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História Princess finds Princess - Capítulo IX


Escrita por: explicts

Notas do Autor


Sei que alguns pensaram que eu apenas queria chamar atenção, mas não. Realmente estava decidida a excluir as adaptações. Mas aqui estou, obrigada pelos vários tapas na cara em forma de comentários e mensagens, foi muito bom saber que a maioria se agrada com o rumo das coisas.

Capítulo 11 - Capítulo IX


Fanfic / Fanfiction Princess finds Princess - Capítulo IX

''O essencial é invisível aos olhos e só se pode ver com o coração."

(O pequeno príncipe)

~~

Quando eu era pequena, meu pai costumava me dizer que eu poderia ser o que eu quisesse. Eu poderia ser uma pilota e viajar pelo mundo. Ou então um astronauta e conhecer as estrelas.

Algumas vezes eu gostava de me imaginar voando pelo céu, pois lá nenhum mal poderia me atingir. Eu gostava de pensar nisso. Gostava de pensar que se eu voasse bem alto e longe, nunca sentiria dor ou tristeza. Por isso, uma das maiores decepções que eu tive quando cresci, foi que tudo isso não passava de pensamentos. Eram somente coisas de crianças. E coisas de crianças são bobas, após um tempo.

Mas eu gostava de quando era somente uma criança. Gostava de quando minhas preocupações e medos eram puros e bobos. Eu gostava de ser livre e poder fazer as coisas que bem queria, sem precisar me preocupar com o que falariam. E, nesse momento, eu gostaria de que fosse assim também para a vida adulta. Ou quase adulta.

Encarava a televisão sem nenhuma expressão, fotos de péssima qualidade minha e de Lauren eram a notícia do dia. Sinto saudades de quando as pessoas davam atenção para coisas realmente importante, como o aumento da taxa de mortalidade infantil ou a fome na África. Coisas importantes. Notícias importantes. E não o possível caso entre duas princesas.

- Eu estou na merda. - Choraminguei, escondendo meu rosto em minhas mãos.

A mulher da televisão continuava falando sobre as fotos. Analisando-as e debatendo com mais dois homens sobre as imagens. Especulando se aquilo era somente uma amizade ou algo além disso.

É claro que era algo alem da amizade, sua idiota. Por acaso amigas ficam dessa forma?!

Suspirei, desligando a televisão e pegando meu celular. Eu não sei quando eu comecei a receber tanta notificação, mas estava me deixando louca. Eu preciso desativar isso ou meu celular vai explodir.

Desbloqueei a tela no mesmo momento em que ele começou a tocar. Louis.

- Alô?

- Camila Cabello! O que está pegando? - Sua voz soou estridente e eu franzi as sobrancelhas, fazendo uma careta.

- Do que você está falando?

- Da notícia que está em todos os jornais e revistas! Mila, que porra é essa? Desde quando cê ta pegando a Sra. Odeio-O-Louis?

- Ah, Lou... Merda. Eu..  - Suspirei, sem saber o que realmente falar.

- Uh, certo. Eu com toda a certeza não esperava ouvir isso -  Ele ficou em silêncio por alguns minutos - Já sei. Por que não vem aqui no Sujeirinha? A gente vai abrir só daqui meia-hora.

- Você tem certeza? - Perguntei, já me levantando.

- Claro, duh. Vou ligar pra Ally e chamar ela pra vir também. Estarei te esperando, gata! - E com isso Louis finalizou a ligação, me deixando um pouco aliviada. Eu realmente precisava conversar com alguém.

Sai de casa, agradecendo mentalmente o fato de que não havia nenhum paparazzi por ali. Pelo menos nenhum visível.

Eu pretendia ir andando até o Sujeirinha, já que era aqui do lado, mas foi só eu colocar o pé pra fora de casa que Green abriu a porta do carro que, aparentemente, era meu. Ele saiu de lá junto do segurança novo que tinha cara de mal amado e em questão de segundos os dois armários estavam parados na minha frente.

- Uh... Eu vou no Sujeirinha. A pé... Então.. - Falei, um pouco incerta. Eu não estava acostumada a avisar alguém, além do meu pai, para onde iria.

Os dois somente assentiram e eu suspirei, dando de ombros e trancando a porta, começando a andar. Com eles me seguindo de forma ágil. Santo Deus, nunca irei me acostumar com isso.

