o interrompeu.

-Se eu cair na batalha, você irá pegar a minha regalia celestial e conjurará um portal para Tenebris, vá com seu irmão e ajude minha prima se preparar para a batalha.

-Não. –Ela disse dando os ombros com um sorriso.

-Mas como você é irritante.

-Você não tem nenhum poder sobre mim, alias, se a Anya é rainha, o que você é? Digo, qual o seu titulo?

-Continuo sendo príncipe até ela ter o primeiro filho, se acontecer algo com ela antes disso, eu assumo o trono.

-E você não gostaria disso.

-Confie em mim quando digo que não estou apto para governar.

-Sempre com um plano para emergência, por falar naquele dia no Regia Caeli, os diários de sua mãe estavam mesmo em Gaah?

-Não, mas eu perguntei para Dianna sobre os olhos negros e ela simplesmente me disse sobre os Atrium, não tinha que falar a verdade para ela.

-E onde eles estão?

-No meu quarto, embaixo da minha cama.

-Serio? –Ela perguntou incrédula.

-Não. –Ele disse sorrindo. –Os deixei escondidos na biblioteca, existem tantos livros lá que Dianna precisaria de uns cinquenta anos para encontrar eles.

Lyanna fez um cara triste, ela não conseguia se imaginar sem ter conhecido a mãe ou o pai.

-Por favor. –Disse Hunter se sentando na cama. –A ultima coisa que eu quero é que as pessoas tenham pena de mim, minha vida não é tão ruim, você e a maioria das pessoas que vem apenas o lado ruim dela.

-Você foi traído, enganado, esfaqueado. –Ela disse contando nos dedos. -Amarrado, socado, chutado, desacordado, torturado...

-Tudo bem, eu já entendi, a maior parte da minha vida é ruim. –Disse Hunter levantando as mãos em sinal de rendição. –Mas no meio disso tudo que você falou, eu conheci você.

Lyanna corou assim como Hunter ao interpretar o que acabara de dizer.

-Ah e o Oberon também, você e seu irmão são os melhor amigos que eu já tive. –Ele completou rapidamente para disfarçar a situação.

-Melhores até que a Eleonora e o Tristan? –Disparou Lyanna.

A expressão de Hunter se fechou ao se lembrar da amiga.

-Me desculpe, não é da minha conta. –Ela disse balançando a cabeça negativamente

Hunter levantou a mão.

-Está tudo bem, Tristan foi um amigo para mim, mas ao mesmo tempo éramos rivais um do outro, é claro que nós nos dávamos bem, mas vivíamos competindo em tudo, então realmente Oberon ganha de lavada o posto de melhor amigo; já Eleonora...

O garoto parou um pouco.

-Você gostava dela, não é?

-Sim, eu gostava muito dela, uma vez ouvi meu tio e meu pai conversando, eles diziam que eu deveria me casar com ela quando tivesse a idade.

-E você queria isso? –Perguntou Lyanna.

-Sabe qual é a coisa mais difícil do mundo, Lyanna? Divergir amor de amizade de quando você é apenas uma criança, eu realmente gostava dela, mas não a ponto de eu me casar com ela.

Ela respirou fundo.

-Entendo, posso ver sua regalia um instante?

Hunter tirou o colar e entregou à garota, ele não sabia o que ela faria, só queria que aquilo os levasse para outro assunto.

Garota segurou firmemente o colar.

-Institum. –Ela disse.

Hunter ficou congelado onde estava enquanto a garota começava a rir, ele não consegui nem mesmo piscar.

-Consegui! –Ela brandia enquanto pulava de felicidade.

Quando parou olhou fixamente para o garoto paralisado.

-Qual era mesmo a palavra? Ah esqueci, bem talvez Anya saiba quando voltarmos.

“Iacta!” Hunter queria berrar o contrafeitiço de Lyanna.

-Estou brincando só, meu caro amigo, Iacta.

Hunter conseguiu voltar a se mexer.

-Mas o que foi isso? –Ele perguntou.

Lyanna atirou contra ele o colar.

-Isso foi por nunca mais ter falado nada em me ensinar magia, francamente, sabe o quanto é difícil aprender usando aquele livro velho e fedorento?

-O que você faria se não conseguisse me liberar? –Perguntou Hunter em um tom severo.

-Ah, você e Ron dão muito chatos, ele me disse a mesma coisa depois de eu fazer a mesma coisa com ele.

