- Tem certeza? - ele perguntou, inquieto - Certeza de que não é alarme falso?
- Sim, eu tenho certeza. - soltei uma risada quando ele me puxou e me beijou, feliz.
- Sabe, eu ficava imaginando quando teríamos nossa própria família - ele falou - Depois de toda essa confusão, te queria do meu lado até o fim dos meus dias... Nunca soube se seria possível, eu pensava que você e meu pai se casariam...
- Por um momento, eu também pensei. - falei baixo - Eu ia me casar com ele, Harry. - falei séria - Pois eu sabia que você iria sair de Londres se eu fizesse isso.
- Como sabia? - suas íris esverdeadas me encaravam curioso.
- Porque eu conheço você. E eu sabia que nunca iria querer ver-me com seu pai, como se eu pertencesse a ele, somente a ele e não a você. Você não suportaria isso, eu sei, e iria embora.
- E você queria que eu fosse? Querias que eu fosse embora? - pegou minha mão.
- Quando achei que eras meu irmão, não queria ver-te pintado de ouro. Já sabia da gravidez, mas não o que seria de mim e da criança. Não aguentaria te ver em minha frente, sabendo que não poderia abraça-lo, beija-lo. Ir embora seria a melhor opção para você.
- Sim, eu iria - confessou - Eu iria embora e nunca mais voltaria a ver-te. - beijou minhas mãos - Não sabendo que poderia ser minha irmã.
- O que fazia na igreja?
- A esperança de você desistir daquela insanidade ainda gritava em minha cabeça. Por isso fui. Mas, achei que, mesmo depois de parar no meio do tapete vermelho, eles iriam te obrigar.
- Não. Foi seu pai quem me disse para eu correr, que talvez ainda conseguisse te alcançar na rua. Então, corri.
Ele sorriu de leve.
- Nunca mais me deixe ver-te chorando - falei e passei a mão levemente pelo seu rosto - Nunca mais.
- O mesmo para a senhorita. - ele disse - E para esse pequeno aqui - acariciou minha barriga e a beijou.
- Acho que será uma garota - falei, aleatoriamente.
- Uma princesinha. O que acha de Charlotte? (lê-se TCHÁRlot) - ele sugeriu o nome.
- Eu gosto. Parece o nome de uma princesa - comentei - E se for um garoto?
- Henry?
- Só por ser parecido com o seu! - eu ri - Peter - eu gosto desse.
- Peter? Peter Edward Windsor Styles.
- Charlotte Christabel Windsor Styles. - falei sonhadora - São bonitos os nomes.
- Sabe o que é mais bonito ainda?
O olhei.
- Você. - e me puxou para um beijo.
E assim dormimos. Os dois dias seguintes se seguiram calmos. Conversamos seriamente com Des. Ele já desconfiava há tempos, não estava completamente satisfeito por ter perdido a noiva para o filho, mas deixou claro que preferia vê-lo feliz a qualquer custo.
Mas, como mar calmo nunca fez bom marinheiro, eu e Harry não éramos ingênuos a ponto de pensar que nada mais aconteceria, sabíamos que chegaria uma dia em que meu pai ficaria furioso e iria querer vir me buscar aqui, a todo jeito.
Uma semana se passou. Harry dormia e acordava sorrindo, comigo ao seu lado.
Na hora do jantar, quase duas semanas depois da minha mudança, ouvimos o alarme do palácio, que indicava perigo.
Rapidamente, um dos guardas entrou correndo na sala de jantar. Portava uma arma.
- Estão tentando invadir o palácio - anunciou.
Harry me olhou. Esse dia havia chegado.
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