O caminho foi rápido e estranho. Por onde eu andava, as senhoras me encaravam um tanto admiradas e as famílias me fitavam como se eu fosse uma celebridade. Pareciam com medo de se aproximarem de mim.

Assim que cheguei à rua pouco movimentada do Sujeirinha, fiz um agradecimento mental. Não aguentava mais os olhares em mim.

Havia uma pequena placa na porta. Fechado dizia na placa. Em letras grandes e coloridas. Se eu bem me lembro, o Louis que havia feito ela.

Abri a porta e deixei com que o ambiente agradável me embalasse, as letras gritantes pela voz de Lady Gaga dominavam praticamente a lanchonete, enquanto um Louis animado cantarolava, balançando a cabeça.

- Cheguei! - Avisei, fechando a porta. Green entrou comigo e o outro segurança ficou do lado de fora.

Louis olhou para trás e sorriu, pulando da bancada onde estava sentado e vindo me abraçar.

- Hey, Mila! Como está a princesa mais gata de todas? - Piscou, apertando minha bochecha.

- Para com isso! - Bati em sua mão, fazendo-o rir.

- Ally disse que logo chega. Ela parecia ocupada. - Louis explicou e eu assenti, o seguindo até a bancada e me sentando no banco.

Louis deu a volta na bancada, indo para o outro lado dela e batendo na pequena campainha que tinha na janela, sendo que por ela era onde se fazia e retirava os pedidos.

- O que foi, garoto atentado? - Uma das cozinheiras, que eu não me lembrava o nome, apareceu ali, rindo.

- Uma porção de batata e duas cervejas, Jesy! - Louis pediu e ela apenas assentiu, dando um breve aceno para mim, o qual eu retribui amigavelmente.

- Eu acho que realmente preciso de uma cerveja - Suspirei, colocando meus cotovelos na bancada e posicionando meu rosto entre as mãos.

- Tudo bem.. Sua cara não ta muito legal. Conta, aquela notícia não era pra ter saído, né?

- Não! Eu nem sei como tiraram fotos nossas. Até onde eu pensava, só tinha famoso ali, sabe? Eu não sei como conseguiram aquelas fotos, Lou. E eu não sei o que fazer. Eu não sei se o pai da Lauren já viu, o que é provavelmente já aconteceu. E isso não é bom, porque ele pediu para eu me afastar da Lo. Eu-Eu.. Como eu fui entrar nisso?! - Desabafei, sentindo um nó em minha garganta.

Louis suspirou, levando o dedo na boca e mordendo a unha que estava preta.

- Bom, eu acho que antes de tudo você deveria ligar para Lauren e perguntar, casualmente, se está tudo bem.

- Mas -

- Eu não terminei, Camila. Presta atenção. Você não comanda essas coisas de sentimentos. Você sabe bem disso. Se o seu coração decidiu acelerar por uma princesa metida, então não vai adiantar você lutar contra isso. Porque não importa o quanto você tente fugir, o sentimento sempre vai estar ai dentro de você. - Respirou fundo e continuou - E se ela gosta de você também, o que, aparentemente, ela gosta, então é só deixar rolar! Só tenta ser menos público, porque agora o mundo ta em cima de você e qualquer coisa que você fizer vai virar notícia.

Louis sorriu ao final do que disse, enquanto eu tentava absorver suas palavras.

- Eu sempre me esqueço de como você é bom com as palavras. - Falei, por fim. Louis deu um sorriso reconfortante e passou os dedos pelos fios do meu cabelo.

- São apenas experiências, Mila. Eu provavelmente já tive mais experiências amorosas do que deveria. Isso acaba ensinando algo pra gente. - A campainha então tocou, fazendo Louis virar para a janelinha e pegar a porção de batata e as bebidas. Ele colocou tudo sobre a bancada e eu rapidamente peguei a cerveja, abrindo a garrafinha e dando um gole na bebida.

- Eu ainda nem tenho o número da Lauren, Lou. Foi tudo tão rápido, como é possível? É tão estranho! - Suspirei, pegando uma batata-frita e comendo.

- Essas coisas são assim mesmo. Você pisca e puf, se fodeu. Seu coração recebeu a flecha do cupido da forma mais brega que isso possa soar. - Falou seriamente, fazendo uma careta.

- Isso foi bem brega, você sabe. - Ri e ele jogou uma batata em meu rosto.

- O que posso fazer? Lauren me deixou assim. - Suspirou apaixonadamente e eu sorri.