“Coitado desse garoto, eu o condenei ao infortúnio eterno.” Pensou Hunter.

-TERRA À VISTA! –Era a voz de Oberon.

***

O sol estava se pondo no horizonte quando Oberon viu a ilha com um único navio encalhado na areia, as velas brandiam o mesmo símbolo das do Acólito do Oceano.

-Fiquem aqui e esperem por nós, qualquer um que não seja nós tentar se aproximar do navio, tem ordem para matar. –Ordenou Hunter entrando em um dos botes.

O capitão assentiu, Oberon não vi nenhuma ponta de vontade no capitão em relação a ajudar a encontrar o pai de Hunter.

O trio remava o pequeno bote, o mar estava calmo e eles não tiveram problema algum, ao aportarem na ilha, o céu já estava escuro.

-Onde começamos a procurar? –Perguntou Lyanna.

-No centro da ilha existem algumas ruinas, é lá onde está altar. –Disse Hunter olhando o navio encalhado na areia. –Fiquem atentos, não acho que estaremos sozinhos com a minha família.

Com armas prontas para o combate, o trio entrou na mata, Oberon ia logo atrás de sua irmã e Hunter, estava preparado para dispara uma flecha, diferente do bosque de Tenebris, aquela mata não era tão difícil levando em consideração que era possível enxergar pequenas chamas em meio o breu da mata.

Fazendo o mínimo de barulho possível, os três se aproximaram, podendo ver duas pessoas paradas guardando um pequeno arco de pedra. Ambos rajados com o mesmo tipo de manto carmesim.

-A corte? –Sussurrou Oberon.

Hunter fez que sim com a cabeça, e levou sua mão sua espada sendo impedido por Oberon.

O garoto recurvou o arco, ele mirava diretamente a um dos homens, quando bruscamente virou a direção da flecha e a atirou contra um arvore.

-O que foi isso? –Perguntou o homem.

-Vamos logo, não podemos deixar nada estragar essa noite. –Disse a mulher.

Eles começaram a correr, quando atingiram certa distância, Hunter foi em direção do arco junto dos amigos.

Hunter conteve-se para não avançar agora mesmo, dali já dava para ver um grande anfiteatro e no centro dele estavam Dianna e seu pai, o problema é que para chegar neles, eles teriam que passar pelas tropas dos Néphilyn, e provavelmente eles não seriam tão tolos quanto os dois primeiros. Finalmente ele decidiu dar uma de suicida.

-Fiquem escondidos, assim que der o sinal, Oberon, você atira em meu pai, não existe apenas atire.

Hunter foi à frente do anfiteatro.

-Espero que quando disse sobre a segunda chance, você não estivesse brincando. –Disse Hunter olhando para Dianna.

-Irmão, bem vindo, como está? Feliz? Triste? Suicida? –Ela disse com escarnio.

-Meu filho, quanto tempo. –Disse Messoren se aproximando com um sorriso que parecia incomodar Dianna, o homem envolveu Hunter em suas vestes negras enquanto abraçava o garoto.

-Então, posso me juntar a vocês? –Perguntou Hunter com um pouco de deboche em suas palavras.

-Claro meu filho, quando soltarmos as bestas, governaremos como uma família eu e você.

-Achei que me quisesse morto.

-Queria que você sentisse ódio, que libertasse o seu lado sombrio e então voltasse para mim, bem acho que consegui isso.

-Não acha que ele ira nos trair pai? Ele já planejou isso antes, se não fosse por mim, você não estaria aqui, além do mais, ele veio de armadura e armado. – Dianna esbravejava ao se aproximar da família, o desespero dela era tanto que quase tropeçou no próprio manto verde revelando a armadura leve por debaixo do manto, em seu pescoço, estava uma das chaves.

-Dianna, basta, se eu disse que Hunter podia se juntar a mim e ele o quer, ele ira se juntar a mim, se não estiver feliz, assim que completar o ritual, é livre para partir.

A garota deu de ombros para o pai e se voltou para o altar de pedra.

-E então? Vamos começar? –Perguntou Hunter ao pai.

O pai sorriu para o filho.

-Claro.

-Tem certeza que sabe o que está fazendo, pai?

-Sim meu filho. –Ele fez um sinal com a cabeça para Lyanna.

A garota puxou do pescoço a ultima das chaves a colocou no altar.

