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História Príncipe Styles - Jewel



Capítulo 11 - Jewel


Por que a neve é branca? Porque ela esqueceu sua cor, ele havia dito.

Mas o que raios isso queria dizer? Como a neve pode se esquecer de algo? E porque ela mudaria de cor? Significa que ela não era branca de verdade?

Essas perguntas me rodeavam. O que o príncipe quis dizer com essa metáfora? E por que ele quer que eu a entenda?

Ah, eu vou ficar louca.

Assim que ele foi embora, meu pai veio me perguntar o que eu havia achado dele. Tive que responder formalmente, claro. "Um cavalheiro com muito conhecimento a oferecer" foi uma das coisas que eu disse. Pedi licença e fui para o quarto. Eu estava passando mais tempo nele que o normal e meu pai não iria gostar.

Mary apareceu para colocar uma bolsa de água quente nos meus pés e me desejou boa noite assim que anoiteceu. Eu fechei os olhos, mas fiquei horas e horas rolando na cama pensando em cabelos encaracolados e olhos verdes.

(...)

No dia seguinte, tive que fazer o possível para esconder as olheiras que rodeavam meus olhos. Truques de maquiagem infalíveis entraram em ação naquela manhã.

Quando o príncipe Styles chegou, exatamente as 15:00 horas, os guardas abriram o portão para que ele pudesse entrar com seu carro.

Ele me cumprimentou formalmente, ciente dos guardas atrás de nós e nos dirigimos para a parte de trás do palacio, onde não havia ninguém além dos 12 alvos montados, nem mesmo meu pai.

  - Pensou no que eu disse? - ele perguntou enquanto arrumava seu arco composto.

  - Sobre a neve? Devo declarar que foi a coisa mais difícil sobre a qual pensei. Não cheguei em uma resposta.

  - Foi o que pensei. Você vai chegar em uma resposta assim que precisar obter uma.

  - Não há resposta certa?

  - Não. É a melhor metáfora de todas, pois ela tem um milhão de respostas diferentes. Cada pessoa pode formar a sua resposta, dependendo do ponto de vista. E pela resposta dela, você pode a conhecer melhor.

  - Por quê?

  - Porque você vai saber como ela pensa. - ele me olhou. Seus olhos verdes eram iluminados pelo sol da tarde.

Não respondi, apenas mirei no alvo, que já estava mais longe do que antes.

Acertei.

  - Bom. Por que não tenta aumentar o ângulo assim...? - ele se posicionou atrás de mim e ergueu meus cotovelos alguns centímetros. Seu rosto estava novamente perto do meu e eu conseguia ouvir sua respiração.

  Ele virou o rosto na minha direção. Deus, como ele é lindo. Os traços da sua boca, perfeitos. Por que eu estou noiva?

Era a centésima vez que eu me perguntava isso.

  - Pode soltar, Sweet. - ele disse baixo. Sua voz rouca me causou arrepios, mas eu me forcei a prestar atenção no alvo. Rezei e soltei.

Na mosca.

  - Obrigada - falei.

  - Você é boa. - ele disse se afastando e me fazendo ter uma sensação de vazio ao meu lado. - Quase tao boa quanto eu. - sorriu se gabando. 

  - Vou ser melhor, não se preocupe. - eu ri.

   - Aluna melhor que o professor? Pago para ver.

  - Tudo bem. Adoro desafios.

  - Te dou um mês para melhorar.

  - Bom... Quando eu me tornar melhor do que você, meu pai provavelmente vai te dispensar. Não faria sentido eu ser melhor que meu professor.

  - Nesse caso, eu consigo esperar um tempo para você se tornar melhor.

  - Quanto tempo?

  - Muito - me encarou com suas duas esmeraldas.

  - "Muito" pode ser relativo. - dei de ombros.

  - Quando eu digo muito, é muito mesmo. - ele soltou uma risadinha.

  - Bom, nesse caso, tudo bem - eu disse.

Não me importaria de ter aulas com ele todos os dias por anos e anos.
Tomei um choque de realidade quando percebi que esses "anos e anos" não aconteceriam. Eu pararia com todas as atividades quando me casasse. Obrigações do palácio e do reino me esperavam. Fora os filhos.

Engoli em seco.

  - Algo errado, princesa? - ele perguntou, chegando mais perto.

  - Não, está tudo bem.

  - Não minta para mim. - colocou a mão em meu braço e minha pele formigou. Era assim que eu reagia ao toque dele.

  - Eu não... - suspirei - Não teremos tanto tempo assim - eu disse e vi suas pupilas diminuírem.

Ele havia entendido.

  - Sua vida vai parar - ele falou - Você vai deixar de viver e vai só... Existir.

  - É uma boa definição.

  - Não brinque com isso. Eu estou falando sério. Você está acostumada com tudo isso aqui - fez um gesto abrangente - E gosta disso. Quando sua vida mudar completamente, não será mais você. Você se tornará uma outra pessoa.

Eu baixei a cabeça. Ele estava certo.

  - E seu jeito é precioso demais para simplesmente ser jogado fora. Seu sorriso é lindo demais para deixar de aparecer em seu rosto e você é perfeita demais para simplesmente viver uma vida que não é sua. - conforme ele falava, ia chegando com os lábios perto da minha orelha. Mais um choque elétrico percorreu meu corpo.

Meu coração acelerou. Ele havia dito tudo aquilo? Por ser uma princesa, eu estava acostumada a elogios, que muitas vezes poderiam ser falsos e não me causavam euforia.

Mas, vindo dele, as palavras pareciam se encaixar perfeitamente em seus lábios e saíam com uma naturalidade absurda. Eu sentia que era verdadeiro, o que só me deu mais vontade de beijá-lo.

  - Você é uma jóia, princesa. Uma jóia linda e brilhante. Não deixe ninguém te moldar para fazer um simples anel.

E foi nessas palavras que eu fiquei pensando a noite toda


Notas Finais


Oieee
Demorei muito de novo eu seeeeeeei
Mas hoje tenho o dia todo livre e se mais idéias surgirem eu volto aqui!

Kisses


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