- Como está o seu amor?

- Bem. Ele está estudando, você sabe. Mas ele entrou em uma briga ontem no bar, com um cara estranho. A sorte foi que eu o puxei antes dele entrar em problemas. - Falou um pouco preocupado e eu sorri amigavelmente.

- Claro, ainda bem que você estava lá por ele.

- Ei, o que acha de ir ao bar amanhã? Você pode levar sua princesa metida e as amigas engraçadas dela. É um bar bem desconhecido, então não terão fotos de vocês duas se pegando. - Perguntou animada e eu assenti.

- Tudo bem.. Mas.. Bom, eu preciso do número da Lauren, antes de tudo.

Louis não escutava mais o que eu falava, ele simplesmente encarava a porta um pouco surpreso, um sorriso malicioso surgindo em seu rosto.

- Acho que você não vai precisar disso, querida. - Ele apontou com o rosto para a porta e eu virei meu corpo, no momento exato em que Lauren abriu a porta e varreu o ambiente com o olhar, parando assim que me encontrou.

Oh, bem... Isso é inesperado.

- Ao que devo a honra da presença da realeza em minha humilde lanchonete? - Louis falou um pouco alto, causando uma careta em Lauren.

- Camila Cabello, eu vim te buscar. - Lauren falou simplesmente, ignorando Louis, o que o fez rir.

- Mais já?! Eu e a Mila estávamos conversando sobre beijos. Qual seu tipo de beijo favorito, Lauren? Beijo grego? - Ele provocou e eu tentei ao máximo segurar uma risada.

Lauren bufou, caminhando até onde eu estava sentada e cruzando os braços.

- Podemos ir? - Me perguntou.

- Ei, é serio, qual sei beijo favorito? - Louis riu e Lauren apenas lhe deu o dedo, me olhando irritada - Uou! Garota de atitude! Gostei.

- Ok, eu vou. - Revirei os olhos - Tchau Lou, obrigada pela conversa! - Me estiquei sobre a bancada e dei um beijo na bochecha do garoto, escutando uma reclamação de Lauren.

- Vai lá gata! Me manda uma mensagem depois confirmando sobre amanhã! - Louis sorriu animadamente e eu assenti, andando na frente de Lauren. Mas ela praticamente correu para o meu lado, colocando uma mão em minha cintura e olhando mortalmente para Louis, que apenas riu.

Eu não pude evitar um sorriso.

Saímos da lanchonete, com Green logo atrás de nós, encontrando o outro segurança conversando com os dois seguranças de Lauren.

- Onde vamos? - Perguntei, virando o rosto para encara-la.

Lauren sorriu timidamente, olhando para o chão.

- Você sabe.. - Sussurrou, fazendo-me sorrir.

- Certo, tudo bem então. - Apertei seu nariz levemente e me soltei de sua mão, indo até o carro dela que estava ali. - Green, eu vou sair com a Lauren, não precisa vir junto, ok?

- Vocês estão livres pelo resto do dia. - Lauren falou para os quatro seguranças e caminhou até o carro, destravando-o.

No momento em que entramos no veículo e ela começou a dirigir, eu me virei um pouco no banco para encara-la e perguntar algo que estava me intrigando.

- Lauren? - A chamei.

- Sim?

- Como sabia onde eu estava? - Falei sem delongas e suas bochechas rapidamente ganharam um tom avermelhado.

- Bom.. Eu fui até a sua casa e não tinha ninguém lá, então eu pedi para a Mani perguntar a Ally onde você estava, já que eu não tenho seu número. Mas ai a Ally me ligou e explicou onde você estava e... Bom, foi isso. - Explicou um pouco tímida e meu sorriso final estava tão grande que eu coloquei uma mão sobre minha boca, tampando-o. Lauren olhou para mim rapidamente e sorriu - Não esconda seu sorriso, ele é muito bonito.

- Eu sei. Você não precisa ficar falando que meu sorriso é bonito. - Revirei os olhos, brincando.

- Então vou falar sobre o seu corpo... - Falou atrevidamente e eu arregalei os olhos, rindo.

- O quê?! Oh Deus, cala a boca! - Lauren gargalhou com isso e eu balancei a cabeça em negação, dando um tapa em seu braço.

Liguei o rádio, procurando por alguma música boa, até chegar em uma que era realmente.. Bonita. E agradável.