-Audite sermonem meun, subjecta cui sunt tártara magma. Coniuro te, magne ,ledicta auro corrupit vis. –Dianna entoava com os olhos negros, a atmosfera ficava cada vez mais obscura, uma nevoa fria brotava do chão e as chaves no altar estavam flutuando com um brilho dourado. –In hoc, ut remitteret maledict vin men quae soluta. Ut e quae semel dican tirad libertaten!

-Crepitus!-Brandiu Hunter apontando para a Irmã que fora atingida por uma massa de fogo.

Oberon compreendera que aquele era o sinal então atirou contra Messoren. O homem recebeu flecha bem no meio das costas, ele no conseguiu fazer muito, apenas caiu no chão.

Oberon e Lyanna foram ao meio do anfiteatro junto de Hunter que sacara sua espada.

-Vamos irmão. –Dizia Dianna enquanto se levantava, uma mecha do seu cabelo estava com uma pequena chama, a garota ao perceber, apagou o fogo. –Vamos acabar com isso agora.

Hunter olhou para ela.

-Vou te dar uma chance de se render, apenas uma, qual a sua resposta, maninha? –Ele disse isso brincando com sua espada.

-Essa é minha resposta, irmão, Corte dos Néphilyn, matem todos. –Ela ordenou.

Vários homens surgiram no anfiteatro armados com espadas e lanças, Hunter foi ao encontro da irmã onde começaram a lutar, mas antes disso, derrubou um dos membros da corte. Oberon e Lyanna permaneceram juntos, Lyanna parava o inimigo e Oberon atirava nele, Lyanna sempre que podia acertava em algum tendão ou algum outro ponto que causasse dor em vez de matar os membros da Corte dos Néphilyn, a garota acabara de acertar o ombro de um com sua faca quando um grande trovão retumbou o lugar, o altar onde estavam às chaves simplesmente explodiu em uma grande massa de energia negra cobrindo Hunter e Dianna.

Lyanna e Oberon foram arremessados para uma parede, os soldados Néphilyn também receberam o impacto.

Lyanna estava ouvindo um zumbido e sua visão estava meio turva, mas conseguiu ainda ver os soldados fugirem das ruinas levando o corpo de Messoren que ainda estava com a flecha de Oberon cravada.

Lyanna se arrastou um pouco para pegar sua faca, logo em seguida, Oberon apareceu para ajuda-la, ele a levantou e para a surpresa deles Hunter e Dianna ainda trocavam golpes de espada, eles não pareciam ter sido afetados pela explosão e nem pela energia negra que os envolveu.

Oberon pegou uma flecha em sua aljava e a preparou.

-Não! –Berrou Hunter empurrando a irmã para onde o altar ficava. –Ela é minha, peguem as chaves.

Ele disse avançando contra ela, eles estavam no mesmo nível, ambos continuavam a trocar laminas, as parava no ar e tentavam dar golpes com as mãos nuas, mas eles não desistiam continuavam a se esquivar e atacar.

Oberon e Lyanna correram e pegaram as quatro chaves em meios os destroços do altar de pedra, quando Lyanna olhou para o irmão, ele estava com uma flecha preparada para ser lançada contra Dianna

-Não vou esperar que Hunter morra pelo orgulho dele.

Lyanna segurou firme sua adaga e cortou a corda do arco de Oberon.

-O que você fez? –Perguntou Oberon embasbacado pela ação da irmã.

-É a escolha dele.

Na mesma hora, Hunter urrou de dor, de alguma forma, Dianna havia conseguido ferir ele na mão que ele manuseava a espada, ele havia largado o florete por causa da dor e agora a enfrentava desarmado.

-HUNTER! PEGUE!-Berrou Lyanna arremessando sua faca para Hunter.

Dianna deu um golpe reto que teria acertado o coração do irmão se ele não tivesse se esquivado para pegar faca de Lyanna, ele agora empunhava a adaga da amiga em sua mão esquerda e a direita mantinha fechada enquanto o sangue jorrava.

-Vai me enfrentar com essa agulha, irmão? –Perguntou Dianna com escarnio.

O irmão não respondeu, apenas esperou um ataque, ele sabia muito bem o que iria fazer e como iria fazer.

Dianna deu um golpe reto semelhante ao anterior, Hunter levantou a espada da irmã com a faca até a atura do coração onde deu um golpe rápido e certeiro que perfurou a armadura da garota.

