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História Príncipe Styles - Its time



Capítulo 30 - Its time


("O livro do amor é longo e chato. E foi escrito há muito tempo atrás. Está cheio de flores e caixas em forma de coração e de coisas que somos jovens demais para saber")

 

Exame de sangue. Era isso que meu pai estava pensando em fazer assim que chegamos o hospital.

E não era um hospital comum, era um que todas as pessoas importantes iam. Duques, reis, rainhas, ministros, e por aí vai. E se meu pai pedisse segredo sobre o que acontecia dentro daquelas paredes e alguém deixasse escapar, seria preso.

O motivo daquilo? Eu não fazia a mínima ideia.

Assim que chegamos, percebi que havia apenas três pessoas na sala de espera. Meu pai foi até o balcão, trocou algumas palavras com a recepcionista, que assentiu e se levantou, abrindo uma porta de vidro que ficava atrás do balcão. Ela nos guiou por ai, percorremos uns corredores, entramos em uma sala onde havia um doutor. 

  - Espere aqui. - meu pai disse enquanto eu fechava a porta atrás de mim, e eu me encostei nela enquanto meu pai novamente trocava algumas palavras com o doutor. Eu não conseguia ouvir o que eles diziam, só soube que era de mim quando o doutor olhou para mim umas três vezes enquanto meu pai falava.

O doutor, que não aparentava ter mais de 30 anos, assentiu pela última vez antes de me chamar para perto. Meu pai saiu da sala dizendo que ia esperar lá fora.

Fiquei meio desconfortável de ficar com o doutor Petterson, pelo menos era isso que eu havia lido em seu jaleco, afinal, eu não sabia o que meu pai havia dito de mim a ele. Nem se eram coisas boas.

  - Prazer, sou o doutor Petterson - ele estendeu a mão, e eu apertei. - Princesa Leah?  

  - Sim. Só Leah, por favor.

  - Como quiser. Venha, sente-se. Vou retirar uma pequena amostra do seu sangue e mandar para o laboratório. Seu pai me disse que é urgente, então amanhã você poderá pegar o resultado.

  - Amanhã é meu... - não continuei.

  - Sim, seu casamento com o Rei Desmond, eu sei. Que horas?

  - Às 20:00.

  - Perfeito! Os resultados sairão amanhã de manhã. 

Eu assenti enquanto me sentava na cadeira inclinada. Senti uma picada na veia e um potinho se encheu com meu sangue.

Minutos depois, eu encontrei meu pai na sala de espera.

  - Amanhã sai o resultado - falei.

Ele não respondeu. Apenas fomos para o carro e voltamos para casa.

  - Quero que você prove o vestido de novo hoje à tarde, e amanhã de manhã, antes da cabeleireira e maquiadora. Eu pego o resultado e te entrego antes de sair para a igreja. Não fuja - ele disse e saiu da sala, me deixando sozinha lá.

Rolei os olhos, mas fiz o que ele pediu. Mandou. Voltei ao ateliê, e experimentei  o vestido novamente. Mary estava lá, mas eu não falei com ela, nem com nenhuma outra. Apenas saí de lá e fui ao meu quarto.

Eram 19:30, e eu pensei que dali a 12 horas, eu estaria entrando oficialmente dentro daquele vestido e me encaminhando para a igreja.

Para me casar com Des.

E Harry vai assistir.

Um aperto no peito me invadiu quando percebi que fazia um tempo que eu não o via. Abracei o travesseiro ao me lembrar de como nos conhecemos.

"No hall de entrada, pude ver uma figura parada de costas para mim, com as mãos para trás, segurando um pequeno embrulho nas mesmas, enquanto observava os quadros da família, que ficavam perto da porta.

- Acha educado observar os quadros de casas alheias? - perguntei num tom brincalhão enquanto me aproximava.

- Se eles estão perto da porta por onde pessoas alheias passam, por que não? - ele disse e se virou, sorrindo.

E nessa hora, parei de respirar.

  Eu nunca havia visto um rapaz tão lindo como aquele. Seu sorriso, que fazia questão de ser parte do pacote, era lindo, tinha as medidas exatas para se encaixar perfeitamente naquele rosto, dono de ângulos fortes e precisos. Seu cabelo castanho, assim como o meu, caía cacheado sobre seus ombros, e seus olhos verdes, também iguais aos meus, pareciam duas esmeraldas brilhando intensamente. "

Ou quando ele colocou a coroa em mim e disse:

  

- Está linda - sorriu - Mais linda."

 

Ou quando veio me dar aulas pela primeira vez.

 

"- Às vezes, o pagamento pode se tornar algo simples. Como um olhar ou um sorriso.

Ah, é mesmo?

- De uma pessoa específica? - perguntei.

- Certamente."

  - Você é uma joia, princesa. Uma joia linda e brilhante. Não deixe ninguém te moldar para fazer um simples anel"

 

Essa frase me marcou.

 

- Sabe que estamos errados, não sabe? - perguntei.

- Sei. Sei, sim. O certo é chato.

- Mas o certo é certo.

- E o errado é melhor

E, pela primeira vez, me beijou de verdade.

 

Esse dia nós estávamos dentro do labirinto. Ele havia cantado "You are so beautiful" para mim...

 

- Acho que estou começando a ficar apaixonado por você.

Meu coração deu um pulo. Um não, vários.

Apaixonado? Como assim apaixonado?

- Ironia? - perguntei sorrindo.

- Nem um pouco. Leah, você não sai da minha cabeça. Não me deixa dormir à noite, e se durmo, você aparece em meus sonhos a todo momento. Eu não sei o que fazer para te tirar daqui. - colocou minha mão em seu peito e deixou a sua mão sobre a minha.

Agarrei o travesseiro mais forte, meus nariz pinicava, eu iria começar a chorar.

Demorei horas virando de um lado para o outro da cama, mas acabei dormindo. E quando acordei, preferia não ter acordado.

Hoje.

O casamento seria hoje.


Notas Finais


TÁ MUITO CHATO, EU TENHO CONSCIÊNCIA DISSO

sorry


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