- Boa escolha, Cabello. - Lauren elogiou e eu sorri, encostando minha cabeça na janela e deixando a música tomar conta dos nossos pensamentos.

Cause you brought out the best of me

A part of me I'd never seen

You took my soul wiped it clean

Our love was made for movie screens

Lauren cantarolou baixinho, após alguns segundos. Fechei os olhos e sorri, escutando-a cantando junto com a música, enquanto um sentimento diferente aparecia em meu coração, aquecendo-o como fogo.

-x-

Lauren e eu estávamos meio deitadas, meio sentadas, no sofá. Eu estava com a cabeça encostada em seu peito, traçando pequenas linhas imaginárias sobre. Suas mãos brincavam com meu cabelo e minha coluna, enquanto uma música tranquila do Guns N' Roses tocava pelo aparelho Home Theater.

- Você viu as noticiais que saíram sobre ontem a noite? - Lauren perguntou em um sussurro, após alguns segundos de silêncio. Levantei o rosto um pouco, apoiando meu queixo em seu ombro e encarando seu rosto.

- Sim.. - Respondi e vi sua expressão confusa. Seus olhos transmitiam o quanto ela parecia travar uma batalha de sentimentos dentro de si - Lauren, você não precisa deixar isso te perturbar.. Você sabe que a mídia gosta de vender notícias polêmicas.

- Eu sei, é só que.. - Mordeu o lábio, ficando em silêncio por certo tempo - Eu não sei o que é tudo isso, Camila. Toda essa enxurrada de novos sentimentos. Coisas que eu nunca senti e desejos.. Eu só.. Eu me sinto como uma formiga no meio das pessoas. É como se eu estivesse em um quarto, com todos os pisos iguais, onde pessoas maiores que eu saíssem e entrassem, mas eu continuasse presa ali. Eu não consigo chegar na porta, porque os pisos me deixam perdida. Mas agora parece que alguém deixou uma luz cair no chão, iluminando o caminho para a porta. E.. Eu-Eu só sinto medo de chegar até ela e perceber que o que me espera lá fora é um penhasco e não uma salvação.

Lauren desabafou. E seus olhos agora brilhavam como pequenas esmeraldas na chuva. E ela não parecia mais a princesa Lauren. A arrogante e metida princesa Lauren da mídia. Ela somente parecia uma garota. Uma garota de vinte que vive sob os holofotes desde pequena, perdida e assustada. Eu senti meu estômago doer e meu coração falhar uma batida.

- Hey... - Me arrumei, sentando-me e segurando seu rosto entre minhas mãos, deixando nossos narizes quase grudados - É normal você se sentir assim, Lauren. Isso tudo é novo para mim também. Muito novo, na verdade. Minha vida agora é como um pequeno Reality Show, onde todos me observam até se eu vou ao mercado. E eu me sinto perdida como uma formiga no meio de gigantes. E talvez seja por isso que algo surgiu entre nós. Eu não.. Não entendo muito bem disso também, sabe? Mas eu estou disposto a seguir a luz, se você estiver ao meu lado. Por mais insano e estranho que isso possa parecer. Eu somente sinto e...

Então ela me beijou. No exato momento em que uma chuva intensa começou lá fora.

Sua boca esfomeada colidindo com a minha, desejo, confusão, carinho e mais um turbilhão de sentimentos presentes em um simples ato. Minhas mãos foram para o seu cabelo e as suas para a minha cintura, me puxando para o seu colo em questão de segundos. Minhas pernas ficaram uma de cada lado do seu corpo, suas mãos puxando meu corpo contra o seu, enquanto minha língua simplesmente sugava a sua, desejando-a cada vez mais. Meus dedos se enrolaram nos cabelos de sua nuca, puxando levemente, arrancando um leve grunhido dela.

Meu quadril se movia de forma automática. Eu impulsionava meu corpo contra o seu, parando o beijo, minha boca mordendo e chupando seu maxilar e pescoço, sentindo seu sabor e inalando seu cheiro da forma mais intensa que era humanamente possível. Seus dedos gelados entraram em contato com as minhas costas, subindo e descendo pela minha coluna, levantando aos poucos minha blusa. Me afastei do seu pescoço, o suficiente para que ela pudesse retirar minha blusa e jogá-la no sofá.

