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História Príncipe Styles - Wrong



Capítulo 12 - Wrong


   - Filha, por que não leva o príncipe para conhecer o palácio hoje? - meu pai perguntou. Já fazia uma semana que o príncipe havia me falado da tal metáfora da neve, para a qual eu ainda não tinha achado uma resposta. Estávamos sentados à mesa, almoçando.

  - Ele virá? - perguntei - Hoje é feriado, papai.

  - Ele insistiu em vir todos os dias. Não posso dizer não. Mas, por hoje ser feriado, por que não tira um tempo para mostrar a ele o palácio?

  - Parece uma boa ideia. - sorri - Ele já ligou avisando que viria?

  - Sim. Deve chegar daqui a uma meia-hora, se não me engano.

  - Bom, tudo bem.

  - Preciso sair para resolver uns assuntos na cidade. Ficará bem sozinha aqui com ele?

  - Não estarei sozinha. Temos os criados e os guardas.

  - Sim, tem razão. Com licença. - eu disse e me levantei da mesa para ir trocar de roupa e escovar os dentes.

Deus, eu não deveria estar feliz! Assim que as coisas para o casamento estiverem prontas, ele será realizado e eu morarei no mesmo palácio que o príncipe Styles. Sem ter suas aulas de arco-e-flecha, sem beijos roubados, sem suas mãos em volta do meu corpo. Sem nada.

Depois de pronta, com um vestido azul  até um pouco acima do joelho, desci as escadas e dei de cara com o príncipe bem no centro da sala. Ele deve ter me escutado, pois se virou assim que eu cheguei.

E com aquele sorriso no rosto.

  - Espero não ter assustado Vossa Alteza. - ele disse, tirando a mão de trás das costas e vindo até mim.

  - Não me assusto fácil, mas fui pega de surpresa, admito.

Ele se curvou e beijou minha mão.

  - Vai treinar de vestido? - ele perguntou, me analisando de cima a baixo, mas sem perder o respeito.

  - Claro que não. Se eu fosse treinar. - eu disse - Hoje é feriado, não devia ter vindo.

  - Esse não é o melhor jeito de mandar uma pessoa ir embora - ele disse. Parecia decepcionado.

  - Oh, não! Não estou te mandando embora. Mas, para que ter todo o trabalho de vir até aqui enquanto poderia estar em sua casa com seu... pai? - engoli em seco.

  - Valeu a pena. - só então percebi que nossas mãos ainda estavam juntas

  - Vem. Quero te mostrar o palácio. - falei, tentando mudar de assunto e me dirigi para outro cômodo da casa. Não me virei para ver se ele me seguia, eu sabia que sim.

Mostrei a ela a enorme sala de estar, mostrei o lugar onde ficavam os aposentos, a sala de jantar, o salão de festas, a  cozinha, onde estavam a maioria dos empregados, inclusive Mary, a quem dei um sorriso quando passei por perto. De lá, fomos para o quintal. Nele havia um labirinto feito de arbustos que eu sempre amei quando criança, e ainda amo. Já passei dias inteiros lá para me esconder do meu pai no jogo de esconde-esconde quando ele brincava comigo. Quando minha vida não era um peso.

  Olhei para o príncipe Harry sorrindo, e imediatamente saí correndo para dentro do labirinto, que eu conhecia de cor e salteado. Fiz várias curvas e quando ia chegar ao centro dele, fui para o outro lado, ainda correndo.

Eu ouvia os passos apressados de Harry na grama, e sua risada me fazia rir também enquanto corria.

  - Princesa? - ele chamou. Ele estava bem perto, talvez a um ou dois corredores de distância, mas ele não sabia disso. 

  - É só Leah. - gritei de volta segurando o riso. Para quê tanta intimidade?

Voltei a correr quando escutei seus passos, mas dessa vez, andei mais rápido de costas para o caso de ele chegar bem na minha frente.

Só me esqueci de uma coisa, bem atrás de mim havia uma outra entrada, e foi por ela que Harry entrou e se posicionou atrás de mim, o que fez com que eu desse de cara com ele quando  me virei.

  - AH!  - soltei um pequeno grito - Que susto!

  - Shhhh! - ele colocou a mão em minha boca - Se te ouvirem gritar, vão pensar que estou te matando aqui!

Eu ri baixo e ele retirou a mão devagar. Nossos olhares não se desgrudaram por um segundo sequer enquanto ele se aproximava.

  Harry passou a mão pelo meu rosto novamente e sorriu.

  - You are so beautiful to me - ele começou a cantar baixinho

Eu conhecia aquela música.

  - Can't you see? Oh... - ele foi abaixando cada vez mais o tom de voz e eu fechei os olhos, apenas sentindo sua mão em meu rosto. - You're everything I hope for, and you're everything I need, yeah.

  - You are so beautiful to me - abri os olhos e cantei a última frase com ele, que sorriu.

  - Sabe que estamos errados, não sabe? - perguntei.

  - Sei. Sei, sim. O certo é chato.

  - Mas o certo é certo.

  - E o errado é melhor

E, pela primeira vez, me beijou de verdade


Notas Finais


aeeeeeeeeee finalmeeeeeeeeeeeeeeente


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