Dianna largou a espada e Hunter a deitou, retirando a faca que não tinha sido afunda até a guarda, ele a entregou a Lyanna quando ela e Oberon se aproximaram.

Por um segundo, os olhos dela ficaram negros e logo em seguida brilharam intensamente.

-Parece que conseguiu o que queria, irmão. –Ela dizia em meio de suspiros, normalmente, seu olhar estava carregado de dor e não ódio como há pouco tempo.

-Você e nosso pai não me deixaram opção, me diga o porquê, por que você se rebaixou a tanto, irmãzinha?

-Eles me prometeram.

-Quem prometeu?

-As bestas Infernais, elas me prometeram que se eu as soltasse, elas trariam nossa mãe de volta.

Hunter ficou perplexo por um instante, ele olhava para o rosto da irmã procurando algo que ele pudesse falar a ela.

-E nossa mãe pensaria quando descobrisse que você quase me matou.

-Eu tinha meus motivos. –Ela dizia colocando a mão no ferimento.

-E quais eram.

-Quando você abraça o poder das trevas que é a energia infernal, é como se outra consciência nascesse em você, a minha me perguntou o que eu queria, aquilo que eu mais desejava, ela me disse que realizaria meu desejo e me seria dado isso.

-A vida de nossa mãe? –Perguntou Hunter.

Dianna balançou a cabeça negativamente, agora pela primeira vez em muito tempo, lagrimas escorriam pelo rosto.

-Isso só me foi prometido há dois anos, as trevas me perguntaram o que eu queria. Eu só queria que nosso pai me reconhecesse como sua filha, eu só queria era ser como você.

Agora era Hunter que estava chorando.

-Irmãzinha como você foi tola.

-Foi tola em pensar que ele me amaria, mesmo depois de ter provado mais de uma vez que eu era leal à causa dos infernais, ele ainda me dizia que se você estivesse ali, tudo seria bem mais fácil, sabe ele me usou esse tempo todo, ele apenas queria me descartar quando a energia infernal finamente me consumisse por completo já que ele não tinha coragem para usar ela, sei que isso não mudará nada, mas eu peço perdão. –Ela olhou para Oberon e Lyanna. - A todos vocês.

Hunter chorava feito uma criança.

-Vamos irmão, me conceda uma morte rápida. –Ela disse sorrindo entregando na mão do irmão um pingente igual ao de Hunter.

Hunter o fechou na mão com força.

-Adeus irmã.

-Adeus Irmão. –Ela disse.

Parecia que finalmente ela tinha voltado a ser aquilo que ela era quando era criança, mesmo que por pouco tempo, Hunter tinha ficado feliz em se lembrar dos bons momentos com ela.

-Praebet Atrox. –Disse Hunter sussurrando.

Os olhos de Dianna brilharam um pouco, o sorriso sincero na boca dela não se fez nem em seu ultimo suspiro, a luz foi apagada pelo fechar dos olhos da irmã de Hunter. O garoto abraçava o corpo da irmã com força, ele agora se esquecera de tudo que Dianna havia feito a ele, sentia pena da garota.

-Hunt, precisamos ir.

Ele olhou para o pingente da irmã que estava na sua mão.

-Confla et mutare figuran.

Uma chama prateada crepitou em sua mão, durou alguns segundos e logo se extinguiu. Hunter estendeu a mão para Lyanna, na mão do garoto estava um pequeno anel com uma rosa gravada.

-Pegue, não está quente.

A garota pegou o anel.

-Mas Hunt...

-Minha irmã não vai mais precisar de sua regalia. –Ele disse se levantando com o corpo de Dianna. -Vamos até o navio, assim que entrarmos, eu conjurarei um portal para Tenebris, quero enterrar a minha irmã em nossa casa.

-Estaremos com você lá. –Disse Oberon colocando a mão no ombro do amigo que ainda derramava lagrimas sobre o corpo da irmã morta.


Notas Finais


Caramba quem diria isso, Dianna se arrependendo por tudo, se bem que foi tarde demais para isso. O que estão achando da historia? Espero que estejam gostando.
O próximo arco não terá tanta politica envolvida, será mais...tenso.
Espero que tenham gostado desse arco, me diverti muito escrevendo ele, confesso que algumas cenas eu gostaria de ter feito melhor, mas ficava com receio do capitulo ficar focado apenas na tal cena.
Posso já prometer uma coisa, quem gostou desse arco vai gostar mais ainda do próximo,
Bem valeu por tudo até agora.


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