Voltei a beija-la com necessidade, sentindo cada parcela do meu corpo queimando e pedindo por mais. Seus dedos me tocavam com intensidade, nossas bocas grudadas em tamanho desejo. Eu podia sentir uma ereção em sua calça se formar, fazendo-me impulsionar meu quadril contra o seu, arrancando um pequeno gemido dos nossos lábios. Meus dedos foram em direção as botões fechados da sua camisa, abrindo-a com certa facilidade, nossas bocas ainda grudadas em um beijo esfomeado.

Assim que terminei de abrir os botões, subi minhas mãos pela sua barriga e tórax, lentamente, sentindo sua pele na minha, tocando cada mínimo pedaço do seu corpo que parecia tão em chamas quanto o meu. Minhas mãos abaixaram as mangas de sua camisa sobre seus braços, Lauren terminou então de tirá-la sozinha, colocando-a junto com a minha.

Ela me olhou, sua respiração arfante, seus olhos brilhando intensamente sobre a escuridão da sala.

- Você quer continuar? - Perguntou, sua voz tão rouca e fraca que me deixou incoerente. Apenas assenti, voltando a beijar sua boca, precisando sentir seu gosto nos meus lábios.

Lauren então se levantou, me assustando um pouco. Grudei minhas pernas em volta da sua cintura, meus braços em volta do seu pescoço, enquanto ela me segurava com firmeza contra seu corpo. Nossas bocas permaneciam grudadas enquanto ela andava, nos levando para o andar de cima. Deixando para trás a música do U2 que combinava com o clima que havia surgido.

Desci meus beijos para o pescoço e clavícula de Lauren, deixando-a nos guiar para onde quer que fosse, meus olhos fechados, enquanto pequenos suspiros e gemidos contidos saíam da boca dela ao que eu lambia, sugava e mordia sua clavícula com desejo, querendo gravar aquele momento para sempre.

Senti minhas costas atingindo um colchão macio e meu sutiã ser arrancado sem que eu ao menos percebesse, abri meus olhos encontrando o olhar de Lauren percorrendo meu corpo inteiro. Ela estava parada entre as minhas pernas que estavam um pouco para fora. Seu olhar se encontrou com o meu e eu sorri, assentindo. Suas mãos então foram para o botão da sua calça, enquanto ela a retirava com uma careta. Isso que da usar calças tão justas.

Ela então se revelou somente com uma cueca boxer branca, marcando absurdamente sua ereção. Movi meu corpo para o meio da cama. Lauren mordeu o lábio, tombando o corpo sobre o meu, distribuindo beijos do meu maxilar, pescoço, tórax, até parar em meu seio. Sua respiração quente e agitada atingiu meu seio, causando um pequeno arrepio em meu corpo. Lauren o lambeu, fazendo-me soltar um pequeno gemido surpreso. Ela sorriu, voltando a fazer o mesmo movimento. Sua língua fazia movimentos circulares sobre meu seio esquerdo, enquanto sua mão descia lentamente pela minha barriga, acariciando meu quadril gentilmente com a ponta dos dedos. Seus dentes mordiscaram levemente o lugar sensível, pequenos suspiros sôfregos escapando dos meus lábios. Lauren mudou sua atenção para o outro seio, castigando-o com a língua e dentes da mesma forma, deixando-o tão sensível quanto o outro. Eu conseguia sentir meu pênis dolorido preso dentro da calça jeans.

- Lo.. - Grunhi, puxando seu rosto para cima, para que ela pudesse ver o estrago que estava fazendo com meu corpo somente por chupar meus seios. Ela sorriu, dando uma última mordida nele, passando a beijar minha barriga, até chegar em meu quadril. Seus dedos ágeis abriram o botão da calça jeans e em questão de segundos ela já havia retirado-a, junto da minha calcinha preta, deixando-me totalmente nu e exposta.

Suspirei aliviado ao sentir sua língua me tocar.

- Oh merda - Gritei, minhas mãos indo direto para o seu cabelo, apertando tão forte ali que era possível ver o sangue parando de circular pelos meus dedos, deixando-os brancos. 

Lauren levantou o olhar, encarando-me intensamente enquanto lambia e chupava meu clítoris, se lambuzava com meu líquido natural e chupava mais algumas vezes, me deixando extasiada, a única coisa que conseguia fazer naquele momento era gemer e empurrar o rosto dela contra minha intimidade, estava sentindo meu orgasmo chegar com força total quando Lauren parou seus movimentos.

- Lo eu estava quase  - Falei, incoerente e ela sorriu maliciosamente.

- Só vai gozar quando eu estiver dentro de você. - Falou roucamente, seu corpo voltando a ficar em cima do meu.

Estava pronta para protestar quando sua boca se colidiu na minha, iniciando um beijo preguiçoso ao que ela levou a mão em meu clítoris fazendo movimentos gostosos. Minha mão puxou sua nuca, aprofundando o beijo e o deixando mais quente. Sua língua explorava cada canto da minha boca, e agora sua mão não estava mais me tocando, mas ela passava a impulsionar sua ereção ainda coberta contra a minha vagina, fazendo-nos gemer uma na boca da outra. Minhas mãos desceram pelas suas costas, meus dedos encostando nos cantos de sua boxer, empurrando-a para baixo. Lauren se levantou o suficiente para conseguir tirar totalmente o único pedaço de pano que ainda estava em seu corpo, voltando a deitar em cima de mim e fazendo movimentos lentos contra a minha intimidade sem penetrá-la, enquanto minhas mãos passavam por suas costas, nossas bocas agora grudadas, com apenas gemidos saindo delas.

Mordi seu lábio com força, apertando sua bunda, impulsionando-a mais contra mim. Eu somente sentia que meu coração poderia explodir a qualquer segundo. Lauren desceu beijos pelo meu queixo e pescoço, percorrendo um caminho com saliva até ficar entre minhas pernas. Subi minhas pernas, deixando meus joelhos dobrados, meus pés sobre a cama e abrindo minhas pernas, dando total espaço para ela. Lauren trocava olhares do meu rosto para a minha bunda, abaixando o rosto lentamente, passando a beijar e mordiscar a parte interna da minha coxa.

P. O. V.  Lauren.

Meu coração vai explodir. Ele realmente vai.

Camila é tão bonita. Seu corpo é tão atraente e seu cheiro é viciante. Ela é maravilhosa. Em que mundo eu estava quando pensei que conseguiria manter minhas mãos longe dela? Eu preciso demais. Preciso dela por inteiro e pedindo por mim. Desejando por mim a tocando.

- Você pode.. - Camila sussurrou e eu impulsionei meu dedo para dentro dela, sentindo sua entrada se contrair contra ele, apertando meu dedo.

Movi meu dedo para fora, penetrando novamente, escutando pequenos gemidos de Camila. Encostei então minha testa na dela, abrindo os olhos e encontrando seus pequenos olhos castanhos me fitando intensamente, como se pudessem ver minha alma. Beijei sua boca com uma necessidade sufocante, minha língua se enrolando na dela, sugando-a, enquanto meu dedo entrava e sai de sua pequena e apertada boceta.

- Mais... - Camila murmurou contra minha boca, seus dedos puxando meu rosto mais contra o seu, sua boca mordendo meu lábio e me beijando com fervor. Retirei um dedo de sua entrada e massageei sua intimidade, enfiando dois de uma vez, recebendo uma mordida forte em meu lábio. Sorri contra sua boca, meus dedos alargando sua boceta o máximo que podiam.

Após alguns segundos, enfiei outro dedo. Agora eram três alargando Camila, enquanto ela apenas soltava gemidos com a boca grudada na minha, chupando meu lábio com força. Camila gritou, denunciando que eu havia encontrado seu ponto g. Passei tocar somente aquele ponto esponjoso, fazendo movimentos rápidos e torturantes, sentido Camila tremer abaixo de mim. Meu pênis essa hora já estava praticamente vazando pré-gozo, ele precisava de atenção, mas eu estava inebriado pelo prazer que causava em Camila Era magnífico saber que eu a estava deixando nesse estado.

- Lo, eu preciso de você agora. - Camila grunhiu e eu retirei meus dedos, fiquei de joelho entre suas pernas e peguei o pacote de camisinha. Camila puxou ele da minha mão e o abriu apressada, colocando em meu pênis e me masturbando lentamente. Um gemido alto saiu dos meus lábios ao sentir seus pequenos dedos tocando minha ereção vermelha e molhada. Empurrei seus ombros na cama, segurando meu pênis e o posicionando em sua vagina. Encarei seu rosto e seus olhos transmitiam pura luxúria e prazer. Isso foi o suficiente para que eu entrasse de uma vez nela, sentindo sua entrada se contrair em volta do meu pênis.

- Porra, você é tão apertada. Mesmo depois dos meus dedos em você. - Grunhi, sentindo o braço de Camila me puxar para cima dela. Enterrei meu rosto na curva do seu pescoço, mordendo o local com força. Comecei a me mover lentamente, para que ela se acostumasse.

Minha boca sugava seu pescoço, lambendo e mordendo. Camila então envolveu as pernas em torno da minha cintura, me prendendo ainda mais dentro dela. Grunhi contra seu pescoço, apertando minhas mãos no lençol e começando a estoca-la com força. Senti seus dedos apertando meus braços, arranhando meu ombro.

- Merda, Lauren. Oh, Deus. Porra - Gemeu descontrolada.

- Tão apertada, tão boa. Camila. - Beijei seu pescoço, descendo uma mordida para sua clavícula.

- Mais rápido. Eu preciso de mais. - Ela apertou meu braço, fazendo com que eu perdesse o que restava de sanidade. Levantei meu corpo e encarei seu rosto, minhas mãos foram em direção ao seu quadril e eu a puxei com força contra o meu. Eu sentia fogo em cada parcela do meu corpo. Em meio a estocadas, encontrei seu ponto esponjoso novamente e passei a surra-lo com força. Eu não sabia mais o que saía da minha boca ou da de Camila, eu só conseguia me focar em foder a sua boceta que havia engolido meu pênis de forma tão gostosa que me deixava insana.

Suas unhas longas castigavam minhas costas e nuca, puxava meu cabelo com força a cada estocada funda que eu dava.

Era isso que preenchia o ambiente.

O som da chuva torrencial lá fora.

As notas de algum rock fodido no andar de baixo.

Os gemidos altos e xingamentos que eu e Camila falávamos, junto do barulho do seu quadril contra o meu. A intensidade com que minhas bolas praticamente se esmagavam contra ela.

Em meio a gemidos, mordidas, chupões e arranhões, Camila gritou meu nome quando finalmente teve seu orgasmo. Seus olhos fechados, a franja grudada em sua testa e sua boca agora vermelha e inchada foram o suficiente para me fazer estocar com força uma última vez, gozando logo em seguido dentro da camisinha. Meu corpo caiu em cima do dela e eu fechei os olhos, tentando regular minha respiração.

Aos poucos consegui retirar meu pênis de dentro dela, tirando a camisinha e dando um nó, jogando-a no lixo. Deitei ao seu lado e puxei seu corpo para o meu, nossas pernas ficaram uma bagunça entrelaçadas e seu rosto descansava em cima do meu peito suado.

Ficamos em silêncio por algum tempo, apenas acalmando nossas respirações. Eu pensei que Camila havia dormido, até que ela grunhiu e escondeu o rosto em meu peito.

- O que foi? - Perguntei, meus dedos subindo e descendo pelas suas costas.

- Não quero ficar dolorida depois. - Grunhiu, a voz saindo abafada. Eu acabei rindo disso.

- Bom, foi a primeira vez, então eu não fui bruta. Mas das próximas... - Deixei a frase no ar e ela levantou o rosto, arqueando uma sobrancelha.

- E quem disse que terão próximas vezes? - Sorriu debochada e eu puxei seu corpo para mais perto, apertando ela em um abraço.

- E quem disse que não terá? - Respondi desafiadora e ela sorriu torto.

- Só porque você tem uma boca ótima, tudo bem?

- Ah, sim. Claro. - Revirei os olhos, rindo junto dela.

Eu não sabia o que era isso que estava nascendo entre eu e Camila. Eu só sentia. E sentir algo por ela não parecia tão errado como meu pai disse. Talvez ele houvesse desistido dessa ideia de me impedir de ver Camila, já que não havia falado nada comigo sobre as últimas notícias. Então, talvez mamãe realmente estivesse certa. Tudo ficaria bem, enquanto eu estivesse essa garota que apareceu do nada em minha vida e me deixou completamente fora de mim.

Encarei seus olhos brilhantes e sorri, a beijando preguiçosamente, somente sentindo meu sangue aquecer e meu coração dar pequenas falhadas com um sentimento que crescia em mim.

P. O. V. Narrador.

Michael deu duas batidas na porta velha de madeira. Sua testa estava enrugada e uma expressão de nojo permanecia presente em seu rosto. Ele odiava aquele lugar, mas, infelizmente, era o único local onde podia se encontrar com seu antigo parceiro sem correr riscos de ser pego. Estava uma noite imensamente gelada, sendo possível ver a fumaça que saía de seu nariz a cada respirada funda. Além do mais, estava absurdamente escuro. Não tinha nem ao menos luzes naquele fim de mundo. Michael se perguntou como alguém conseguia viver naquele lugar. Era tão silencioso que podia-se ouvir os choros das crianças dentro de suas residências, junto do latido do cachorro que morava atrás da lata de lixo. Um lugar pobre demais para alguém como ele.

- Você veio mesmo, Duque. - Hadolf falou surpreso, encarando a figura impecável de Michael à sua porta. Parecia um personagem de filme posto em um cenário errado.

- Eu disse que viria. - Michael revirou os olhos - Eu tenho alguns planos em mente.

Dizendo isto, Hadolf permitiu que o velho amigo entrasse, fechando a porta calmamente e sentando-se no sofá empoeirado da pequena sala. Michael fez o mesmo que ele, não evitando uma careta ao se sentar ali.

- Então, quer alguma coisa? Água, café..? - Hadolf perguntou educadamente, um pouco ansioso com a conversa que teria.

- Não, eu quero ser direto e sem delongas. - Michael suspirou - Irei dar um baile no palácio. Eu preciso convencer o Rei de que estou ao lado dele quanto suas expectativas sobre Camila Cabello ser a futura dona da coroa. Portanto, considerando os últimos acontecimentos infelizes em que Lauren entrou, decidi dar um baile, onde serão convidados rapazes e as jovens solteiras mais bonitas do mundo, sendo todas famosas, é claro. Ou quase todas.

Hadolf uniu as sobrancelhas, confuso. Ainda não havia entendido em que momento se encaixaria naquilo.

- Certo.. E onde eu entro nesse assunto?

- Bom, obviamente eu preciso de algum garoto bonito o suficiente que distraia Camila e roube um beijo dela. Um vigarista, pode-se dizer. Alguém desconhecido. E até onde me lembro, você tem um sobrinho que trabalha por dinheiro. - Michael sorriu um tanto mortal e Hadolf finalmente passou a compreender o que ele estava falando.

- Oh.. Você quer que eu chame o Shawn? - Perguntou, somente para ter certeza.

- Sim! - Respondeu animado - No momento em que Lauren ver aquela pequena bastarda beijando um garoto, ficará com raiva e irá desistir dessa ideia ridícula que surgiu em sua mente de ficar com Camila.

Oh. Bem. Isso mudava as coisas para Hadolf.

- Bem.. Isso é diferente, mas eu posso dar um jeito, sim. Irei falar com o Shawn. Quando será o baile?

- Daqui uma semana. Você tem uma semana para resolver isso, Hadolf. Eu não quero ser tão cruel assim com Camila Cabello, mesmo que a menina petulante mereça sofrer. No momento em que Lauren vê-la beijando o garoto, irei estar por perto e farei a cova de Camila. A garota é tão fraca que desistirá da ideia de se aproximar de Lauren ou da coroa. Então tudo estará nos eixos novamente. - Michael explicou, cruzando as mãos sobre seu colo.

- Mas.. E se não funcionar? - Hadolf perguntou e Michael fez uma careta.

- Bom... Então teremos que partir para a dor física. E vai ser nesse momento que você entrará com seus homens. - Respondeu friamente, surpreendendo um pouco o amigo.

Hadolf não se lembra quando Michael se tornou tão ambicioso e invejoso. Tão frio e cruel. Talvez fosse em algum momento quando percebeu que poderia ser Rei de uma forma um tanto indireta. Era um homem inteligente que conseguia manipular todos ao seu redor com a sua fala convincente. Inclusive a própria filha. E somente assim conquistaria o que tanto desejou por esses anos.

Hadolf nunca lhe negou ajuda, apesar de tudo. Fez coisas realmente cruéis para ver o amigo feliz. E para conseguir seu dinheiro. O qual havia perdido totalmente por gastar em bebida.

- Eu não terei que matá-lo, não é Mike? Você sabe que odeio fazer esse tipo de coisa. - Hadolf perguntou, após alguns minutos de silêncio.

- Eu espero que não. Mas ninguém fica no meio dos meus planos, Hadolf. Ninguém. - Respondeu duramente.

Michael realmente tinha um plano feito.

Montado.

Planejado e bem estruturado.

Entretanto, os acontecimentos futuros não seguiriam seus desejos.



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